segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O SENHOR DAS ESCULTURAS


   

   Henrique de Aragão chegou a Ibiporã em 1965  a convite do padre José Zanelli, onde permaneceu trabalhando incansavelmente em suas obras.

   Ainda lúcidos, mas com devaneios, muitas dores e movimentos restritos, o artista plástico Henrique de Aragão certo dia tentou moldar o lençol da cama onde esteve pelos últimos quatro meses. Era uma tentativa de retornar o trabalho que o tornou reconhecido não somente aqui em Londrina ou em Ibiporã, onde morava desde os fins da década de 1960. De abril para cá, o câncer de próstata com o qual lutava há quase seis anos avançou e atingiu os ossos, levando-o à morte anteontem, por volta das 16,20.
   O paraibano Joaquim Henrique de Aragão nasceu em Campina Grande. No dia 1º de agosto de 1931. Veio para Ibiporã  trazido pelo padre Jose Zanelli, italiano que se estabeleceu na cidade em fins da década de 1960 e que desenvolveu um trabalho muito grande na área cultural – música, teatro e dança.

   BARRACÃO

   Quando Henrique se mudou, em 1967, ganhou da prefeitura um antigo barracão para realizar suas atividades. ”Ele  veio em 1965 a convite do padre José Zanelli. Depois, veio definitivamente. E eu morava em frente de onde ele veio se estabelecer”, conta Marilza Ribeiro, bancária aposentada que se considera discípula do artista.
   Marilza tinha 8 anos de idade.  “Eu  rabiscava as paredes, a calçada. Então minhas irmãs diziam que a solução seria ter aulas com o Henrique. Tive aulas enquanto criança, de tarde, e depois como adulta, aos domingos”, lembra.
   Nesta  época, ela fez também aulas de teatro, literatura e cerâmica.  “ Enquanto  a escola funcionou, eu tive aulas. Ele também me deu aula de educação artística na quinta série. “ Embora não tivesse filhos, Henrique de Aragão era conhecido pelo amor com que tratava as pessoas. “ Era como um pai, um tio, um irmão amoroso. Foi ensinando a gente a se soltar, a demonstrar sentimento. A manifestar amor”.
   Apesar de amoroso, era uma pessoa difícil. Quem conta é a professora aposentada Benedita de Fátima Ribeiro, muito emocionada ao falar do amigo. “ Ele não era só meu melhor amigo, era padrinho do meu filho. Ele dizia que eu era a nora postiça dele e que meus filhos eram seus netos”. Benedita o conheceu em 1978. O ex-marido, na época namorado, era muito amigo de Henrique e a trouxe para conhecê-lo. Logo depois o casal se mudou para Ibiporã. Hoje, ela mora em Peruíbe, no litoral paulista, próxima dos filhos.

   AULAS

  “ Comecei a frequentar a Casa de Artes, por conta do teatro, do Grupo Célula. Cheguei a dar aulas de educação artística e, e por influência dele (Henrique), larguei o outro curso (filosofia)”, lembra Benedita. A última vez que se viram foi há quatro semanas, quando ela veio visita-lo. “ O câncer veio em 2009, mas ele lutou bem até o ano passado. No Natal passado nós cozinhamos juntos, tinha uma torta de nozes que ele gostava muito. Em fevereiro e março começou a debilitar.
   A doença tirou de Henrique o que ele mais gostava de fazer: esculturas. “ Ele começou a parar em Abril, não estava com muitos movimentos. Ele sentia dores nas mãos, mas queria fazer esculturas. Não dava. Até tentamos fazer umas pinturas ( o artista chegou a pintar duas ou três telas ) . Fui um dia lá e ele me disse: ‘ veja o que estou fazendo ‘. E começou a moldar um lençol para tentar fazer uma escultura. Ele estava lúcido, mas sem expressão. Só tinha olhar “, recorda Marilza.

   ACERVO

   Obras serão preservadas por associação


   As tintas que Henrique de  Aragão usou na última vez em que tentou pintar ainda marcam uma mesa da casa onde funcionava a associação que leva seu nome, criada por desejo dele com o objetivo de preservar a obra e manter a memória. No mesmo barracão onde se instalou, hoje Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, onde também era o ateliê do artista. Algumas obras de Henrique estão em capelas, praças e na Igreja Matriz de Ibiporã. O Cristo Libertador hoje está restaurado e instalado em frente à Secretaria de Educação de Ibiporã. Em Londrina, existem obras de Henrique Aragão na Igreja Sagrados Corações, na Capela do Seminário São Vicente Palotti e o Monumento ao Passageiro, na rotatória da Rodoviária. ( FÁBIO
   LUPORINI  fabiol@jornaldelondrina.com.br  página 23, cultura, MEMÓRIA, publicação do JORNAL DE LONDRINA, quinta-feira, 27 de agosto de 2015.    

“MINHA ARTE VALE MINHA VIDA"

       


   Henrique de Aragão morreu ontem . “Eu dei minha produção à comunidade”, disse ao JL em 2011

   Calmo, de olhar sereno, Henrique de Aragão costumava receber todos em seu ateliê, em Ibiporã, com boa conversa. Autor de marcos da paisagem da região, como a escultura O PASSAGEIRO, na rotatória da Rodoviária de Londrina, Henrique de Aragão faleceu ontem, aos 84 anos, em Ibiporã, em decorrência de câncer.

   IBIPORÃ

   Natural de Campina Grande (PB), o artista plástico escolheu Ibiporã para viver. Nessa trajetória, realizou inúmeras esculturas instaladas em diversas cidades, compiladas no livro Henrique de Aragão – Esculturas Públicas, de Isabelle Catucci, pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, lançado em 2013.
   Alguns trabalhos geraram polêmicas, como O CRISTO LIBERTADOR, que foi instalado por anos em uma rotatória do campus da Universidade Estadual de Londrina até ser retirado e, finalmente, devolvido a Ibiporã, onde passou por restauração.

   FUNDAÇÃO


   Aos 2011, aos 80 anos de idade, Henrique Aragão comemorou a criação da fundação que leva seu nome – e que deve gerenciar o acervo do artista daqui em diante. Na ocasião, ele comentou em entrevista ao JL: “ Eu já dei minha produção toda, na hora que eu estiver morto, para a comunidade. Está registrado em Cartório, é da Fundação Henrique Aragão. Não pode ser vendida, pode ser emprestada para todo mundo que se responsabilize”. E acrescentou: “Minha arte vale minha vida”.
   O corpo de Henrique Aragão será sepultado hoje, às 17 horas, no Cemitério Municipal de Ibiporã, Leia mais sobre a carreira e a obra de Henrique Aragão, amanhã no JL. ( DA EDITORA, - página 22, cultura – Roteiro , espaço HOMENAGEM, publicação do JORNAL DE LONDRINA, quarta-feira, 26 de agosto de 2015).

O LIVRO SEM PAPEL



   Uma das vantagens de lançar um e-book é reunir centenas de pessoas numa sessão virtual


   Publicar livros é um prazer que supera o trabalho de uma sessão de lançamento. Já roí as unhas aguardando que as caixas chegassem da gráfica, quando na biblioteca já havia pessoas cumprimentando pelo novo livro que nem eu sabia se estava mesmo pronto. Disfarçando o nervosismo, a gente fica ali sorrindo, enquanto poucos amigos sabem do drama de esperar um livro que atrasou por motivos que se acumulam da escrita à impressão.
   Lançar um livro é como se preparar para um encontro amoroso. O autor pensa no que vai dizer, memoriza duas ou três dedicatórias ou entra no fluxo do momento correndo o riso de escrever traço em vez de abraço, como naquela vez em que fiquei disfarçando a palavra errada até transformá-la num garrancho.
   Sou apaixonada por livros impressos, daqueles que a gente leva para a cama aproveitando até o cheiro e no qual deixa anotações sobre um trecho importante. Gosto tanto disso quanto de encontrar anotações em livros comprados em sebos.
   Tudo o que disse até aqui corre o risco de sumir no tempo e ficar em nossas vidas de leitores como um fetiche. Na última terça-feira lancei meu primeiro e-book sem sair de casa. Na companhia de outros autores fizemos uma página em rede social para o lançamento sem autógrafos, mas com muita conversa e o direito a garrafas de Moet & Chandon que foram postadas geladinhas, dando à ocasião um charme adicional que na realidade nunca poderíamos oferecer. Há champanhes que custam bem mais que um livro.
   O que acabo de lançar é uma versão e-book de “Todas as Mulheres em mim”, publicado em 2010 pela Kan Editora e Atrito Art. A nova versão faz parte da coleção Prato de Cerejas, idealizada pela jornalista e poeta Marisa Sevilha Rodrigues e publicada pela e-galáxia, por Tiago Ferro, para ser distribuído nas livrarias virtuais do país. Renato Silva, Joana Woo, Pedro Mota Pereira, Jonathan Constantino e Edson Bueno de Camargo (in memoriam) também participam da coleção. As fotos de capa são de Izabel Demachi e o projeto gráfico de José Luiz Silva.
   As informações de praxe servem de moldura ao que me chamou a atenção neste lançamento: a leveza de não carregar nenhum livro, não precisar conferir os exemplares na caixa, não me preocupar em sair de casa de salto alto, nem indagar se haveria público suficiente para justificar um lançamento presencial em noite de chuva. Os leitores apareceram espontaneamente e se divertiram muito na festa, na qual além de  autora fui DJ , postando  um hit em que Mick Jagger rebola com Amy Winehouse, além de ter servido Veuve Clicquot para terminar a sessão.
   Se a literatura é o território da imaginação acho que nunca me diverti tanto fantasiando junto com pessoas que apareceram para dar os parabéns e ler poemas que foram surgindo na tela junto com imagens escolhidas a dedo. Meu novo livro não tem cheiro, mas soube que já estão criando aromas para alguns  aplicativos de modo que a gente pode ter no e-Reader a mesma sensação olfativa que o papel oferece. Fora isso, o preço infinitamente menor de um e-book em relação a um  livro impresso, talvez anime os leitores.
   Entre vantagens e desvantagens, continuo apaixonada por livros. E se fico tão à vontade numa sessão de autógrafos na internet, entretanto mantenho meus rituais na hora da leitura, deixando um copo d’água da cama para não ter que me levantar no meio de um capítulo. Um cobertor nos dias frios ou ventilador no verão também ajudam quando a gente embarca numa viagem literária sem querer descer nas paradas. Antes que eu me esqueça, os links para quem quiser conhecer ou comprar os livros da coleção Prato de Cerejas estão no blog da editora e-galáxia: http//blog.e-galaxia.com.br/maispoesiabrasileira/
   Desejo a todos boa viagem, que seja tão prazerosa como lançar e obter livros de forma despojada, sem a preocupação com a caixas que vêm das gráficas ou com os volumes que nunca chegam pelo correio. É só clicar, mas claro que ainda sinto falta daquele cheiro inebriante da tinta em papel novo. ( celiamusilli@terra.com.br  página 4, FOLHA 2, espaço CÉLIA MUSILLI, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, domingo, 30 de agosto de 2015). 

domingo, 30 de agosto de 2015

CRISE BOA




   É bom ver como artistas e cronistas apoiadores do poder, durante décadas agora contorcem a boca e suas palavras se retorcem para inexplicar  o fracasso de suas crenças ou conveniências.
   A direita era ruim e a esquerda não é melhor, finalmente chegamos ao empate para começar um novo jogo.
   Afinal, porque direita ou esquerda se temos dois olhos, duas pernas e dois braços? Ninguém anda só com uma perna ou vê só com um olho – e pouco  podemos fazer só com uma das mãos.
   Não quero me guiar nem por direita nem  por esquerda, quero é ver governo funcionando bem e custando pouco.
   O movimento para enxugar as câmaras municipais começou em pequenas cidades, mas pode ser o grande sinal de  que começamos a enxergar o Mal.
   O Mal, senhores padres, pastores, pais, patriotas, cidadãos e irmãos, o Mal é serviços públicos custando tanto e servindo tão pouco, Estado castigando a nação.
   Mas que bom: isso gerou a crise em que tanto se purga e tanto se aprende.
   A água, por exemplo, começou a ter a atenção que sempre mereceu.  Talvez até aprendamos, com a crise, a apagar a luz e acender a mente.
   Que seria de nós sem crises? O vento que castiga a planta também espalha suas sementes.
   Embora ache (“E quem acha que pode se perder”, já ensinou o Noel) que o melhor para o Brasil seria Dilma fora, mas também acho que só pela lei.  A esta altura, rua deve voltar a servir apenas ao trânsito.
   Conforme a Constituição, Temer será o presidente. Se não puder ou não quiser, será Cunha, se ainda for presidente da Câmara, ou então Renan ou, pela ordem, o presidente do Supremo (artigo 80). Isso, enquanto se organiza nova eleição, pois “vagando os cargos de presidência e vice-presidência da República, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional” ( artigo 81).
   Fora da Lei de novo, jamais! Precisamos da Constituição – e de sua renovação – se quisermos continuar em frente.
   Enquanto isso, no mundo de quem trabalha e sustenta o Estado, grandes e pequenas empresas crescem e prosperam ou micham e quebram , driblando ou sofrendo a crise, que bom.
   A Crise é um jogo, e pode apostar que vai render melhoramentos para a Civilização, time do meu coração.
   Com a Crise, veja que bom, a arrogância entra em crise e a criatividade se atiça! Quem dança com a nova música, cresce; quem não cresce, dança com qualquer música.
   As crises derrubam, elevam, incubam, cevam, amadurecem, a felicidade das crises é mexer com o mundo, senão apodrece!
   E só a Crise ensina direitinho que numa república temos de ter direitos e também deveres.
   Não vamos sair da crise  maiores, mas melhores com certeza. Então vivamos a crise! ( Página 21, cultura, espaço DOMINGOS PELLEGRINI 
d.pellegrini@sercomtel.com.br publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 30 de agosto de 2015).

MUROS DE VIDRO

 
Adicionar legenda


   Apesar do custo mais elevado, sistema de cercamento ganha na segurança,  durabilidade e apelo estético.

   Depois das fachadas, o vidro começa a conquistar um novo espaço nos imóveis residenciais e comerciais, substituindo grades e muros de alvenaria no cercamento dos terrenos. A tendência tem ganhado força não apenas em projetos novos, mas também em imóveis antigos. “Ele  representa a evolução do mercado. Acredito que daqui a dez anos todos os muros serão de vidro, principalmente nos prédios”, projeta  Cristiano Rodrigues de Almeida, gerente de vendas da Vidraçaria Sobrinho, de Curitiba.
   Segundo a arquiteta Luciana Olesko, quem inicia um projeto “do zero” já tem o vidro como primeira opção e nem cogita a instalação de  grades. “Muitas pessoas que têm imóveis com grades também estão trocando ( o cercamento ) por vidros”, afirma.
   A segurança oferecida pelo muro de vidro é um dos principais atrativos do sistema, segundo os especialistas. Além de aumentar a visibilidade dos porteiros e moradores em relação à frente do imóvel, é mais difícil de escalar, inibindo a entrada de invasores.
   O apelo estético também joga a favor do vidro, que ajuda a evidenciar a arquitetura e o paisagismo, além de dar um ar contemporâneo ao imóvel. “O vidro não “briga” com o estilo arquitetônico da construção, podendo também ser instaladas em casas e prédios mais antigos”, lembra Luciana.
   Silvana Andretti Calonga, proprietária do Espaço Vidro, acrescenta a durabilidade e facilidade de manutenção do sistema à lista de benefícios. O muro de vidro dispensa a pintura frequente de sua estrutura, como ocorre com as grades e os muros de alvenaria, e só preciso ser lavado para que seja mantido em boas condições.
   Os vidros utilizados nos muros são temperados e com espessura de 8 milímetros (mm) ( em alguns casos de 10 mm ), o que os tornam muito resistentes à quebra. Usufruir destas vantagens demanda um maior investimento inicial. De acordo com Almeida, a instalação do sistema é cerca de 40% mais cara do que a de uma grade, por exemplo, com o custo do metro quadrado variando entre R$ 300  e R$ 800 de acordo com o projeto. 9 SHARON ABDALLA/GAZETA DO POVO, página 1, imóveis, classificados 3377 – 3000 , TENDÊNCIA, publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 30 de agosto de 2015. 

LONDRINA ULTRAPASSA OS 548 MIL HABITANTES


    
   Estudo do IBGE coloca a cidade em quarto lugar entre as mais populosas da Região Sul, atrás de Porto Alegre, Curitiba e Joinville.
   Londrina tem 548.250 habitantes e integra a lista das 20 cidades mais populosas do interior do país. Em cinco anos, a população londrinense cresceu 8,2% - em 2010 a população local era de 606.701 habitantes. Os dados foram divulgados na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em um estudo que mostra a população dos 5.570 municípios brasileiros.
   Com a nova atualização populacional, Londrina continua atrás de Joinville (SC), que tem 562,1 mil habitantes. A cidade catarinense permanece  com o posto de terceira maior cidade do Sul do Brasil – que já foi de Londrina – e ocupa o 16º lugar entre os município mais populosos do País quando não são consideradas as capitais. Neste ranking Londrina ocupa a 18ª posição. No total, os 20 municípios com mais de 500 mil habitantes no interior do País somam 14,7 milhões de pessoas, o equivalente a 7,2% da população brasileira.
   A diferença de população com a “concorrente” catarinense cresceu nos últimos anos de 8,5 mil para 13,9 mil  habitantes – em 2010, Joinville tinha 515,2 mil habitantes, segundo o IBGE. Apesar disso, Londrina ocupa o posto de segunda cidade mais populosa do Paraná, atrás apenas da capital Curitiba que, segundo os dados atualizados do IBGE, possui 1, 8 milhões de habitantes.
BRASIL
   De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o Brasil tem 204,5 milhões de habitantes. O País registrou uma taxa de crescimento de 0,87% de 2014 para 2015.
   Entre as cidades mais populosas, São Paulo continua no topo, com 12 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 6,5 milhões, Salvador e Brasília,  com 2,9 milhões de habitantes cada uma. Dezessete município brasileiros possuem mais de um milhão de habitantes, somando 44,9 milhões de habitantes ou 22% da população total do Brasil. (

 TATIANE SALVATICO – tatianes@jornaldelondrina.com.br página 10, Geral, POPULAÇÃO, publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 30 de agosto de 2015).

sábado, 29 de agosto de 2015

CRESCIMENTO POPULACIONAL DE MARINGÁ É O DOBRO DE LONDRINA


   


   Segundo o IBGE, LONDRINA TEM 548.250 HABITANTES, O QUE SIGNIFICA AUMENTO DE 12,2% NA ÚLTIMA DÉCADA. POPULAÇÃO DE MARINGÁ AUMENTOU MAIS DE 24,6% DE 2005 a 2015

   O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem as estimativas populacionais dos 5.570 município brasileiros com dados do primeiro semestre de 2015. De acordo com o levantamento, o País tem 204,5 milhões de habitantes, um aumento populacional de 0,83% em relação a 2014. Londrina cresceu acima da média nacional e possui, atualmente, 548.250 habitantes, o que representa aumento populacional de 0,96% em 2015.
   Nos últimos 10 anos, a cidade ganhou aproximadamente 60 mil habitantes, registrando um crescimento  populacional de 12,2% , um dos menores entre os maiores municípios do Estado. Na década, o índice de Maringá foi o dobro, 24,6%, seguido por São José dos Pinhais (17,9%), Ponta Grossa (12,5%) e Cascavel (12,4%). Já a população de Foz do Iguaçu diminuiu 12,4% em 10 anos. Segundo o IBGE, Curitiba teve um crescimento de 6,9% , e possui hoje, 1,8 milhão de moradores. Já a população paranaense aumentou cerca de 6% entre 2010 e 2015, com mais de 11,1 milhão de habitantes.
   A presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina (Ippul), Inês Dequech, lembrou que o município passou a maioria da última década sem ter o Plano Diretor aprovado, o que é fundamental para o planejamento urbano e esclarecimentos  das regras para implantação de empreendimentos. “A aprovação  da Lei de Uso e Ocupação do Solo e do Plano Diretor é importante para o crescimento organizado e sustentável e incentiva o equilíbrio entre desenvolvimento e crescimento no município”, comentou.
   Segundo ela, o planejamento do trânsito é um dos principais desafios das grandes cidades, pois a frota de veículos cresce, em média, mais do que a população.  “Por isso,  investimos no transporte coletivo, em ciclovias e na regulamentação das calçadas. O Plano Diretor também é importante, pois abre o caminho para outros planos municipais como o de Mobilidade Urbana”, acrescentou. O estudo do IBGE aponta para o crescimento populacional em pequenos municípios, com média anual de 1,3%, acima das grandes cidades. “A qualidade de vida nestes locais é maior e é preciso investir em políticas públicas para melhorar a qualidade de vida nos grandes centros, com praças e lazer, para devolver a cidade à população”, avaliou Inês.
                                                                   INDÚSTRIAS
   O presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, aafirmou que a falta de políticas para atração de indústrias influenciou o crescimento populacional na cidade nos últimos 10 anos. Ele projetou que o resultado pode ser revertido na próxima década por causa das medidas de incentivo e criação de parques industriais no município.   “Além da atração das empresas,  o desenvolvimento industrial também fixa a mão de obra na cidade. Muitas pessoas que estudam em Londrina acabam saindo do município e outras que se formam fora permanecem em outros mercados”, analiso.
                                                                    IDOSOS
   A professora de Geociências do Centro de Ciências Exatas (CCE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Viviane Borges, analisou que existe uma tendência de migração dos grandes centros para pequenas cidades, principalmente da população mais idosa, que aumentou no Brasil por causa das melhorias na expectativa de vida. “Os idosos retornam para os pequenos municípios em busca de qualidade em locais que não apresentam problemas em áreas como trânsito e  segurança”.
                                                                   MAIS DE 500 MIL  

   Londrina  ficou entre as oito cidades acima de 500 mil habitantes com maiores crescimentos populacionais nos últimos 10 anos. No mesmo período, Ribeirão Preto cresceu 20,8%, o maior entre os município do interior com mais de 500 mil moradores no País. A cidade paulista tem 666.323 habitantes, segundo o IBGE. Joinveille, com 562.150 moradores, ocupa a quarta colocação com crescimento populacional de 15,4% na década. ( RAFAEL FANTIN – Reportagem Local, página 6, FOLHA GERAL geral@folhadelondrina.com.br publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 29 de agosto de 2015).  

NÃO SE VENDEM MAIS FRANGOS ATROPELADOS





   Agora que eu os fiz esperar, vocês podem sentir um pouco da decepção que eu senti ao saber o que era um frango atropelado. Você pega a ave, retira a  cabeça dela sem cortar o frango por inteiro. Então você leva para marinar por um dia inteiro no tempero de sua preferência e o assa aberto na grelha. Então, ele fica com a estrutura inteira e as marcas da grelha dão o formato das rodas na carne. O trabalho do senhor Vicente era desossar o frango de maneira exímia, mergulhá-lo no tempero especial (a receita de família ele não compartilhava) e atender a demanda dos churrascos de fim de semana na vizinhança.
   Por cerca de 15 anos ele manteve essa rotina. O Vicente ainda trabalhava como metalúrgico na indústria, enquanto sonhava com os anos vividos no sítio. “Bons anos, os melhores”, ele lembra.
   “Quando eu era jovem, ajudava meus pais com os frangos na roça. Não era só desossar não. Tinha que correr atrás da galinha. E aquelas galinhas davam uma canseira na gente. Depois de captura-la, aí sim vinha o trabalho de desapegar do bichinho e levar para o matadouroonde, após um golpe certeiro do meu pai, aprendi a tirar os ossos da galinha sem prejudicar nem um pouquinho o formatinho. Os temperos aprendi com a minha mãe. Dos 12 filhos que mãe Maria teve, todos homens, eu sou o mais novo. Então tinha que ajudar na cozinha também. Foi com ela que aprendi sobre ervas, temperos e cozimento. Com meu pai aprendi a ser durão. Foi o que mais me ajudou na indústria. Um fruto não cai muito longe do pe´, né fia?
   Minha mãe já estava impaciente com toda  aquela conversa e me puxava de canto. “Deixa disso  Patrícia, deixa o homem”. Mas eu queria escutar o que ele queria dizer. E seu Vicente continuou. Me contou que foi depois de se apaixonar pela filha do fazendeiro que fgiu com ela para a cidade. “Eu não tinha dinheiro, mas eu sabia trabalhar. E pra nóis (sic) era só o que bastava. Chegamos aqui em São Paulo e fizemos a nossa vidinha. Tivemos três meninos e uma menina. Agora tenho dez netos que  são minha alegria!” E sorriu. Minha mãe me puxou mais uma vez, e ele entendeu a deixa. Finalizou.
   Com os anos, os dedos de seu Vicente foram encurvando e ficando duros. “Cachaça”, reconheceu. Mas ele ainda dava conta. Porém, há cinco anos, quando perdeu seu ingrediente especial, Dona Lica, não viu mais motivos para atropelar os frangos, me confessou com os olhos apertados e a voz embargada de quem se lembra de toda uma vida em uma palavra. Nesse caso, uma sentença: vende-se frango atropelado. ( PATRÍCIA MARIA ALVES,  jornalista na FOLHA, pagina 2, espaço DEDO DE PROSA, FOLHA RURAL, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 29 de agosto de 2015).
 

A ERA DAS CARROÇAS






   Em muitas cidades a prefeitura comemora quando consegue recapear algumas ruas, entre tantas esburacadas ou já esfarelentas. “Já” esfarelentas, não ainda e desde muito tempo esfarelando, com a vida útil do asfalto vencida, as pedras entupindo bueiros e causando enchentes, toda a rua “em processo de rápida deteriorização”, como diria um técnico, sabendo que sua advertência não será como nunca foi levada a sério pelos governantes.
   Afinal, dirão eles, o problema é herdado de governos anteriores, que não fizeram a devida manutenção, o asfalto envelhecendo mal sem cuidados nem consertos, além de  mal feito pela corrupção ou pela incompetência sem fiscalização.
   Enquanto isso, começamos a acordar que o Estado – das prefeituras à presidência da República - não é pai do povo, é seu filho e deve ser vigiado. Quem trabalha sustenta o Estado, recebendo serviços  públicos de filho ingrato.
   Recape, por exemplo, recupera mas não melhora rua, que apenas volta a ser a velha rua para trânsito sempre crescente, com transporte público sempre precário. Até que muitas ruas voltem a ser, como nos mapas antigos, apenas “vias carroçáveis”,  onde só carroças conseguirão transitar.
   Não, não as carroças do Collor, movidas a cavalos-vapor, mas carroças com cavalos e carroceiro, que a  cidade foi enxotando para a periferia mas, enfim, voltarão vitoriosas. Passarão pelos buracos e destroços levando jardineiros, vendedores de víveres, disquentregas e até roça-táxis.
   Caminharemos – ou trotaremos – para a Era ds Carroça.
   O prefeito será um  carroceiro com mestrado em Oxfordê
   A toda poderosa ABC, Associação Brasileira dos Carroceiros, bancará candidato à presidência da República ou por uma coligação – carroção de muitos partidos.
   Aquele Rolls-Royce da Presidência será trocado por uma carruagem do museu com cavalaria das Forças Armadas.
   A AIC – Associação Internacional da Carroagem, arrebatará a diretoria da Fifa, da Onu e, de quebra, do FNI.
   A indústria automobilística lançará carroçarros, carroças movidas a motor, nos bairros ricos ou rebeldes com asfalto, e movidas a cavalo  nos bairros pobres e resignados. Estacionamentos terão baias para cavalos, e o quadro de maior sucesso na tevê será A Carroça da Sorte, com um carroção distribuindo prêmios pelo país.
  E as pessoas passarão a nascer aC ou dC, antes ou depois da Era das Carroças.
  A Seleção ganhará a Copa, e o time e o time desfilará no Carroção dos Bombeiros .
  Isto, claro, se antes não acharem um jeito de recuperar não só algumas, mas todas nossas ruas. ( Página 21, cultura – espaço DOMINGOS
  PELLEGRINI  d.pellegrini@sercomtel.com.br publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 23 de agosto de 2015). 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

RECOMEÇO NO INTERIOR


  


   Dois jovens casais contam como mudaram de cidade para conquistar mais qualidade de vida em Londrina.

   Histórias de quem busca a tranquilidade a beira mar depois de criar os filhos e se aposentar não são novidade. Aliás, fazem parte do imaginário de muita gente. Mas a questão é que muitas pessoas não estão querendo mais saber de esperar décadas para isso. Mesmo sem o mar por perto, Londrina virou rota de jovens casais cansados da rotina dos grandes centros.
   Coincidentemente, Ariane e Fabrício Furtado e Gabriela e Rafael Losso desembarcaram por aqui em Fevereiro deste ano de mala, cuia e  muitos planos . Enquanto primeiro casal pensou nos filhos na hora da troca de cidades, o segundo casal veio pensando nos filhos que planejam ter por aqui. Para a ortodentista Ariane e o cardiologista Fabrício, Londrina “é onde tudo começou”. Os dois não têm família na cidade, mas se conheceram no vestibular da UEL. E foi para cá que resolveram se mudar depois de cerca de oito anos em São Paulo.
   Pais de Felipe, de 6 anos, e Leonardo de 4, o casal pensou muito nos filhos. “A escola deles ficava a oito quadras de casa e a gente demorava às vezes 1h20 para chegar”, conta Ariane. Além do trânsito, s,  também entrou na lista dos contra, “a questão da poluição e da falta de água”, lembra Fabrício, que tinha na capital paulista o emprego dos sonhos de muitos médicos, um posto no hospital Sírio Libanês.
   “Nós dois estávamos em Brasília no ano passado para um congresso e encontramos  um amigo de faculdade que perguntou se eu não queria voltar”, conta o médico. “Pensamos é agora ou nunca mais”, explica Ariane. É que o casal estava se preparando para construir consultório juntos, com duas salas próximas à residência
   Para os dois, nascidos e criados no interior paulista, as limitações d metrópole para as crianças sempre vinham à tona. Onde meus filhos vão andar de bicicleta?”, refletia a apartamentos e só duas casas e escolhemos esta quando o meu filho falou que esta era boa para o cachorro”, emociona-se. Seis meses depois da mudança, Tatá chegou para animar mais ainda a casa dos Furtado.
   “É um recomeço de tudo”, diz Fabrício, que assim como Ariane está criando uma nova rede de pacientes. “Até me espantei com a rapidez”, conta o médico. Ele não esconde que por aqui os rendimentos são menores que na capital paulista, mas em troca tem a recompensa de ver os bem e com mais tempo. “Não  precisei cancelar a agenda para estar em casa neste horário (17 horas). Em São Paulo chegava em casa por volta das 21 horas”.
   Para Ariane, o começo foi tumultuado por conta de um cirurgia no rim. ”Minha mãe teve que me ajudar na mudança”, lembra. “Escolhemos vir no início do ano para não atrapalhar a escola”, conta a ortodentista. Para alegria de Fabrício, até vaga na escolinha de futebol eles encontraram com facilidade, “Em São Paulo tinha fila de espera”, relata. (KARLA MATIDA – Reportagem Local. Foto: Ricardo Chiarelli).
                                         

DEPOIS DE BERLIM


   Casados há dois anos, Gabriela e Rafael Losso estão morando há seis meses em Londrina, que conheciam de visitas à irmã de Gabriela. “Ela veio estudar há 12 anos e acabou ficando”, lembra a tradutora de videogames. Até então, os dois moravam em São Paulo.  “Fomos para lá em uma época que tudo acontecia por lá, tínhamos que morar lá mesmo. Hoje é diferente, é um  outro momento”, conta Rafael.
   Depois de 10 anos trabalhando na MTV, onde foi VJe responsável pelo conteúdo digital, Rafael, que é curitibano, consegue trabalhar na área de comunicação longe dos grandes centros. Não só do eixo Rio-SP, como até fora do país. Ele e Gabriela passaram nove meses em Berlim. A temporada de trabalho também serviu como um detox de São Paulo.
   Apesar de ser uma metrópole a capital alemã surpreendeu o casal com diferenciais como hortas comunitárias e os mergulhos nos canais. “Chegamos de Berlim com uma outra ideia”, justifica Gabriela. Os dois voltaram para o Brasil pensando na família. “Estamos na fase ninho”, avisa Rafael. O fato de estar longe dos familiares influenciou na decisão do retorno, tanto que escolheram Londrina justamente por estar em uma posição estratégica. “Fica no meio do caminho entre Curitiba e Dracena”, relata Gabriela.
   As praias de Florianópolis até entraram na lista da dupla, que ainda na Alemanha passou a planejar onde morariam. “Depois de 15 anos, São Paulo já tinha dado”, dispara Rafael. “Já Londrina é uma cidade que tem muito para acontecer ao contrário de São Paulo mastodôntica”, define Gabriela. “Aqui podemos criar uma nova vida com muitas possibilidades”.  Além  da qualidade de vida, o casal também economiza nos gastos”, “três vezes menor”. “E o ar que respiro aqui não tem preço”´garante  a tradutora. O cão Ponyo também tem vantagens na nova casa e ganha passeios diários ao redor do Lago Igapó. “É o nosso oásis”, afirma Gabriela. ( K.M.) Foto: Saulo Ohara. ( FONTE: Páginas 14, 15, 16 e 17, seção COMPORTAMENTO, FOLHA DA SEXTA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sexta-feira,28 de agosto de 2015).    

1º LUGAR DO BRASIL EM PLANEJAMENTO URBANO






                              MARINGÁ 2015
   Destaque entre as melhores cidades do país para se  investir,  dona da melhor gestão fiscal do Paraná e geradora de empregos mesmo na crise, agora Maringá foi reconhecida como a cidade com melhor planejamento urbano do Brasil.
   Avaliando 700 municípios, o ranking elaborado pela consultoria Urban System , e divulgado pela revista Exame, lista as cidades mais inteligentes do país e avalia 70 indicadores de 11 áreas da gestão pública. Entre os indicadores avaliados estão a renda média dos trabalhadores, crescimento do número de empresas e empregos, notas em avaliações  nacionais de educação, apoio ao empreendedorismo, polos tecnológicos, cuidado com o meio ambiente, evolução da mobilidade, existência de ciclovias, ações de planejamento urbano, valorização da saúde publica, investimento em segurança e desenvolvimento em tecnologia e inovação, áreas em que Maringá tem conseguido desempenho muito acima da média.
   Estar entre as 16 cidades mais inteligentes do Brasil e ser considerada a 1ª em planejamento urbano é motivo de orgulho  para todos nós maringaenses e, ao mesmo tempo, torna-se um avl de peso para o trabalho desenvolvido a favor da sustentabilidade econômica e da qualidade de vida da população. Mantendo um diálogo constante entre o poder público e a iniciativa privada acerca do planejamento, Maringá trilha a passos firmes o caminho para novas conquistas, sempre buscando resultados cada vez melhores. (  Página 11 -geral, publicação do JORNAL DE LONDRINA,  domingo, 16 de agosto de 2015 ).

NÃO À CPMF




   Como se não bastasse aos brasileiros arcar com uma das maiores cargas tributárias do mundo e ter quase nenhum retorno em serviços públicos, nesta semana começaram a surgir rumores de que o governo federal estuda a proposta de resgate da CPFM, que ficou conhecida como “imposto do cheque”. A equipe econômica já teria encaminhado uma proposta ao Palácio do Planalto que teria alíquota de 0,38%  sobre as movimentações financeiras.
   A “novidade” é que, desta vez, seria um imposto e não mais uma contribuição. A mudança seria uma forma de beneficiar Estados e municípios e, como isso, obter mais apoio à proposta. O momento para discutir um projeto como este é totalmente inoportuno. O País enfrenta uma grave crise econômica, a população sofre uma inflação em alta e aumento do desemprego. Além disso, o o juste fiscal proposto pelo governo federal cortou orçamento de programas federais que beneficiavam parte da população, como os de financiamento estudantil, e paralisou boras e outros projetos.
   A população já está pagando parte da conta de anos de desajuste econômico e gastança exagerada por parte da administração federal e não conseguirá suportar o peso de mais impostos. Além disso, em um  momento de crise política e de desgastes com eleitores, é provável que os parlamentares não queiram arcar com mais esse ônus. Tanto que os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados já se manifestaram contrariamente à proposta e disseram que dificilmente será aprovada. É um alento, mas não uma garantia uma vez que negociatas são frequentes nas duas casas. Por isso, é preciso acompanhar essa discussão e também iniciar uma articulação para impedir isso.
   Os brasileiros precisam trabalhar quatro meses do ano para pagar  os vários impostos. Além disso, de acordo com o impostômetro, índice medido pela Associação Comercial de São Paulo, a população já pagou mais de R$ 1 trilhão em impostos e contribuições desde o início do ano até ontem à noite. E uma carga extremamente alta para suportar qualquer reajuste. É preciso dar um basta. ( Página 2, FOLHA OPINIÃO  opinião@folhadelondrina.com.br, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sexta-feira, 28 de agosto de 2015).

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

LEI ISENTA DOENTES GRAVES DE PAGAR PEDÁGIO NO PARANÁ


   Departamento de Estradas de Rodagem fiscalizará cumprimento da legislação: concessionárias ainda vão analisar nova norma
   CURITIBA –a Assembleia Legislativa (AL) do Paraná promulgou ontem a lei que concede isenção do pagamento das tarifas de pedágio para pessoas com doenças graves ou degenerativas em tratamento fora do município em que residem. A proposta passa a vigorar a partir de uma publicação no Diário Oficial da Casa.
   Conforme a proposta, para se isentar da isenção tarifária o doente terá que comprovar o tratamento de saúde; a inexistência de qualquer tratamento de saúde fora de sua cidade; a necessidade, periodicidade e o prazo de realização do tratamento, por meio de laudo médico. A lei também define que as empresas concessionárias de pedágio deverão criar uma identificação própria para os beneficiados com isenção da tarifa. O Departamento de Estrada de Rodagem (DER) ficará responsável pela fiscalização do cumprimento da lei.
   As normas poderão alcançar pacientes com doenças como Aids, câncer, cegueira, contaminação por radiação, doença renal, do fígado ou do coração, portadores de Doença de Paget em estados avançados, Doenças de Parkinson, esclerose múltipla, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, e tuberculose ativa.
   A proposta foi promulgada pelo pelo presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), depois que não houve sanção ou veto do governador Beto Richa (PSDB). O projeto foi apresentado na Assembleia no dia 16 de março e aprovado em plenário no dia 15 de julho, antes do recesso da Casa. Depois, a matéria foi encaminhada para sanção do governador, mas, como não houve manifestação por parte do Executivo , coube ao presidente do Legislativo promulgar a lei.
   A promulgação da matéria ocorre num momento delicado em que o Executivo tenta conseguir, junto ao governo federal, a renovação da delegação das rodovias federais. Caso consiga a prorrogação do prazo de delegação, o governo estadual poderá negociar a extensão ou não dos contratos com as  concessionárias de pedágio. Ninguém confirma, mas isto pode explicar a falta de manifestação do governador sobre a isenção para doentes graves.
   “Na verdade, o governador não expôs de forma objetiva porque não sancionou a lei ou porque não vetou. Muito provavelmente as concessionárias ingressarão na Justiça contra este dispositivo, mas creio que o projeto é constitucional, é legal, já tem decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que regulamenta este tema. Enfim, virou lei e vai ter que ser aplicado pelas concessionárias queiram eL, Luiz Claudio Romanelli (PMDB).
   Para o autor da proposta, Missionário Ricardo Arruda (PSC), a promulgação quebra o tabu de que nenhum projeto sobre pedágio consegue avanço na Assembleia Legislativa. “Isso não é um projeto político, para liberar motoqueiros, todo mundo. Não é justo que  quem tem doença grave  e que não tem tratamento na região em que mora, pague um pedágio tão alto”, ressaltou.

ABCR

   Procurada pela FOLHA , a Associação Brasileira de Concessionárias  de Rodovias (ABCR) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que precisa verificar questões como operacionalização e adequação das empresas às novas normas antes de se pronunciar a respeito. A entidade ficou de analisar o conteúdo da lei estadual e de retornar a ligação da reportagem, o que aconteceu até o fechamento desta edição. ( FONTE: RUBENS CHUEIRI Jr – Reportagem Local, página 4, FOLHA POLÍTICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 26 de agosto de 2015).

WIKIPÉDIA COMEÇA NOVA CAMPANHA DE DOAÇÕES



   SÃO PAULO – A Wikipédia começou uma nova campanha de arrecadação para manter a popular enciclopédia on-line funcionando. Quem acessar algum dos verbetes da enciclopédia eletrônica vai encontrar um aviso na parte de cima da página com um apelo da Fundação Wiki-media, empresa responsável pela Wikipédia e por outros sites colaborativos, por doações.
   “Nós estamos pedindo ajuda para a Wikipéddia. Para proteger nossa independência, nós nunca teremos anúncios Sobrevivemos com doações em média de R$ 25. Se todo mundo que estiver lendo este aviso neste momento doar R$ 10, nossa arrecadação terminaria em uma hora”, diz.
   Pelo banner, as doações podem ser feitas em qualquer valor. Também há a opção de escolher se o pagamento será feto uma única vez ou se será de forma mensal. A Wikipédia aceita cartão de crédito, transferência bancária ou PayPal, mas este último em dólares. Para fazer doações de outras  maneiras - pode ser até por bitcoins – há um link na parte de baixo do aviso que ensina como proceder.
   A Wikipédia costuma fazer campanhas de doações de tempos em tempos.
A empresa sem fins lucrativos avisa que tem gastos com servidores, funcionários e programas parecidos com os dos grandes sites e precisa das doações para continuar funcionando.
   São 273 funcionários, segundo a Fundação Wikimedia, divididos principalmente na área de tecnologia e em arrecadar fundos.
   “A  Wikipédia é um pouco especial. É como uma livraria ou um  parque público onde todos nós podemos ir para aprender. Se a Wikipédia é útil para você, por favor, gaste um minuto para mantê-la on-line e grátis”, afirma o anúncio. (FOLHAPRESS, página 4. FOLHA ECONOMIA, economia@folhadelondrina.com.br  publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 24 de agosto de 2015. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

TENHO QUE SOLTAR A BICICLETA



   Filha da minha alma, hoje tenho que fazer algo que torci para que demorasse muito: o momento de largá-la para que outro cuide com amor.
   Acordei pensando naquele dia no Bosque onde lhe ensinava a andar de bicicleta e aos poucos  retirei as rodinhas. Com medo pedia que a segurasse e depois de um tempo a soltei, e agitada dizia: “papai não me solta!”. E  eu já havia te largado e conseguiu manter-se pedalando sem mim.
   Confesso que tive medo de haver uma queda, porém foi necessário te deixar seguir só. Naquele instante não percebi que largava só a bicicleta, mas as rédeas de sua vida para que seu voo solo tivesse início.
   Você sempre foi meu “grude”, aproveitou nossa volta de lua de mel e veio dentro de sua mãe, alertando que não nos largaria facilmente, mas... chegou a hora!
   Tantos momentos mágicos que desfrutamos com intensidade em nossa casinha: seu medo dos meninos da rua cortarem nossa arvorezinha de ipê branco para fazerem uma forquilha. E o nosso balanço em frente da casa que os meninos levaram, e  eu tentando de consolar disse: deixa filha, posso fazer outro. Eles  não tem um pai para fazer para eles”. Foi uma tristeza só. Nossos “racha” de carrinho de rolimã, no “Monte Everest”, as pipas que insistia em colar, nas suas mãozinhas pequenas e sem habilidade (hoje confesso, me irritavam um pouco), não conseguiam sem furar a seda, e aquele campeonato da menor pipa, lembro que teve muito orgulho do seu pai vencer, sem apresentar a menor que estava no meu bolso, e me olhava toda feliz.
   Eu era seu tudo, seu mundo girva em torno de seu falho pai que procurou até hoje te conduzir de maneira ética e buscando fazer-te uma mulher carinhosa e generosa. Não fui o melhor pai da Juvenal (nossa rua), mas fui o melhor que conseguia ser.
   Bem, mais isso e muitas outras estripulias que deixavam sua mãe de cabelo em pé são retalhos de um passado mágico que queria eu eternizar se assim pudesse, mas a vida segue e hoje deixará seu primeiro amor para casar com o homem que esperou no Senhor um tempo longo, que para mim foi tão curto...
   Quando eu estiver te levando para o altar de Kombi não vou conseguir ser forte, certamente chorarei de comoção, mas estarei feliz sabendo que “Como flechas nas mãos de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade”.
   Vai em paz, vou ficar bem, e se possível volte com um netinho par que eu possa ensiná-lo a soltar pipa. ( VALDIR FLORA BATISTA, teólogo e empresário em Londrina, página 3. FOLHA 2, espaço CRÔNICA, publicação do jornl FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 26 de agosto de 2015).

terça-feira, 25 de agosto de 2015

PROPAGANDO A POESIA DE CADA UM

                 
                

   Ao longo do ano de 2014, sete bairros da região Oeste de Londrina – Conjunto João Conjunto Avelino Vieira, Conjunto João Turquino, Jardim Maracanã, Jardim Olímpico, Jardim Campos Verdes, Jardim Londriville e Jardim Universitário – foram cenário para a produção dos filmes da série “Retratos Filmados”, projeto realizado pelo cineclube Ahoramágica, em parceria com a Associação Ciranda da  Cultura. O resultado foram 14 episódios*, de cerca de dez minutos cada, que trazem memórias afetivas de uma pessoa ou família, as quais, a maioria com fotografias em mãos, contavam suas lembranças e histórias da vida.
   Luís Henrique Miolo, coordenador do grupo, conta que os filmes ou “documentários-poesia”, **como são chamados pelos realizadores, não foram uma tentativa de produzir um documentário tradicional e cronológico, mas explorar as emoções das pessoas desses bairros cercados de fundo de vale e ocupações, no limite da fronteira da cidade.  “Os  episódios exploram a memória afetiva dos moradores. Nossa intenção era mostrar que existem muitas belas histórias por trás da violência e  esquecimento na qual a região está inserida. Deixamos que eles contassem as lembranças que vinham à mente. Para isso, usaram  fotos para acessar essa afetividade. O resultado não foi uma entrevista, mas depoimentos ricos, matéria-prima para criação de uma poesia audiovisual”, enaltece.
   Dentre as várias histórias, Mioto destaca a figura de um homem que é uma espécie de “faz-tudo” de pintar a construir coisas. Outra história é de um senhor palhaço-poeta, que anda com uma bola debaixo do braço.  “Esse senhor, o Manoel, desapareceu depois da gravação. Isso nos faz perceber que a vida é muito fluída e a realidade muda a cada instante”.
+ Entre maio e agosto, os vídeos foram divulgados semanalmente na internet, e agora estão disponíveis. no Youtube
** Segundo o coordenador, os personagens revelaram uma delicada beleza da memória de Londrina muito pouco sentida e divulgada.
(página 5, FOLHA 2, espaço Folha Cidadania, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 18 de agosto de 2015).

VOCÊ SABE ESCOLHER BEM AS PALAVRAS?


   Segundo o professor e linguista Dino Preti, “nós  regulamos a nossa linguagem em função do ouvinte”. Com isso, ele quer dizer que todos nós escolhemos a forma como vamos dizer ou escrever algo dependendo da situação. De maneira prática, você não vai falar da mesma maneira com seu chefe  e com um amigo ou parente. Provavelmente, ao falar com  o chefe, você vai tentar ser mais formal e evitar gírias ou expressões vulgares, que  não seriam um problema ao conversar com um amigo. 
   Entre as várias escolhas que fazemos ao nos comunicarmos, a mais importante, sem dúvida, é a do vocabulário utilizado. Uma palavra mal colocada pode gerar desde uma simples dificuldade na compreensão da mensagem até um sério mal entendido. 
   Na escola, nós aprendemos e usamos muito a ideia de sinônimos, ou seja, palavras que têm significado semelhantes. Sendo assim, teoricamente, você pode perfeitamente trocar uma palavra por outra que tenha o mesmo sentido, não é? Mas, na verdade, o que acontece é que não existem sinônimos perfeitos, sempre há alguma diferença, ainda que sutil, se não no sentido, pelo menos no “valor” atribuído a cada termo. 
   Por exemplo, vamos supor que você tenha um amigo que viaja frequentemente ao Paraguai e traz coisas para revender aqui. Se você se referir a ele como “sacoleiro" , é provável que ele concorde com você. Por outro lado, se for chamado de “muambeiro” ou “contrabandista”, certamente ficará ofendido. Isso porque, embora os termos citados tenham significados bem semelhantes, apresentam valores diferentes, sendo um mais negativo que o outro.
   Outro fator que pode interferir no efeito causado pelo uso de uma ou outra palavra é a frequência com que ela é usada. Nesse sentido, “belo” e “bonito”, embora tenham o mesmo sentido, acabam tendo pesos diferentes, já que “belo”, por ser um termo menos comum, passa uma ideia mais poética. 
   Há ainda quem opte por usar uma palavra em outra língua, na tentativa de valorizar o que é dito. É o caso de lojas que colocam nas vitrines termos em inglês, como “sale” ou “off” , em vez de “promoção” ou “desconto”. Para algumas pessoas, isso evidenciaria uma suposta qualidade superior do estabelecimento e dos produtos.  Para outras, porém, pode causar o efeito contrário, soando como algo pedante e desnecessário.
   Como fazer então, para que o tiro não saia pela culatra? É simples, preste atenção às pequenas dicas: 
   1 – A clareza vem primeiro. O primeiro objetivo do seu texto (falado ou escrito), é comunicar, então verifique se conseguiu passar todas as ideias que pretendia.
   2 – Use só o que conhece. Não tente usar palavras com as quais não está acostumado. O mesmo vale se você não tiver certeza absoluta do significado. O melhor, nesse caso, é evitar a palavra e depois, com tempo, tirar suas dúvidas.
   3 – Não “enfeite” demais. Geralmente, tentativa de deixar o texto mais chique ou erudito acabam gerando resultados desastrosos, causando um efeito contrário ao desejado. 
 4  - Reescreva quantas vezes precisar. Às vezes, a solução para o o problema não é  simplesmente trocar uma palavra por outra, mas todo o enunciado. Tente dizer a mesma coisa de outro jeito, reestruturando a frase inteira, se for preciso.
   5 – Aceite críticas. Frequentemente, estamos tão envolvidos na escrita de um texto que não percebemos pequenos detalhes que poderiam melhorá-lo. É importante estar aberto a críticas e sugestões e, se for o caso, colocá-las em prática para ver o resultado. 
   Finalmente, é importante destacar que  isso tudo vale para qualquer tipo de texto, seja sua redação escolar, postagens em uma rede social ou textos técnicos, como relatórios ou e-mails comerciais, por exemplo. Basta ter em mente que sempre dá pra melhorar. 
   Até a próxima terça. ( FLAVIANO LOPES – PROFESSOR DE PORTUGUÊS E ESPANHOL.* Encaminhe suas dúvidas ou sugestões psra bemdito14@gmail.com  página 5, FOLHA 2 , publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira ).

PACOTE ANTICORRUPÇÃO PRECISA DE 1,5 MILHÃO DE ASSINATURAS


  Ministério Público Federal busca apoio para apresentar à Câmara dos Deputados projeto de lei de iniciativa popular
   Diante da corrupção endêmica no Brasil e das investigações recentes da Operação Lava Jato, que apontaram desvios milionários especialmente através da Petrobras, o Ministério Público Federal (MPF) lançou, há cerca de um mês, a campanha 10 Medidas Contra e Corrupção, com objetivo de obter 1,5 milhão de assinaturas de brasileiros e apresentar projetos de lei de iniciativa popular para endurecer as penas e tornar mais ágeis os processos contra crimes do colarinho branco.
   Com o pressuposto de que com as leis atuais é “muito difícil punir os corruptos no Brasil”, o pacote prevê, entre as medidas, o aumento da pena mínima para a corrupção e sua classificação como crime hediondo quando envolver altos valores. Conforme o Código Penal, a pena mínima para  corrupção corresponde à metade da prevista para o crime de roubo, que é de 4 anos.
   Para o procurador da República Luiz Antonio Ximenes Cibin, que atua em Londrina, esta é uma das medidas mais importantes. “Hoje a pena mínima para corrupção é de 2 anos; acabamos concluindo que, nesses casos, infelizmente, o crime compensa. Porque se o indivíduo é condenado, mas tem bons antecedentes, o máximo que vai acontecer com ele é prestar serviços à comunidade”, explicou Cibin.
   Porém, certos de que não é o tamanho da pena que inibe a prática de crimes, as a certeza de seu cumprimento, os procuradores da República também incluíram medidas concretas para que processos envolvendo crimes contra a administração pública tenham duração razoável: três anos para o processo tramitar em primeira instância e um ano para instância posterior.  “Raras  vezes, a gente via um político ou grande empresário ser processado, mas quando era processado passavam-se anos e anos e, ao final, acabava prescrevendo. Os cidadão  saíam solto”, comentou o procurador. “Isso causa sensação de impunidade e descrença no poder judiciário”.
   Outra medida extremamente dura, mas necessária, é uma nova modalidade de prisão preventiva. “Pela  nossa proposta, o juiz poderia decretar a prisão preventiva e mantê-la enquanto o indiciado não devolver o dinheiro desviado. Hoje, as fianças são valores irrisórios diante dos milhões e bilhões desviados”, avaliou o procurador.
   As outras medidas são a criminalização do enriquecimento ilícito de agente públicos mesmo sem a comprovação do ato de corrupção;  ações de prevenção  e transparência; reforma no sistema de prescrição penal; ajustes nas nulidades penais; responsabilidade dos partidos políticos e criminalização do caixa 2; e recuperação do lucro derivado do crime, por meio de confisco; e celeridade nas ações de improbidade administrativa.
   Os procuradores da República que propuseram as medidas estão crentes de que nenhuma delas ofende princípios básicos do estado democrático de direito e garantias fundamentais do processo penal, como o contraditório e ampla defesa. “ O sistema atual privilegia demais o réu em detrimento da sociedade. Mas não queremos inverter isso. Queremos equilibrar as forças: deixar o processo tramitar num prazo razoável sem tirar direito de defesa de ninguém”, afirmou Cibin.
   HISTÓRICO
   Leis de iniciativa popular não são comum no Brasil, embora previstas na Constituição e reguladas pela Lei Federal 9.709/1998. Norma que teve origem nos anseios sociais foi a Lei da Ficha Limpa, aprovada pelo Congresso em 2010, após receber o projeto com 1,3 milhões de assinaturas. A medida impede que políticos com condenações por improbidade administrativa ou por crimes contra a administração pública em segunda instância (e não mais apenas o final do processo) sejam candidatos. Representou um avanço no processo eleitoral. Pela lei 9,709, para protocolar no Congresso um projeto  de iniciativa popular são necessárias de 1% dos eleitores do país, distribuídos por pelo menos cinco estados e no mínimo 0,3% dos eleitores em cada um deles.
   “Nossa  meta é superar 1,5 milhão de assinaturas. Quanto maior a adesão, maior será a pressão sobre deputados e senadores para aprovar as medidas. Serão milhões de eleitores dizendo que querem mudanças, a exemplo do que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa”, disse Cibin. “Desde 2013,  a sociedade vem clamando pelo combate ``a corrupção. Os últimos protestos sempre tm focado no tema corrupção”.
SERVIÇO
   Os detalhes das 10 propostas incluindo os anteprojetos de leri e as alterações legislativas qe propõem, estão disponíveis na página www.dezmedidas.mpf.mp.br. Também neste endereço as pessoas que são favoráveis às mudanças legislativas podem imprimir a ficha de adesão que deve ser assinada e entregue ao MPF. Várias entidades (escolas e igrejas, por exemplo) e empresas que colaboram com a campanha, já têm listas de abaixo-assinado. Em Londrina, o MPF também pretende, mais adiante, instalar um ponto de coleta de assinaturas no Calçadão da Avenida Paraná

AS DEZ PROPOSTAS-  Conheças as dez sugestões para endurecer as penas  e tornar mais ágeis os processos contra crimes de colarinho branco

.    Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação
.   Criminalização do enriquecimento ilícito de agente públicos
.   Aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores
.   Aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal
.  Celeridade das ações de improbidade administrativa
.  Reforma no sistema de prescrição penal
.  Ajustes nas nulidades penais
.  Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2
.  Prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado
.  Recuperação do lucro derivado do crime.  (LORIANE CORNELI – Reportagem Local, página 5, FOLHA POLÍTICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 22 de agosto de 2015).    

sábado, 22 de agosto de 2015

CANCRO CÍTRICO




   Tínhamos um pequeno sítio que era a “menina dos olhos” do meu pai. Tinha uma bela lavoura de café, uma pequena palhada onde plantávamos mandioca, vassoura, milho pipoca, abóbora. Mas o mais bonito era o pomar caprichosamente cuidado. Tinha vários pés de laranjas, mexericas mimosas, tangerinas (naquela época não existia poncã), lima, e outras frutas.
   Nossa casa era de peroba rosa, grande,  com vários quartos, salas e uma enorme cozinha com um delicioso fogão a lenha, uma grande mesa onde não faltava  o pão caseiro e o café. À noite, entre nossa casa e do nosso meeiro, existia uma frondosa paineira e embaixo tinha bancos onde, após o jantar, e de um dia de muito trabalho, lá sentávamos e as conversas eram colocadas em dia.
   Seo Romério, vizinho de sítio, era um frequentador assíduo do banco e sempre trazia causos muitos interessantes. Às vezes, contava histórias de assombrações que deixavam as crianças desassossegadas ao irem para a cama.
   Era muita felicidades, apesar do trabalho duro da roça. Mas nos idos da década de 1960, uma lei desastrada, criminosa, indecente e que todos diziam que era “coisa dos citricultores do Estado de São Paulo”, obrigou a destruição, erradicação de todas as árvores frutíferas do Paraná.  Que crime!
   Quando “os homens do governo” foram chegando perto da   propriedade, meu pai, inconformado, procurou um amigo, Dr. Sergio, agrônomo, para ver o que podia ser feito. Mas o amigo falou com certa dor que nada poderia ser feito, pois era lei e deveria ser cumprida.
   Chegou o maldito dia. Pela manhã, os homens, armados com machado, começaram o crime, cortando as árvores, incinerando e colocando um pó branco no tronco para que jamais voltassem a brotar. Meu velho pai, sentado na escada da porta vendo tudo, chorou como criança. Nossa mãe, abraçando o velho marido, tentava consolar, dizendo que em breve replantaria um novo pomar sob a orientação do Dr. Sergio. Jamais isso veio a acontecer.
   Passado anos, na fatídica noite 17 de julho de 1975, a grande geada acabou com todo o café do Paraná. Não sobrou um pé da nossa lavoura. Novamente, meu pai, sentado na nossa  cozinha, voltou a chorar. Dizia, “minha velha, como vamos acaba de criar nossas crianças?”. Nossa mãe dizia: “Deus proverá dias melhores”.
   Mas o tempo passou, deixamos a agricultura, o pequeno sítio e fomos para a cidade, tentar uma nova vida. Na cidade tudo era diferente para nós. Muitas saudades do sítio. Queríamos voltar, mas fazer o quê? Era impossível. E pela terceira vez vi meu velho e cansado pai chorar. Foi quando, no fim da década de 1970, Deus levou nossa querida mãe. ( SIDNEY GIROTTO, leitor da FOLHA, página 2,espaço DEDO DE PROSA, FOLHA RURAL, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 22 de agosto de 2015).



QUARTA-FEIRA


           

   Hoje é quarta-feira, na gramática, substantivo feminino... Segundo especialistas, o dia mais produtivo da semana... Quarta-feira não carrega a preguiça da segunda, nem o “pegar no tranco” da terça... Na quarta-feira ainda não dá pra baixar o ritmo da quinta, nem desligar tudo feito a sexta que, cronologicamente, antecede o final de semana.
   Quarta-feira será o quarto dia da semana se você não trabalhar, mas se tiver atividade laboral efetiva, será o terceiro dia da semana.
   A Quarta-Feira de Cinzas sugere que a cor da quarta seja cinza, porém, nem sempre... Olha que dia lindo está fazendo lá fora!
    Na História, o “DIA D”, que mudou os rumos da Segunda Guerra Mundial , caiu numa  terça-feira, porém, foi no dia seguinte (quarta-feira) que o mundo respirou a possibilidade da paz.
   Na quarta-feira ocorrem os jogos de ida, nas decisões dos campeonatos para, no domingo, conhecermos os campeões.
   Ah, Cazuza escreveu “Quarta-Feira” numa quarta-feira – ao contrário de Robson Crusoe, que conheceu o nativo Sexta-Feira, na sexta!
   Os carnavalesco afirmam que tudo acaba numa quarta-feira: porta-bandeiras, pierrôs e colombinas – acaba o sonho -  o mesmo sonho consumado nas notas dos jurados, anunciados, aos berros, na quarta-feira à tarde, pelo presidente da liga da liga das Escolas de Samba: “- quesito bateria – nota Deeeeeeeeez”.
   Quarta-feira, segundo os astrólogos, tem como planeta regente Mercúrio, motivo pelo qual a quarta-feira chama-se miércoles (espanhol), mercredi (francês), mercoledi (italiano), dies mercurii (latim) e Wednesday (Inglês).
   Está redondamente enganado quem pensa que quarta-feira é apenas  dia de labuta ou um dia troncho, perdido no meio da semana... Quarta-feira dá para ver um bom filme, comer pizza ( as pizzarias não estão tão cheias), começar a leitura de um bom livro, namorar no sofá, enfim, dá até pra contar estrelas.
   Pra não perder o bom humor, fontes linguarudas informam que o último namorado da Ana Hickmann começou a beijar seus pés no domingo e só chegou à  virilha na quarta-feira... Coisas de quem não tem o que fazer!
   Preparados para um dia extremamente feliz!  ( JOÃO CANDIDO DA SILVA NETO –eletricitário em Santo Antônio da Platina, página 3, FOLHA 2, espaço CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 19 de agosto de 2015).

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

FUNARTE REPUDIA PRISÃO DE PALHAÇO EM CASCAVEL


   

   A Fundação Nacional de Artes (Funarte) divulgou uma nota de repudio à prisão arbitrária pelo palhaço Tico Bonito na última sexta feira. O palhaço, do ator Leonides Taborda Quadra, foi preso após fazer críticas à Polícia Militar (PM) enquanto se apresentava em uma praça em Cascavel (oeste do Estado). Após o registro da ocorrência, o palhaço foi liberado.
   Tico Bonito teria dito que a PM “só protege burguês e o Beto Richa”. Uma equipe de policiais que passava pelo local considerou a referência um desacato à autoridade. “O palhaço apenas fez críticas públicas à Polícia Militar, no que está  dentro de seus direitos, assegurados pela Constituição. Ao agir com violência e arbítrio, configurando um abuso de autoridade, infelizmente a Polícia Militar acabou por confirmar as críticas proferidas pelo palhaço”, afirma a nota, assinada pelo presidente da Funarte, Francisco Bosco, que diz ainda esperar da PM “uma nota repudiando a ação de seus policiais”.
   O governador Beto Richa determinou ontem a abertura de inquérito na Polícia Militar para apurar se houve abuso de autoridade na abordagem e detenção do ator.  “Defendo  a liberdade de expressão e não vejo nessa afirmação qualquer sentido de desacato”, afirmou o governador.  “A  PM tem sido muito importante para a melhoria da segurança pública dos paranaenses e um fato lamentável como esse não pode desviar o foco dos policiais, que é o policiamento preventivo e comunitário”, acrescentou. ( REPORTAGEM LOCAL, página 3, FOLHA 2, espaço CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 19 de agosto de 2015).

MAIORIDADE PENAL E RESPONSABILIDADE



   A Câmara dos Deputados aprovou nessa semana a redução de 18 para 16 anos de idade mínima para imputação penal nos casos de crime hediondo, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. O resultado já era esperado e apenas confirma a aprovação obtida em primeira votação realizada no início do mês passado depois de uma manobra do presidente da Casa, Eduardo Cunha. Agora o texto segue para o Senado e, se aprovado  em duas votações, não precisa de sanção presidencial para entrar em vigor.
   A proposta tem ampla maioria da população, segundo pesquisa de  opinião já realizadas. No entanto, a simples mudança de uma lei não é solução para os alarmantes índices de criminalidade registrados no Brasil. Importante ressaltar que não se trata de defender  a impunidade entre os adolescentes. Muitos deles cometem barbáries e têm que ser punidos duramente, mas a solução é muito mais complexa do que alterar uma lei.  A maioria dos infratores vêm de famílias desestruturadas e não tiveram acesso à saúde, à educação, à atividades de lazer e esportivas. Aponta que a família e o Estado não têm cumprido a sua parte e igualmente deveriam ser responsabilizados.
   No entanto, espera-se que a proposta aprovada pelos deputados não ganhe celeridade no Senado. O presidente  da Casa já se manifestou contrariamente. No entanto, essa Casa já aprovou projeto de lei que, em linhas gerais, propõe no Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA). A proposta é que o infrator o do convívio social por dez anos se tiver praticado, mediante violência ou grave ameaça conduta descrita como crime hediondo, ou homicídio doloso. Nesse momento parece bem mais adequado.
   Limitar a pena máxima de internação a três anos, como determina o ECA, ou despejar esses jovens no sistema prisional comum, como propõe os deputados, não parecem alternativas adequadas. A redução da criminalidade e da violência só  serão resolvidas a partir de políticas públicas assertivas. E a sociedade precisa pressionar para que isso aconteça. ( FOLHA OPINIÃO, oponiao@folhadelondrina.com.br página 2, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sexta-feira, 21 de agosto de 2015).

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

AR NO ÔNIBUS


   Um decreto assinado ontem pelo prefeito Alexandre Kireff determina que todos os novos  ônibus da rede a rede de transporte coletivo – TCGL e Brasil Sul – deverão ser equipados com ar-condicionado. A medida representa um inegável avanço para tornar mais confortável o dia a dia dos usuários. A atual administração tem apresentado boas novidades em relação ao transporte coletivo. Promoveu avanços em faixas exclusivas, como a da Avenida Tiradentes, tenta tirar do papel o Superbus – num ousado projeto que ligará pontos extremos da cidade – e ampliou a isenção da tarifa para estudantes até a pós-graduação.
   Um sistema de transporte digno é reivindicação antiga da sociedade. O usuário sofre com o calor, com a superlotação nos horários de pico e com a falta de informação nos pontos de ônibus. Agora, com o ar-condicionado, um problema a menos a ser resolvido. Mas é preciso avançar mais, como o aumento de frota, mais sinalização eletrônica nos pontos e aplicativos de monitoramentos dos veículos. A tarifa de Londrina já é uma das mais caras do Brasil na comparação com cidades de mesmo porte. Com a ampliação do passe livre, o subsídio deixou de ser dividido entre os usuários e passou a ser pago diretamente pela prefeitura. Ou seja, há espaço para redução do preço da tarifa, uma vez que as empresas receberão o valor cheio de quem pagava apenas a metade, e mais melhorias. ( Página 2, mosaico | Índice , espaço BOM DIA, publicação do JORNAL DE LONDRINA, quinta-feira, 20 de agosto de 2015.

LEIS E DIREITOS




   A existência de uma lei não garante que ela seja cumprida ou que seja colocada em prática. E, no Brasil, são milhares nessa condição. Reportagem desta FOLHA abordou os direitos e as dificuldades ainda enfrentadas pelas pessoas com deficiência e por suas famílias. Embora o governo estadual tenha sancionado um estatuto específico para esse grupo da população, muitas das garantias estabelecidas simplesmente não são cumpridas. Seja por falta de estrutura, má vontade e até mesmo falta de conscientização das pessoas, o fato é que as leis sozinhas não mudam uma realidade.
   E que o digam os próprios envolvidos na questão. A lista de demandas  é extensa: falta de vagas de estacionamento, rampas com inclinação adequada, banheiro e elevadores com acesso correto, calçadas com manutenção e espaço para circulação de deficientes. A resolução da maioria desses itens é relativamente simples e barata e mesmo assim não ocorre. Desta forma, cabe à sociedade refletir sobre a questão. Descaso, morosidade e falta de interesse são alguns dos motivos que podem ser elencados.
   Outro item igualmente importante é cobrar pela regulamentação de artigos, como o que garante a carga horária reduzida, sem prejuízo aos vencimentos, de servidores públicos que tenham filhos com deficiência. É uma conquista relevante até mesmo porque essas pessoas exigem cuidados mais específicos por parte dos pais.
   O Brasil tem uma tendência a responder por problemas complexos com a elaboração de uma lei. No entanto, políticas públicas – elaboradas a partir de um diagnóstico bem feito da realidade – devem ser  implementadas como suporte. Além disso, é preciso garantir a sua efetividade e que a lei saia do papel. A elaboração de um estatuto é apenas o ponto de partida. Uma sociedade mais justa só será construída a partir da igualdade de sua população. (FOLHA OPINIÃO, opinião@jornaldelondrina.com.br, página 2, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quinta-feira, 20 de agosto de 2015).

O ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS




   Essa questão volta periodicamente em debate – como lemos recentemente neste jornal – e as opiniões divergem. O fato é que, mais relevante do que levar esse estudo às escolas será saber o que se pretende ensinar. Se for a história das religiões, será apenas uma disciplina a mais e o acúmulo do que, mais ou menos, já se sabe, portanto de relativo enriquecimento; se for uma diretriz catequética, poderá pender para a predominância deste ou daquele sistema de crença, e resultará no robustecimento dos conflitos já existentes. Deveria ser algo que edificasse o discípulo no sentido de sua verticalidade espiritual, que é diferente de formação religiosa, porque esta segue fundamentação eclesial e não propriamente um ensino consciencial de religião com nossa origem primeira.
   Imagina-se que o compêndio fundamental seria a bíblia, mas o conteúdo dessa escritura foi tantas vezes adulterado e tem tantos pontos incompreendidos e outros de menor interesse. Ensinar a natureza divina do homem e que um fragmento de Deus reside nele. Esta seria a fórmula, mas como tal não é a doutrina primordial das igrejas dominantes, não se sabe que mestre escolar se ocuparia disto. Fazer um apanhado nas searas mais iluminadas de cada religião seria um caminho, mas quem faria essa seleção, se não existe um consenso?
   Seria preciso incursionar também pelo campo pouco sondado da ciência espiritual, vasculhar or arquivos de milenares sabedorias e incluir as revelações atuais de mensageiros dos  planos  mais elevados, Jesus entre eles, despertando no homem a sua espiritualidade latente. E, sem impor, ao menos permitir a discussão de temas pouco aceitos pelas religiões tradicionais, como nossas existências sucessivas, a preexistência da alma e sua transmigração por diferentes estágios evolucionários, a reencarnação, o significado verdadeiro da salvação de que tanto se fala, conceitos sobre o povoamento do universo por seres semelhantes a nós, as leis de causas e consequências – que são leis de Deus. Fundamental seria direcionar o estudante para uma mais expandida cosmovisão, exaltar sua genealogia divina e sua majestade individual, fazendo-o compreender que é cocriador com Deus e parte integrante do conjunto universal, no qual age e interage. (WALMOR MACCARINI, jornalista em Londrina, página 2, FOLHA OPINIÃO, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quinta-feira, 20 de agosto de 2015). 

Comente!

Comente!

.

.

.

.

Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
--------
Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

Postagens populares