segunda-feira, 24 de abril de 2017

MERCADO DE DRONES CRESCE MESMO SEM REGULAMENTAÇÃO

 
Para Alberto Matulaitis, as regras deverão separar os bons dos maus profissionais e trazer mais segurança à atividade.
   Estima-se que haja pelo menos 700 empresas relacionadas à operação desses equipamentos no País; regulamentação deverá trazer mais segurança à atividade
   Há mais de um ano, o mercado de Aeronaves Remotamente Pilotadas ( em inglês Remotely Piloted Aircraft – RPA), mais conhecidas como drones, espera uma regulamentação para o uso comercial desses equipamentos, úteis em atividades em diversos setores, como a agricultura e a construção civil, e com potencial em diversas outras aplicações como a inspeção de torres e linhas de transmissão, resgate de pessoas, verificação de sinistros em áreas de seguros e pulverização na agricultura. A proposta de regulamentação foi para consulta pública em setembro de 2015. No último dia 4, conforme informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as regras foram para votação da diretoria colegiada, mas pedidos de vistas para apreciação de alguns pontos do documento colocaram o regulamento novamente em espera sem prazo determinado.
   A estimativa é que já existem pelo menos 700 empresas com atuação em atividades ligadas a drones no Brasil – prestação de serviços, fabricação, treinamento, tecnologia, manutenção, seguros, etc. O dado tem como base as companhias cadastradas por um evento diretamente ligado a esse mercado, que será realizado em maio desse ano. Mas a expectativa é que, na realidade, esse número passe de mil e que, com a regulamentação das operações com drones, as empress existentes cresçam e que novas surjam, diz Emerson Granemann, idealizador da DroneShow Latin America, que acontece de 9 a 11 de maio em São Paulo. Granemann também lidera um movimento formado por empresários com objetivo de pedir mais agilidade na regulamentação. 
   Para ele, esses números, bem como a rápida evolução da tecnologia, mostra que a regulamentação se faz urgente. “O dado de que há 700 empresas, podendo chegar a mil empresas em atividades não regulamentada é uma coisa boa em um aspecto, mas é preocupante porque a regulamentação baliza muito a questão da segurança.” Ele argumenta que a falta de regras faz com que o mercado evite dar início a grandes projetos por empresas privadas ou com licitações públicas. 
   A empresa ClickAéreo, com filial em Londrina, já possui em seu portfólio grandes projetos em áreas fomo agricultura de precisão, mapeamento aéreo e cinematografia usando drones. Mesmo assim, Alberto Matulaitis, proprietário da empresa, afirma que a falta de regulamentação das operações com o equipamento prejudica a sua atividade. “Como não tem regulamentação, qualquer um pode pegar um drone e fazer um voo. “Na sua visão, as regras deverão separar os bons dos maus profissionais e trazer mais segurança à atividade. Com o regulamento, ele diz esperar que os profissionais passem por treinamento e teste prático. “O desejável seria pelo menos um curso teórico e um teste prático. Porue muitas das pessoas que trabalham com drones não sabem os procedimentos que têm que ser feitos antes do voo, e durante o voo se houver alguma pane, elas não sabem o melhor procedimento a fazer. Acho extremamente importante isso .
   OPERAÇÕES PRECISAM DE AUTORIZAÇÃO DA ANAC
   Até que a regulamentação entre em vigor, “todas as operações de drones precisam de autorização expressa da Anac”, exceto as atividades de aeromodelismo, salienta a Agência. Essa autorização é concedida por meio da emissão de m Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave); ou de uma Autorização Especial de Voo – cujo ofício deve ser protocolado junto à Agência com a apresentação de documentos -, em conjunto com uma solicitação de voo feita ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira. A fiscalização, continua o órgão, é feita com base em denúncias e casos que se configuram como contravenção penal ou crime são tratados por órgãos de segurança pública. 
   Na visão do idealizador do DroneShow, esse processo provisório de autorização, “não é condizente com a realidade do mercado”. Segundo ele, mesmo a solicitação ao Decea pode demorar horas ou dias, sendo que o mercado já conta com um alto volume de trabalhos e projetos e necessita de agilidade. Por causa da demora em conseguir as autorizações, Granemann diz acreditar que as empresas relacionadas à atividade com drones estão “operando sem regras, contando com um código de boas condutas”.
   Em sua nota, a Anac esclareceu que a regulamentação irá prever “especificações diferenciadas para todos os tipos de operação, com o intuito de regulamentar o setor e promover as autorizações necessárias que atendam o mercado, sempre visando a segurança”. Além disso, afirmou que, “vem trabalhando para que a regulamentação seja deliberada muito em breve”, mas não deu previsão de quando isso deve acontecer. Na opinião de Granemann, quando a regulamentação entrar em vigor, o mercado pode dobrar em um ano. (M.E.C)
   DOCUMENTO ESTABELECE REGRAS DE OPERAÇÃO 
   Em 2015, a Anac abriu audiência pública para discussão de uma minuta proposta para a regulamentação para o mercado de drones. Na nota enviada por e-mail, o órgão afirmou que ainda não pode divulgar os pontos da norma definitiva, mas que “grande parte da regulamentação é muito semelhante à minuta proposta”. Na proposta de regulamento apresentada na ocasião, a Anac separa os drones em três classes distintas: com peso maior que 150kg (Classe 1), com peso menor ou igual a 150kg e maior que 25 (Classe 2) e com peso menor ou igual a 25 kg (Classe 3).
   Para cada classe, a regulamentação prevê requisitos diferentes para os equipamentos. No caso da Classe 1, deverão ser certificados pela Anac e catalogados no Registro Aeronático Brasileiro. Na Classe 2, os equipamentos terão que observar critérios técnicos e ter projeto aprovado pela Agência e, na Classe 3, os drones terão de ser cadastrados apenas se operados até 120 m acima do nível do solo. Em todos os casos, o piloto deverá ser maior de 18 anos. Nas Classes 1 e 2 serão requeridos Certificado Médico Aeronáutico, licença e habilitação e registro de todos os voos. Já na Classe 3, será requerida apenas licença e habilitação para quem pretende operar drones acima de 120 m. (M.E.C). (MIE FRANCINE CHIBA – Reportagem Local, página 4, MERCADO DIGITAL, folhainfo@folhadelondrina.com.br caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, quinta-feira, 20 de abril de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).  

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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