quinta-feira, 20 de abril de 2017

FACULDADE INCLUEM 'EMOÇÃO' NAS AULAS E NOS VESTIBULARES


   Objetivo é formar profissionais com capacidades além de domínios técnicos e cognitivos, associados à inteligência

   O candidato é informado que precisará interagir com um ator que representará seu colega de apartamento e lhe dirá que usa drogas. Sua missão é dar apoio ao “amigo” e conversar sobre possíveis caminhos nessa situação difícil. 
   Pode parecer um teste para vaga de dramaturgia, mas é parte da segunda fase do vestibular de medicina do hospital Alberto Einstein, curso iniciado em 2016.
O objetivo da instituição, nesse exemplo, é avaliar características como empatia e capacidade de argumentação dos 256 vestibulandos que chegam nessa etapa, disputando 50 vagas. 
   Essa preocupação em formar profissionais com capacidades que vão além de domínios técnicos e cognitivos, normalmente associados à inteligência, tem levado algumas instituições privadas de ensino superior a incorporar as chamadas habilidades socioemocionais em seus vestibulares e currículos. 
   Essas tendência surgiu na esteira de pesquisas que mostram o impacto positivo de características como persistência e extroversão para indicadores de sucesso, como salários e saúde, e de uma demanda cada vez maior de profissionais com essas habilidades pelo mercado de trabalho. 
   No caso de Albert Einstein , traços de personalidade – como flexibilidade, persistência e habilidade para trabalhar em grupo – são analisados em um total de oito exercícios, como simulações e entrevistas, cada um com seis minutos de duração. 
   Embora não existam respostas certas ou erradas nesses testes, ao contrário do que ocorre nas provas de conhecimentos específicos da primeira fase, o desempenho dos alunos é julgado por um time de avaliadores e representa 25% de sua nota final. 
   O resultado tem sido tão relevante que metade dos candidatos que passam para a segunda fase entre os primeiros 50 colocados acabam caindo para fora dessa lista. 
   “É um vestibular muito concorrido, todos os que passam para a segunda [fase] são inteligentes”, diz Alexandre Holthausen, diretor da graduação em Medicina do Einstein, antes de perguntar: “Mas quem não conheceu alguém brilhante na parte cognitiva, que por falta de estabilidade emocional, se perdeu no meio do caminho?”
  Carolina da Costa, vice-presidente de graduação do Insper, diz que “ser inteligente mas incapaz de se relacionar com os outros é algo que não tem possibilidade de dar certo na vida real”.
   A instituição também avalia as habilidades socioemocionais na segunda fase do vestibular de engenharia, curso criado há três anos. O teste tem o formato de debates que um grupo de alunos vai se revezando no papel de moderador de temas polêmicos
   “Tendo conhecimento desse formato, o candidato pode tentar se preparar, claro, mas é difícil manter a consistência nas cinco rodadas de debate”, diz Costa. “Os que vão bem são os que sabem ouvir, construir bons argumentos e ser flexíveis.”
   O Einstein e o Insper também estruturaram o currículo de suas graduações de medicina e engenharia para estimular e avaliar o desenvolvimento das habilidades socioemocionais . “Não adiante se restringir ao vestibular”, diz Houthausen.do Einstein. 
   A Kroton Educacional é outra que incorporou recentemente o estímulo ao desenvolvimento de determinados traços de personalidade em suas graduações. “Resolvemos investir pesado nessa área”, diz Mario Ghio, vice-presidente acadêmico da instituição. 
   Uma das causas foi a elevada taxa de evasão que, segundo ele, faz metade dos alunos abandonar seus cursos, principalmente no início. 
   “Eles falam em falta de dinheiro ou dificuldade para acompanhar as disciplinas, mas começamos a perceber que o principal problema era falta de resiliência.”
   No início de 2016, a instituição criou uma série de disciplinas para ajudar a nivelar alunos com patamares de conhecimentos diferentes e, no segundo semestre, lançou um programa para desenvolvimento de projetos de vida, em que os calouros traçam metas com a tutoria de veteranos.
   “Tem ajudado muito eles ouvirem colegas mais experientes contarem que passaram pelos mesmos desafios que eles. É muito mais legítimo do que ouvir conselhos dos professores”, diz o vice-presidente da Kroton. 

   NOVAS COMPETÊNCIAS
   Faculdades privadas passam a ‘ensinar’ habilidades socioemocionais

   O que são

   Como são classificadas 
 
 A literatura acadêmica trata de inúmeras habilidades. Uma classificação muito usada é a “big five” (cinco grandes), que engloba meticulosidade, abertura a experiências, extroversão, amabilidade e estabilidade emocional. 

   O que o mercado de trabalho tem buscado 
   10% - competências técnicas e específicas, como:
>formação acadêmica específica, linguagem de programação e conhecimento de uma língua.
                  
   90% - Habilidades socioemocionais; se destacam
   Disposição para o aprendizado contínuo, conhecimento de novas tendências de tecnologia, relacionamento interpessoal, foco em resultados, responsabilidade e comprometimento. 
   Fonte: análise da Kroton Educacional, com base em anúncios de vagas para universitários no site Canal Conecta. (ÉRIKA FRAGA – DE SÃO PAULO, caderno cotidiano, segunda-feira, 17 de abril de 2017, publicação do jornal FOLHA DE SÃO PAULO).

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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