sexta-feira, 30 de setembro de 2016

VOTO CONSCIENTE

 

   É ano de eleições. Vários candidatos a Prefeito e Vereador estão de olho no seu voto, para serem eleitos e, assim, poderem, legitimamente, governar o seu Município. O Bom político sabe governar bem todos e tudo num Município, e busca gerir os rumos de uma cidade da melhor forma possível. O bom candidato faz o bem a tudo e a todos. Uma pessoa má, interesseira ou egoísta, não saberá ser bom administrador do bem comum e da vida de todos. 
   Os Bispos do Brasil dão orientações para as eleições deste ano de 2016. Nestas, os Bispos ‘convocam os leigos e leigas para serem protagonistas antes, durante e depois do processo eleitoral, assumindo uma democracia atuante. A Igreja conclama que é preciso estar atento às fontes de arrecadação, bem como, prestação de contas por parte dos candidatos”.
   Ninguém pode abdicar da participação na política. Precisamos escolher e votar em candidatos honestos e competentes. O católico ou a católica que recebeu o dom de Deus para governar e cuidar do bem público, que recebeu de Deus vocação para atuar na política não pode se omitir. Hoje temos muitos políticos maus, porque sempre foram maus, interesseiros e corruptos, porque votamos mal e porque muitas pessoas boas acharam melhor não entrar na política. A política é uma nobre forma de caridade, como lembra nosso Papa Francisco: “devemos envolver-nos na política, pois a política é uma das formas mais alta da caridade, porque busca o bem comum. Se o político se tornou uma coisa suja, isso se deve também ao fato de que os cristãos se envolveram na política sem espírito evangélico”.
   Todos devemos participar das eleições municipais. É ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum. Digamos não à intolerância política. Nada de agredir ou difamar a outra pessoa: nunca! É fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência. 
   Importante é conhecer os candidatos e a sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções a que se candidataram. Aos prefeitos espera-se conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e poderes econômicos. Dos vereadores se requer ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo. 
   A igreja incentiva os cristão leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé, que não deveriam abandonar, nem antes e nem depois da Eleição. 
A partir do Evangelho de Jesus, a Igreja convida os cristãos a votarem em candidatos que se proponha a governar pelos pobres, e, a partir dos pobres, para todos. Só merece nosso voto quem já fez e está fazendo o bem para sua comunidade. Quem só promete não merece nosso voto. ( FONTE:
DOM JOÃO INÁCIO MÜLLER, Bispo da Diocese de Lorena/SP, página 6, PALAVRA DA IGREJA, revista CANÇÃO NOVA, Setembro 2016).
 

DEFICIT PÚBLICO PREOCUPA O PAÍS


   O governo federal (formado pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central ) ultrapassou a meta de deficit primário esperada para 2016. Nos 12 meses terminado em agosto, o resultado negativo chegou a R$ 172.195 bilhões, contra uma meta estipulada de resultado negativo de R$ 170,5 bilhões para este ano. A queda das receitas e o crescimento de despesas obrigatórias são apontados como os responsáveis pelo cenário que despontou mês passado. Entende-se por deficit primário o resultado negativo das contas públicas desconsiderando o pagamento dos juros de dívida pública. Apenas em agosto, o governo central registrou deficit primário de R$ 20.346 bilhões. Foi o pior resultado negativo para o mês desde o início da série histórica, em 1997. É um número bastante preocupante porque representa quatro vezes o déficit de R$ 5.061 bilhões registrado em agosto de 2015. De janeiro a agosto de 2016, o deficit primário chega a R$ 71,419 bilhões, também o pior resultado para o período na história. De janeiro a agosto de 2015, o governo registrou resultado negativo de R$ 13,964 bilhões. Para a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, o fato de o deficit no acumulado nos 12 meses ter ultrapassado a meta deste ano representa um efeito estatístico da quitação de passivos da União com bancos públicos e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo ela, o pagamento dessas despesas significou desembolso de R$ 55.6 bilhões em dezembro do ano passado. Por isso, ela acredita que o cumprimento da meta de deficit de R$ 170,5 bilhões será possível. A secretária apontou outro fator como responsável pelo saldo negativo: a Previdência Social, que alcançou deficit de R$ 87, 574 bilhões nos primeiro oito meses do ano, enquanto o Tesouro e o Banco Central tiveram superávit de R$ 16,156 bilhões. A baixa arrecadação preocupa muito, mas diminuir os gastos públicos pede ações urgentes e a reforma da Previdência precisa ser encarada como fator fundamental para reverter as contas do governo federal. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira, 30 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

DUZENTAS VEZES

Técnico sempre viveu um caso de amor e ódio com a torcida, mesmo durante a grande campanha na Série B

   No sábado, treinador do LEC chega a expressiva marca no comando do Londrina e pode ser presenteado com vitória, que garante no G4
   Colecionador de títulos e marcas, o técnico Cláudio Tencati chega a mais um recorde no comando do Londrina. O jogo contra o Oeste, sábado, no Estádio do Café será o 200º do treinador à frente do alviceleste. 
   Treinador mais longevo de um clube brasileiro, de forma ininterrupta, - assumiu o LEC em abril de 2011 – ele acumula um retrospecto com 98 vitórias, 56 empates e 46 derrotas. Um aproveitamento de 58%. Nas 199 partidas, o Londrina marcou 293 gols e sofreu 162 na era Tencati.
   Nenhum outro treinador ficou tanto tempo no comando do clube e dirigiu a equipe por tantas partidas. Ele foi peça importante na construção do futebol alviceleste nos últimos cinco anos. 
   Tirou o time da Divisão de Acesso do Paranaense e levou o clube à Série B do Brasileiro. Foi campeão estadual da Segundona, em 2011, e da primeira divisão, em 2014, além de conseguir os acessos para as Séries C e B. 
   “Não sou muito fã destas marcas. Sei que vai ter uma camisa preparada lá no estádio, mas queria mesmo era ficar quietinho lá na minha e fazendo o meu trabalho”, despistou o treinador. Tencati fez questão de ressaltar o respaldo que teve do clube e do gestor Sérgio Malucelli para chegar aos 200 jogos e comparou a sua relação com o Londrina como a do técnico Tite com o Corinthians. 
   “ Se o Tite está na seleção hoje, ele deve isso ao Corinthians. Em vários momentos de crise, ele foi mantido e foi esta estabilidade, que criou a credibilidade de um trabalho a longo prazo”, citou. “ Se eu tenho essa credibilidade é em função do Londrina ter me dado crédito. A marca é do clube também, já que o clube é o grande investidor fo treinador”, completou.
   Apesar de todas as conquistas e dos números, Tencati sempre viveu um caso de amor e ódio com a torcida. Mesmo nesta Série B, com o time fazendo ótima campanha e ocupando uma vaga no G4, não é raro o treinador ser hostilizado por alguns torcedores quando o time não vence e não vai bem no Café. 
   Mais do que comemorar os 200 jogos, o treinador quer mesmo uma vitória diante do Oeste e, consequentemente, a permanência no G4. “ É uma marca bacana, mas o foco total é no jogo e no contexto da partida. Não vou me preocupar com este tipo de comemoração”, afirmou. 
   Londrina e Oeste se enfrentam às 18h30, no Estádio do Café, em partida válida pela 28ª rodada do Brasileiro da Série B. ( LUCIO FLÁVIO CRUZ – Reportagem Local, página 10, FOLHA ESPORTE, quinta-feira. 29 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA E LONDRINA)

A ERA DE EMPATIA QUE AS REDES SOCIAIS NOS ROUBARAM


   As mídias sociais são repetitivas, assim como quem nela se reproduz. E nesta repetição, vez ou outra surge em timelines um texto que diz: “Falta amor no mundo, mas também falta interpretação de texto”. Como estudante do discurso, tal frase chama-me muito a atenção para as inúmeras possibilidades de versões que esta máxima traz. Falta, sim, muito amor no mundo. Falta também, bastante interpretação textual. Mas creio que, ultimamente, tem faltado ainda mais a empatia. 
   Na Carta aos Colossences , o Apóstolo Paulo advertiu: “Suportai-vos uns aos outros!” (3, 13) . O Houaiss oferece para este verbo três definições: 1) ser capaz de segurar ou carregar; 2) tolerar, aturar, conviver pacificamente; 3) ser firme diante de algo (penoso). Tais declarações propiciam ir muito além a partir delas: carregar o fardo do amigo que sofre e não apenas um peso material; segurar a barra quando as coisas em casa não vai bem; tolerar aquele trabalho cujo clima beira o inóspito por uma razão justa; aturar alguém que nunca quer amadurecer frente as adversidades; conviver pacificamente com quem lhe faz – ou tenta fazer – o mal respondendo-lhe sempre com o bem; ser firme diante de algo injusto, não porque se quer tirar vantagem ou lhe atinge, mas tão-somente em comunhão com a dor do próximo que, às vezes, nem lhe é tão próximo assim, faz-nos crer que suportar uns aos outros, como sugeriu São Paulo, é, antes de tudo, ser empático.
   Empatia vem do grego empatheia e significa “paixão”. Presume-se uma comunicação afetiva para com o outro. É sinônimo de compaixão, que do latim denota “sofrer junto”. Diferente da simpatia, que é um laço criado pela inteligência, a empatia envolve a emoção: sofre-se no lugar do outro, pelo outro, com o outro. Ama-se, alegra-se, chora junto. Tudo com, nada só.
   E as redes sociais, com todos os benefícios que nos trouxe, abriram-se as portas também, para os apáticos, os indiferentes, os repugnantes. Ou, como afirmou Umberto Eco: “deram voz a legião de imbecis”. “Fatura-se” ao preço da indiferença com fotos de artistas mortos, comentário depreciativos, vídeos cujos objetivos sejam apenas denegrir e expor qualquer cidadão )de preferência algum que tenha prestígio, que é para manchar a imagem), além de se tornar o antro do bisbilhotar alheio: verifica-se o que você come e, se não gosta, bane-lhe. Observa-se onde vai e, se não aprova, massacra-lhe. Aproveita-se para ver se está andando no caminho de Deus, pois caso não esteja, trata-se de informar-lhe ali mesmo, para que sirva de exemplo aos demais, que tipo de pessoa está apta ao inferno. Finge-se, similarmente, ser bom: compartilha-se imagens de bichos mortos ou bebês deformados crente que tal ato gerará uma renda de $ 0,01 sem nunca procurar saber se isso é verdade, ou ainda sem nunca ir a um orfanato dar a uma criança a alegria da presença quente e humana e, com ela, entender que há sofrimentos maiores que se pensou. Ai dos gays, dos cristãos, dos petistas, das loiras, dos negros e dos ateus! Se não andarem conforme mandam as regras sociais do ambiente virtual, não serão perdoados! Não passarão! 
   Falta, sim, amor no mundo. Falta, também, interpretação de texto. Mas falta, demasiadamente, a empatia. O que não falta é a oportunidade de usar a velha máxima de nossos antepassados, e que voluntariamente tem ficado despercebida. “A palavra vale prata; o silêncio vale ouro”. Silenciar é um meio de ser empático. É uma forma, idem, de ajudar aos de bom espírito a praticarem o que pediu Paulo: suportar a era que poderia ser de empatia, mas que as redes sociais nos roubaram. E só nos roubaram porque “curtimos”. (EVELYN MAYER, professora de língua portuguesa e mestranda em Estudos da Linguagem na cidade de Londrina, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, quinta-feira, 29 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

ESCOLHAS


HÁ CERCA DE UM ANO, tomei a decisão de andar mais a pé. Caminhar e perceber de maneira mais próxima aquilo que a vida dentro do carro não nos permite. Eu sei que o bairro onde moro, com muito comércio, facilitou minha decisão. E meus filhos são sempre meus companheiros nessas caminhadas. Todos os dias, eu pego os dois na escola. De novo, a pé, em dias de sol ou de chuva. E, quer saber, o caminho de volta para casa é, muitas vezes, a melhor parte do meu dia. São minutos em que eu me sinto muito próxima deles, sem tantas distrações. A gente anda, conversa, dá risadas. Lucas se diverte com folhas de árvores caída no chão. Clara me chama a atenção para o sol que está se pondo. O fato de ser um tempo com eles considerado bom não significa que é sempre fácil. Às vezes estou cansada e há momentos em que um deles está irritado ou mal-humorado e o clima entre nós fica tenso. Mas eu também entendo que isso faz parte da vida. Andar mais a pé e viver a rotina da cidade de um jeito intenso foi uma escolha. À primeira vista parece até uma decisão meio boba, mas não é. Precisei lidar com meus medos da violência urbana e deixa-los caminhar mais soltos. Acho que foi meu jeito de fazer como a mãe passarinho, que aos poucos incentiva os filhotes a voar. Ela sabe que o céu está cheio de perigos. Mas é preciso passar por isso para aprender a crescer com liberdade. Nossa reportagem que ilustra a capa é sobre as escolhas. A vida é cheia delas e é preciso fazê-las com ponderação e também coragem. Então saia dessa região, que é a dúvida, e descubra como tomar decisões mais equilibradas. O céu (ou a vida) te espera. (ANA HOLANDA – editora, Carta ao Leitor, revista VIDA SIMPLES , ABRIL 2016, impressa na Gráfica Abril (SP).

NOVOS CURSOS DE MEDICINA


   
   A decisão do Ministério da Educação (MEC) autorizando a abertura de 2,290 novas vagas para Medicina em universidades particulares brasileiras é muito importante para atender ao programa Mais Médicos. No total, foram selecionadas propostas de 37 municípios, distribuídos em dez estados. No Paraná, estão autorizadas 215 novas vagas em quatro novos cursos que vão contemplar as cidades de Campo Mourão, Guarapuava, Pato Branco, Umuarama, Cascavel e Maringá. São Paulo é o estado com mais cidades contempladas pela nova medida do MEC, seguido por Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. O governo federal tem pressa em colocar os novos cursos funcionando. Tanto que as mantenedoras terão um ano e meio para abrir as novas turmas. Há uma série de trâmites a serem cumpridos e, caso alguma entidade não consiga preencher todas as exigências, outra empresa será classificada dentro do mesmo estado. O MEC publicou também outras 13 portarias que aumentam em 583 o número de vagas em faculdade de Medicina já existentes em 12 cidades brasileiras, incluindo capitais como Salvador (BA), Vitória (ES), Recife (PE) e Fortaleza (CE).
   Segundo o ministério, 216 cidades se inscreveram no edital, publicado dois anos atrás, para conseguir autorização para abrir as faculdades. As trinta e sete cidades escolhidas apresentaram requisitos como bons indicadores de qualidade, condições financeiras e sólido projeto pedagógico para a formação médica. Os municípios que se candidataram deveriam ter mais de 70 mil habitantes e não contar com outra faculdade de Medicina. A expansão das faculdades de Medicina é importante, mas precisa seguir o rigor de qualidade e acompanhamento pelo MEC. Um ponto bastante positivo para esse processo é que há uma mudança na lógica de abertura desses novos cursos, pois as entidades de ensino superior precisam desenvolver propostas levando em consideração as necessidades do País. (FOLHA OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 29 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

LONDRINENSES NO TEDX

Os TEDx são eventos realizados por conferências no formato de conversas de até 18 minutos com pessoas anônimas ou não com história profissionais inspiradoras
   “Inspiração Pé Vermelho” será o tema do evento mundial, que será replicado na cidade com depoimentos de pessoas com experiências profissionais para compartilhar
   O TEDx Igapó, primeiro evento do gênero em Londrina, será realizado amanhã, das 15h às 21h. Na sala 311 do Colégio Londrinense, 12 speakers londrinenses e de fora da cidade contarão experiências pessoais ou profissionais inspiradoras para 100 espectadores presenciais e outros 400 que acompanharão online a Transmissão ao vivo no Teatro do Colégio Londrinense. Como o número de inscritos ultrapassou a capacidade dos locais do evento , as inscrições já foram encerradas. Porém, o TEDx Igapó também será transmitido ao vivo pelo site do oficial do evento, ted-xigapo.com.br 
   Os TEDx são eventos realizados por organizadores independentes em todo o mundo sob licença concedida pela TED, uma conferência realizada anualmente nos Estados Unidos ou no Canadá. Esses eventos visam disseminar nas comunidades boas ideias nos moldes dos eventos TED, que são nada mais do que conversas de 18 minutos ou menos com pessoas anônimas ou não, que tenha uma história interessante para compartilhar. A TED começou em 1984 como um conferência sobre Tecnologia, Entretenimento e Design (poor isso o nome TED), mas que hoje aborda tópicos que vão desde ciência e negócios até problemas globais. 
   A licença para a realização do TEDx Igapó foi adquirida em fevereiro por Luciano Costa – que também é gestor de projetos do Centro Universitário Filadélfia (UniFil). O TEDx Igapó terá como tema “Inspiração Pé Vermelho”. De acordo com Costa, o objetivo era reunir, no evento, speakers que tivessem “uma experiência de vida profissional ou pessoal que foi relevante para ele e que tenha impactado o local onde vive o trabalha positivamente”. “São pessoas inspiradoras que têm o interesse de compartilhar o conhecimento e não só guardar para ele”, continua. 
   EMPREENDEDORISMO 
   Dentre os speakers do TEDx Igapó , estão Roberto Moreira, Gabriel Lorencette e Marion Pascoal, fundadores da startup Adeliveria.com adquirida pelo iFood em 2014. O trio irá falar sobre o tema “Antes feito do que perfeito”. “ A ideia é passar uma mensagem positiva para empreendedores do que vivemos e que dá para fazer com poucos recursos”, explica Moreira, que também fomenta o empreendedorismo na região por meio de palestras e consultorias. Para Pascoal, o TEDx Igapó será uma oportunidade de repassar sua experiência para que outras pessoas possam ter a mesma oportunidade como empreendedoras. “ É uma missão que temos agora”, diz. “ Quando ficamos sabendo do convite ficamos animados porque somos fãs do formato do TEDx, que tem impacto global”, comenta ainda Lorencetti. 
   PERSISTÊNCIA
   Outros dois speakers é Nilo Kato com sua história de superação e empreendedorismo depois de passar 15 anos no Japão e voltar ao Brasil sem perspectivas. Ele é dono da Hachimitsu, atelier de doces que hoje possui cinco postos de venda na cidade. Outra loja está prevista para ser inaugurada ainda neste ano, no máximo em janeiro do ano que vem. O tema da fala de Kato será “ Só não vence quem desiste”. “ Estive no ponto de querer desistir (no início de sua história de empreendedorismo), e alguém me inspirou e disse que ‘só não vence quem desiste’. Essa filosofia carrego para mim e é algo que quero repassar para outras pessoas.”
   CORAGEM
   “ Qual o tamanho de sua coragem?” será o tema abordado por Márcia Manfrin, que também vai compartilhar sua história do TEEDx Igapó”. “ É bastante fundamentada em minha história de vida. É uma inspiração para que as pessoas busquem dentro de sio melhor de cada uma delas. Falar sobre coragem é bastante fácil para mim no sentido de que sempre uma vida em que fui desafiada e tive ousadia e coragem em tudo o que fiz.” Para ela “ todas as pessoas têm algo para compartilhar, constroem sua história e reputação e se transformam em sua pessoa que acaba sendo lembrada”.
   PROPÓSITO
   Flávio Tavares, diretor da GolSat é um dos líderes fundadores do Instituto PARAR, vai falar no evento sobre o propósito de cada um. “ Por que você nasceu?” é o tema de sua fala. “ Para as pessoas entenderem que, através de sua profissão, de seu trabalho, podem dar uma contribuição mais significativa para a sociedade, estimulá-las a pensarem ‘fora da caixa’”, justifica. Há oito anos à frente dos setores de Marketing e Vendas da GoldSat, ele ressalta que tudo o que prega “é possível” porque é baseado no que já fez em todos os seus anos de experiência. “O que digo é possível”.
A lista completa dos speakers pode ser consultada em tedxigapo.com.br. Seguindo os ideais da TED de tornar boas ideias acessíveis, eles não recebem nenhum cachê para participar do evento, e quem trabalha na organização também é voluntário. O evento conta com a parceria da UniFil, Sebrae, construtora Vectra e do Greupo Frezarin e com o apoio da Arruda Produções. ( MIE FRANCINE CHIBA - Reportagem Local, caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, página 3, quarta-feira. 28 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

UMA DIFÍCIL DECISÃO


   O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retornar hoje julgamento que decidirá se os estados e municípios têm obrigação de custear medicamentos de alto custo para portadores de doenças raras que não têm condições financeiras de arcar com as despesas de tratamento. O pagamento dos remédios atendem a decisões judiciais porque não estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou não têm registro da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nos últimos seis anos, a Secretaria de Saúde do Paraná gastou R$ 440 milhões para atender a essa demanda. O Paraná tem hoje 8.910 pacientes que fazem uso desses medicamentos. O julgamento foi interrompido no dia 15 de setembro depois do pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso e o tema está previsto para voltar à pauta na sessão de hoje. O processo em andamento no STF diz respeito a dois casos específicos, um de hipertensão pulmonar e outro de doença renal. Certamente, o que for decidido pelos ministros da Suprema Corte irá afetar os outros pacientes que têm o tratamento garantido pelo poder público. Pacientes, amigos e familiares, assim como entidades de defesa dos direitos de pessoas que sofrem com doenças raras, acompanham com preocupação a discussão no STF. Tanto que nos últimos dias ocorreram manifestações em várias capitais do País alertando a população sobre os riscos de que uma decisão contra os pacientes tenha reflexos em outros casos semelhantes no País. Municípios, governos estaduais e federais também acompanham com interesse o julgamento, pois é certo que a obrigação da obrigatoriedade tem impacto nas contas públicas. A Advocacia-Geral da União lembra que de janeiro a julho deste ano Ministério da Saúde cumpriu 16.301 ações que tratam do fornecimento de medicamentos e tratamentos, mais do que durante todo o ano passado inteiro (14.940). A decisão é muito complexa porque envolve vidas. O debate na Suprema Corte mostra que é preciso melhorar as políticas de saúde para pacientes com doenças raras e aprimorar os processos de incorporação de novos medicamentos pela Anvisa. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira. 28 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

terça-feira, 27 de setembro de 2016

COMO ESTUDAR: O FICHAMENTO

 
   Uma das dificuldades que muitos estudantes enfrentam é como estudar o conteúdo que aprenderam em sala de aula. Há diversas estratégias que podem ajudar nesse processo, como fazer exercícios, por exemplo, mas às vezes é preciso estudar uma determinada teoria e, aí, corre-se o risco de cair na armadilha da “decoreba”. Os problemas de se tentar decorar começam com nossa natural limitação de armazenar informações novas (a maioria das pessoas simplesmente não consegue guardar um monte de dados de uma única vez. Além disso, mesmo que alguém de fato consiga decorar uma série de conceitos, se não os entende completamente, corre o risco de se confundir no caso da utilização de sinônimos ou se, simplesmente, a mesma coisa for dita de outra forma, com outras palavras. 
   E engana-se quem pensa que só as crianças e adolescentes estão sujeitos a isso. Em nossa vida profissional, somos, com frequência, submetidos a treinamentos e aperfeiçoamentos que incluem informações novas. Ou seja, em todas as etapas de sua vida haverá novos conteúdos para serem estudados, entendidos e aprendidos. 
   Uma das estratégias que pode ser utilizada é o fichamento, o qual consiste em um tipo de resumo feito na forma de tópicos, em que constam as informações principais do conteúdo estudado. Um bom fichamento pode ser utilizado como material de revisão, mas o simples ato de fazê-los já é, por si só, uma forma eficiente de estudar. 
   Apesar do nome, não é necessário que se use uma “ficha” de papel para elaborar o fichamento. Ele pode ser feito em uma folha de caderno ou mesmo no computador. O importante é que seja o mais resumido possível, trazendo apenas as informações essenciais do assunto estudado. 
Inicialmente, é preciso fazer uma leitura integral do texto a ser fichado. Em uma primeira leitura, tudo é novidade e, portanto, tudo parece importante. Tenha o cuidado, nesse momento, de entender tudo o que está sendo lido. Não tenha vergonha (ou preguiça) de tirar suas dúvidas, usando um dicionário ou mesmo perguntando aos colegas ou professores. 
   Em seguida, você deve ler o texto novamente, agora destacando as informações realmente importantes. Vale sublinhar, circular, rabiscar e fazer anotações ao lado do que você considera mais relevante. Ao terminar, poderá passar ao fichamento propriamente dito. 
   Passe essas informações que você destacou para o papel. Se possível, tente usar suas próprias palavras, mas não há problemas em copiar trechos do texto lido. Deixe de fora exemplos e repetições, concentrando-se no que é mais relevante. Faça isso na forma de tópicos curtos, para facilitar a leitura. Depois de tudo pronto, confira se não ficou nada de fora, mas também verifique se não anotou alguma coisa sem necessidade. Se for preciso, passe a limpo o que foi anotado e pronto. Você tem uma “ficha” com todo o conteúdo importante que deve aprender, para ser lida e relida, no estudo para uma prova ou para consultas, sempre que houver necessidade. 
   Vale notar que, no meio acadêmico, isso é, em universidades, existe o fichamento de textos e livros. Nesse caso, trata-se de um gênero textual específico, que, ainda que siga basicamente a mesma estratégia descrita acima, possui certas normas e características que devem ser obedecidas, com relação à estrutura e à formatação, por exemplo.
   Ficou alguma dúvida? Mande um e-mail para a nossa coluna.
   Até a próxima terça! (FLAVIANO LOPES - PROFESSOR DE 
PORTUGUÊS E ESPANHOL. * Encaminhe as suas dúvidas e sugestões para bemdito14@gmai.com página 5, caderno FOLHA 2, terça-feira, 27 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

MINISTRO DEVE EXPLICAR ANTECIPAÇÃO DA LAVA JATO


   A declaração do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, essa semana aconteceria mais uma fase da Operação Lava Jato colocou o governo federal em uma situação constrangedora. A informação foi feita espontaneamente, no último domingo, durante participação de Moraes em campanha do candidato a prefeito de Ribeirão Preto (SP), Duarte Nogueira (PSDB). Ontem, um dia depois da declaração, a Polícia Federal (PF) deflagrou a 35ª fase da Lava Jato, em que o ex-ministro Antonio Palocci (PT) foi preso. Ao todo, foram expedidos 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva. A questão levantada após a declaração infeliz é se o ministro da Justiça tinha informação privilegiada e sabia da operação com antecedência. Não é a primeira vez que declarações de ministros consideradas inadequadas colocam o presidente Michel Temer (PMDB) em situação muito difícil. Isso já foi motivo de substituições no primeiro escalão e obrigou o governo federal a se esforçar para diminuir as crises causadas por declarações impróprias. Imediatamente, a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça se pronunciou dizendo que a declaração do titular da pasta foi uma “força de expressão”. O fato é que Moraes pode ser investigado por vazamento de informação sigilosa. Se ficar comprovado que ele sabia e antecipou a realização de uma nova fase da Lava Jato, ele poderá ser enquadrado no artigo 325 do Código Penal, que fala sobre violação de sigilo funcional. A legislação deixa claro que um funcionário público comete crime contra a administração quando revela um fato de que tem ciência em razão do cargo e que deveria permanecer em segredo. Cabe ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidir se pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma eventual investigação contra o Moraes. É mais uma crise para ser contornada pelo presidente Temer, que já teve seu apoio à Lava Jato questionado logo no começo da sua administração. Mesmo que não seja o caso de informação privilegiada, não é nada adequado para um ministro da Justiça brincar com a maior investigação já realizada no Brasil contra a corrupção. A situação pede, realmente, uma boa explicação. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, terça-feira, 27 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A DIFÍCIL ROTINA DOS ALÉRGICOS

A diarista Maria Zizinandi sofre com reações alérgicas desde criança  e espera há cinco anos na fila do SUS para consultar um especialista
   Com poucos profissionais capacitados a realizar teste que comprova a alergia alimentar, pacientes acabam fazendo restrições alimentares desnecessárias
   Leite de vaca, ovo, trigo, frutos do mar e amendoim são algumas das comidas que mais desencadeiam reações alérgicas, mas a lista é muito maior. Para quem sofre com o problema, a grande dificuldade é o diagnóstico, que só é conclusivo se feito pela provocação oral com alimentos, prática ainda pouco disseminada entre os especialistas. 
   As mudanças no estilo de vida da humanidade têm provocado um crescimento significativo nos casos de alergia, seja ela alimentar, respiratória, de contato, medicamentosa. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 35% da população brasileira sofre desse mal, mas especialistas estimam que, em alguns anos, metade da população terá desenvolvido algum tipo de alergia. 
   A alergia alimentar ocorre quando o sistema imunológico reage à ingestão de um determinado alimento. O problema, muitas vezes, é descobrir que alimento é esse. “Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito com teste de sensibilização, mas o único realmente eficiente para comprovar 100% a alergia é a provocação oral”, afirma a alergologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Ariana Campos Yang.
   O teste de provocação oral consiste na ingestão assistida de alimentos suspeitos. “O paciente ingere ali no consultório, com supervisão médica, aquele alimento que pode ser o responsável pela reação alérgica. E aí se observa se vai haver essa reação “, explica Ariana. Segundo ela, esse teste não é novo, mas ainda não está presente na maioria dos serviços de saúde. “Poucos centros no Brasil estão capacitados para realizar esse teste. Em Londrina, existe um ou dois profissionais”, conta. 
   Sem o teste adequado, o diagnóstico pode acabar sendo impreciso o que, muitas vezes, faz com que o paciente exclua de sua dieta alimentos que não são os responsáveis pela alergia. “Na nossa experiência no HC, percebemos que a cada dez pessoas que fazem restrição alimentar, pelo menos sete não são alérgicas a alimentos. O que provoca reação alérgica nelas é outro fator, como ácaros, animais”, explica a especialista. “Nós vivemos hoje um problema que é overdiagnosis ou sobrediagnósticos, que faz a pessoa adotar restrições alimentares desnecessárias, por erro no diagnóstico”, conta Ariana. 
   Segundo ela, isso ocorre porque o aumento dos casos de alergia ainda é recente e a medicina ainda não está totalmente preparada para lidar com isso. “Até 15 anos atrás, alergia era uma coisa rara. Nas universidades, os médicos não foram treinados para tratar isso, por isso há a necessidade de fazer esse preparo agora”, afirma. Por isso, a provocação oral com alimentos será um dos assuntos abordados por diferentes especialistas no 43º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia. O evento, realizado pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai).ocorre entre 28 de setembro e 1º de outubro, em Curitiba. 

   ALERGIA GERAL 
Desde pequena, a diarista Maria Zezinandi sofre com reações alérgicas. Ainda hoje, aos 50 anos, ela não sabe como evitar o problema, que parece piorar com o tempo. “Eu tenho alergia a tudo que é industrializado, que tenha corantes e conservantes”, conta. Mas também já sofreu reações depois de ingerir produtos in natura. “ Algumas vezes, o tomate me dá alergia, talvez pela quantidade de veneno que ele absorve”, pondera. 
   Maquiagem, perfume, sabonete também estão na lista de restrições de Maria. E o pior: alguns medicamentos são igualmente prejudiciais a ela. “ Já tomei remédio antialérgico que só piorou. Hoje só tem um que eu sei que posso tomar tranquila” afirma. 
   Por sorte, a reação do organismo dela não é tão extrema, como o choque anafilático, que em poucos minutos pode levar à morte. Mas não deixa de ser um grande sofrimento. “ A sensação é horrível: sinto um cansaço, uma falta de ar, os olhos ardem, não consigo enxergar direito, tudo incha”, conta a diarista. 
Mas a falta de diagnóstico no caso de Maria não vem da falta de capacitação médica para realizar o teste de provocação oral. Maria nem sequer passou por um especialista. “ Estou na fila de espera há cinco anos, para poder passar por um especialista do SUS”, lamenta. (JULIANA GONÇALVES – Especial para a FOLHA, página 10, FOLHA SAÚDE, sexta-feira, 26 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

COMO RESGATAR A ESPERANÇA PROFISSIONAL


    A minha amiga Ana formou-se há quatro anos em Fisioterapia. Ainda na faculdade, ela conseguiu um emprego no atendimento de uma empresa com que supriu seu sustento e despesas do dia a dia. Foi um período difícil. Concluído o curso, ela realizou o sonho de abrir um pequeno consultório e começou seus atendimentos que, por serem poucos, forçaram-na a continuar naquela empresa.
   O tempo passou e eu encontrei-me com Ana recentemente. Quis saber de sua vida. 
Ela contou-me que, impossibilitada de deixar o antigo emprego, quase abandonou sua profissão por causa da crise econômica e da ausência de pacientes. Mas algumas atitudes resgataram sua esperança e levaram-na a decidir por outro caminho, apesar do cansaço de dois trabalhos. 
   Curioso, perguntei o que, afinal, influenciou sua escolha. Ela foi enfática: “Foi o meu foco! Eu concentrei a atenção no meu objetivo e persisti. Imprimi flyers, divulguei meus serviços a conhecidos e nas mídias sociais. Pedi amigos que me procurassem em caso de necessidade de um fisioterapeuta. As coisas começaram a mudar desde então. Pessoas ligaram, tornaram-se clientes e eu passei a ver o que antes não enxergava. Voltei a sonhar e minha motivação reviveu.”
   Não há outra conclusão. Tudo está claro e óbvio neste episódio. Lamentavelmente, milhões de profissionais desprezam ou se esquecem destas duas palavras cujo poder de realizar gigantescos milagres nos resultados de todos é uma garantia inequívoca: foco e persistência. Elas é que encerram a magia de ensinar o que não se aprende em curso algum, e de conduzir ao êxito o que inspira fracasso. É como expressa a sabedoria dos norte-americanos: “Qualquer sucesso repentino, levou ao menos quinze anos para acontecer.” (Crônica de ABRAHAM SHAPIRO, caderno FOLHA EMPREGOS & CONCRUSOS, coluna ABRAHAM SHAPIRO, sexta-feira, 26 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

PARA ESCOLHER BEM O VEREADOR


    O Paraná tem quase 30 mil candidatos a vereador nestas eleições, de 33 partidos diferentes. Somente na capital do Estado, Curitiba, são 1.114 pessoas concorrendo a uma cadeira na Câmara Municipal. São 521 concorrentes em Ponta Grossa , 441 em São José dos Pinhais, 409 em Cascavel, 349 em Londrina, 284 em Foz do Iguaçu e 264 em Maringá. Há muito desconhecimento do verdadeiro papel que o vereador deve desempenhar, tanto por parte dos eleitores, quanto dos próprios candidatos. Isso fica bastante claro quando muitos deles se apresentam no horário eleitoral, fazendo promessas que não poderão cumprir simplesmente porque fogem da alçada do vereador.
   Garantir vagas na educação infantil, consertar buracos em vias, lotear casas populares e resolver problemas de saúde, por exemplo, são funções do Executivo, e não do Legislativo. Conforme a legislação eleitoral, são quatro as incumbências principais dos vereadores: elaborar ou aprimorar as leis de competência do município; fiscalizar a atuação do prefeito, também cuidando da aplicação dos recursos que constam no orçamento; assessorar a administração, dando apoio na discussão das políticas públicas a serem implantadas, e julgar as contas dos gestores. Cabe aos parlamentares, ainda, apurar possíveis infrações político-administrativas por parte dos políticos que exercem cargos eletivos. O ideal é que antes de tomar posse, o futuro vereador conheça a Lei Orgânica do Município e o regimento interno da Casa. Há dois tipos de eleições no Brasil: as majoritárias, para presidente, governadores, prefeitos e senadores, em que os mais votados são automaticamente eleitos; e as proporcionais , para deputados (federais, estaduais ou distritais) e vereadores. Nestas últimas, os votos computados são de cada partido ou coligação e, apenas em uma segunda etapa, os de cada candidato. Esse sistema é uma forma de fortalecer as legendas, já que são elas que acabam orientando o posicionamento dos políticos durante as votações. Por isso, no dia 2 de outubro é importante analisar o seu candidato e partido antes de confirmar o voto. Verificar a sua história de vida e também seu trabalho junto com a comunidade. Quais são os projetos do candidato e o seu conhecimento de legislação municipal? Não adianta simplesmente reclamar dos políticos. Eles são eleitos pelo povo e essa é a chance de escolher bem os nossos representantes. (FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira, 26 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

domingo, 25 de setembro de 2016

IAPAR E SIMEPAR ENCERRAM ALERTA GEADA 2016


   Este ano, a zona cafeeira do Paraná experimentou um inverno de temperaturas amenas, apenas um aviso de geadas foi emitido no mês de junho 

   O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) emitiram na quinta-feira (22) o último boletim do serviço “Alerta Geada” neste ano. Com a chegada da primavera, não há mais risco de ocorrer o fenômeno na região cafeeira do Estado, e consequentemente, dispensa o serviço de orientação ao cafeicultor. 
   A recomendação aos produtores que amontoaram terra no tronco dos cafeeiros é retirar imediatamente a proteção, procedimento que deve ser feito com as mãos para evitar danos às plantas. 
   Em operação deste maio, o Alerta Geada fez previsões diárias de temperatura e do risco de ocorrer geadas na região cafeeira do Estado. O serviço auxiliar os cafeicultores a decidir sobre o uso de técnicas de proteção em lavouras novas de café, de até dois anos. 
   A zona cafeeira do Paraná experimentou um inverno de temperaturas amenas este ano. Apenas um aviso de alerta de geada foi emitido em junho, quando uma massa de ar polar avançou pela região. “Nas outras ondas de frio, tivemos apenas geadas de baixada, sem risco para os cafezais”, explica a meteorologista Ângela Beatriz Costa.
   A pesquisadora também explica que a influência do El Niño provocou aumento do volume de chuvas. Na estação meteorológica do Iapar, em Londrina, foram registrados 292,9 mm em junho e 108,5 mm em julho – nesses meses, a média histórica é de 112,4 mm e 95,1 mm, respectivamente. 
   Para a primavera, a atividade do fenômeno La Nña está confirmada e indica a ocorrência de chuvas e temperaturas amenas nos próximos dias. Mais para o final do ano, o volume de precipitações deve diminuir, com risco até de estiagens nas diversas regiões produtoras do Paraná, aponta Ângela. 

   SAFRA

   A cafeicultura ocupa cerca de 50 mil hectares no Paraná. A maior parte das lavouras paranaenses têm em média 10 hectares e é conduzia por pequenos produtores familiares. 
De acordo com o economista Paulo Sérgio Franzini, do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), a previsão é a que a safra deste ano chegue próximo de 1,1 milhão de ma sacas beneficiadas.
   A massa de ar polar que chegou ao Paraná em junho não causou prejuízos aos cafeeiros. No entanto, as chuvas provocaram grande queda de frutos em ponto de colheita, o que reduziu a qualidade geral da bebida. 

   AGRONEGÓCIO RESPONSÁVEL 

   Agro é massa. Agro é top


   Tem sido recorrente a veiculação de uma nota na mídia televisiva, em que se faz apologia ao agronegócio por causa da contribuição que o mesmo dá à sociedade, disponibilizando diversos produtos para consumo dos cidadãos, seja na forma de alimentos que sabiam a fome da população, das fibras que produzem os tecidos que nos vestem, da celulose que dá origem ao papel do livro que lemos, dos biocombustíveis que movimentam o carro que nos leva e traz do trabalho ou dos cosméticos que dão beleza ao corpo que recebemos de Deus, entre outros.
   E quando o País considerado é o Brasil, a importância do agronegócio assume contornos ainda mais impressionantes, pois este setor contribuir com cerca de uma quarta parte de toda uma riqueza gerada pelo país, emprega cerca de 40% da mão de obra nacional e responde por quase metade de tudo o que o Brasil exporta. 
   Neste espaço, vamos comentar apenas a produção de alimentos, principal produto na pauta das exportações do país, um dos que mais produz e exporta esses produtos. No entanto, cabe salientar que, mesmo sendo o Brasil um grande produtor de alimentos, nele ainda se encontram milhares de cidadãos passando fome. Muitos desses famintos são pequenos produtores que vivem no campo, junto da produção. Muitas vezes não consomem o alimento que eles mesmo produzem, porque precisam vende-lo para conseguir algum dinheiro para outras necessidades mais urgentes; como medicamentos, por exemplo. 
   A falta de comida no prato de muitos cidadãos brasileiro não é consequência da incapacidade do nosso setor agrícola de produzir mais alimentos, mas da incapacidade dos nossos legisladores de elaborar políticas públicas capazes de distribuir a renda de forma mais justa e equânime, de forma a dar condições financeiras para que os marginalizados possam comprar o próprio alimento. 
   Alimento é saúde, que faz falta para quem não se alimenta adequadamente, quer seja na quantidade, quer seja na qualidade. Uma pessoa alimentada de forma adequada apresenta menos riscos de contrair doenças, estando mais disposta para o trabalho, dado o bem-estar físico e mental que desfruta. 
   Não é saudável uma pessoa só porque ela consome grande quantidade de alimentos, mesmo que sejam alimentos de qualidade. Isso pode causar obesidade e desconforto. “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”, escreveu Hipócrates, o pai da medicina, há 2.400 anos. 
   O equilíbrio do valor nutricional dos alimentos que ingerimos é fundamental, pois só existe um alimento completo, que é o ovo, mas ninguém consegue sobreviver só ingerindo ovo. O ideal é combinar alimentos que forneçam carboidratos (cereais e tubérculos), vitaminas e minerais (frutas e verduras) , proteínas e carboidratos (carnes e leguminosas), dentre outros. Alimentação desiquilibrada não é resultado da indisponibilidade de alimentos, que componham uma dieta alimentar balanceada, mas do desconhecimento do consumidor sobre o valor nutricional de cada componente da dieta. 
   É crime passar fome no Brasil, dado o potencial que este país tem para produzir o ano todo e em todo o lugar. ( Reportagem local. Amélio Dall’Agnol, pesquisador da Embrapa Soja, caderno FOLHA RURAL, página 7, 24 e 25 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

O AROMA DO CAFÉ


   Verdadeiro ouro da região Norte do Paraná nos tempos áureos de produção, o café sempre esteve presente nos meus dias. Por mais que não seja seu grande apreciador e raramente tome o “cafezinho”, que é sagrado para muitos, convivi com o grão desde criança, o que me remete a lembranças boas de que hoje ficam guardadas com carinho na memória. 
   Meu avô paterno, o seu Juca, era um devoto nato do café. De origem humilde, começou na lavoura a construir sua história, que ficou completa quando conheceu minha avó, mudando-se do Rio de Janeiro, onde morava, para Ibiporã, em busca de uma vida melhor por meio do cultivo cafeeiro. E foi o que conseguiu e manteve mesmo depois de aposentado. 
   Na casa do vô Juca, um extenso espaço do terreno, no fundo da casa simples e de madeira, era dedicado à plantação de café. Bonita e bem cuidada, a lavoura dava o toque especial ao quintal, juntando-se às bananeiras e aos pés de alface, cebolinha e salsinha. O lugar era o oásis dele, que encontrava ali o passatempo preferido após décadas de trabalho. 
   Pequeno, eu acompanhava tudo. Desde a plantação até a colheita, era o companheiro dele, mesmo ajudando menos do que deveria pelas limitações da pouca idade. Com o café já colhido, era a vez de colocar para secar. Na frente de casa, ele estendia uma grande lona preta na calçada, na qual esparramava todos os grãos. Com sua cadeira tradicional, sentava na área e dali cuidava para que ninguém mexesse, entre uma prosa e outra,  o rastelo. 
   Mas era o momento de torrar o café que eu mais gostava. Vó Leninha fechava todas as janelas e portas, para o cheiro da fumaça não impregnar dentro de casa, e ficávamos na parte de fora, junto ao forno a lenha, em que era colocado o torrador. Minha vó enrolava um pedaço de lençol em nossas cabeças e brigava se tirássemos, com um aviso de preocupação: “Não tira porque se pegar friagem faz mal”. E era ali que passávamos a tarde, conversando e vivenciando aquele momento. 
   Com os grãos torrados, chegava a hora de finalizar todo aquele ciclo artesanal. Com um moedor próximo à cozinha, era minha vez de trabalhar. Pelo menos até o braço cansar. O auge de todo o processo era no coador de pano, em que o café saía quentinho, levando o seu cheiro carregado de cuidado e amor para a felicidade dos vizinhos, que iam confraternizar todos juntos. 
   Hoje, alguns anos depois, não tenho mais meu avô, os pés de café tiveram de ser cortados e a casa passou por diversas reformas, mantendo pouco daquela época. As diversões já são outras e as preocupações, que não faziam parte do dia a dia, vieram. Porém, com tanta coisa diferente, o que não mudou foram as lembranças quando sinto o aroma do café. Mas agora, entre um grito e outro de que a garrafa está vazia no trabalho, um ingrediente mais exala em meio a tudo isso quando sinto o seu cheiro: a saudade. (PEDRO MARCONI, estudante de jornalismo, página 2, coluna DEDO DE PROSA, caderno FOLHA RURAL, 24 e 25 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

DIVÓRCIO, UM ACIDENTE DE PERCURSO


  
  Famosos que se divorciam padecem dos mesmos impasses de um mortal comum
   A temporada de divórcios nacionais e internacionais envolvendo celebridades continua. Primeiro foram William Bonner e Fátima Bernardes, agora os holofotes se voltam para os estelares Brad Pritt e Angelina Jolie. Imagino o quanto é desconfortável ser uma celebridade nesta hora, porque ninguém sai impunemente de um divórcio por mais que não se queira mais, não se ame mais e a gente tenha a certeza que o caminho acabou. No caso dos famosos não faltam especulações sobre o “pivô da separação” , a terceira pessoa”, embora nem sempre isso corresponda à verdade. 
   O divórcio só diz respeito ao casal e, apesar da fama, não é difícil perceber o quanto incomodam as especulações; o quanto é negativo o ambiente da fofoca que se tornou um espaço social e cultural no qual a maledicência é o foco, acima das emoções, ilusões e sonhos das pessoas. 
   Divórcio é um momento esquisito, é quando a pessoa que um dia você amou se torna quase uma desconhecida. Porque a gente não conhece uma pessoa quando se casa com ela, mas quando se separa. Fora isso, há sensações privadas que acompanham o “desmonte do lar”, isso acontece bem longe dos juízes que não têm nada a ver com emoções sutis. Não é à toa, um dos instrumentos do juiz é o martelo. 
   As sensações íntimas perpassam seu dia de divorciada quando você abre o armário e dá de cara com aquelas xícaras que vocês compraram em Porto Alegre e que agora não passa de louça trincada como a relação que um dia existiu. 
   As sensações íntimas perpassam sua noite de divorciado quando você se esforça para ocupar toda a cama e ainda se descobre limitado a um lado como um daqueles jogadores que não dominam inteiramente a ponta esquerda ou direita do campo, ainda assim, precisam fazer um gol. O gol se dá quando você relaxa e um dia descobre que já pode dormir com pernas e braços esparramados sem que ninguém te cutuque porque você avançou o sinal, sem que ninguém apite porque você cometeu uma “falta”. 
   Longe daquele ideal de “dormir de conchinha” há muitos cutucões , roncos e insônias que não aparecem nos filmes, nem nas fotos postadas nas redes sociais. Fora do flash, há muita queixa em relação àquilo que não fazia parte do script quando vocês disseram sim, mas faz parte da vida prosaica dos casamentos. 
   Então, depois do divórcio resta desejar felicidades os novos solteiros da turma e poupá-los do diz-que-diz e dos venenos que permeiam a vida social de um ex-casal. Troquem o veneno por uma dose de uísque ou uma caneca de chope, brindam à nova vida que sempre aprece depois dos dias invernais – ou infernais – de decepção e lamúrias. 
   Afinal, a vida segue sempre como um rio, e cada um decide se deseja ou não se apegar às pedras, se agarrar aos galhos, amarrar o barco num porto falido que não tem mais nada a ver com aquelas louças de Porto Alegre que trincaram depois de anos de viagem. Aproveitem que vem aí o verão que não exige cobertas e, espertos, estiquem as pernas e braços, ocupem a seu modo o meio da cama numa relação de conforto com o seu próprio travesseiro, sem pesadelos com roncos ou ursos da Groenlândia. Não se importe muito se o “seu casamento não deu certo”, uma relação que hoje dura dez anos corresponde à “eternidade” dos tempos de nossos avós. Na vida há um tempo de ficar e um tempo de partir, isso funciona para todas as coisas, o resto é adaptação entre opostos nem sempre complementares. Assim como o divórcio, o amor, às vezes, é um acidente de percurso. (Crônica da jornalista e escritora CÉLI MUSILLI, celia.musilli@gmail.com página 4, caderno FOLHA 2, 24 e 25 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sábado, 24 de setembro de 2016

VOLTOU PARA FICAR

Neste fim de semana, os carros da principal categoria do automobilismo brasileiro entram na pista, que recebeu um novo recape para sediar a prov
   Depois de quatro anos, Stock Car retorna a Londrina após reformas e melhorias no Autódromo Ayrton Senna
   Depois de quatro anos a Stok Car está de volta a Londrina. E a principal categoria do automobilismo brasileiro promete muitas emoções aos fãs que forem ao Autódromo Internacional Ayrton Senna neste fim de semana. O grid de largada será 30 carros. 
   A última corrida da Stock Car na cidade, em 2012, foi marcada por diversos problemas na pista do autódromo. Na ocasião, reparos no asfalto foram feitos poucos dias antes da corrida e não houve tempo suficiente para a secagem da pista. Durante os treinos classificatórios, o asfalto, literalmente, esfarelou e diversas ondulações se formaram. Houve muitas reclamações por parte dos pilotos, que queriam o cancelamento da prova. Mesmo sob protesto, a corrida acabou acontecendo. 
   Em razão dos problemas de manutenção e conservação do autódromo, a Stock Car não veio para Londrina entre 2012 e 2015. Após a garantia, por parte da administração municipal, de recape em alguns pontos da pista e melhorias nas áreas de escape, a categoria confirmou o retorno. 
   De uma forma geral, as obras no autódromo agradaram aos pilotos. “É muito bom voltar a Londrina, todos gostam do circuito, que é muito técnico. A cidade também é muito agradável e aconchegante. Estamos contentes com as reformas que foram feitas no circuito, o que vai tornar a prova mais segura e a garantia de um belo espetáculo”, afirmou Max Wilson, vice-líder da temporada, com 130 pontos. 
   Companheiro de Wilson na equipe Eurofarma RC, Ricardo Maurício também ficou satisfeito com as melhorias e destacou os desafios da pista londrinense. “É muito sobe e desce e curvas cegas, o que torna o circuito muito desafiador. Em razão de ter retas curtas, os carros da Stock Car não chegam muito rápido, atingindo, no máximo, 240km/h e isso dificulta também as passagens”, frisou. 
   “Bom saber que a categoria junto com a prefeitura estão trabalhando para melhorar o autódromo. Algumas partes foram recapeadas e esperamos que o fim de semana seja de muito sucesso e que a Stock Car continue voltando aqui por muito tempo”, acrescentou Maurício. 
   Após sete etapas, a liderança da temporada 2016 é de Felipe Fraga, com 163 pontos, seguido de Max Wilson e Rubens Barrichello, com 124 pontos. Depois aparecem Valdeno Brito (122) e Marcos Gomes (112).
   A programação da oitava etapa da temporada marca os treinos classificatórios no sábado, a partir das 14h, e no domingo, a movimentação começa a partir das 8h20. Haverá a fórmula 3 Brasil, a Copa Petrobras e, às 13h, a largada da corrida 1 da Stock Car.
   INGRESSOS                    
 
Ricardo Maurício e Max Wilson ficaram satisfeitos com as melhorias e destacaram os desafios do traçado 
                                        
   Os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.ticketsforfun.com.br ou nas bilheterias do autódromo. O valor da arquibancada é de R$ 40 a inteira e R$ 20, a meia. Os bilhetes que permitem visitação aos boxes custam R$ 120 e o paddock sai por R$ 360.

   VALDENO APOSTA EM BOA CORRIDA EM CASA
            
  Paraibano de Campina Grande, adotou Londrina como sua cidade em 2006. Por isso a corrida no Autódromo Internacional Ayrton Senna terá um gostinho especial. “Estarei, sem dúvida, correndo em casa”, afirmou o piloto da TMG Racing.
   Valdeno visitou o autódromo durante a semana e também elogiou as melhorias realizadas. “Os problemas anteriores foram resolvidos e o trabalho foi bem feito. Outras categorias já comprovaram as melhorias. Tenho certeza que a Stock Car não sai mais de Londrina”, apostou o quarto colocado na temporada e vencedor da primeira Corrida do Milhão, em 2008. “Todos os pilotos gostam da pista e da cidade. Com o autódromo em melhores condições ganha também o automobilismo regional”.
   Com um empreendimento de Kart na cidade. Valdeno está satisfeito com o seu desempenho até aqui no ano. Com 122 pontos, há 41 do líder, o piloto acredita que o campeonato vai seguir muito equilibrado até o final. ! Por ser o primeiro ano nesta nova equipe, estou satisfeito e acreditado que podemos melhorar Estou a apenas oito pontos do vice-líder e a vantagem construída pelo Felipe Fraga na liderança é que ele foi o único que não sofreu incidentes até aqui”, ressaltou. “Ainda vivemos um processo de adaptação no novo carro, mas acredito em uma boa corrida em Londrina”. (LFC) (LUCIO FLÁVIO CRUZ – Reportagem Local, página 11, FOLHA ESPORTE, 24 E 25 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

ENTENDER A ANSIEDADE


   Não há ninguém que esteja livre da ansiedade ou que não a sinta vez ou outra. O que podemos ver, entretanto, é que em algumas pessoas ela é bem frequente enquanto em outras nem tanto e só surge em determinados momentos. A pergunta é, por que será que  para alguns ela é tão presente, uma companheira diária e destrutiva, e para outros é algo que não tem tanto peso? 
   Ansiedade é algo que muitas vezes não se reconhece de onde vem, apenas se sabe que desponta trazendo um grande mal-estar que pode ser reconhecido através de palpitações, apertos na garganta, embrulhos de estômago, inquietação, irritabilidade, medo e muitos outros exemplos. Geralmente é acompanhada de ideias de que alguma coisa vai dar muito errado, apesar de nem se saber o que. Quem fica com essa angústia sofre e fica preso com mal-estar e aos sintomas , sem saber o que fazer com isso. 
   Para entender melhor, vamos pensar num modelo que traga uma imagem que nos ajude a pensar sobre nós mesmos. Imagine um céu azul em um lindo dia. Ficamos todos felizes e podemos fazer inúmeros planos de como aproveitar esse dia cheio de calor e luz. Às vezes, aparece uma nuvem aqui e lá que tapa um pouco o sol, mas nada que nos preocupe ou estrague nossos planos. Todavia, haverá vezes que um vento mais forte traz nuvens mais pesadas e escuras e, de repente, o sol some, o dia fica “nervoso” e temos que nos preparar para um mau tempo. Raios ao longe começam a pipocar e trovões anunciam que uma tempestade se aproxima. Temos que correr buscar abrigo e proteção contra a fúria do tempo que há minutos atrás estava tão bom. A tempestade chega com violência. Ficamos temerosos que piores coisas possa acontecer. Ficamos “ansiosos”. Nossos planos se foram e muitas vezes temos que lidar com os estragos que a tempestade causou em seu caminho. Esse modelo pode nos ajudar muito ao pensar sobre a ansiedade. 
   Assim tal como o clima, não conseguimos controlar o que nos surge e nos pega de supetão. Nem precisamos. O erro de muita gente é acreditar que lidar com a ansiedade é se livrar dela como se fosse possível. Jamais nos livramos do que sentimos, assim como não nos livramos das intempéries do tempo. Está além do nosso alcance. Porém, há muitas coisas que podemos fazer para nos preservar.
   Contra a fúria da natureza climática podemos construir abrigos, mas contra a fúria da natureza da mente o que podemos fazer? Também levantar abrigos e esses são nossa mente. A nossa mente, nossa maior riqueza e recurso, precisa ser construída. Não nascemos com uma mente pronta, mas com um potencial de mente que precisa ser elaborado. Uma mente trabalhada permite aceitar as intempéries e esperar o sol brilhar novamente. Não vai ficar tão fixada nos estragos e saberá que uma hora o tempo volta a ficar favorável. 
   Para o ansioso, a identificação com as nuvens carregadas é intensa e esse tempo é sem fim e que trará tantos desastres que, mesmo que o tempo se abra, os danos serão irremediáveis. O ansioso vive uma eterna tempestade intensa e esquece que o céu azul e tranquilo continua existindo acima das nuvens escuras. Quem vive constantemente sob a égide da ansiedade transforma-se no mau tempo. Já quem não vive sempre ansioso permite-se ver que as nuvens vêm e vão e que somos mais que elas e que a vida é maior que as adversidades. 
   Isso tudo é teórico, mas é possível aprender a viver de uma maneira tranquila. Em outras palavras, é possível construir uma mente para lidarmos com as dificuldades de uma forma mais eficiente. Há várias maneiras e uma delas é a análise pessoal. Nesse encontro entre analista e analisando a mente pode ser percebida e, por isso mesmo, construída. Na análise temos a chance de tomar consciência que não precisamos ficar entregues a tudo o que nos surge, mas que podemos criar mecanismos eficazes para viver melhor. É um processo que demanda tempo e paciência. É artesanal e exige que sejamos artistas de nós mesmos. É uma jornada íntima e pessoal. (SYLVIO AMARAL SCHREINER, psicoterapeuta em Londrina, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO , 24 e 25 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

O PARANÁ SOB OS EFEITOS DO LA NIÑA


   A sensação que o clima “ficou louco” será cada vez mais intensa nos próximos anos, principalmente por conta do aquecimento global. Os paranaenses, que tiveram um começo de 2016 com tempestades muito fortes, deverão ter um verão bem diferente, característico do La Niña. O fenômeno provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e a primavera deve chegar com previsão de menos chuvas e mais calor. O El Niño, que influenciou o clima nos últimos meses, foi responsável por trazer chuvas muito intensas. Dentro do tema sustentabilidade, a Folha de Londrina fala hoje sobre as mudanças climáticas e as consequências dessas alterações para o planeta. Há alguns dias, a agência espacial americana (Nasa) anunciou que o mês de agosto passado foi o mais quente dos últimos 136 anos. Outra revelação científica também causa preocupação. Segundo a revista Science Advance , a camada de gelo altamente instável na Groenlânida está derretendo 7,6% mais rápido do que se pensava – fato que deve impactar ainda mais a subido do nível do mar. Pesquisas mostram ainda que o inverno demora mais para chegar e está cada vez mais curto. Enquanto isso, a primavera e o verão vem registrando temperaturas cada vez mais altas. Para o Brasil. O La Niña deve causar estiagem nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e, principalmente, no Sul. Já na região da Amazónia e do Nordeste há chances de intensificação das precipitações. Norte e Nordeste do Paraná, que enfrentaram chuvas acima da média no ano passado, podem sofrer com estiagem e calor intenso no verão. O risco de enchentes e alagamentos será menor, mas há possibilidades de tempestades intensas, principalmente na primavera, quando massas de ar frio circulam pela região. Mas o tempo seco que vem por aí preocupa porque aumenta as chances de incêndios florestais. Nesse sentido é importante conhecer as previsões para o próximo verão justamente para antecipar as ocorrências extremas e prevenir contra as catástrofes que causam prejuízo, sofrimento e mortes. As mudanças climáticas passaram a ser o centro do debate público em muitos países. É um dos maiores desafios dos nossos tempos porque impacta na produção agrícola, na manutenção das florestas, na biodiversidade, na disponibilidade hídrica e energética, ou seja, na vida do planeta. Portanto, é preciso que há comprometimento da sociedade para reduzir o aquecimento global, deixando para as próximas gerações a possibilidade  de viver bem e em paz na Terra. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, 24 e 25 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

A VOZ TAMBÉM ENVELHECE

   A faixa das pessoas com mais de 60 anos é a que mais cresce no planeta. Em 2015, essa parcela correspondia a 8,49% da população mundial, totalizando 274 milhões de homens e 341 milhões de mulheres. Segundo a Organização das Nações Unidas, o número deve triplicar até 2050. O envelhecimento é um fenômeno que envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais, e representa sinal de acesso ao sistema e à boas práticas de saúde. Sabemos que, com o avançar da idade, corpo e mente ficam mais lentos, mas hoje vemos muitos idosos ativos e participantes na sociedade. Um dos aspectos mais importantes nas relações interpessoais é a comunicação oral, que se dá por meio da fala. A voz traz a identidade de uma pessoa. E, como outras funções do organismo, também envelhece. Esse processo, chamado presbifonia, ocorre em geral a partir dos 65 anos.
   A voz é produzida na laringe, órgão que fica no pescoço e abriga duas pregas vocais. Elas vibram, em média, 100 vezes por segundo nos homens e 200 vezes por segundo nas mulheres a fim de gerar a fala. Com o passar dos anos, os músculos da laringe se modificam, as cartilagens se endurecem, há menos lubrificação na região... Essas alterações tornam o sofisticado sistema de produção do som menos eficiente. 
   Nem todo mundo sofre de presbifonia de maneira acentuada e existem aqueles que mantém suas vozes jovens, mesmo tendo passado dos 70. É o caso de Caetano Veloso, Roberto Carlos e Sílvio Santos. A saúde física e mental, a história de vida, aspectos próprios à constituição do indivíduo e o uso profissional da fala estão entre os fatores que interferem no envelhecimento vocal. 
   Esse fenômeno ocorre de maneira diferente entre homens e mulheres. Com a idade, elas tendem a ficar com a voz mais grave (grossa) e eles, com a voz mais aguda (fina). Além disso, o decorrer dos anos torna mais comum queixas como rouquidão, pigarro, cansaço ou desconforto para falar, menor capacidade de projetar a voz... Por vezes é preciso consultar um médico para identificar se esses sintomas não são fruto de um problema de saúde. 
   Há uma série de medidas que podem ser tomadas com o intuito de abrandar o envelhecimento da voz. Existe inclusive uma espécie de “academia” para as cordas vocais, o método conhecido como reabilitação vocal. Esse programa, prescrito e orientado por um fonoaudiólogo, permite recuperar parcialmente a funcionalidade da voz, deixando-a mais forte, adequada ao sexo e com maior flexibilidade para ser projetada no ambiente se o contexto exige. O envelhecimento é inevitável, mas a qualidade vida pode e deve ser mantida – inclusive quando a gente fala por aí. (FONTE: página 20, COM A PALAVRA - Dra. Mara Behlau, publicação da revista SAÚDE É VITAL, Setembro 2016, Editora Abril).

CARÁ E INHAME



   É comum encontrar quem fale em cará e inhame como se fossem o mesmo alimento. Dá para entender: eles são parecidíssimos. “O inhame pertence à família Dioscoreácea, que tem nove gêneros e cerca de mil espécies. E o cará é uma delas”, ensina a nutricionista Rachel Faria, do Rio de Janeiro. Pois é, embora sejam espécies diferentes, eles são primos. As similaridades, aliás, vão além das raízes. Os dois tubérculos fornecem bastante energia por serem ricos em carboidratos. “Mas eles são do tipo complexo, que não causa picos de glicose e insulina no sangue”, esclarece Rachel. Mesmo assim, pelo bem da cintura, não é indicado consumi-los com outras fontes do nutriente, como arroz, batata e macarrão. Por falar em barriga, o cará vence no quesito fibras, que geram saciedade. “Elas ainda regulam a absorção de açúcar e colesterol“, diz Rachel. O inhame, por sua vez, tem mais que o dobro de potássio, mineral que breca a subida da pressão. Convém prestigiar a família e revezá-los à mesa.  
 (FONTE: Página 7, COMPARE - Por Thaís Mandarini, publicação da revista SAÚDE É VITAL, Setembro 2016, Editora Abril).

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

TELEFÓNICA OPEN FUTURE ANUNCIA SELECIONADOS PARA O CROWD LONDRINA


   O Telefónica Open Future, programa de incentivo ao empreendedorismo e à inovação aberta do Grupo Telefónica, anunciou ontem os quatro projetos de base tecnológica selecionados para integrar o primeiro grupo de empreendedores a serem apoiados pelo Crowd Londrina, espaço lançado em maio com o objetivo de impulsionar projetos em fase inicial de desenvolvimento. A iniciativa é em parceria coma Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o Sebrae Paraná. 
   Os selecionados foram a Editora Digital, que irá desenvolver uma plataforma de leitura de livros infantis digitais com recurso de realidade aumentada; a Inside Places, que desenvolve ambientes em 360º com imersão em realidade virtual; a inSoccer, com um aplicativo para organizar jogos de futebol de maneira fácil e rápida; a Tad Target, que desenvolverá uma plataforma para conectar um produto ao cliente certo voltada ao e-commerce, apps e site de venda de serviços e produtos. (REPORTAGEM LOCAL - página 2, caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, sexta-feira. 23 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA ESTRATÉGIA


   Você sabe que a operação militar do Dia D tem muito a lhe ensinar ainda nos dias atuais
   O desembarque dos Aliados na região da Normandia, França, em 06 de junho de 1944 – o conhecido Dia D – ainda hoje continua a ser um ótimo exemplo do que é uma boa estratégia e o que precisa ser feito para executá-la com sucesso em qualquer tipo de atividade empresarial.
   Sei que recorrer a exemplos militares parece um pouco antiquado nos dias atuais, mas a grande verdade é que o contexto em que sua companhia atua guarda muitas semelhanças com aqueles que qualquer comandante encontra em tempos de guerra: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Ou seja, mesmo 72 anos depois vale a pena aprender com quem evitou, lá atrás, o colapso do mundo ocidental e já entendia de verdade o que era uma boa estratégia.
   Mas, o que os líderes da época fizeram de tão especial?
   1) Fator surpresa. O exército nazista sabia que os norte-americanos, ingleses e canadenses estavam preparando um poderoso ataque, no entanto ignorava onde e quando aconteceria. Isso lhes causou uma boa de hesitação, afinal como se defender se você não consegue responder as perguntas básicas? A estratégia da sua empresa também precisa ser surpreendente, como o Magazine Luíza nos ensinou em 2008 ao abrir suas primeiras 50 lojas na cidade de São Paulo num único dia e não dar às casas Bahia a mínima chance de retaliação. 
   2) Planejamento. Foram aproximadamente três anos para a operação se configurar e ser levada a cabo. Inúmeras reuniões entre presidentes e generais, diferentes cenários avaliados e o cuidado especial para manter o plano longe do alcance e dos espiões É por isso que você encontra mapas estratégicos de empresas com certa facilidade, mas companhia alguma permite o vazamento do seu plano de ação detalhado. Dar publicação do “o quê” tudo bem, mas ao “como” jamais. 
   3) Engodo. Aliás, para confundir os alemães, os Aliados criaram uma outra operação chamada Fortitude, que previa um falso desembarque na praia de Calais e fizeram de tudo para que a história parecesse real. Por exemplo, criaram milhares de barcos e tanques falsos de madeira, plástico e lona e os posicionaram a leste do território britânico para confundir os aviões alemães que espionavam por ali. Enquanto isso, o desembarque era arquitetado para uma faixa de 80 km de areia em cinco diferentes praias nas quais o exército alemão não estava preparado o suficiente para resistir. 
   4) Concentração de recursos. Para se ter uma ideia da grandiosidade do Dia D, vale apenas conhecer alguns números: a operação envolveu nada menos do que 115 mil homens, 13.200 barcos, 10 mil aviões e 600 navios. Os Aliados sabiam que não adiantavam promover ataques de baixo impacto em várias direções. Se quisessem vencer a guerra, precisavam unir aquilo que tinham de melhor num bombardeio fulminante e indefensável. É por isso que algumas empresas, posicionando se adequadamente no mercado, direcionam seus recursos para aquilo que realmente importa.
   5) Capacidade de execução. A quase totalidade dos soldados envolvidos no desembarque ficou ciente da missão apenas na noite anterior a ele e, assim mesmo, aqueles homens fizeram aquilo que precisa ser feito. Configurar o plano é uma responsabilidade louvável de todo dirigente, mas boas ideias não valem nada se você não conseguir tirá-las do papel. 
   Em resumo, todo líder empresarial deve saber arquitetar movimentos rápidos sem que os concorrentes possam compreender o que ele quer de verdade. Inclusive, às vezes, é necessários lhes dar pistas falsas sobre o que a companhia pretende fazer no curto, médio ou longo prazo a fim de evitar retaliações. Também precisa dedica tempo ao trabalho de planejamento e dirigir os recursos para ações de grande impacto. Sem esquecer, é claro, de garantir que a mudança aconteça. 
   Muitas empresas e líderes ainda ignoram que a competição no mercado é cada vez mais parecida com um jogo de xadrez. Preferem damas, dois ou um, truco ou qualquer outro jogo que seja menos complexo e mais divertido. Cuidado, pois o autoengano geralmente custa caro. ( WELLINGTON MOREIRA, palestrante e consultor empresarial, página 2, caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, quinta-feira, 23 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

MUDANÇAS NECESSÁRIAS

   O governo federal apresentou ontem um novo desenho para o ensino médio, com a proposta de flexibilizar o currículo e torná-lo em período integral, aumentando gradativamente a carga horária. A Medida Provisória (MP) que será encaminhada ao Congresso Nacional envolve a maior alteração já feita na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) desde 1996. A expectativa do Ministério da Educação é que as mudanças cheguem às escolas a partir de 2018, mas dependerá muito das redes estaduais de ensino. Atualmente, todos os alunos do ensino médio devem cursar 13 disciplinas em três anos. Coma nova MP, somente parte da grade – o primeiro ano do ensino médio – será comum a todos. Para o restante, haverá opção de aprofundamento em cinco áreas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico. Caberá ao aluno a escolha da linha na qual deseja se aprofundar. Mas vale ressaltar que o ensino da língua portuguesa e da matemática deverá ser obrigatório nos três anos. Por outro lado, artes e educação física serão cobradas apenas na educação infantil e no ensino fundamental. Segundo o Ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), o governo federal deverá investir R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão em dois anos no projeto de fomento ao ensino integral no ensino médio. A proposta é votar a medida na Câmara e no Senado até o mês de Dezembro. A reforma chega no momento em que a qualidade do ensino médio é bastante questionada, com baixíssimo desempenho em avaliações como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e com altos índices de evasão. Durante a sua apresentação do projeto. Mendonça Filho afirmou que os jovens apresentam hoje desempenho de português e matemática menos do que em 1997. O ensino integral já é um grande avanço porque certamente contribuirá para aumentar o desempenho do estudante, ao mesmo tempo em que tira os adolescentes das ruas. Mas as mudanças no conteúdo também parecem positivas porque a flexibilização das disciplinas aproxima as escolas brasileiras da realidade mundial. Muitos países já abandonaram o modelo unificado, como o utilizado por aqui, entendo a importância de respeitar as diferentes vocações, habilidades e talentos. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira. 23 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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