quinta-feira, 30 de julho de 2015

VALORIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS


   A história da terra em que se vive deve ser valorizada e contada às crianças e aos adolescentes. Por meio do conhecimento e da informação são formados cidadãos plenos, que se sentem parte das suas cidades e com responsabilidade nos cuidados aos espaços públicos. Projeto desenvolvido pela Prefeitura de Londrina tem por objetivo levar os cerca de 6 mil alunos matriculados no 4º ano do Ensino Fundamental para conhecer pontos históricos como o Marco Zero, a Rodoviária, o Museu Histórico, o bosque central, a Catedral, a Universidade Estadual de Londrina entre outros.
   É importante porque a correria diária às vezes impede que a maioria da população observe os traços arquitetônicos da cidade, suas características e singularidades.  Se os próprios adultos desconhecem essa história, não repassarão a seus filhos. E, por isso, projetos como  esses devem ser estimulados e ampliados. Junto com a história da cidade, seria interessante que os alunos tivessem conceitos de cidadania,  da vida em sociedade e da importância de cuidar e preservar os espaços públicos.
   Dessa forma, comportamentos ainda adotados por algumas pessoas, como jogar lixo no chão, pixar fachadas de lojas ou prédios históricos , depredar ou vandalizar locais de lazer poderiam ser reduzidos. A população tem que se conscientizar de que todos são responsáveis pelo cuidado com os espaços públicos. Como cobrar das autoridades uma boa limpeza pública  se ainda há pessoas que jogam latas de refrigerante ou cerveja na rua, que despejam resíduos em terrenos baldios? São atitudes inaceitáveis.
   Uma boa estratégia seria começar essas campanhas pelas crianças. Os pequenos detém  grande quantidade de informação e são formadores de opinião  dentro de uma família . Ao cobrar uma atitude correta dos adultos, pode ser o início de uma mudança de comportamento. É importante que todos se conscientizem que a melhoria dos espaços públicos começará a partir da adoção de novas atitudes e que todos têm sua parcela de responsabilidade. ( Página 2, FOLHA OPINIÇÃO 
opinião@folhadelondrina.com.br
 pubicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quinta-feira, 29 de julho de 2015).    

quarta-feira, 29 de julho de 2015

BATALHA SEM TRÉGUAS



   Esse exército retornando pra casa no fim da tarde, fazendo filas eternas no ponto de ônibus, carregando sacolas, pacotes, pastas, mochilas; passando no mercado para comprar a janta, na padaria para ter o pão, o queijo e o presunto para o lanche e o café da manhã.
   Alguns sérios, tensos, se preparando para encarar faxina, fogão, roupa suja, deveres da escola. Muitos cochilam no metrô, no ônibus, no calor dos coletivos, descem de um, sobem no outro, extenuados, e ainda ensaiam um sorriso, quando chegam em casa...
   Vão rápido, calados, concentrados, talvez perguntando de onde vão tirar força e coragem para tornar a fazer isso amanhã, e depois de amanhã, e todos os outros dias de suas vidas . Talvez pelos filhos, pelas contas, pelos sonhos, pela esperança de uma vida melhor. Saem quando o sol ainda não despontou e voltam quando já se escondeu. Alguns têm mais que um emprego...
   E deste jeito, o dia foi embora nesta batalha sem trégua, sem chance de desistir, de negociar, de fracassar...E parece que à noite, o lar fica ainda mais longe e que demora uma eternidade pra chegar.
   Mas chegam, se recompõem, respiram fundo, dorme seu sono mesquinho e voltam à batalha no dia seguinte.  ( PAZ ALDUNATE, escritora e artista plástica em Santiago ( Chile), página 3, FOLHA 2 m espaço CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 29 de julho de 2015).

terça-feira, 28 de julho de 2015

PRÉ-NATAL COMPLETO É ESSENCIAL PARA A BOA SAÚDE DE MÃE E BEBÊ


                        

   Veja quais são os exames que devem ser realizados  a da trimestre da gestação.

   Quando se pensa em saúde gestacional, pelo menos um aspecto é unanimidade:  a importância do acompanhamento pré-natal. É por meio dos exames feitos em várias fases da gestação que a mulher pode cuidar da própria saúde e do bem-estar do bebê, além de prevenir doenças e complicações que podem provocar o parto prematuro e até mesmo um aborto. A endocrinologista pediátrica Myrna Campagnoli  relaciona  quais são esses exames e em que fase da gestação devem ser realizados.

1º Trimestre

   SÃO OS EXAMES RECOMENDADOS PARA TODAS AS GESTANTES
   Hemograma completo , exames de fezes, urina e Papanicolau: serve para que o médico possa avaliar a saúde da mulher.

   Tipagem sanguínea:procedimento para verificar qual é o fator  Rh da mãe. Importante porque mulheres com Rh negativo que tenham bebês com fator positivo podem gerar eritoblastose fetal.  “Na primeira gestação, o bebê não será afetado, pois a mãe apenas produzirá os  anticorpos contra o sangue do bebê durante o parto. Numa segunda gestação,  esses anticorpos atacam as hemácias  do sangue do bebê Rh positivo, causando anemia muita intensa, icterícia e até alterações neurológicas”, explica Myrna. Para que isso não aconteça, as mães Rh negativo devem ser vacinadas com imunoglobina  anti-Rh.
   Sorologia para citomegalovírus , urina 1 e urocultura, toxoplasmose, rubéola, sífilis, hepatite B, hepatite C e anti-HIV :caso algum desses testes dê positivo,  cuidados são necessários para que o bebê não seja infectado. O ideal, explica a médica , é que esses exames sejam feitos antes da concepção, para que o tratamento de doenças curáveis seja concluído e o tratamento das incuráveis seja iniciado, reduzindo o risco de transmissão materno-fetal.  O tratamento iniciado durante a gestação  implica maior risco para o feto. É recomendável que se adotem medidas de prevenção  de doenças sexualmente transmissíveis, durante a gravidez.
   Ultrassom básico obstétrico transvaginal.
   Glicemia de jejum: indica a quantidade de glicose no sangue. Taxas acima do normal podem indicar um quadro de diabetes gestacional. Identificado o diabetes, o tratamento deve ser iniciado imediatamente através de dieta, atividade física e medicamentos. “A doença pode provocar parto prematuro e alterações fetais. O recém-nascido pode apresentar macrossomia e atraso no desenvolvimento dos órgãos.  No parto, há risco de hipoglicemia neonatal, crises convulsivas e sequelas neurológicas”, explica Myrna. A hipoglicemia materna  também apresenta riscos, pode provocar retardo de crescimento intrauterino e alterações orgânica fetais.
   TSH, T3 total, T4 total e T4 livre, anticorpos anti-titereoideanos : verificam a presença de doenças da tireoide na mãe. O controle da função tireoidiana deve ser rigoroso durante o pré-natal, pois tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo são perigosos para o bebê. “No hipo, há risco de crescimento fetal e do desenvolvimento dos órgãos, além de danos neurológicos . No hiper, há risco de hipermetabolismo fetal, quando o recém-nascido nasce abaixo do peso. 

2º trimestre

   Obrigatórios para todas as gestantes.  Exames analisam a anatomia do feto e previnem infecções:
   Ultrassom morfológico:  Analisa a anatomia do feto e mede o tamanho dos ossos e dos órgãos. Permite avaliar o cordão umbilical e seus vasos, predizendo risco de desenvolver pré-eclâmpsia ( aumento da pressão arterial específica na gravidez) e de diminuição do crescimento fetal por má nutrição.
   Exames de sangue e urina: refeitos para afastar os riscos de contaminação de doenças infecciosas.
   Glicemia de jejum e teste de tolerância à glicose: testes realizados entre a 24ª e 28ª semana para avaliar o nível de glicose e diagnosticar diabetes gestacional.
   Ecocardiograma fetal com Doppler: avalia detalhes morfológicos (formação das estruturas )e funcionais ( função cardíaca) do coração do feto. __________________________________

3º trimestre

   No final da gravidez, são exames obrigatórios para todas as gestantes. Eles detectam as contrações uterinas e podem evitar infecções.
   Ultrassom obstétrico e cardiotocografia : exame que permite ao médico observar a regularidade das contrações uterinas e as oscilações na freqüência cardíaca do bebê. Também são verificadas as condições placentárias e a quantidade de líquido amniótico.
   Pesquisa da bactéria estreptococo B na cultura de secreção vaginal: importante para evitar infecções neonatais. Se a bactéria for encontrada, deve ser eliminada  para que o bebê não seja contaminado no nascimento ao passar pelo canal vaginal.

  Repetir exames de laboratório do primeiro trimestre e fazer coagulograma. ( CAROLINA POMPEO , página 7, geral, GESTAÇÃO, publicação do JORNAL DE LONDRINA, segunda-feira, 27 de julho de 2015).

segunda-feira, 27 de julho de 2015

PISCINA PEDE CUIDADOS TAMBÉM NO INVERNO

                


   Manutenção adequada durante os meses de frio garantirá plenas condições de uso quando os termômetros subirem, sem pesar no bolso dos moradores.

   As temperaturas baixas do inverno costumam afastar as pessoas das piscinas. Engana-se, no entanto, quem pensa que junto com os momentos de lazer aquático vão embora os cuidados com a qualidade da água e a estrutura do espaço.  Pelo contrário, a manutenção correta durante os meses de frio garantirá que a piscina esteja em plenas condições de uso quando os termômetros subirem, sem pesar no bolso dos moradores.
   Analisar semanalmente a condição da água é o principal ponto ao qual síndicos  e moradores devem estar atentos. Isso porque a não adição de cloro e demais produtos responsáveis por manter o pH e alcalinidade da água favorecem o surgimento de fungos, bactérias e algas que podem causar micose, otite, vômito, diarreia e conjuntivite em quem tiver contato com o líquido. “Esta água também pode se transformar em um criadouro para o mosquito da dengue”, lembra Fábio Forlenza, instrutor técnico da HTH, especializada em produtos químicos para piscinas.
   Outra dica é ligar a bomba e o filtro da piscina durante, pelo menos, quaro horas por dia- ou instalar um timer na casa de máquinas que faça o acionamento. De acordo com Emerson Martins, gerente e proprietário da Cia. De Piscina, isso contribui para fazer a filtragem e oxigenar a água, deixando-a mais limpa. A revisão da casa de máquinas, por sua vez, deve ser realizada a cada seis meses. Também é recomendado utilizar a rede para retirar folhas, gravetos e insetos mortos da água.

   DESPERDÍCIO

   Os especialistas alertam que não é aconselhável esvaziar a piscina, pois, além do desperdício de água, isso pode ocasionar deslocamento de pastilhas e até mesmo deformações de sua estrutura. “Deixar a limpeza somente para o período do verão também torna o processo mais caro. O custo pode dobrar ou até triplicar, girando entre R$ 600 ou R$ 700, de acordo coma piscina”, acrescenta Emerson Garcia Nunes, técnico da Cia. da Piscina.
   Por ser época de menor uso do espaço, o inverno também é o melhor período para obras de reparo ou troca de revestimento. ( SHARON ABDALLA/GAZETA DO POVO, página 1, caderno imóveis – classificados- 3377-300- ÁREA DE LAZER, publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 26 de julho de 2015).

domingo, 26 de julho de 2015

PROTEÇÃO À INFÂNCIA E À ADOLESCÊNCIA



   Até 2020 cerca de 142 milhões de meninas com menos de 18 anos estarão casadas, segundo estimativas das Organizações das Nações Unidas (ONU). O número extremamente alto, principalmente  para famílias que não enfrentam essa realidade, joga uma luz sobre um problema existente também no Brasil, mas que que a sociedade não costuma discutir. Resquícios de uma cultura machista, violência familiar ou simplesmente falta de oportunidades favorecem a situação.
   Em 2010, ano do último censo realizado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram detectadas 88.558 casamentos ou união consensual que envolviam pessoas com idade entre 18 e 14 anos. Em 2000, eram 75.580 menores nessa situação. Além disso o número de meninas casadas antes dos 15 anos é bem superior ao de meninos: 65.709 contra 22.849 , registrados em 2010.
   Esse tipo de estatística tem de servir como alerta para toda a sociedade. Essa parcela da população tem que ser protegida por meio de políticas públicas claras e assertivas. A partir do momento em que forem oferecidas outras alternativas,  como uma educação de qualidade e capacitação profissional, atividades esportivas, culturais e de lazer e forem desenvolvidas políticas de saúde que informem os riscos e os desafios de uma maternidade ou paternidade precoce, o cenário pode ser modificado. A informação é a melhor arma para combater o problema porque pode começar a romper um ciclo vivido por várias gerações. 
   Além disso, está entre as políticas internacionais,  defendida pela ONU, a proteção da infância e da juventude. O Brasil é signatário de todas elas e é preciso começar a cumprir esses acordos. A sociedade também não deve ser condizente e aceitar essas uniões como “algo natural”, As famílias devem ser orientadas a dialogar com seus filhos. A experiência dos adultos pode ajudar esses adolescentes a entender melhor as mudanças que estão passando e a definir o seu futuro.( Página 2, FOLHA OPINIÃO  opiniaofolhadelondrina.com.br  publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, domingo, 26 de julho de 2015).

ADEUS, PRETINHO

                


   Meu Pretinho, antes de tudo espero que ninguém me processe por te chamar assim: não é racismo, ao contrário, te acho muito bonito preto desse jeito, é com carinho que te chamo Pretinho.
   Pois bem, meu bem, adeus. Vou te aposentar. Já tanto te abandonei,  você pensará, agora mais isto, aposentar. Sim, ao menos para mim você está aposentado.
   Sim, este velho caboclo, que te comprou pensando em fotografar isso e aquilo, do lixo na rua à flor do cacto, este velho caboclo que te comprou pensando em se filmar falando poemas para o mundo, este velho caboclo simplesmente não tem paciência para conviver com você.
   Então fique com Deus, ou melhor, com quem herdar você. Sim, estou te doando, querido, para não te magoar dizendo que estou te dando. Doar é mais nobre, né?
   Sei que você vai poder dizer para o resto do mundo que nós acabamos dessa forma vergonhosa, mas é isso aí.
   Ouviu que falei “o resto do mundo”?  Porque quando estou com você nunca estamos sós! Ou melhor, esqueço de você, até  que você toca, aí me lembro de você ao mesmo tempo que você me joga gene no colo, me joga informação demais, me convida para comprar coisas de que não preciso.
   Gostei de ti, querido,  enquanto  durou, como diria o Vi.
   Agora, adeus. Algum filho vai te usar, ainda não sei qual. Assim, de certa forma você continuará comigo uma relação bio-info-lógica, digamos.
   Um smartphone aposentado de um velho caboclo, passando a servir a um jovem esperto, eis uma redenção. Ou ressurreição. Ou recelularização: se a palavra ainda não existia, inventamos!
   A página no Facebook continuará  tocada pela Dalva, e acessarei apenas pelo computador. Se um dia precisar de GPS, quem dirige em viagem é mesmo Dalva, que tem celular e pronto.
   Portanto, adeus, Pretinho. Fique com um poeminho:
                                                                                                       Não deu certo, meu querido
                                                                                                       mas não se sinta culpado
                                                                                                       vai cada um pro seu lado
                                                                                                       mas você sai renascido.

                                                                                                       Poderá dizer que é um
                                                                                                       fenômeno evolutivo:
                                                                                                       Conviveu com uma múmia
                                                                                                       e ainda continua vivo!  ( Página 21, cultura, espaço DOMINGOS
 PELLEGRINI, d.pellegrini@sercomtel.com.br  publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 26 de julho de 2015).

DO HUMOR AO ABSURDO

                 


   Henri Michaux transita com facilidade por estradas desconhecidas.


   Existem livros que raramente são encontrados no Brasil, entre eles estão os do poeta belga, naturalizado francês, Henri Michau  (1899- 1984), O que existe são, sobretudo, edições estrangeiras em sites de livros usados e custam uma fortuna, cheguei a ver livros de Michaux cotados a R$ 500,00. Consegui comprar um volume não de poesia, mas de ensaios que reproduzem vivências reais com algumas pegadas de ficção , chama-se “Um Bárbaro na Ásia”, de 1933, do qual obtive uma edição da Nova Alexandria de 1994. Trata-se de um livro de viagens de um autor que anda por países como a Índia, China, Japão, Ceilão e Malásia para relatar suas impressões com um olhar estrangeiro. Trata-se de um tema universal, o do viajante que observa o choque de costumes e o toma como objeto de divagações que vão do lirismo à crítica, da história à poesia.
   Michaux empreende sua viagem Índia com um olhar diferente daquele que normalmente lançamos à cultura dos gurus. Tomando como paradigma o humor, sem descambar para o menosprezo, ele nota como para os indianos idolatrar é uma necessidade, presente em saudações, mantras, hinos e rituais de todo tipo. É de forma divertida  que ele observa que “há vacas por todo  lado em Calcutá (...)”e que elas “atravessam as ruas, espraiam-se nas calçadas, inspecionam lojas, ameaçam o elevador, instalam-se no patamar da escada, e se o hindu fosse pastável sem dúvida seria pastado” por elas. Ele considera a vaca superior ao ser humano por uma razão muito simples: “visivelmente não procuram explicação nem verdade no mundo exterior (...) Maya, este mundo, não conta. E se come um simples tufo de capim, precisa mais de sete horas para meditar sobre o fato”.
   O evidente viés de humor não é uma crítica exclusiva aos indianos, mas a todos nós que levamos a vida a sério demais, às vezes esquecendo-nos que vive melhor quem come um tufo de capim sem considerar gravemente o fato de ruminar seu próprio alimento ou engole situações políticas e sociais que não são as mais digeríveis, mas que não devem por isso enroscar na garganta provocando mais estragos com sentimento de angústia, medo e inquietação. Quantas vezes não pensamos demais para engolir um capim amargo ou um gomo azedo da existência.
   Henri Micaux escreveu poesia e prosa sem delimitar fronteiras, não pertenceu a nenhum movimento  específico, absorveu coisas do Dadaísmo, Surrealismo, Existencialismo e do Absurdo, nesta última categoria bebeu o suficiente para dar à sua literatura um estofo de permissividade sem culpa.
  Certamente não foi um desses autores que pesam se erram ou acerta cada linha, a cada livro, parece não se preocupar muito com a opinião dos outros. Sua literatura sugere uma viagem interior que nunca termina, abrindo estradas desconhecidas para leitores curiosos ou ter com desejo de ter uma visão singular.Seus relatos de viagens são fáceis de serem compreendidos, já sua poesia é complexa e perturbadora, como se abrisse um território onde entramos com receio do mistério de nosso lado primitivo, nossa herança mítica e cheia de simbolismos. Poeta e artista plástico,  desenhava a nanquim formas que lembram hieróglifos cheios de humanidade, como pequenos seres que vão saltando do papel para celebrarem o espanto  de estarem “vivos”. Michaux parecia não fazer diferença entre arte e vida, nos confundindo e conduzindo a enigmas que não precisam ser decifrados. Há mistérios na linguagem que devem permanecer como são, à meia-luz do encantamento, como uma veia que pulsa sem que a gente precise  cortá-la para saber que sangra. (
celiamusilli@terra.com.br
, página 4, FOLHA 2, espaço CÉLIA MUSILLI, publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 26 de julho de 2015).   

sábado, 25 de julho de 2015

QUERIDA MADRE



   “Fazer o bem a todos; perdoar a todos; rezar por todos; doar-se a todos. O amor é forte como a morte. Quem não estiver disposto a sofrer e a morrer, como Jesus não ama. Jesus é amor”.
   Madre Leônia Milito escreveu essas palavras em seu diário espiritual há 40 anos, em julho de 1975, quando a geada negra caiu sobre o Paraná e encerrou o ciclo do café. Em 22 de julho de 1980, ela partiu para sua última viagem – rumo à Casa do Pai. Sofreu e morreu pelos outros. Amou.
   É por isso que eu me volto para vós, serva de Deus, santa da minha rua. Nestes tempos em que as famílias e empresas vivem terríveis dificuldades, em que homens e mulheres perdem seus empregos, em que tantas pessoas não conseguem fazer frente às despesas básicas da existência, eu peço –Madre Leônia, rogai por nós!
   Diante da corrupção que envolve todo o sistema político brasileiro, comandado por uma
qualquer  espécie, e que ainda busca aparelhar 
organização criminosa e sem escrúpulo de e intimidar as raras ilhas de honestidade e retidão no poder político, eu suplico – Madre Leônia, rogai por nós!
   Face à baixa qualidade da educação, ao declínio da vida cultural, aos problemas da saúde e à corrupção que envenena as almas de nossos irmãos brasileiros, eu brado – Madre Leônia, rogai por nós! 
   Ao constatar a presença aviltante da cultura da morte e da ideologia de gênero, que caminham de mãos dadas e ameaçam invadir as escolas de nossos filhos,  eu imploro – Madre Leônia, rogai por nós!
   Observando a reaproximação dos populistas e oportunistas de todos os matizes que ambicionam retornar o poder em nossa cidade, eu lanço o apelo – Madre Leônia, rogai por nós!
   Disposto a defender até as minhas últimas forças a fé em Deus e os valores da família, nossos únicos amparos diante das forças do mal que se apresentam como defensoras do bem e da justiça, eu grito – Madre Leônia, rogai por nós!
   Há 35 anos nos deixastes,  Madre. Mas eu sei que ainda guardais os caminhos de Londrina. Rogai por nós,  oh serva de Deus. Rogai pela terra que escolhestes. Rogai por Londrina, pelo Paraná, pelo Brasil! ( Texto da página 12, Geral, espaço Dia da Crônica
 PAULO BRIGUET  briguet@jornldeLondrina.com.br  www.jornaldelondria.com.br/blogs/com o perdão da palavra  publicação do JORNAL DE LONDRINA , sexta-feira, 24 de julho de 2015).

ÁLCOOL E JUVENTUDE, COMBINAÇÃO DELICADA



   Uma das mais conhecidas poesias do poeta francês Arthur Rimbaud inicia: “Ociosa juventude/a tudo escravizada/por delicadeza/eu perdi minha vida”. O poeta faz referência à sua própria adolescência e às perdas havidas como resultado de más escolhas, conseqüência da delicadeza – que impossibilitou recusá-las. A realidade de 1872 era bem diferente da atual, mas permanece atualíssima a ideia de uma juventude que se deixa envolver por fatores que lhe são, ou deveriam ser, alheios e, que pelas fragilidades normais dessa etapa da vida, insegurança, vaidade, medo de ser diferente do grupo, permite que seja tirada até mesmo a sua vida, talvez pela delicadeza de não se negar a cumprir desafios sem qualquer sentido.
   Lamentamos recentemente a perda de um estudante que entrou em uma competição estúpida numa festa em que tomou quase 30 doses de vodca. E lamentamos muito mais saber que isso não foi uma exceção; o consumo exagerado de bebidas alcoólicas entre jovens, e até crianças,já assume a dimensão de um dos maiores problemas de saúde pública, e está em toda parte, como um inquietante desafio, uma prova de alguma coisa, que certamente não será bom senso.
   Comportamentos autodestrutivos têm em  sua própria gênese a barreira que dificulta controlá-los; a pessoa ainda em amadurecimento, exposta, diante do grupo ao qual deseja pertencer, ao álcool, drogas, riscos descabidos, não aceitará facilmente ponderações racionais sobre isso. A inadequação, insatisfação, ostentação, solidão, o que for que lhe tenha sido gatilho para disparar essa arma sobre si mesmo, parecem um pouco aplacadas no início do processo, e são quase incoercíveis em seu decorrer.
   Pesquisas no Brasil e no mundo apontam o crescimento entre os jovens do que é chamado “binge drinking”, ou seja, um beber episódico, no qual uma grande quantidade de bebidas é consumida em curtíssimo tempo, sem dar ao organismo possibilidade de recuperação, podendo levar à morte ou comportamentos inadmissíveis ou altamente constrangedores.
   Assim, meninas, praticamente crianças, deixam-se fotografar em trajes sumários e poses eróticas apenas porque se não o fizessem seriam rotuladas de caretas, ou qual seja o xingamento da moda para o recato, pelos instigadores da insanidade, geralmente interessados materialmente nela. Estudantes  se embriagam para não fugir à “competição”. Jovens motociclistas e motoristas  dirigem seus veículos de modo suicida e  assassino, acreditando com isso obter respeito dos demais.
   A  venda de bebidas a menores de idade é proibida, mas tal lei é amplamente desconhecida  mostrando claramente que a solução não é criar boas normas,  que já  temos em quantidade suficiente, mas sim cumpri-las.
   Resolver problemas na teoria, sem o ônus do envolvimento e da ação, costuma ser inócuo, as famílias precisam refletir sobre seus conceitos de autoridade, distinguindo-o de autoritarismo, aproximando-se verdadeiramente de seus filhos, interessando-se de fato  pelo que pensam, pelo que fazem, pelos seus sonhos e pesadelos e contando o que sabem de escolhas e conseqüências.
   Escolas podem auxiliar trazendo para as salas de aula discussões sobre o tema e evidenciando eu aulas de ciência as sequelas do consumo prematuro e exagerado do álcool; mas o relacionamento parental, e seus valores, sempre serão preponderantes.
 Temos que conceder autonomia, sem deixar de compartilhar valores, e este é um desafio verdadeiro aos pais,  professores, irmãos, amigos, para quem ame esses meninos e meninas e se sinta responsável por eles. E ter consciência de que partilhar sua vida não significa de modo algum viver a sua vida.
   Adolescentes parecem não ter real consciência de que a vida é frágil e pode terminar, nada parece ser capaz de atingi-los de verdade; ressalvadas as tristes exceções de quem perdeu entes queridos, padece doenças graves ou sequelas de acidentes, sentem-se imortais. Apenas pessoas amorosas podem convencê-los de que não são. ( WANDA CAMARGO, educadora e assessora da presidência do Complexo de Ensino Superior do Brasil (UniBrasil) em Curitiba, página 2, FOLHA OPINIÃO, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 25 de julho de 2015).     

ELES NÃO VÃO AO UROLOGISTA



   

   Pesquisa mostra que 58% dos curitibanos nunca foram ao especialista; percentual é superior ao índice geral das dez capitais consultadas, que foi 51%.
   Ao contrário do universo feminino, falar em alterações hormonais ainda é um certo tabu entre os homens. Não é à toa, portanto, que no mês em que a saúde masculina ganhou holofotes, temas como a sexualidade e andropausa vêm a tona para ampliar e disseminar conhecimento.
   No entanto, o grande desafio é dar o primeiro passo, ou seja, ir até o consultório médico. Para se ter uma ideia, de 400 homens com mais de 35 anos, que vivem em Curitiba, 58% nunca se consultaram com um urologista.
   “E fato que o homem não procura o médico", diz Carlos Sacomani, urologista e Diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Além disso, a maioria (62%) nunca sequer tinha ouvido falar de andropausa, um processo natural do organismo masculino que em  alguns casos pode provocar queda na produção do hormônio testosterona.
   Esses resultados foram levantados pela SBU em parceria com a Bayer, por meio de uma pesquisa realizada em oito cidades brasileiras ( São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Curitiba). A divulgação ocorreu semana passada, em São Paulo. 
   Do total de 3.200 entrevistados, 51% nunca foram ao urologista e 57% desconheciam a palavra andropausa. E as justificativas podem ser inúmeras, mas o levantamento mostrou que de todas as cidades participantes , 33%  apontaram a falta de tempo, seguida de ausência de motivos (32%) e medo (15%).
   E apesar da impotência sexual masculina ser o maior temor masculino, 71% afirmaram desconhecer também os sintomas desse processo de envelhecimento do organismo, que pode ocasionar sim, a disfunção erétil. Já entre os curitibanos, essa resposta foi dada por 78% dos homens.
   Também foi questionado o uso recreativo ou sem prescrição, de medicamentos para disfunção erétil. Segundo Sacomani, 29% dos participantes alegaram utilizar estimulantes sexuais e 62% o fazem sem recomendação médica, ou seja, por meio de automedicação.
   Outro resultado impactante é sobre a diferença entre terapia de reposição hormonal e estimulante sexual. Isso porque 75% afirmaram desconhecer tal distinção.
   Quando questionados sobre as razões pelas quais podem ocorrer essa queda nos níveis de testosterona, uma boa parcela (30%) disse que o problema estava relacionado ao excesso de trabalho e estresse do dia a dia e 17% apontaram problemas emocionais ou psicológicos . 
* A repórter viajou a convite da Bayer

   PREOCUPADOS COMA HORA H

  Embora os homens não procurem os médicos preventivamente, o medo de falha “na hora H”, ou seja, a preocupação com o desempenho sexual é quase que unânime no imaginário masculino.
   Nesse contexto, a pesquisa mostra que, para 42% dos entrevistados, a performance sexual está muito mais ligada ao receio de não ter ereção, seguido de não ter prazer (25%) e não satisfazer a companheira (24%).
   A psicanalista e escritora Regina Navarro Lins cita que esse comportamento está enraizado “no sistema patriarcal que foi determinante na criação do ideal masculino, composto por toda essa força, poder e potência, e onde não há espaço para falhar”, diz.
   Ela ainda ressalta que “tudo que afeta a sexualidade do homem, afeta sua autoestima”. De fato, a pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)mostra que de 3.200 homens consultados, 38% responderam que o mau desempenho na relação sexual afeta a autoestima e 33% consideram ter o relacionamento com a parceira prejudicado.
   Porém, Regina  destaca que estamos vivendo hoje um processo de profundas mudanças de mentalidade, com um movimento de liberação do homem também. “A fronteira está se dissolvendo entre o universo masculino e feminino, caminhando para uma sociedade de parceria, se libertando de padrões preestabelecidos.”, sustenta. (M.O.)

   ANDROPAUSA SEM MITOS

   A Deficiência Androgênica  do Envelhecimento Masculino  (DAEM), popularmente conhecida como andropausa, é caracterizada pela diminuição da produção  do hormônio testosterona e  está relacionada ao processo de  envelhecimento do homem.
   A orientação é que os homens a partir dos 45 anos procurem um urologista preventivamente, pois é nessa fase que a diminuição  do hormônio pode se acentuar
   É certo que, ao longo da vida, oscilações hormonais ocorram, no entanto, com o passar dos anos essa redução pode interferir significativamente na qualidade de vida e bem-estar dos homens.
   A endocrinologista-chefe da Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento do Hospital das  Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Elaine Frade Costa, ressalta que,’ nas últimas três décadas, o registro de queda no nível de testosterona tem sido cada vez mais precoce’.
   De acordo com ela, a causa pode ser congênita ou tardia, isto é, há grupos de riscos como pacientes com alguma patologia associada aos testículos ou doenças metabólicas. Elaine ainda explica que são necessários pelo menos três exames com um intervalo para confirmar a andropausa.
   “Os níveis de hormônio podem variar de laboratório para laboratório, porém abaixo de 230 ng/dL (nanogramas por decilitros de sangue) é preocupante”, completa Roni de Carvalho Fernandes, presidente da SBU –SP.
   Segundo os especialistas, o tratamento consiste na terapia de reposição hormonal via oral, transdérmica  ou intramuscular , mas não é recomendada para todos os casos. A estimativa da SBU é de que aproximadamente 5% da população faça essa reposição. (M.O.)

   SAIBA MAIS

   Entenda a andropausa, um dos principais problemas que podem colocar em risco a saúde do homem.
                                                       

 O QUE É?
É a diminuição nos níveis de testosterona, o principal hormônio  masculino.
que está relacionado ao processo de envelhecimento.

QUAIS OS SINTOMAS?
Os sinais (veja ao lado) se tornaram mais acentuados a partir dos 45 anos.


QUAL É O TRATAMENTO?
Quando recomendado, o tratamento é feito através de terapia de reposição
de testosterona via oral, transdérmica ou intramuscular.  ( MICAELA ORIKASSA – REPORTAGEM LOCAL, FOLHA SAÚDE, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 20 de julho de 2015).

REMÉDIO EM ESTUDO MOSTRA EFEITO CONTRA O ALZHEIMER


                

São Paulo – A empresa farmacêutica Eli Lilly divulgou os primeiros resultados de testes clínicos com uma nova droga, chamada solanezumab, que pode reduzir a taxa de progressão da doença de Alzheimer em um terço. Os dados foram divulgados pela empresa na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer. Em Washington , nos Estados Unidos. Em 2016, a empresa deverá realizar novos testes clínicos que poderão indicar evidências definitivas sobre o funcionamento da nova droga. Hoje ainda não existem medicamentos capazes de deter a morte de neurônios causada pelo Alzheimer, mas o solanezumab poderá manter essas células vivas, segundo os cientistas da empresa. 
   Segundo os cientistas da Eli Lilly, os medicamentos atuais usados contra o Alzheimer atuam apenas sobre os sintomas da demência, auxiliando o funcionamento das células que estão morrendo. Mas o solanezumab ataca as proteínas deformadas conhecidas como amiolóides, que se acumulam no cérebro quando a doença ocorre. Os cientistas acreditam que a formação de placas pegajosas de amiolóide entre os neurônios podem causar danos e eventualmente matar as células nervosas. 
   De acordo com o diretor dos Laboratórios de Pesqjuisa Lilly, Eric Siemers, os testes deram pista de que a droga funciona para pacientes em estados iniciais de Alzheimer, reduzindo a progressão da doença em 34%. “È mais uma prova de que o solanezumab tem um efeito na patologia subjacente da doença. Acreditamos que há uma chance de que o solanezumab será a primeira medicação disponível que modifica a doença”, acrescentou.
   Ao longo do tempo, diversas empresas desenvolveram ensaios com drogas que pareciam inicialmente promissoras, mas que falharam ao tentar uma redução significativa da deterioração da memória e de outras tarefas cognitivas comprometidas em pacientes com a doença. Caso seja aprovada em testes clínicos futuros, a droga da Eli Lilly poderá ser a primeira a reduzir a progressão do Alzheimer. Mas a droga já fracassou em todos os testes anteriores. 
   Dois amplos testes clínicos realizados em 2012 falharam e nõ foi possível demonstrar diferenças entre a ação da droga e a de um placebo. Os cientistas da empresa, no entanto, mantiveram as esperanças, porque o solanezumab supostamente freou o declínio cognitivo em pacientes com uma forma atenuada da doença. A empresa decidiu reiniciar novos testes clínicos em 2013, com previsão para conclusão no fim de 2016. ( FÁBIO DE CASTRO – AGÊNCIA ESTADO, ´página 6, FOLHA GERAL, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sexta-feira, 24 de julho de 2015.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PE A QUE TE FAZ BEM.


          

   Preparar a própria comida e comer em companhia de amigos podem ser formas divertidas de se manter bem.

   Alimentação saudável é aquela que te faz bem, te deixa feliz e mantém o organismo funcionando da maneira adequada. Se alimentar de forma saudável é muito mais se preocupar com os nutrientes que devem ser ingeridos do que perseguir os alimentos que não são saudáveis.  É o que defende a nutricionista Valéria Arruda Mortara. Segundo ela, o problema não é comer costela, por exemplo, é deixar de comer salada. Frutas, verduras e legumes são os alimentos que não podem faltar nas refeições diárias, pois fornecem vitaminas, minerais, fibras e água ao organismo.
   “São alimentos naturalmente balanceados, que facilitam o equilíbrio da nossa alimentação”, explica a nutricionista. Existem três grupos alimentares básicos. As frutas, legumes e verduras fazem parte do grupo de alimentos “reguladores”. As proteínas integram o grupo dos “construtores” e os carboidratos fazem parte do grupo de “energéticos”.
   Neste sentido, é importante que em todas as refeições  principais (café da manhã, al oco e jantar) esteja presente, pelo menos, um alimento de cada grupo. O que acontece é que as pessoas costumam negligenciar o grupo dos alimentos reguladores.
   De acordo com Valéria, é preciso dedicar a mesma atenção e cuidado, aos legumes, frutas e verduras do que é dedicado aos carboidratos e proteínas.

   Preparo

  Um conselho da nutricionista é aprender a cozinhar e preparar a própria comida, o que pode auxiliar na ingestão de novos alimentos, especialmente frutas e vegetais. “O universos dos vegetais é tão grande. É preciso encontrar a forma de preparo que você aceite aquele alimento”, afirma. Como, por exemplo, inserir frutas em pratos salgados, fazer sucos coloridos com frutas e vegetais, procurar receitas de saladas e molhos agradáveis e saborosos.
   Ainda segundo Valéria, comer é um ato nutricional e social. Ou seja, para uma alimentação saudável, no sentido amplo, é preciso dar atenção aos dois aspectos e, sempre que possível, fazer as refeições em companhia de alguém, o que favorece comer com atenção e regularidade, além de aumentar o desfrute da refeição.
   Se alimentar de forma saudável também pode ser divertido. A estudante de música, Renata Landgraf, 20 anos, é prova disso. Desde que veio estudar em Londrina, ela passou a cozinhar em casa e também para os amigos em jantares e almoços de domingo. Renata conta que gosta de pensar em novas maneiras de utilizar os vegetais na alimentação como em lasanhas, batatas recheadas, panquecas e até mesmo em almôndegas e estrogonofes, que também podem ser muito saborosos sem carne.
   “É sempre muito especial reunir os amigos e cozinhar para eles. Nem todos têm os mesmo hábitos alimentares . E, com essas trocas, talvez eu consiga plantar uma ‘ sementinha’ do quanto é importante manter uma alimentação saudável”, diz a estudante.

   Regra

   Cardápio para todos os dias

   A nutricionista Beatriz Ulate, professora da Unopar, afirma que ter uma alimentação saudável auxilia na manutenção do peso ideal, aumenta a imunidade e diminui os riscos de contrair doenças.  A longo prazo uma alimentação inadequada favorece o aparecimento  de doenças como colesterol, diabetes e alguns tipos de cânceres , especialmente de intestino. Por conta disso, ela propôs um cardápio genérico e saudável que pode ser seguida por toda a população diariamente.

Café da manhã: leite, pão e uma fruta.
Almoço:
Arroz, feijão, carne ou substituto, refogado, salada crua e frutas de sobremesa.
Café da tarde:
iogurte com cereais e frutas.
Jantar:
Repetir o almoço ou sopa com verduras e legumes.
Antes de dormir:
Leite morno.

Dicas
                                                          

Dez passos para uma alimentação adequada e saudável
1. Fazer de alimentos in natura  ou minimamente processados a base da alimentação
2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
3. Limitar o consumo de alimentos processados.
4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.
6. Fazer compras em locais que oferecem variedades de alimentos in natura  ou minimamente  processados.
7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.
8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.
9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.
10. Ser crítico quanto  à informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Fonte: Guia Alimentar para a População Brasileira, Ministério da Saúde,2014.

Interatividade


“Gostou da nossa matéria? Entre no facebook da Unimed Londrina  e compartilhe seu vídeo ou sua dica para uma vida mais saudável e mais feliz.  ( BEATRIZ POZZOBON. Página 11, Conteúdo de Marca – Unimed – Refeições, publicação do JORNAL DE LONDRINA, sexta-feira.24 de julho de 2015).

quinta-feira, 23 de julho de 2015

CÉLULAS-TRONCO CONSEGUEM TRATAR DOENÇAS MITOCONDRIAIS



   Descoberta feita em estudo prepara terreno para a substituição de tecidos doentes em pacientes e abre as portas para o mundo da medicina regenerativa.

   ParisCientistas revelaram na última quarta-feira  terem  dado um passo fundamental para a terapia com células tronco no tratamento de doenças mitocondriais raras, passadas de mãe para filho.
   Eles “corrigiram”  mitocôndrias   nocivas em células da pele retiradas de pacientes para criarem  células-tronco  pluripotentes – células saudáveis versáteis que podem se diferenciar em qualquer célula do tecido no corpo, segundo a equipe.
   “Esta descoberta prepara o terreno  para substituição de tecidos doentes em pacientes e abre as portas para o mundo da medicina  regenerativa , onde os médicos são capazes de tratar doenças  humanas que são atualmente” incuráveis”, explica um comunicado da Oregon Health&Science University, cujos cientistas participaram do estudo.
   Mitocôndrias são pequenas fontes de energia encontradas na maior das células do corpo, transformando o açúcar e o oxigênio em energia. Mas mutações no DNA hereditários através da linha materna podem levá-los a um mau funcionamento, afetando qualquer coisa: da visão ou à audição até músculos, coração e funções do cérebro.
   Cerca de 1.00 a 4.000 crianças nascem com doenças mitocondriais a cada ano apenas nos Estados Unidos, , e não existe tratamento eficaz.
   “Para as famílias com um ente querido que nasceu com uma doença mitocondrial à espera de uma cura, hoje podemos dizer que a cura está no horizonte”, disse Shoukhrat Mitalipov , co-autor do estudo publicado na revista Nature.

   CÉLULA SAUDÁVEL


   A equipe coletou células da pele de pessoas com mutações no DNA mitocondrial e removeu os núcleos, que foram emparelhados com citoplasmas retirados de óvulos saudáveis doados. O citoplasma é a substância gelatinosa contendo mitocôndrias no interior da  membrana celular, e em torno do núcleo. “Através dessa técnica, os cientistas criaram uma célula-tronco embrionária com mitocôndrias saudáveis”, afirma o comunicado.
   “Os cientistas aspiram usar esta técnica para substituir tecidos doentes no futuro através da remoção de uma célula, corrigindo as mutações, multiplicando as células e reinserindo as células geneticamente corretas no paciente para substituir o tecido doente”. Especialistas que não estiveram envolvidos no estudo felicitaram a realização do laboratório, mas alertaram que uma aplicação prática ainda estaria longe.
   “Passar de um frasco de células em laboratório para neurônios  ou células dos vasos sanguíneos no cérebro é muito difícil”, disse David Valle, da The Johns Hopkins School  of Medicine, em comentários para o Centro de Mídia da Ciência da Grã-Bretanha (SMC).
   Darren Griffin, professor de genética da Universidade de Kent, ponderou que levaria “algum tempo até que ( a descoberta) possa ser aplicada clinicamente, dada a necessidade de testes clínicos”.
   Em 2010, cientistas britânicos criaram um embrião de laboratório cujo DNA mitocondrial veio de um doador, e o restante de seus pais biológicos.
   Em fevereiro deste ano. A Grã-Bretanha tornou-se  o primeiro país a permitir a criação dos chamados bebês de três pais usando o método para impedir a transferência de falhas mitocondriais.
   Dois anos atrás, Mitalipov admitiu erros em um estudo no qual ele e uma equipe relataram ser o primeiro a transformar células da pele humana em células-tronco embrionárias, mas defendeu os resultados.
   Sua técnica de clonagem, que envolve o transplante de DNA de um indivíduo em um óvulo despojado de material genético, foi saudado como um avanço por não destruir embriões humanos na criação de células-tronco. (FRANCE PRESSE, página 10, FOLHA SAÚDE, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 20 de julho de 2015).

F.O.M.O. VOCÊ SABE O QUE É?


A SIGLA DE FEAR OS MISSING OUT – MEDO DE FICAR POR FORA – É O NOME DA SÍNDROME QUE RONDA POR AÍ . FIQUE ( DESLIGADO )! POR MANUELA BIZ

   Há alguns dias fui almoçar em um parque de food trucks – furgões que vendem comida de restaurante na rua. Antes de escolher qualquer coisa, passei cerca de 40 minutos andando de um lado para o outro:  se comesse a paella, iria para casa sem experimentar a polenta ou as massas artesanais. Até tentei me convencer de que poderia voltar outro dia , mas quem me garantia que os mesmos cozinheiros  estariam lá? Muita pressão!
   No fim, decidi  pela paella.  Porém, comi com os olhos a polenta do casal ao lado. Tanto que nem aproveitei meu prato. “ A dificuldade em desapegar da outra opção é natural do ser humano. Mesmo que tenha em mãos aquilo que escolheu”, explica Ana Luiza Mano, membro do núcleo de pesquisa em psicologia da Pontifícia Universidade Católica ( PUC-SP) , em São Paulo. Fazer uma escolha é difícil, pois você precisa renunciar a outras possibilidades. Coma FOMO é assim, existe sempre a sensação de que se está , de fato, perdendo algo. Angustiante, não?      


   O PROBLEMA COMEÇA OFFLINE

   A síndrome ganhou nome e sobrenome em 2013, quando foi anexada ao dicionário  inglês de Oxford. Por ser uma denominação recente. É associada à era virtual. “F.O.M.O  independe da internet e é inerente à pessoa em vários campos da vida. Quem tem tendência ao problema vai ter medo de estar por fora no trabalho, entre amigos, nos esportes...”, diz Ana Luiza. “A web é apenas um meio no qual a doença de manifesta de forma mais clara. Há pessoas que são usuárias intensas de redes sociais, por conta do trabalho mas não têm F.O.M.O.  Elas desligam o smartphone e se desconectam do que está sendo postado lá”. Quer uma prova para se certificar de que a síndrome está rondando seu dia a dia? Puxe na memória quantas pessoas você conhece que saem de férias e ligam diversas vezes para o escritório para saber se está tudo bem. “Vai que algo esteja acontecendo e a equipe precise de ajuda”, tentam justificar. Agora, lembre-se de todos os amigos que vivem na base do “e se...”: “E se eu tivesse estudado direito e não administração?”, “E se tivesse feito aquela viagem?” F.O.MO. se manifesta  exatamente  assim. A pessoa está em um lugar, mas não consegue manter a mente junto de si. Ela está sempre trabalhando em outras possibilidades, e isso gera ansiedade. Você não fica satisfeito com o que tem, porque a grama do vizinho pode ser mais verde. Ahhh... Aquela polenta!

   DE OLHO NO OUTRO LADO DA CERCA

   Felicidade é uma conta aritmética simples. Você pega a realidade e apenas subtrai as expectativas. Se o resultado for positivo, você fica feliz. Mas se fica devendo, porque tem mais expectativas do que sua vida comporta,  você se sente frustrado. “Há uma consciência  coletiva que dita as regras do que precisamos para sermos felizes: dinheiro, amigos, passeios, carros... E ainda ter tudo isso mais que todas as outras pessoas”, explica Aline Gomes, psicóloga no Rio de Janeiro. Como queremos pertencer a esse grupo chamado sociedade, muitas vezes cedemos à pressão e nos sentimos diminuídos se não estamos tão bem quanto quem  está ao redor. Quem tem vários amigos da mesma idade e/ou profissão pode ter passado por isso quando um deles ganhou uma promoção e se destacou. Como todos tinham as mesmas chances, os que não foram igualmente promovidos podem ter sentido o golpe.

   O SENSO COMUM MANDA

    Vivemos na base da comparação. Tanto que temos dificuldade de bancar uma decisão diferente da maioria das pessoas. Por exemplo: sábado à noite é sinônimo de curtição. Então, não é raro encontrar quem se sinta um perdedor por tirar essas horas da semana para ver TV em casa. Mesmo que a maratona de sofá com Netflix seja por vontade própria, ainda fica a sensação de que, se pode aproveitar melhor o tempo, como conhecer o restaurante mongol, ir àquele bar descolado que o amigo indicou, ou então àquela balada itinerante que fica na cidade até domingo. “Por estarmos inseridos na sociedade, temos papéis a cumprir: de amigo, profissional, pessoa antenada. Fazer cobranças a si mesmo é normal, diz Priscila Gasparini  Fernandes, psicóloga  e doutora em psicanálise pela Universidade de São Pulo (USP).
   Respire. Todo combatente precisa de um recesso. “Não podemos deixar que a necessidade de acertar e se adequar gere ansiedade”, alerta Priscila. Lembra do cara que não relaxa nas férias? Na verdade ele não é um profissional dedicado. Ele não se desliga nesse período não por achar que os outros não sabem fazer o trabalho, e sim porque tem medo de perceberem que o trabalho pode ser feito sem ele. Em outras palavras, a F.O.M.O. aparece quando a insegurança bate – quem está tranqüilo com o próprio desempenho  e com a relação coma equipe tira férias sem sofrimentos. “Quanto maior for o autoconhecimento, mais segura a pessoa se sente sobre as escolhas que faz e mais assume responsabilidades por elas. Seja na carreira,  seja na vida pessoal”, diz Aline.

   A CONEXÃO COM O ONLINE

   Faça uma experiência simples: escolha uma sexta-feira qualquer para passar a noite em casa. Selecione algumas séries para assistir, compre cerveja e petiscos e se jogue no sofá. A partir desse momento,  ignore seu celular completamente. Eu tentei. E aguenta firme por quase uma hora.. Aí, o som do WhatsApp minou minha força de vontade e me rendi: eu precisava saber o que meus amigos falavam em tantas mensagens.
   Se eu não tivesse um smartphone, talvez minha noite no sofá teria sido um sucesso. De fato, a internet é um ótimo combustível para a F.O.M.O. ‘A web acelerou demais nossa vida. Não vivemos mais o processo  natural  de  acontecimento dos eventos do mundo. Hoje tudo é urgente e prioritário.  Aguardar  passa a ser perda de tempo”,  explica Ana Paula Magosso, psicóloga em São Paulo. “Não sabemos mais lidar com essa angústia da espera”. Estamos acostumados a responder  ( e a ter respostas)) a qualquer estímulo, quase que imediatamente – ou você também não fica irritado quando aquele e-mail demora um dia inteiro para ser respondido? “Outra questão é a necessidade do ser humano de fazer parte de grupos, de ser aceito e reconhecido como membro”, diz Priscila.
   Então, desde que parte de nossa vida migrou para o ambiente virtual, é óbvio sentir que é imprescindível fazer parte do que acontece ali também. Isso inclui acompanhar posts, fotos, dar e receber likes, compartilhar informações... Afinal, se você não fizer, há risco de ficar de fora. Aliás, isso já deve ter acontecido. Que jogue o primeiro smartphone quem nunca ouviu de um conhecido algo como: Está sabendo que o João se mudou/casou/vai ser pai/ foi promovido? Não? Mas ele postou no Facebook!”
   Além disso, percebeu como a vida do João está movimentada? E a sua, como anda? Aí mora outro grande perigo que a internet agregou à F.O.M.O. “Quando apresentamos nossa rotina no mundo virtual, filtramos aquilo que nos interessa compartilhar. Mostramos apenas o que temos vontade, pois o outro não está realmente nos vendo”, analisa Ana Paula. É ali que colocamos em ação um eu idealizado na plataforma online, com edição de textos e muitos filtros de foto. Porém, quem acredita nisso corre um sério risco de, novamente, se comparar e se frustrar. “A maioria das pessoas  posta em redes sociais momentos bons, para retratar uma vida feliz e perfeita, sem problemas. Isso não é real”, alerta Priscila.  Um  aviso: ninguém é tão bonito quanto na foto de perfil”!
                                                               

   A HORA DE SE DESCONECTAR

   Nós trabalhamos, nos relacionamos, pagamos contas e marcamos viagens com poucos cliques. Então, como estar online pode ser um problema? “Tudo que causa prejuízo ara você e para quem está ao seu redor pode ser considerado um vício”, analisa Aline. E como saber se você está sendo prejudicado pela F.O.M.O.? “Não há uma regra que indique quantas horas por dia alguém deve permanecer online. O que vale é o bom senso e a responsabilidade de  não perder o foco das atividades cotidianas”, explica Pricila. “Fique atento e não tenha vergonha de procurar ajuda se você se sente afastado do mundo offline, se tem dificuldade de cumprir prazos ou de prestar atenção nas pessoas ao seu lado quando conversa com outras no ambiente virtual, ou se está mais introvertido ou ansioso que o habitual”.
   Há terapia indicada para quem apresenta qualquer um desses sintomas. “Pregar abstinência virtual, nesse caso, é inviável, pois não tem como separar a vida offline da online”, diz Ana Luiza. Mas, no dia a dia tente criar momentos em que a tecnologia fique de fora. “No caso do uso excessivo do smartphone, defina regras para evitar que ele atrapalhe sua vida social. Enquanto assiste a um filme, desligue o aparelho. Enquanto almoça com os amigos, evite checar suas mensagens”, indica  Leonard Verea, psiquiatra em São Paulo. “Outra sugestão é estipular o tempo que vai navegar em por cada rede social por dia. Guarde 15 minutos par o Linkedin, outros 15 minutos para o Facebook, mais 15 minutos para o Instagram. Depois, deixe o celular (tablet ou notebook) longe do alcance das mãos. Dê atenção a outras áreas da sua vida, como as atividades físicas”, sugere Aline.
   O fato é que verificamos o nosso e-mail e as mídias sociais centenas de vezes ao dia porque precisamos. Ou porque simplesmente queremos. Somos criaturas sociais e gostamos de ficar por dentro, e não por fora. Só não vale mesmo, por causa disso, deixar de saber o que está rolando poucos centímetros à frente, logo ali, atrás da tela do smartphone, onde aquela pessoa de quem você tanto gosta está dizendo algo que você nem está escutando.
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   CUIDADO QUE A F.O.M.O. PEGA VOCÊ!
   Ela não é um bicho-papão mas não vacile

NAS REDES SOCIAIS- Aquelas poucas e rápidas espiadas no Facebook  para espantar o marasmo não são prejudiciais. Só não vale exagerar e procrastinar seus compromissos. “Em muitos casos, a F.O.M.O. diminui a concentração e causa mau aproveitamento do tempo para realizar as tarefas!, diz Priscila. Observe com atenção se você fica angustiado quando está em algum lugar sem conexão com a rede. Esse é o alerta máximo que algo não vai bem. 
NO TRABALHO – Sua equipe se levanta para uma reunião. Você, desavisado e sem saber o que está acontecendo, procura desesperadamente por alguma convocação perdida na caixa de e-mail. Em pânico, constata que não há nada ali. “A dificuldade de desapegar está ligada à necessidade de manter tudo sob controle e de se sentir imprescindível!, explica Ana Paula. Entenda: há coisas que serão bem resolvidas e executas sem você.
NA FAMÍLIA – Você realmente está presente naquele almoço tradicional de domingo com a família ou está mais divertido acompanhar o chat entre os brothers? Finge que assiste ao jogo do filho ou não para de telefonar para o escritório?  “Em um mundo extremamente digitalizado, vemos que as pessoas têm uma grande rede relacionamentos online, mas se afastaram e  empobreceram os contatos presenciais”, alerta o psiquiatra Leonard Verea.
NA AUTOPERCEPÇÃO – Todos têm fraquezas, mas preste atenção se você sempre se sente inseguro com as escolhas que faz – desde as mais simples, como o prato do almoço, às maiores, como o profissional. Essa sensação crônica de que poderia ter feito melhor ou diferente merece uma análise. Combata isto listando mentalmente tudo de positivo que já conquistou e evite compara-se com outras pessoas, principalmente com aquelas projetadas nas redes sociais. 9 FONTE: REVISTA MEN’S HEALTH, nº 111, JULHO 2015, páginas 94,95,96e 97).

quarta-feira, 22 de julho de 2015

TRILHA DE OURO

    




   Otávio Santos, professor de trilha sonora do FML, compôs a música que levou as meninas da ginástica rítmica a vencer no Pan em Toronto.

   No sábado à tarde, quando chegou à casa da sogra, depois de um dia inteiro de aulas sobre trilha sonora de cinema no Festival de Música de Londrina (FML), o músico e compositor Otávio Santos foi recebido com muitos parabéns. Não entendeu direito, mas descobriu que a música que compôs havia ajudado as meninas da ginástica rítmica a levar o ouro no Pan-Americano. Em Toronto. No Canadá.

   SURPRESA

   “Eu estava dando aula no sábado a tarde, no momento em que foi a apresentação. Mas, minha bateria do celular tinha acabado. A Renata  (irmã do músico) ficava mandando mensagem, dizendo que era minha música que estava tocando, e que tinha sido campeã! Não vi. Aí cheguei na casa da minha sogra e ela ficou me dando os parabéns”, lembra Otávio, que utilizou ritmos bem brasileiros para compor partes da trilha e rearranjar outros momentos.
   “Não tem preço, porque sei que as meninas ( da GR) trabalham duro. E é bom saber que ajudei a conquistar uma medalha dessas”.

   FOCO

   Infelizmente Otávio não levou uma medalha também. Merecia. “Sei que o foco é a dança, mas a música embala.  E a ginástica tem essa iniciativa de fazer as próprias músicas, preparadas para elas”, afirma. É que a maioria das equipes, não somente na ginástica, se utiliza de temas prontos, apenas editados para caber no tempo da apresentação. E, nesse caso, não. A música foi composta exatamente para o trabalho delas.

   BLOG


  O blog Era no tempo do rei..., do JL adiantou a informação em maio Na ocasião, Otávio contou que desenvolver a trilha era um trabalho feito em conjunto com a técnica Camila Ferezin. Desde 2012, o músico e compositor compõe para as meninas da ginástica. Essa foi a primeira trilha de ouro. ( FÁBIO LUPORINI fabiol@jornaldelondrina.com.br 
página 19- Cultura- MÚSICA, publicação do JORNL DE LONDRINA, quarta-feira, 22 de julho de 2015).

SER CRONISTA


   Estávamos tomando café  da manhã no hotel. Minha namorada Ana e eu, sempre gostamos dessa parte em nossas viagens.
   Durante o café da manhã nos sentimos dentro de nosso próprio filme da década de 70, ao melhor estilo Hitchcock. Com as mesinhas de madeira e estranhos  indo e vindo.
   Talvez por isso nossa curiosidade sempre se atiça ao máximo. Naquele dia, no hotel em questão, vimos pelo menos cinco vans do tipo que empresas de telefonia ou de energia elétrica usam. Os técnicos haviam passado a noite no hotel o que fez com que indagássemos um ao outro sobre qual seria o motivo. Olhando pela janela do restaurante o estacionamento e pensando nas milhões  de possibilidades
   Em meio a conversa acabei mudando de assunto para algo que me perturbava a mente  há um bom tempo.
   - Sabe, às vezes  tenho  uma vontade de  escrever sobre o cotidiano.
   Ana sorriu e me respondeu:
   - Escreva crônicas.
   - Eu tinha pensado nisso, mas seus finais, tem algo nos finais das crônicas que são sempre brilhantes, não saberia terminar assim.
Entre mastigadas e mordidas em seu sanduíche Ana me disse algo, que é claro não entendi.
   A fascinação tomou conta de mim, obviamente ela havia pensado em algo, em uma resposta, em um caminho para os finais das crônicas. Uma fórmula mágica. Pedi ansioso para que ela repetisse.
 -  Estão consertando a campainha.
- Ana respondeu apontando para os técnicos nas vans.
   O sorriso sutil de uma piada lançada em meio ao som interminável da campainha do hotel iluminou seu rosto, e frustrado eu ri. ( CONRADO LUZINI RIBEIRO, escritor em Presidente Prudente, página 3, FOLHA 2, espaço CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 22 de julho de 2015).

terça-feira, 21 de julho de 2015

INTESTINO SÃO , MENTE SÃ




Você sabia que esse órgão do sistema digestivo está ligado diretamente com as emoções? Cuide dele e mantenha o bom funcionamento da saúde física e mental.

   Imagine que você está perto daquela reunião onde vai apresentar um projeto importante para a chefia da empresa e, subitamente, surge uma dor de barriga. Você não comeu nada estragado, nem caiu na esbórnia na noite anterior. É tudo culpa da ansiedade e do estresse. Já passou por situação parecida? Isso acontece porque o intestino está diretamente conectado ao cérebro. Ou seja, quando passamos por situações desafiadoras, que abalam o emocional, o trânsito intestinal pode ser afetado. O contrário também acontece, causando crises de ansiedade, mau humor e até depressão. “ “Existem milhões de conexões nervosas que comunicam diretamente esses dois grandes órgãos por meio do nervo vago (a estrutura vai do crânio até o sistema digestivo e controla os movimentos peristálticos”), explica Filippo Pedrinola, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e e Metabologia (Sbem).
   Mais: o intestino conta com mais de 100 mil células nervosas, conhecido como sistema nervoso entérico. Como acontece no cérebro dentro do crânio , o “cérebro” entérico produz mensageiros químicos que interferem no humor, como a serotonina (cerca de 95% do neurotransmissor são fabricados e armazenados no órgão), a dopamina e vários opioides que modulam a dor. São por esses motivos que o intestino  é considerado nosso segundo cérebro.  Portanto, você precisa vigiar de perto se ele está funcionando bem – não só ao que ele pões para fora, mas também o que vai produzir dentro do corpo.

POR DENTRO DO TUBO

   O intestino humano tem por volta de 8 a 9 metros de comprimento e abriga cerca de 100 milhões de bactérias , dez vezes mais que o número de células do corpo. Essa população bacteriana, chamada de microbiota, pesa cerca de 2 kg e possui múltiplas funções, desde a absorção de nutrientes e energia até a liberação de substâncias químicas como a serotonina. Para que tudo esteja regulado, o número de bactérias boas deve se  sobrepor ao das ruins. Assim, haverá uma espécie de barreira protetora entre o intestino e o restante do organismo, evitando que micro-organismos caiam na corrente sanguínea.
   Evidência científicas mostram que, quando esse escudo falha, fungo, vírus  e/ou toxinas podem penetrar o intestino e desencadear um processo inflamatório silencioso. “O órgão representa  aproximadamente 70% do nosso sistema imunológico , e se acontece um desequilíbrio de barreira, há uma hiperativação da imunidade. Essa inflamação silenciosa  é uma das principais  causas do envelhecimento, que pode acarretar alguns tipos de doença s como artrite e até Alzheimer “, explica Pedrinola.

AS INVESTIGAÇÕES DA CIÊNCIA

   A gastroenterologista alemã Giulia Enders , autora do livro O Discreto Charme do Intestino  (Ed. Martins Fontes, 288 págs,), ressalta que o cérebro fica em um local isolado dentro do corpo. Por causa dessa distância,  ele precisa saber o que acontece com o restante do organismo por meio de mensageiros. Como o intestino tem informações relevantes sobre nossa nutrição, saúde e emoções, ele é o grande eleito para fazer essa comunicação. Partindo desse pressuposto, pesquisadores da Universidade de McMaster (Canadá) alimentaram dois grupos de camundongos com dois  tipos de sopa: uma rica em bactérias do intestino chamadas Lactobacillus rhamnosuse outra sem o micro-organismo.m
   Nos animais que foram alimentados com a primeira sopa, com os micro-organismos , os pesquisadores observaram uma alteração no comportamento – os ratos ficaram menos ansiosos do que os do outro grupo. A conclusão foi que as bactérias baixam o nível dos hormônios do estresse e aumenta o número de receptores  cerebrais do mensageiro químico Gaba (inibidor de impulsos no sistema nervoso, age como tranquilizante). Os testes já estão sendo feitos em seres humanos.

   O PREÇO DO DESEQUILÍBRIO

   Disbiose. Este p o nome que se dá quando o intestino não vai bem, por causa da flora intestinal desregulada.  As bactéria ruins chamadas de patogênicas, tomam conta do espaço e fazem uma verdadeira bagunça, podendo levar a doenças como diarréias, alergias, obstinação, alterações de humor e inflamação na parede do órgão (síndrome do cólon irritável). Só lembrando que, de acordo com o endocrinologista Filippo Pedrinola, os sentimentos e as emoções também interferem no bom funcionamento intestinal, e se estão descompensados, causam os mesmos sintomas. Porém, não agem diretamente na população bacteriana.
   ALIMENTOS ALIADOS
   Seu intestino e a microbiota agradecem cada vez que você ingere água e nutrientes que favorecem a preservação das boas bactérias. Dar preferência aos  carboidratos integrais é essencial: eles são ricos em fibras, que estimulam os movimentos peristálticos, aumentam o bolo fecal e, assim, colaboram com a flora. Por isso, evite alimentos refinados, como pães e massas brancas, doces, biscoitos e outros tipo de comidas  açucaradas. Opte pela gordura do bem, como os óleos vegetais, os peixes e as castanhas, e fique longe das saturadas, encontradas em frituras, carnes gordas e queijos amarelos.
   Estudo publicado no British Journal of Sports Medicine concluiu que iogurte e bebidas fermentadas fortalecem o sistema imunológico. Os pesquisadores constataram que a presença dos probióticos  do tipo Lactobacillus casei (veja algumas sugestões disponíveis na reportagem Os 101 Melhores Alimentos para o Homem, pág 61, além de recompor a flora e melhorar o trânsito intestinal, estimula as células de defesa do organismo. Frutas, grãos, legume e verduras complementa o cardápio ideal.
   A MALHAÇÃO QUE FAZ BEM

   De acordo com pesquisa de Roberto Carlos Burini, professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Estadual Paulista (Unesp), os exercícios de intensidade leve e moderada previrem alguns transtornos do trato gastrointestinal e podem ajudar o trânsito digestivo. Esses movimentos estimulam o peristaltismo ( habilidade de contração e relaxamento do intestino) e, com isso, evitam a constipação. O mesmo acontece com os exercícios aeróbicos, como a caminhada, a corrida, a natação e o pedal.
   Um alerta é geral para quem pratica atividades em ritmo forte: “O exercício intenso desvia o fluxo sanguíneo dos intestinos para músculos, pele e cérebro. Com isso, pode haver isquemia intestinal com sangramentos fecais e doença inflamatória no órgão”, alerta Burini. Fique de olho, pois o problema pode aparecer se avisos, em um intestino saudável e sem patologias anteriores. ( FONTE; REVISTA MEN'S HEALTH , nº 111 julho 2015, páginas 40, 41 e 42).

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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