segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CÂNCER DE MAMA ATINGE HOMENS


   Doença associada às mulheres também acomete o sexo masculino e precisa de atenção para que o diagnóstico não seja tão radio
   Quando o assunto é câncer de mama, as mulheres são, normalmente, os principais alvos de campanha de prevenção. No entanto, essa doença também acomete os homens. “A incidência entre pessoas do sexo masculino corresponde a 1% de todos os casos registrados. A estima é de cerca de 68.000 casos novos em mulheres para este ano. Já entre os homens serão cerca de 680 casos, o que não é tão raro”, Diz Ricardo Camponero, oncologista da Clinonco (Clínica de Oncologia Médica). 
Para o oncologista Daniel Gimenes. Do CPO (Centro Paulista de Oncologia), o fato de os homens poderem ter câncer de mama ainda é pouco conhecido, o que complica o diagnóstico. “É difícil para eles procurarem um médico por questão de vergonha, já que muitos não imaginam que possam ter a doença. É uma falha não divulgarmos que isso pode acontecer com eles também. “Como entre os homens não há a recomendação da mamografia anual após os 40 anos, a identificação da doença costuma ser tardia. 
   Para evitar que o problema se agrave, a qualquer sinal de alteração na região dos mamilos a indicação é que um médico seja procurado. “O câncer pode se manifestar por meio de uma protuberância, de um inchaço ou de uma dor na região”, enumera José Roberto Piato, coordenador do centro de mama do Hospital Samaritano de São Paulo. 
   Segundo os especialistas, entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença está a idade. No sexo masculino, o câncer costuma aparecer, principalmente entre os 50 e 65 anos. E é gerado, normalmente, por alterações genéticas e hormonais além de uma alimentação rica de gordura e do consumo excessivo do álcool. “A incidência de câncer na família também é, sim, um fator de risco para os homens. E, caso exista algum homem na família que já teve a doença, a mulher deve ficar ainda mais atenta”, explica José Roberto Piata. 
   Caso a doença seja diagnosticada, o tratamento mais comum é a mastectomia. “A remoção da mama, no caso dos homens, tem um impacto emocional bem menor do que na mulher”, explica Caponero. Se o médico julgar necessário, a quimioterapia, a radioterapia e a terapia hormonal também podem ser indicadas no tratamento do paciente. (FONTE: Júlia Couto, REVISTA DA HORA, páginas 24 e 25, SAÚDE, domingo, 30 de outubro de 2016www.agora.com.br) publicação do jornal AGORA, São Paulo.

UM COLECIONADOR DE PRÊMIOS



   Marcando o encerramento da Semana Nacional do Livro, o escritor Domingos Pellegrini fala sobre prêmios literários e o futuro das obras impressas

   Em meio à polêmica gerada pela escolha recente de Bob Dylan para o Prêmio Nobel de Literatura, a mais tradicional premiação literária do País, se prepara para contemplar escritores brasileiros em 27 categorias. O Prêmio Jabuti chega à sua 58ª edição em solenidade agendada para o próximo mês, em São Paulo. Marcando o encerramento da Semana Nacional do Livro, que termina neste sábado (29), a Folha entrevistou o escritor Domingos Pellegrini, que desde a primeira obra – o livro de contos “O Homem Vermelho”, lançado em 1977 – conquistou seis prêmios Jabuti. Nascido em Londrina, em 1949, o escritor e jornalista já publicou mais de 30 livros, que começou a escrever ainda na adolescência, quando aos 14 anos ganhou uma máquina de datilografia de seu pai. Entre contos, poemas, crônicas e romances, dedicou parte de sua obra ao público infanto-juvenil . O romance “A árvore que dava dinheiro” (1981), seu primeiro livro voltado ao segmento juvenil, teve mais de 3 milhões de exemplares publicados, 2 milhões dele para o Plano Nacional de Bibliotecas do Ministério da Educação. 
   Pellegrini sempre se envolveu em polêmicas, a mais recente foi quando resolveu lançar uma biografia sobre o poeta curitibano Paulo Leminski sem autorização da família que não queria a publicação. Diante disso, ele decidiu divulgar na internet os textos originais do livro que viria a ser publicado em 2015, com o título “Minhas lembranças de Leminski”. O episódio ganhou repercussão nacional e engrossou o coro dos escritores que lutaram para que a necessidade de autorização familiar fosse dispensada pela Justiça, fato que acabou acontecendo no ano passado com a liberação avalizada pelo Supremo Tribunal. 
   Na entrevista a seguir. o escritor fala sobre prêmios literários e o futuro do livro, entre outros assuntos. 

   Como o senhor avalia a questão do autor e do livro no Brasil atualmente? 
   O Brasil é um país ainda com pouca leitura, que indica e determina o estágio civilizatório duma sociedade. A leitura é ferramenta básica para a comunicação, da qual dependem basicamente a economia e suas empresas, os governos e as instituições sociais. Quanto menos comunicação, menos evoluída é uma sociedade. As pinturas rupestres, nas cavernas pré-históricas, flagraram a caçada coletiva, empreendimento ancestral que dependia de comunicação prévia, e sem o que não teríamos conseguido caçar grandes animais para ter carne e couro suficientes para atravessar o inverno e alimentar o cérebro que se expandia. Hoje, vemos que as nações com pouca leitura, ou confinadas a leitura de apenas livros sagrados, mantém-se no sub-desenvolvimento econômico, social e cultural. A maior tarefa que seus pais podem fazer para seus filhos – e pela civilização – é, quando são ainda criancinhas, contar-lhes histórias escritas, habituando-os a procurar na leitura prazer e informação que será, no começo, apenas cultural, mas chegará a ser tecnológica, profissional, civilizatória. O cidadão que lê entende mais, exige mais, participa mais, influi mais, desenvolve mais sua sociedade.

   Acha que o formato do livro impresso corre o risco de acabar?
   Sabe Deus. O disco long-play está voltando forte, mas de certo continuarão evoluindo as outras formas de produção sonora, através de computadores, celulares, carros e talvez chegue um tempo em que poderemos implantar um chip, diretamente no cérebro, milhares de músicas a ouvir a qualquer momento, bastando dizer o nome da música e seu intérprete. Hoje vemos que o livro impresso é amigo dileto de quem com ele aprendeu a gostar de ler. Eu não consigo ler em tablets, celulares ou computadores, até porque é muito desconfortável. Mas a moçada que aprendeu a ler assim acha o contrário. Certo mesmo é que o livro, impresso ou e-book, evidencia que a diversidade é própria dos humanos. Mas, aqui entre nós, se tiver de ficar numa ilha deserta e puder escolher entre e-book ou impresso, quero os dois. Do livro impresso posso queimar folhas para começar as fogueiras, e o e-book estará em tablete ou celular que posso usar para pedir socorro...
   Há algum tempo o senhor se envolveu na polêmica gerada em torno de biografias publicadas sem autorização. Acha que a forma como o assunto se consolidou juridicamente foi a ideal?
   Dentre os tantos nós que temos que desatar para cumprir o destino humano, que é melhorar, este nós desatamos. Agora, quem quiser qualquer biografia sem autorização, mas poderá ser julgado por calúnia ou difamação se as praticar no livro. Apenas gostaria que, para esses julgamentos como para quaisquer outros, nossa Justiça não fosse tão injusta pela própria lerdeza. 
   Qual a importância de premiações como o Jabuti, na sua opinião?
   Ganhei o Jabuti duas vezes em primeiro lugar, duas vezes em segundo lugar e duas vezes em terceiro lugar, com um livro de contos, três romances, um livro juvenil e um de poesia. A Câmara Brasileira do Livro considera que são vencedores os três primeiros colocados em cada uma das duas dezenas de categorias. A importância do Jabuti é pelo prestígio que confere aos vencedores, pois é um prêmio muito tradicional, com quase 60 anos, e muito disputado: por exemplo: na categoria romance, são mais de duas centenas de concorrentes todo ano. Mas tudo é relativo: o Paulo Coelho não tem nenhum prêmio Jabuti, e eu gostaria de ter livros tão vendidos como ele. 
   O que achou do Prêmio Nobel de Literatura ter sido concedido a um compositor, no caso de Bob Dylan? 
   O Nobel não foi concedido a um compositor mas a um poeta. Bob Dylan é um gênio mutante, uma extraordinária fonte de espantosa poesia quando musicada. Se suas músicas perdem dimensão e garra poéticas sem a música, o fato é que ninguém as ouve assim. Não vejo porque apenas os livros podem ser suporte para a literatura, como é também o teatro e o cinema. Shakespeare também, se apenas lido, perde garra e dimensão, funciona plenamente é no palco. Se a variedade é própria da humanidade, porque a literatura teria de ter um suporte imutável? Tomara que seja uma tendência para novas premiações, embora seja difícil ver outra fonte de poesia tão significativa quanto Dylan. Conseguiu até reinventar o Nobel. 
   “A Árvore Que Dava Dinheiro”, lançado em 1981, é o título de um de seus livros. E a literatura, dá dinheiro?
   Meus escritores preferidos na infância e adolescência nunca escreveram uma linha, o grego Esopo, porque era analfabeto e suas fábulas foram transcritas por outros, e Jesus, que apenas escreveu com um graveto no chão, enquanto pensava antes de dizer “quem não tiver pecado, atire a primeira pedra”. Bebi deles o estilo claro e envolvente de quem fala, de quem se comunica com quem conversa, e assim escrevi histórias juvenis que se tornaram minha principal fonte de renda, pois, como livros paradidáticos, são vendidos pelas editoras diretamente às escolas, milhares ou até milhões de exemplares todo ano, que as listas dos best-sellers em livrarias não captam. “A Árvore” já me deu muito dinheiro desde 1981, quando foi publicada, e outras histórias juvenis também, como “As Batalhas do Castelo”, “O Mestre e o Herói”, “Estação Brasil” e “A Revolução dos Cães”. Mas o mais importante é que me deram dinheiro e sem perder a dignidade.Realidade Aumentada na Folha. 
   (MARCOS ROMAN – Reportagem Local, caderno FOLHA 2, página 4, 29 e 30 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

JOGAR A CULPA EM OUTROS É PRÓPRIO DOS COVARDES


   Conta a lenda que, prestes a assumir o comando do Partido Comunista da União Soviética, em 1964, Leonid Brejnev recebeu três envelopes de seu antecessor, Nikita Kurschev. A recomendação era de que um envelope fosse aberto a cada crise que viesse. 
   Algum tempo depois da posse, lá veio uma crise. Brejnev abriu o primeiro envelope. O conteúdo trazia a seguinte mensagem: “Ponha a culpa em mim.”
   Mais alguns anos, e chegou mais uma crise.        Brejnev abriu o segundo envelope herdado de Kruschev, em que leu: “Ponha a culpa em mim de novo.” 
   Outra crise não demorou a chegar, e Brejnev mais uma vez lançou mão da sapiência do líder anterior. E o que a última mensagem dizia?
   “Prepare três envelopes.”
   Mesmo sendo atitude desprezível e baixa, pôr a culpa em alguém é prática corriqueira no mundo político e no ambiente do crime – organizado ou não.
   Mas a vida corporativa requer ética para que seja longeva. A regra é: “Não se preocupe com quem você elogia. Mas cuidados sobre quem você atira a culpa.”
   Você e eu podemos cair muitas vezes no percurso da nossa carreira. Mas isso só será um fracasso real e humilhante quando dissermos que outra pessoa nos empurrou.
   Quem erra e dá desculpas acaba de cometer duplo erro. A raposa, arrogante e malvada em todas as fábulas, diz que a armadilha a apanhou, e não sua imprudência.
   Desculpa é fraqueza. Desculpa é recurso negativo, é covardia. 
   O que você faria com a mensagem dos envelopes de Kruschev? 
   Assuma os seus erros. Depois, aprenda a superá-los. Só não dê boas explicações para livrar sua cara. É horroroso. 
   Eu desejo e espero, francamente, que o seu sucessor – seja ele quem for – tenha razões suficientes para se orgulhar de você. E que descubra exemplos com que se inspirar cada vez que souber das suas atitudes, decisões e superações de desafios. (Crônica de ABRAHAM SHAPIRO, consultor e coach de líderes em Londrina FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, segunda-feira, 31 de outubro de 2016, coluna ABHAHAM SHAPIRO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

A CORRUPÇÃO DO DIA A DIA


   A maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil, a operação Lava Jato começou em março de 2014 e parece não ter fim. O volume de dinheiro desviado da Petrobras e a expressão política e empresarial dos suspeitos e condenados surpreendem a sociedade e preocupam o cidadão comum. Embora a corrupção esteja muito relacionada à vida pública e empresarial, é preciso ressaltar que, infelizmente, no Brasil, esse tipo de crime está presente em todas as camadas da sociedade. Muita gente nem se dá conta que atitudes aparentemente inofensivas alimentam a corrupção. É o “jeitinho”, o desejo de levar vantagem em tudo A lista é grande:  desobedecer às leis de trânsito, pequenos subornos, sonegar impostos, errar deliberadamente no troco ou aceitar troco errado, comprar produtos piratas, entre outros exemplos. Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) detectou indícios de que 19.520 filhas solteiras de servidores públicos federais, maiores de 21 anos, estão recebendo pensões por morte bancadas pela União de forma irregular. Na lista estão mulheres que acumulam o benefício com a renda de outras pensões e aposentadorias de empregos na iniciativa privada e no setor público. Há casos em que os valores continuaram sendo pagos pelo governo em nome de beneficiárias que já morreram. A pensão a filhas solteiras de servidores públicos, maiores de 21 anos, foi instituída por uma lei de 1958, quando a maioria das mulheres não trabalhavam fora de casa. O princípio era o de amparar as filhas de servidores que morreram. O benefício foi extinto em 1990, mas mulheres que tiveram a pensão antes disso continuam recebendo. O TCU ainda vai decidir que providências serão tomadas em relação em relação aos pagamentos indevidos. Nos últimos anos, os brasileiros saíram às ruas para exigir o fim da corrupção, mas muita gente comete deslizes éticos e nem percebe ou não dá importância. Os pequenos desvios do cotidiano contradizem a indignação da sociedade frente à corrupção. A mudança precisa acontecer em todos os níveis. (FOLHA OPINIÃO, página 2 segunda-feira, 31 de outubro de 2016, publicação de jornal FOLHA DE LONDRINA)

sábado, 29 de outubro de 2016

DEPRESSÃO ASSOCIADA A PROCESSO INFLAMATÓRIO


   UM PROCESSO inflamatório poderia desencadear o mecanismo que provoca a depressão, segundo estudos desenvolvidos nos últimos anos. 
   A depressão é uma doença relacionada a uma alteração emocional caracterizada por tristeza, baixa autoestima e desinteresse por atividades.
   Na revista “Molecular Psychiatry” deste mês, N. Kapelmann e colaboradores da Universidade de Cambridge , Londres, apresentam uma análise sobre testes clínicos que abordam a atividade antidepressiva de drogas anti-inflamatórias. 
   Por um processo inflamatório, o sistema imunológico lança no sangue proteínas chamadas citocinas. Testes com moduladores das citocinas já estabeleceram a terapêutica para condições inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide e psoríase. 
   Estudos com 5.063 pessoas mostram que se tratar com anti-inflamatórios melhora sintomas depressivos, indicação que citocinas podem ter relação com a depressão.
   Por isso, moduladores de citocina parecem ter potencial emprego para tratar a depressão, dizem os autores. 
   Na dificuldade de cura da depressão com os tradicionais antidepressivos, algumas drogas anti-inflamatórias poderiam eventualmente substituí-las. Poderia também ser uma esperança para os difíceis casos de depressão intratável, felizmente raros. 
   O risco em relação aos anti-inflamatórios são as doenças cardiovasculares, o que torna problemático o seu uso como rotina. (PLANTÃO MÉDICO, julio@uol.com.br caderno CIÊNCIA+ SAÚDE, sábado, 29 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE S. PAULO).

CINTURAS EXUBERANTES


   POR seis milhões de anos, a humanidade passou fome. No tempo das cavernas, nossos antepassados disputavam carcaças de animais com urubus e hienas.
   Moldado na penúria, nosso cérebro desenvolveu redes de neurônios que estimulam a fome e fecham os olhos para a saciedade até passarmos mal de tanto comer. Essencial para a sobrevivência da espécie, esse mecanismo chegou intato até nós. 
   Então veio a segunda metade do século 20, em que novas tecnologias de produção agrícola, de armazenagem e preservação permitiram oferecer alimentos de boa qualidade a grandes massas populacionais. A dieta da classe média de hoje é mais nutritiva do que a dos nobres de antigamente. 
   Um cérebro engendrado para enfrentar epidemias de fome não estava preparado para o convívio com a fartura. A capacidade do organismo em transformar em gordura qualquer caloria em excesso, essencial para sobrevivência em épocas de vacas magras, voltou-se contra nós. 
   As consequências foram desastrosas: 52% dos brasileiros estão na faixa de excesso de peso ou obesidade, número que ultrapassa 70% nos Estados Unidos e no México. A obesidade se tornou epidemia na América Latina, Europa, Austrália, nos países árabes e até na China. 
   Para avaliar os riscos do acúmulo excessivo de tecido adiposo, foi criado o índice de massa corpórea (IMC), calculado a partida relação entre o peso e o quadrado da altura (IMC= Peso/altura x altura). 
   Valores para o IMC abaixo de 18,5 caracterizam subnutrição; entre 18,5 e 24,9 está o peso saudável; de 25 a 29,9, o excesso de peso; e acima de 30, a obesidade. 
   Embora útil, o IMC não leva em conta a constituição física: um homem de 1,80m, musculoso, com ossadura robusta, não pode ter o peso de um longilíneo da mesma altura. Da mesma forma, não permite distinguir aqueles com distribuição uniforme de tecido gorduroso dos que o acumulam no abdômen. 
   A relação entre massa corpórea e mortalidade não é linear, entretanto. Naqueles com IMC acima de 30 e nos que caem na faixa da subnutrição, a mortalidade é mais alta, constatação conhecida como “paradoxo da obesidade”. Essas análises, no entanto, são influenciadas por cigarro, doenças pré-existentes, sedentarismo, emagrecimento ou curto período de observação. Vários estudos mostraram que o acúmulo de gordura na cintura (corpo em forma de maçã) aumenta o risco de doença cardiovascular, porque está associado a depósitos de tecido adiposo entre as vísceras abdominais, distribuição não encontrada nos casos em que a gordura está localizada preferencialmente nas cadeiras (em forma de pera). 
   Em 2014, epidemiologista da Mauo Clinic, nos Estados Unidos, fizeram a análise conjunta (metanálise) de 11 estudos que incluíram 650.386 mulheres e homens, acompanhados por um período de 21 anos. (Crônica de DRÁUZIO VARELA, página C-10, caderno ILUSTRADA, sábado, 29 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE S.PAULO).

SABOR DE INFÂNCIA


   Dias desses, uma colega de trabalho, que também se dedica à gastronomia, trouxe à Redação para que experimentássemos os biscoitos de uma nova receita que estava testando. A novidade, como nos contou, era preparada há tempos pela avó de sua sócia. Logo na primeira mordida o quitute me levou aos tempos de menina: os biscoitos tinham a mesma aparência, textura e sabor dos que era feitos pelas minhas tias paternas que moravam no sítio, lá na comunidade São Lázaro, próximo ao distrito de Yolanda. 
      Mais que o delicioso sabor de infância, voltou à memória também todo o ritual do preparo dos biscoitos, que era conhecidos por um dos ingredientes: “biscoitos de sal amoníaco” – nada glamouroso se comparado se comparado à atual onde de gourmetização generalizada. Em um dia de festa e muita bagunça entre todos os primos. A produção atendia as duas casas do sítio por algumas semanas garantindo o café da manhã e o lanche da tarde. Por isso, todas as mulheres da propriedade se envolviam no preparo. 
   Ovos frescos já tinham sido recolhidos dos ninhos do galinheiro no período da manhã, assim como estava separada a porção do leite retirado logo cedinho e que seria utilizado na receita. O sal amoníaco. Responsável pela maciez do biscoito, tinha sido trazido da cidade no dia anterior, quando eu e meus primos também vínhamos para o sítio, junto com meu tio que era o responsável pelas compras. .
  Mesas se juntavam na varanda para acomodar as bacias de alumínio onde os biscoitos seriam preparados. Os fornos ( a lenha e do fogão “econômico”) também já estavam aquecidos. Com as mãos na massa, minhas tias se dividiam entre misturar os ingredientes, modelar os biscoitos, acomodá-los nas formas e levá-los para assar. Tudo minuciosamente acompanhado pela galera de sobrinhos que compunham a plateia de curiosos. Para dar-nos uma certa participação no preparo, podíamos apertar alguns biscoitos com o garfo, para garantir a “decoração” do produto. 
   Conforme as formas saíam do forno, os biscoitos eram colocados em outras bacias maiores, onde ficariam até esfriarem no ponto ideal para serem guardados nas latas de 18 litros. Na época, esse tipo de vasilha era a única forma de acomodar alguns tipos de alimentos, por isso eram encontradas em qualquer vendinha. 
   Naquele dia lanche da tarde ganhava ainda mais sabor. As jarras cheias de água fresca, recém-tirada do poço, recebiam os pozinhos de Q-refresco ou Q-suco nos sabores de groselha, uva ou laranja, ou também a limonada, feita com limão-rosa ou limão-galego, dependendo da safra, completavam o banquete. 
   De volta ao presente, e desejando muito sucesso no empreendimento de minha colega de trabalho. Fica a constatação de que as alegrias da vida pedem muito pouco: uma receita simples, pessoas dispostas ao trabalho, a conversa posta em dia, e o momento torna-se uma confraternização, uma celebração. Que tal pôr a mão na massa?! (Crônica da jornalista desta FOLHA, CÉLIA GUERRA, página 2, caderno FOLHA RURAL, coluna DEDO DE PROSA, 29 e 30 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

PENAS ALTERNATIVAS


   A realização de audiência de custódia até 48 horas após a consumação de prisões em flagrante está mudando o cenário das cadeias superlotadas de Londrina. Um ano após o projeto que garante essas audiências, a Vara de Execuções Penais (VEP) conseguiu reduzir em 45% o número de presos provisórios no município. A partir de critérios baseados na natureza do crime e nas condições de vida do acusado, os juízes também podem decidir por manter em liberdade, até o julgamento, aquelas pessoas que foram presas em flagrante, mas a princípio não oferecem riscos à sociedade. Restrição de direitos ou o uso de tornozeleiras eletrônicas são outras alternativas possíveis à prisão. Há uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que sugere que toda pessoa presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou natureza do ato, seja obrigatoriamente apresentada, em até 24 horas da comunicação do flagrante, à autoridade judicial competente, e ouvida sobre as circunstâncias em que se realizou sua prisão ou apreensão. Nos finais de semana, esse prazo pode chegar a 48 horas. Desde setembro de 2015, quando foi iniciado o projeto, dos 1.427 presos, 790 (55%) tiveram mandado de prisão expedido. Outros 21% (308) passaram a ser monitorados por tornozeleiras eletrônicas e 23% ( 329) receberam liberdade provisória. Em Londrina, uma parceira importante entre a VEP e universidades está ajudando a garantir um processo mais humanizado para aqueles que ganham o benefício da liberdade provisória. O projeto Circulando a Liberdade prevê que essas pessoas sejam atendidas por estudantes de Direito, Psicologia e Serviço Social para que recebam orientações sobre a condição em que se encontram. A ideia é que eles se conscientizem sobre o ato que cometeram, baseado no moderno conceito de justiça restaurativa, e realizem uma reflexão sobre as consequências do que praticaram. A justiça restaurativa é uma proposta interessante pois se preocupa com a ressocialização ao adotar as chamadas penas alternativas. Com isso, a reincidência pode cair e o sistema prisional fica mais disponível para receber aqueles que já foram condenados. (FOLHA OPINIÃO, 29 e 30 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A VIDA, O UNIVERSO E ALGO MAIS IMPORTANTE

   ESTOU NA SUPER há quase 30 anos. Bom, trabalhando mesmo, faz um pouco menos: 14. Escrevi meu primeiro texto aqui em 2002, e desde lá esta redação virou uma extensão da minha vida (ou a minha vida é que virou uma extensão da revista, não sei mais). Mas o fato é que a SUPER me conquistou bem antes disso, lá em 1987, 1988, quando virou minha amiga de papel. Uma amiga linda e inteligente, que me mostrou o mundo como ele realmente era: um lugar mágico. 
   Um lugar onde você viaja milhões de anos para o futuro em um segundo se estiver na borda de um buraco negro. Um lugar onde trilhões de erros de cópia em moléculas de DNA transformaram uma única célula microscópica perdida no meio do oceano em algo assombroso: todas as formas de vida da Terra. 
Essa amiga me mostrou tanta coisa que, criança ainda decidi virar cientista. Mais tarde vi que, não, o meu caminho não era exatamente fazer ciência. Eu não queria viver num laboratório. Queria viver na SUPER. 
   Denis Russo Bugierman, meu antecessor nesta página, foi o cara que transformou isso em realidade, ao me conceder ainda na década passada a maior promoção que recebi até hoje: a de leitor para fazedor da SUPER. Os anos passaram e, em setembro, o Denis fechou o ciclo dele nesta revista. Depois de quase 20 anos de redação, saiu para escrever seus livros e se dedicar melhor a outros tantos projetos. 
   Obrigado por tudo, Denis. E obrigado você, por estar com esta SUPER nas mãos. Que esta edição lhe pareça tão mágica quantas tantas outras foram para mim, e para toda a equipe que está aqui hoje. Te propiciar isso é o nosso trabalho. É a nossa vida. (ALEXANDRE VERSIGNASSI
– DIRETOR DE REDAÇÃO. ALEXANDRE.VERSIGNASSI@ABRIL.COM.BR Editora Abril, Edição 367 NOVEMBRO 2016).

QUALIDADE DAS ESTRADAS


  A Pesquisa de Rodovias 2016, da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou que a qualidade das rodovias do Paraná caiu em comparação ao ano passado. O estudo foi divulgado esta semana e a queda na qualidade foi constatada tanto nas estradas administradas pelo poder público quanto nas concessionadas. Para elaborar essa vigésima edição da pesquisa, 24 equipes percorreram 103 mil quilômetros por todo o Brasil entre julho e agosto deste ano. São analisadas variáveis como pavimentação, sinalização e geometria da via, avaliações que variam entre ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. Uma análise geral do estudo mostra que mais da metade das rodovias brasileiras tem problemas que inclui itens como pavimento, sinalização e geometria da via. Do total percorrido por especialistas da CNT, 58,2% das estradas apresentaram algum tipo de problema e foram consideradas regulares, ruins ou péssimas, enquanto 41,8% foram avaliadas como boas ou ótimas. No Paraná, foram percorridos 6.244 Km dos quais 3.880 km de rodovias federais e 2.364 km sob gestão estadual. Ainda em relação aos trechos percorridos,, 3.409 km estão sob tutela da gestão pública e 2.835 km tem gestão concedida a concessionárias de pedágio. Analisando apenas o Paraná, dos mais de 236 km de rodovias paranaenses administradas pelo Estado, 78,7% (ou 1,86 mil km) foram consideradas regulares, ruins ou péssimos, contra 72,3% no ano passado. No caso das rodovias federais em território paranaense, 40% (ou 1.551 km) foram consideradas de regular a péssimo, contra 41,5% em 2015. A extensão de estradas sob a tutela de grupo privados com qualidade considerada boa ou ótima caiu de 73,3% dos trechos avaliados pelo órgão no ano passado para 67,7% neste ano. A diminuição da arrecadação, a alta frequência de chuva e o excesso de peso são apontados como principais causas das últimas notas baixas das rodovias brasileiras. A diminuição dos índices de qualidade precisa ser olhada com muita atenção. Estrada ruim contribuiu para elevar o número de acidentes e aumentar o custo do transporte o preço dos produtos consumidos no País. (FOLHA OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 28 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

LEITURA E FORMAÇÃO HUMANA


   Cada pessoa se constitui inicialmente pelo núcleo familiar, de onde advém as primeiras aprendizagens tanto para a sobrevivência biológica quanto para o convívio em sociedade; também por meio da herança cultural e, posteriormente, pelo contato mais amplo com o mundo externo à família. A construção de uma pessoa, entre outros aspectos, provém da convivência em sociedade, do acesso que ela tem ao conhecimento acumulado pela humanidade em diversos matizes, dentre eles, a leitura.
   A apropriação da leitura faz parte de uma tradição cultural e, portanto, é um valor social e continuará a fazer parte dos pilares civilizatórios. Assim, desde a infância, o contato diário com a palavra (oral ou escrita) torna-se fundamental para a construção de uma pessoa. Quando não domina a escrita, é por meio da oralidade que a criança se encontra com a leitura, com as histórias. Nesse momento, o ouvir torna-se uma fonte de aprendizagem da leitura, é uma etapa do caminho que prepara a criança para se tornar leitora. Posteriormente, ao se apropriar da escrita, ampliam-se as possibilidades para ler o mundo circundante. A partir de então, mundo e palavra permearão constantemente a leitura que ela fizer e inevitáveis serão as correlações, de modo intertextual, simbiótico, entre realidade e ficção.
   Entretanto, a leitura só se tornará experiência significativa para a formação de uma criança quando houver continuamente o acesso a ela, pois o leitor em construção precisa estar envolvido pela leitura, sentir-se íntimo dela e, para isso, o livro surge como suporte, quer se apresente em formato tradicional, de papel, ou digital. O formato é apenas um componente de nosso tempo, o conteúdo é que fará a diferença para a formação do sujeito. 
   Quando se lê, o que a leitura provoca não é tangível, apenas, aos olhos, pois é um processo interno, individual, mediado pela palavra e experiência humanas contidas no texto. Na leitura, cada um compreende o que é capaz de compreender no momento em que lê e, como leitores, à medida que passa o tempo, vamos entendendo mais e melhor o que lemos. 
   É por meio da compreensão daquilo que se leque o desejo de continuar a ler se renova. Quanto mais se lê, maiores são as necessidades de novas leituras, pois ler é uma forma de se conhecer outras pessoas, outras histórias que estão presas nas palavras e que se libertam pela imaginação. Assim, de texto em texto, vai se constituindo o leitor, num misto de necessidades e de inquietações; de ler um livro até o final ou desistir a qualquer momento, sem culpa. 
   Nesse contexto do diálogo entre o leitor e o texto, amalgama-se o ser humano do amanhã.
(ROMILSON JOSÉ DA SILVA É PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL), página 3, FOLHA MAIS, PENSAR MAIS, 22 e 23 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

CAIXA DE SURPRESAS


   O empreendedor Tomás Susin dos Santos nem era nascido quando, na década de 1980, o Círculo do Livro fazia os livros chegarem nas casas dos leitores. Mesmo assim ele cita a iniciativa de outrora para falar do negócio que lançou ao lado de dois amigos de faculdade, a TAG Experiências Literárias. Partindo do mesmo princípio dos clubes de assinaturas de vinhos, cervejas e cosméticos, os três uniram a paixão por leitura com os conhecimentos do curso de administração para dar forma ao empreendimento. 
   “Muitos questionaram se daria certo, diziam que o Brasil não é tão leitor. Também havia o e-book surgindo e saber como ficaria o hábito de ler”, lembra Santos. Depois de fechar o primeiro ano com cerca de 500 associados, a empresa conta hoje, pouco mais de dois anos depois do surgimento, com 11 mil clientes. Número que confirma o que Santos diz: “há um grande público totalmente apaixonado por leitura.”
   Todos os meses, cada associado – 70% dos clientes são mulheres – recebe em casa uma caixa contendo um livro, um marcador, uma revista e um presente. Quem elege o livro “é um curador que a gente ame, alguém do cenário literário, alguém com experiência suficiente para indicar livros bons para nossos associados”, explica o empreendedor Luiz Fernando Veríssimo e Mario Sergio Cortella foram alguns dos curadores ao longo dos últimos dois anos. “Os associados gostam porque descobrem novos autores e tipos de livros que não leriam normalmente”, diz Santos. 
   O empreendimento tem um grupo exclusivo no Facebook onde os participantes podem discutir o livro do mês. “É um hábito normalmente mais solitário, mas muita gente tem a necessidade de compartilhar o que está lendo e dar opiniões sobre a obra”, lembra Santos. (KARLA MATIDA – REPORTAGEM LOCAL, FOLHA MAIS, OLHAR MAIS, 22 e 23 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

QUERO QUE TODO MUNDO LEIA

A estudante Ketelen Lefcovich criou um blog para falar sobre literatura

   A estudante de letras Ketelen Cruz Lefcovich, 19, é uma apaixonada por literatura que não se contenta em ler um bom livro e guardar a história para si mesma. “Eu tenho um “surto” e quero que todo mundo leia”, brinca ela, que gosta tanto de compartilhar literatura que criou um blog sobre o assunto. No “Prateleira de ideias”, ela publica resenhas dos livros que lê e dá dicas sobre literatura, sempre com o cuidado de vincular boas imagens aos conteúdos. A ideia de publicar os textos surgiu aos 14 anos, após participar de uma oficina de escrita criativa na escola. “Percebi que havia poucos blogs sobre literatura, então resolvi criar. Meu objetivo é que as pessoas se interessassem mais sobre o assunto”, conta. 
   O resultado foi além do esperado. Graças ao blog, Ketelen acabou desenvolvendo uma comunidade de leitores sempre dispostos a falar sobre livros, o que torna o hábito de ler ainda mais prazeroso”. “É mais importante ter alguém para compartilhar as histórias”, acredita ela, que dá dicas e também recebe muitas recomendações. Quando termina um livro empolgante, ela faz campanha para as amigas lerem também. “Além disso, participa de comunidades relacionadas ao assunto em redes sociais como Instagram e Good Readers “A troca é muito legal”, diz.
   O gosto pela leitura surgiu na infância, com o incentivo da mãe. Conforme foi crescendo, passou a se interessar por conta própria e ganhou o apoio do avô, que estabeleceu uma cota mensal de livros que ela pode comprar. Tradicional, a blogueira gosta dos livros em papel, apesar de considerar os e-books importantes para dar acesso a mais pessoas à literatura. 
   O livro preferido do momento é “O Grande Gatsby”, de Scott Fitzgerald, mas a obra “número um” do ranking pessoa vai mudando com o passar do tempo. Com uma média de cinco livros finalizados a cada mês, Ketelen gosta das histórias clássicas, de temas relacionados à Segunda Guerra Mundial, livros sobre crimes e também fantasia. 
   A paixão por literatura foi determinante na escolha do curso universitário. Ela estuda Letras na modalidade de bacharelado em estudos literários. “É quase uma diversão”, considera. (C.A.) (CAROLINA AVANSINI – REPORTAGEM LOCAL, FOLHA MAIS, LER PARA COMPARTILHAR, 22 e 23 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

A ARTE DA CONQUISTA


   Andando pelas ruas e lojas da cidade, logo se vê quem está motivado e quem não. Pensando nisso, dá para refletir sobre alguns fatores determinantes para o sucesso das empresas. A motivação pessoal, que transparece no ar, a atitude de buscar a melhor venda e a expectativa de se manter um vínculo com o cliente contribuem para o sucesso nos resultados. Logo de manhã, começar o dia “pra cima” é o desafio de muita gente, mas faz muita diferença você distribuir gentilezas como “bom-dia”, “bom trabalho” e outros elogios mostrando quão importante é cada função desempenhada na sociedade. Essa generosidade vai impulsionar a motivação para se trabalhar melhor e servir o outro com qualidade. 
   A boa venda está nos detalhes, como contato visual, um sorriso, atenção, respeito à individualidade do cliente e perguntas de discernimento, ou seja, com capacidade de ver além do óbvio, que busquem atender o desejo e o sonho de quem está comprando. Tem estabelecimentos que sempre decoram o ambiente como se fosse uma festa diária, oferecendo cortesia aos clientes. Por outro lado, qualquer deslize pode ser fatal para se perder o encantamento da venda, o que leva , em muitas das vezes, que o consumidor nunca mais volte. Um exemplo é quando se chega numa loja e os vendedores estão conversando ou mexendo no celular e não percebem a presença do cliente. O outro fator é o vínculo que se cria entre vendedor e comprador, em que se pode mostrar preocupação e interesse genuíno. Mostrar prontidão e disposição ao oferecer os produtos e sugerir alternativas objetivas. Usar de empatia e manter o vínculo conquistando o cliente todos os dias, tornando-o especial. Após refletir sobre alguns fatores sobre o relacionamento comercial concluiu-se que não dá para ficar lamentando e reclamando da crise, mas sim, está nas mãos do vendedor e gerentes colocarem em prática a motivação, atitude e estreitar os relacionamentos com o cliente, o que reflete certamente em resultados maiores e maior bem-estar pessoal. (BRUNO FRANCESCO AMORESE, consultor empresarial e motivacional em Londrina, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, quinta-feira. 27 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).  

NATAL DE VENDAS E CASA DE NOEL


   É louvável que se decore a cidade para o período natalino, mas repete-se em Londrina o culto a Papai Noel e o foco apenas no propósito de alavancar as vendas no comércio. No projeto dessa campanha, que tem como palco a Rua Sergipe, não figura alguma decoração com presépios e personagens do célebre nascimento. Pelo que se leu, não haverá nenhuma simbologia do personagem central da maior festa da cristandade: o Menino Jesus, a não ser árvores de natais passados cedidas pela prefeitura. No lugar de uma simbólica manjedoura haverá uma “casinha de Papai Noel”. Capitaneada pelas entidades representativas do empresariado comercial e industrial, a ideia da decoração está na função que lhes compete, mas poderia ser feita uma “concessão” à doce criança símbolo do Natal. A história não se equivocou e não colocou no berço de Belém nenhum velhinho de barbas branca. Não há mal em incrementar vendas, mas é sem dúvida uma apropriação indevida dar apenas essa finalidade a um momento que deveria ser de homenagem ao Jesus Menino. Do alto da majestade onde ora se encontra, Jesus – ademais padroeiro de Londrina – não se molesta com o que fazem os homens, mas é um descaso não conceder-lhe um lugar nesse programado evento público. E o povo, que se proclama cristão e tanto menciona a palavra Natal, também cultua Papai Noel, leva os filhos pequenos para fazer fotografias com ele representado nos shoppings e lojas, e lhes dão presente dizendo que são de Papai Noel... Assim, desde cedo, as crianças são induzidas a ignorar o real significado do grande acontecimento da era cristã. Presentear a ser presenteado é bom, fazer a ceia de família é um sublime momento de reunião familiar, mesmo em casos de sentidas ausências, mas pelo que se revela, poucos se lembram de, ao menos em instantes, prostrar-se em oração, em louvor e agradecimento. Noel e os figurantes que o representam não têm culpa, ademais recebem um ganho extra, necessário nestes tempos difíceis. Mas Jesus que habita as moradas celestiais não se melindraria se fosse representado nas lojas, ruas e praças saudando as pessoas no Natal. E as crianças certamente se encantariam com a representação do Menino semelhante a elas deitado numa manjedoura que lhe serviu de berço. (WALMOR MACCARINI, jornalista em Londrina, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, quinta-feira, 27 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

CONTRATAÇÃO SUPERAM DEMISSÕES


   Pelo segundo mês consecutivo, as contratações superaram as demissões no Paraná. Dos oito setores de atividade econômica divididos no levantamento, cinco deles tiveram saldo positivo no mês de setembro frente a agosto. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho (MT). Em âmbito nacional, o Brasil segue um trajetória de redução nas demissões, mas o saldo permanece negativo. O Paraná teve saldo de 413 contratações (0,18%) e a abertura de vagas foi maior que as demissões também em Santa Catarina, No Paraná, puxaram a alta o agronegócio (0,55%), o comércio (0,24%), serviços e indústrias de transformação (0,7% cada). Especialistas ouvidos pela Folha de Londrina analisam que o resultado das exportações paranaenses demonstram que o agronegócio está em alta, assim como o comércio e as indústrias do vestuário e mecânico, começando a se preparar para o fim do ano. Segundo o Caged um total de 39.282 vagas formais foram fechadas em setembro, em todo o Brasil. Quando se compara com o mesmo período de 2016, percebe-se que o desemprego desacelerou, pois em setembro de 2015 foram fechadas 95.602 postos formais. No acumulado do ano, o \Caged constatou 683.597 vagas suprimidas. Nos últimos 12 meses, já são 1.599 milhão de postos de trabalho fechados. Os setores mais afetados no mês passado, segundo o Caged, foram construção civil, serviços e agricultura. Ainda segundo a pesquisa, dois setores tiveram saldo postivo com novas contratações: a indústria da transformação e o comércio. As perdas mais significativas foram identificadas no Rio, São Paulo e Minas Gerais. Os estados que mais geraram empregos foram Pernambuco e Alagoas. A queda do desemprego ainda á tímida, mas revela-se importante diante deste 2016 difícil. A crise econômica, agravada pela crise política no governo Dilma Rousseff, provocou uma recessão que atingiu com força o emprego formal. Quando se trata de desemprego, desacelerar já é positivo. (FOLHA OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 27 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

PRESENTE IDEAL

O professor Nenê Jeolás costuma presentear adultos e crianças com a obra "O fazedor de velhos", de Rodrigo Lacerd

   Na casa da família Jeolás, o amplo acesso aos livros sempre foi natural Por isso, os quatro filhos do médico Luiz Carlos Jeolás criaram intimidade com a literatura ainda na infância. Hoje levam a vida de forma independente e até em cidades diferentes. Mas o hábito de trocar informações sobre histórias permanecem na rotina, com muitas conversas sobre o assunto pessoalmente ou por telefone e redes sociais.
   “A troca entre a gente é constante, muitas vezes no meio do dia chega a mensagem de um irmão avisando sobre algum livro incrível”, conta o professor Nenê Jeolás, que ensina fotografia, mídia e crítica de arte na Universidade Estadual de Londrina (UEL), Em razão da profissão, ele atualmente se dedica principalmente às leituras voltadas aos estudos. “Meu companheiro lê muitos romances, então acabo sabendo de boas histórias através dele. Na aposentadoria pretendo me dedicar mais à literatura. O bom é que já temos uma boa biblioteca”, diverte-se.
   Como todo leitor que gosta de recomendar livros, ele tem uma obra que sempre dá de presente. Trata-se de “O fazedor de velhos”, de Rodrigo Lacerda, com quem presenteia adultos e crianças. “Esses dias mesmo dei para uma sobrinha de 11 anos que está começando um blog”, conta. 
   Das histórias da infância, ele lembra que ao reclamar que os pais falavam muito em política, foi presenteado pela mãe com a obra “O Capital” de Karl Marx na versão em quadrinhos. “Me interessei pelo tema e fui buscar outros títulos “Li, ‘A história da riqueza do homem’ e não parei mais”, relata, exemplificando o envolvimento sutil dos pais no incentivo ao gosto da leitura.
   Como tem irmãos em São Paulo, ele viaja sempre para a capital paulista e não deixa de levar alguns títulos na mala para compartilhar. Volta de lá, também, com com muitas novidades na bagagem. E na casa da família, na praia, é comum deixar títulos espalhados para a própria família e hóspedes terem acesso. Na praia, aliás, ele se lembra de uma tradição familiar em torno dos livros de Agata Christie. “Era nossa leitura de férias. Tínhamos um pacto para ninguém revelar detalhes das histórias, a quem não tinha lido. Éramos umas 15 pessoas e o ritual, depois do almoço, era ler jornal e os livros. Depois tinha o momento de comentar sobre os artigos, debater...” recorda. 
   Como consegue ler tranquilamente no celular, Nenê distribuiu alguns tablets para os irmãos, pensando na facilidade de leitura de e-books oferecido pelos dispositivos. “A tecnologia também facilita a leitura”, comenta ele, que é generoso em relação a empréstimos. “Vivo emprestando livros para os alunos. Para ter controle tiro uma foto deles segurando ao obra e deleto quando me devolvem.”, explica. (C.A.) (CAROLINA AVANSINI – REPORTAGEM LOCAL, FOLHA MAIS, 22 e 23 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

LER PARA COMPARTILHAR

 
   Para os apaixonados por livros, chegar ao final de uma obra é motivo para espalhar a história para familiares e amigos
   Apaixonados por livros fazem da leitura um hobby para ser compartilhado entre amigos, familiares e até desconhecidos. Leitores que terminam uma obra e querem sair contando para todo mundo são responsáveis por fazer as histórias circularem, criando verdadeiras comunidades em torno do prazer de ler. A gestora de Recursos Humanos Sandra Cristina Nogueira, faz parte desta turma. Ela mesma começou a se interessar por leitura graças a uma amiga que, na adolescência, insistiu para que lesse “A Ira dos Anjos”, de Sidney Sheldon. Depois disso li todos os outros livros do autor e nunca mais parei”, conta. 
   O gosto pela literatura despertou um sonho em Sandra: conhecer a Bienal do Livro de São Paulo. Mas como é de compartilhar, não queria ir sozinha. “Eu ficava pensando que seria legal outras pessoas que gostam de ler irem também”, diz ela, que resolveu o problema organizando uma excursão com 28 pessoas para a grande feira de livros deste ano na capital paulista. 
   “Queria levar todos os amigos e familiares que também gostam de literatura. Como a gente já viaja em turma nas férias, foi fácil”, conta. A experiência foi “inesquecível”. Além do contato com muitos livros, eles puderam conhecer autores como Maurício de Souza e Ziraldo, presentes na infância de gerações de brasileiros. “Comprei tantos livros que ainda tenho vários para ler”, revela. 
   Na família, as cunhadas de Sandra têm m gosto literário parecido e também abasteceram a prateleira com muitas obras que, ao longo dos próximos meses, serão lidas e depois compartilhadas. Nas férias, quando pretendem viajar juntos novamente, não vão faltar títulos literários na bagagem. 
   GARIMPO
   A estudante de jornalismo e teleoperadora Laís de Azevedo, 22, foi uma das passageiras da excursão de Sandra. Ela visitou a Bienal com a missão especial de garimpar novidades para as amigas do trabalho, com quem costuma compartilhar dicas de livros e também conversar sobre as obras que leem. “Eu mesma comecei a gostar de ler por causa de indicações de amigos. Ganhei um livro de contos, fiquei empolgada e nunca mais parei”, recorda. 
   Autores contemporâneos são os preferidos da turma. Romances como os de Jojo Moyes ou Nicolas Sapark estão entre os preferidos das amigas Fernanda Mendes, Anne Carolina Lima, Nathalia Fernandes e a própria Laís. “Muitas vezes peço para elas lerem rápido um livro que já terminei para podermos conversar”, exemplifica, destacando que ler em grupo é sempre mais “emocionante”. Laís costuma ler de dois a três livros por mês, o que considera pouco. “Poderia ler muito mais. Como estou no último ano da faculdade, tenho muito o que estudar, então acabei tendo que me impor um limite”, conta. (CAROLINA AVANSINI – REPORTAGEM LOCAL, página 2, FOLHA MAIS, 22 e 23 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).     

GENEROSIDADE EM TEMPOS DE CRISE


   A crise econômica não está impedindo o brasileiro de ser generoso. O País subiu 37 posições no ranking mundial de solidariedade, alcançando seu melhor resultado desde 2009. A generosidade do brasileiro foi medida pelo World Giving Index (WGI) da Charities Aid Foundation (CAF). No levantamento, a parcela de pessoas que doaram dinheiro aumentou de 20% para 30% em relação a 2015, enquanto a proporção dos que fizeram trabalho voluntário aumentou de 13% para 18% na mesma comparação. Mais da metade dos brasileiros entrevistados (54%) disseram que ajudaram um estranho no mês anterior à pesquisa, um aumento em relação aos 41% do levantamento passado. O WGI analisa o número de pessoas que ajudaram um estranho no mês anterior ao levantamento, fizeram trabalho voluntário ou doaram dinheiro para uma organização da sociedade civil. Foram entrevistadas 148 mil pessoas que vivem em 140 países. Segundo o estudo, o Brasil cresceu nos três aspectos. Foram entrevistados 1.004 brasileiros, entre 20 de outubro e 16 de novembro de 2015. Os organizadores acreditam que no próximo levantamento, os índices devem melhorar, pois os jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio incentivaram o voluntariado. De uma maneira geral, o Brasil é 0 68º no WGI. Entre os vizinhos da América do Sul, Chile, Uruguai e Peru estão na frente. Pelo terceiro ano consecutivo, o povo de Mianmar foi o mais generoso do mundo. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos e em terceiro, Austrália. Nem todos os ricos são solidários. Dos integrantes do G7, os países mais industrializados e ricos do mundo, somente três aparecem entre os 10: Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. O povo brasileiro tem fama de simpático e solidário, mas o voluntariado e as doações de forma sistemática não fazem parte da nossa cultura. Doar faz bem para quem ajuda e para quem recebe. Muitas vezes, diante de tantas denúncias de corrupção e irregularidades, há quem desconfie das instituições e deixe de contribuir para ajudar a melhorar a vida dos mais pobres. Mas há organizações sérias que precisam de colaboração, seja através do dinheiro ou do trabalho. Assim como acontece em outros países o voluntariado, no Brasil, precisa ser incentivado. Escolas e empresas são bons locais para semear essa ideia. (FOLHA OPINIÃO, página 2, quarta-feira, 26 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).  

terça-feira, 25 de outubro de 2016

COMPARAÇÃO E METÁFORA


   Quando estamos escrevendo um texto, tentamos sempre passar as ideias com clareza e expressividade, ou seja, transmitir as informações de forma a não deixar dúvidas sobre o que queremos dizer, da maneira mais completa possível. 
   A clareza vem da correta organização das informações, a fim de evitar ambiguidades ou qualquer tipo de confusão. Já com relação à expressividade, que é a capacidade de expressarmos tudo o que realmente queremos passar em um texto, depende, principalmente, da escolha das palavras utilizadas. 
   Por exemplo, se você diz que “tal pessoa é linda”, está sendo claro na informação que quer passar, mas se dizer que ela é “linda como uma flor”, a qualidade da pessoa (ser linda) é intensificada, ou seja, você conseguiu uma expressividade. Da mesma forma, dizer que “a sala está um forno” é uma frase muito mais expressiva que simplesmente “a sala está quente”, ainda que as duas tragam a mesma informação. 
   Nos dois casos, utilizamos um recurso muito comum em língua portuguesa: figuras de linguagem. Especificamente, duas delas: a comparação e a metáfora. As duas consistem no uso de uma palavra ou expressão fora de seu conceito habitual. Não estamos nos referindo a uma flor nem a um forno propriamente dito, mas sim a algumas características desses objetos, que relacionamos à pessoa e à sala, respectivamente. 
   Na comparação, essa relação é estabelecida através do uso de um conectivo: “como”, “tal qual”, etc. Já a metáfora não utiliza esses conectivos. É um tipo de comparação mais direta, implícita, ou, como dizem certos professores, uma comparação abreviada. 
   “Meu primo é forte como um touro!” – Trata-se de uma comparação, evidenciada pela presença do conectivo “como”. 
   “Meu primo é um touro!” – É uma metáfora.    Já que não usa nenhum conectivo para demonstrar a semelhança entre primo e o touro. 
   As figuras de linguagem, de um modo geral, são muito frequentes em textos literários, como poesias e letras de músicas. Na hora de interpretar o que o autor quis dizer ao utilizar uma delas, é necessário atentar para qual relação ele pretendeu estabelecer entre os elementos citados. 
   Por exemplo, quando Vinícius de Moraes, em seus Soneto de Fidelidade, afirma que o amor é uma “chama”, num claro exemplo de metáfora, temos que pensar nas possíveis características de uma chama que poderiam ser associadas ao amor. No caso do poeta citado, o próprio Vinícius nos ajuda a entender: 
   Eu possa me dizer do amor (que tive) : 
   Que não seja imortal, posto que é chama
   Mas que seja infinito enquanto dure.
   Como ele mesmo afirma, o amor não é imortal (como qualquer chama uma hora se apaga), mas é “infinito” (intenso) , enquanto dura, também como o fogo é forte, intenso. 
   Em alguns casos, a mesma metáfora (ou comparação) pode ser usada por vários autores, em contextos distintos, devido a sua grande expressividade. No caso do exemplo citado acima, Vinícius de Moraes compara o amor a uma chama, como já havia feito o poeta português Luís Vaz de Camões quatro séculos antes, ao afirmar que o “amor é fogo que arde sem se ver”.
   É bastante provável que você conheça muitos outros exemplos de comparação e de metáfora, inclusive no seu dia a dia, como quando diz que um problema “é um abacaxi” (metáfora) ou que Fulano é “burro como uma porta” (comparação). Sendo assim, vamos propor um pequeno exercício: comece a prestar atenção e, quando notar a ocorrência de uma dessas figuras, tente interpretá-las, identificar qual a semelhança entre os elementos associados. No caso do abacaxi, por exemplo, é provável que os espinhos da fruta sejam os responsáveis pela relação com um problema. Você também pode fazer esse exercício com um poema de que goste ou com a letra de suas músicas favoritas. 
   Se tiver alguma dúvida mande um e-mail. 
   Até a próxima terça!
(FLAVIANO LOPES – PROFESSOR DE PORTUGUÊS E ESPANHOL, * Encaminhe as suas dúvidas e sugestões para bemdito14@gmail.com caderno FOLHA 2, terça-feira, 25 de outubro de 2016. Publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

MEDIDA DE COMBATE À CORRUPÇÃO


   A última audiência pública promovida pela Câmara dos Deputados para discutir o projeto de lei 4.850/2016, conhecido como “10 medidas contra a corrupção”, foi realizada ontem em Curitiba com a presença do juiz Sérgio Moro e do procurador da República Deltan Dallagnol. No evento, organizado pela Comissão Especial da Câmara, que é encarregada de analisar a matéria, Moro cobrou uma posição do Congresso. O magistrado defendeu a aprovação das medidas na Câmara e no Senado e cobrou os políticos dizendo que o Congresso precisa demonstrar “de que lado se encontra nessa equação”. O juiz, que é responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, disse que viu com bons olhos a iniciativa do Ministério Público Federal (MPF) em apresentar as propostas e também o fato de a Câmara ter tomado para si essa tarefa de deliberar sobre o assunto. Moro e Desltan não concordam em um aspecto. Enquanto o magistrado acredita que mesmo a aprovação de parte das propostas será positiva, o procurador defende a aprovação de todas as medidas para realmente inibir comportamentos ilícitos. Segundo o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o MPF precisa de instrumentos suficientes para realmente conseguir prender e responsabilizar os corruptos. Esses instrumentos podem ser garantidos com a aprovação das 10 medidas. A Comissão Especial da Câmara vai começar a analisar o projeto de lei em novembro e a expectativa é que a votação em plenário aconteça em dezembro. As 10 medidas foram apresentadas pelo MPF ao Congresso em 29 de Março, acompanhadas de 2,5 milhões de assinaturas de apoio popular. O projeto tem 60 artigos prevendo, entre outros, a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos, aumento das penas e crime hediondo para a corrupção. É triste reconhecer que o Brasil é um dos países mais corruptos do mundo e que pouco se tem feito para diminuir esse problema. Por isso, é importante que o debate das 10 medidas chegue logo ao Congresso. Hoje, após revelado o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras, a corrupção é um tema sensível aos brasileiros. A farra com o dinheiro público precisa acabar e para que isso aconteça as reformas devem ser amplas. (FOLHA OPINIÃO, página 2, terça-feira, 25 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

LOGO ALI NA CABECEIRA

Apresentado por Maria Bethânia, o Livro do Desassossego acompanha o jornalista Renato Fiorin Júnior desde a adolescência

   Na edição dedicada aos livros e à literatura, uma questão foi respondida aqui por uma universitária e um jornalista. Mas fique à vontade você também pode refletir: qual o livro que marcou sua vida?
   Escolher um único livro entre todos que já passaram por nossas mãos pode até parecer uma tarefa ingrata. Há quem precise fazer uma lista dividindo livros importantes por fases da vida ou então estilos literários. Também existem aqueles que não conseguem mesmo se decidir, como se a pergunta se traduzisse em algo como ‘qual seu filho predileto?’
   Mas para alguns, a resposta está na ponta da língua. Caso do jornalista Renato Fiorin Júnior, que não hesita nem um pouco para afirmar qual livro marcou sua vida. “É que ele está muito na frente dos outros”, justifica. O título em questão é o Livro do Desassossego, de Bernardo Soares – um dos heterônimos de Fernando Pessoa. 
   Descoberta na adolescência, a escrita de Pessoa ainda faz parte da rotina do jornalista. É, literalmente um livro de cabeceira, considerando que Fiorin costuma recorrer às páginas dele antes de dormir. “É um livro de fragmentos, então não preciso ler do começo ao fim”, explica, sobre a leitura aleatória que costuma praticar. “ É um livro que ganha na releitura”, garante ele, lembrando que não é e não vai ser o mesmo ao longo da vida.
   E quando o Nobel de Literatura dado para o músico e compositor Bob Dylan ainda repercute mundo afora, Fiorin lembra que quem lhe apresentou aos textos de Pessoa foi a cantora Maria Bethânia, objeto de estudo dos seus mestrado e doutorado. No CD de 1997 Imitação da Vida, que reproduzia um show ao vivo, as canções são costuradas com textos de Fernando Pessoa e seus heterônimos Alvaro de Campos e Ricardo Reis. “ Acho o máximo essas várias máscaras e personas de Pessoa”, diz. 
   “Fui correndo atrás do Livro do Desassossego”, lembra o jornalista que hoje tem duas edições da publicação. A versão de bolso, que o acompanha nas viagens e está sempre à mão, e a maior de capa dura. “Também costumo presentear muito com o Livro do Desassossego, independente do gosto da pessoa. É universal”, garante Forin. Traduz a alma humana com muita clareza”, afirma. 

   SEM DISTINÇÃO DE MÍDIAS 
    
A universitária Ágatha Zago costuma ler um livro a cada dois ou três dias e nõ faz distinção das mídias, tanto pode ser um e-book quanto um PDF. Mas os preferidos acabam ganhando a versão impreesa e indo para sua biblioteca particular
   Para a universitária Ágatha Zago, apesar de se tratar de um livro de fantasia, “A Dança da Floresta”, de Juliet Marillier, “traz os valores que prezo como amizade e família”, justifica sobre o título que marcou sua vida. Inserida desde pequena no universo da literatura pelo exemplo dos pais, a estudante cresceu cercada por livros. “ Tive incentivo e muitos livros à disposição. Eu ia com meu pai aos sebos, comprava gibis, Achava tão bacana aquele passatempo deles de lerem e quis para mim também”, explica. 
   “ A capa me interessou bastante”, lembra Ágatha sobre A Dança da Floresta, que leu lá pelos 13, 14 anos e a transportou para um mundo paralelo. Na mesma época teve contato com títulos de grande repercussão como a saga Crepúsculo . “ Comecei com os best-sellers e depois fui para os clássicos, primeiro os ingleses, e agora os brasileiros. 
   Depois dos vampiros e lobisomens de Crepúsculo, a universitária descobriu a Jane Austen, de Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade, entre outros. “ Só faltou Emma, estou sem paciência para ela”. Brinca. A lista ainda inclui O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brante. “Estou começando com os clássicos brasileiros como Machado, Drummond e Clarice”, avisa Ágatha. Já criando uma intimidade com os autores. 
   Mesmo acostumada a baixar e-books e PDF. Ela ainda faz questão de ter as edições impressas de alguns títulos especiais. “Tem aquele momento que se apaixona e quer ler de novo”, explica Ágatha. Apesar de ler fluentemente em inglês, ela participa da campanha para que as editoras publiquem no Brasil livros que só são encontrados no exterior. “Fazemos uma pressão básica”, avisa.
   “Não consigo dormir sem ler”, entrega a universitária. Por conta disso, ela costuma ela costuma terminar um livro a cada dois ou três dias. E não tem preconceitos, uma fanfic. “Muita gente não gosta, mas dá para encontrar pérolas interessantes ali”, avisa. (KARLA MATIDA – Reportagem Local, caderno caderno FOLHA MAIS, 22 e 23 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CONVIVA COM A POTENCIAL DEMISSÃO


   Outro dia estive com o gerente de área de uma média empresa. Ele está lá há vinte anos e tornou-se um especialista em sua função. No auge da conversa, perguntei-lhe como se sentiria se fosse demitido. Seu semblante mudou. Ele demonstrou-se repentinamente rude e afirmou que ninguém o demitiria, exceto o diretor que o contratou. E se soubesse dessa intenção, preferiria ele mesmo pedir as contas para que nunca fosse demitido. 
   Bem. Eu estava diante de um quadro psicológico nítido e típico de preconceito. A raiz? Sólida crença em que “ ser demitido” é humilhação. Será?
   Coisa antiga! Tão ultrapassada quanto a expressão: “ficar com a carteira suja”.
   Até a década de 1980, não era comum o funcionário ser demitido. Mas por volta dos anos 2000 isso mudou. Hoje, grandes empresas anunciam cortes de dois mil, seis mil, dez mil funcionários e os analistas de mercado veem com bons olhos. 
   Na nova realidade, colaboradores eficientes e que receberam elogios por seu desempenho podem ficar sem emprego de uma hora para outra. É a volatilidade do emprego e rearranjo constante a que as empresas se submetem em busca de eficiência. Por isso, a sabedoria manda ser prudente. Caso a demissão não aconteça, tudo bem. Mas se vier, os prevenidos terão menos problemas. 
   Sugiro três diferentes atitudes a quem quiser se adaptar.
   Comece pelo currículo. Deixe-o permanentemente atualizado.
   Depois, revise os seus contatos. Desenvolva e mantenha relacionamento com gente estratégica, pessoas de decisão e influentes. Armazene no seu banco de dados: nome completo, número de telefone, e-mail e estabeleça vincula discreto e frequente com cada uma delas. Detalhe: não exagere. Tenha fineza. 
   Em terceiro, economize dinheiro. Faça uma reserva e não gaste. Este deve ser um fundo para emergências. 
   A coisa proibida é você ser como um navio ancorado no cais. Até porque, Assim como o navio são feitos para enfrentar o alto-mar, um profissional bom e organizado deve estar pronto para os desafios e as mudanças que qualquer carreira exige. E de agora em diante mais ainda! (ABRAHAM SHAPIRO, consultor e coach de líderes em Londrina, caderno FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, coluna ABRAHAM SHAPIRO, segunda-feira, 24 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

TRANSTORNO DE ANSIEDADE


   A primeira história que estou aqui para contar é a forma como o cérebro dos mamíferos se organizou para que pudéssemos sobreviver em um ambiente hostil, de forma a preservar nossa existência até os dias de hoje. Esse engenhoso aparato, que no ser humano atinge seu ápice de complexidade, é dotado em nós mamíferos do chamado Sistema Límbico, responsável pelas nossas reações automáticas, tão rápidas e tão previsíveis que sequer tomamos consciência delas. Ao identificar emoções como medo e raiva, esse sistema dispara uma resposta do organismo que nos prepara para fugir ou lutar, antes mesmo que nos tornemos conscientes delas. 
   Essa chamada reação de fuga-luta faz com que haja toda uma preparação do nosso corpo para sobrevivência ao perigo que ronda. O coração acelera, a pressão sobe, o sangue oxigena mais porque respiramos mais rápido e mais forte, as pupilas se dilatam para que enxerguemos melhor o ambiente, os músculos se contraem. Enfim, neste momento estamos prontos para a batalha. 
   A segunda história é a de um garoto que nasceu na década de 70. Cresceu jogando futebol na rua, andando de bicicleta e brincando de esconde-esconde. Esperava com empolgação o carteiro, que era o portador de novidades, quando as tinha. Tinha televisão, mas um aparelho de 20 polegadas na sala, que pegava dois ou três canais, de forma sofrível (com direito a palha de aço na antena!). Esse cara cresceu e hoje convive com um bombardeio de informações que chegam de todos os lados, todos os dias. Os e-mails (o carteiro moderno, que chega a qualquer momento com alerta no celular que tem nova mensagem), vídeos na rede, redes sociais etc nos inundam o cérebro diariamente com uma avalanche de informações.
   Esse cérebro passo a processar um quantidade surreal de estímulos. E nosso pensamento ficou excessivamente acelerado. Porém, com isso, passamos a cultivar em nossa mente uma chuva de pensamentos quase simultâneos, numa sucessão alucinante, quase sempre de baixa qualidade e de pouca correspondência com a realidade. Temos uma urgência incontrolável para tudo e temos a mente consciente voltada quase sempre para o momento futuro. E esse futuro normalmente é recheado de receios e perigos. Afinal, a ansiedade é a antecipação de ameaça futura.
   Aqui as duas histórias se entrelaçam. A sensação de ameaça torna nosso sistema límbico hiperativo, e passamos a padecer fisicamente por conta de nosso descompasso mental moderno. E aí, vemos todos os dias nos consultórios médicos indivíduos com queixa de palpitações, falta de ar, dor no peito e vários outros sintomas. Claro que uma avaliação médica é importante, afinal, podemos estar diante de uma doença física instalada, que demanda seu tratamento. Mas o diagnóstico em grande parte das vezes é transtorno de ansiedade. 
   E esse transtorno de ansiedade, que nos mantém presos ao futuro cheio de perigos, nos proporciona sofrimento imensurável no momento presente. Afinal, só nos pertence o momento presente, nada mais. Portanto, torna-se imprescindível identificar esse mal e trata-lo. O tratamento passa muitas vezes por medicações para alívio de sintomas e psicoterapia, além de ferramentas que aumentam a chance de sucesso com atividade física regular e técnicas de alívio de estresse, como ioga ou meditação transcendental.
   Termino citando Dalai Lama: “Os homens perdem saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro . E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido. (OTAVIO CELESTE MAGILI, médico cardiologista em Maringá, página 3, , segunda-feira, 24 de outubro de 2016,  coluna ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

SAÚDE LANÇA AÇÃO NACIONAL DE COMBATE À SÍFILIS

A taxa de detecção da sífilis entre as gestantes, em 2015, foi de 11, 2 casos para cada mil nascidos vivos

   Proposta é mobilizar gestores e profissionais de saúde sobre a importância da detecção e do tratamento da doença durante o pré-natal 
   Brasília – O Ministério da Saúde lançou n a quinta-feira (20) uma ação nacional de combate à sífilis. A proposta é mobilizar gestores e profissionais de saúde sobre a importância da a detecção e do tratamento da doença durante o pré-natal. O anúncio foi feito durante reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, na rede da Organização Pan-americana da Saúde (Opas). 
   Na ocasião, o governo federal e 19 associações e conselhos de saúde assinaram uma carta compromisso estabelecendo ações estratégicas para a redução da sífilis congênita no país com prazo previsto de um ano. O foco é detectar precocemente a doença no início do pré-natal e encaminhar tanto a gestante como o parceiro para imediato tratamento com penicilina. 
   De acordo com o ministério, a estratégia prevê, entre outros aspectos: o incentivo à realização do pré-natal precocemente no primeiro trimestre da gestação; a ampliação do diagnóstico por meio de testes rápidos; o tratamento oportuno para a gestante e seu parceiro; e o incentivo à administração de penicilina benzatina (único medicamento seguro e eficaz na prevenção da sífilis congênita).
   Ainda durante a reunião, a pasta apresentou campanha publicitária a ser veiculas em mídias sociais chamando atenção para ações de prevenção à sífilis. “Nosso objetivo é reunir a sociedade no esforço de combate à sífilis. Assim, poderemos incentivar a testarem principalmente as grávidas para evitar a transmissão vertical da doença”, explica o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
   DETECÇÃO
   A detecção da sífilis, de acordo com o ministério, é feita atualmente no Brasil por meio de testes rápidos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). No caso das gestantes, a indicação da realização do teste rápido ocorre já na primeira consulta do pré-natal – daí a importância de conscientizar mães e parceiros a iniciar o acompanhamento no primeiro trimestre da gravidez.
   “Um grande desafio é o início precoce, já que culturalmente as mulheres tendem a procurar o médico apenas quando a barriga aparece, o que diminui as chances de cura da sífilis para a mãe e facilita a transmissão da doença para o bebê”, disse a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken. 
   Outra ação lançada pela pasta durante o evento trata do Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis, que tem como objetivo orientar e subsidiar profissionais de saúde da atenção básica na realização da testagem para a doença.
   BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 
   No Brasil, todos os tipos de sífilis são de notificação obrigatória há pelo menos cinco anos. Dados do último boletim epidemiológico, referentes aos anos de 2014 e 2015, indicam que a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%; a sífilis em gestantes, de 20% e a sífilis congênita, de 19%.
   Em 2015, foram notificados 65.878 casos de sífilis adquirida no país. No mesmo período, a taxa de detecção foi de 42,7 casos para cada 100 mil habitantes, sendo a maioria em homens – 136.835 casos (60,1%). No período de 2010 a junho de 2016, foi registrado um total de 227.663 casos de sífilis adquirida. 
   Entre gestantes, em 2015, a taxa de detecção da sífilis foi de 11, 2 casos para cada mil nascidos vivos, considerando um total de 33.365 casos da doença. Já de janeiro de 2005 a junho de 2016, foram notificados 169.546 casos. Com relação à sífilis congênita ( em bebês), em 2015, foram registrados 19.228 casos – uma taxa de incidência de 6,5 para cada mil nascidos vivos. 
   CONTROLE
   Apesar de reconhecida na Assembleia Mundial da saúde como essencial para o controle da transmissão vertical da sífilis, a penicilina benzatina apresenta, desde 2014, um quadro de matéria-prima para a produção.
   Este ano, o governo brasileiro, em caráter emergencial, adquiriu 2,7 milhões de frascos do medicamento, com prioridade na prescrição para grávidas e seus parceiros. Numa tentativa de assegurar o tratamento às gravidas, a pasta publicou a Resolução nº 3161/2011 permitindo que a administração da droga seja feita também por equipes de enfermagem. (PAULA LABOISSIÉRE – Agência Brasil, página 2, caderno FOLHA CIDADES, sexta-feira, 21 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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