quarta-feira, 29 de abril de 2015

MAIS DE 600 MIL BRASILEIROS TÊM AIDS




Ministério da Saúde alerta  que a população deve ficar atenta a cuidados para evitar a doença.
Brasília – A  AIDS é uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus da imunodeficiência humana, o HIV. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 600 mil pessoas têm a enfermidade. Ela ataca, principalmente, o sistema imunológico, que é responsável por defender o organismo de outras doenças. A AIDS pode ser transmitida pelo sangue, esperma e secreção vaginal, pelo leite materno ou transfusão de sangue contaminado. Ela não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais como,  febre e diarréia constante, emagrecimento muito rápido, tosse crônica e suores noturno são geralmente parecidos.
   Para o coordenador-geral de assistência e tratamento de DST/Aids do Ministério da Saúde, Marcelo Freitas, a população deve ficar atenta a cuidados especiais para evitar a doença. “Sempre ter as medidas de prevenção. E a principal medida de proteção é o uso de preservativo, da camisinha. O uso da camisinha é o meio mais seguro hoje de se evitar a transmissão do HIV. Esse é o principal ponto. Segundo ponto, as pessoas devem fazer o teste para o HIV porque quando elas se testam, elas têm o diagnóstico. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores são as condições de tratamento. Mais fácil é tratar, mais fácil é você conseguir que o tratamento funcione adequadamente, e evitar que se chegue então nas complicações da infecção pelo HIV”.
   Há algum tempo, o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Hoje em dia, é possível viver com a doença e ter qualidade de vida. Atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece, de graça, 22 medicamentos para o tratamento da aids. Além dos remédios, os pacientes contam também com uma rede de assistência formada por Centros de Testagens e Aconselhamento, Serviços de Assistência Especializada e Unidades de Distribuição de Medicamentos.
PRESERVATIVO TAMBÉM É MELHOR FORMA DE EVITAR HERPES
Brasília – Outra doença transmitida por relações sexuais sem o uso do preservativo é a herpes. Causada por vírus, a enfermidade é transmitida por meio de relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada. Em mulheres, durante o parto, o vírus pode ser transmitido para o bebê se a gestante apresentar lesões por herpes. Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas que se rompem formando feridas.
   A diretora adjunta o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explica que existem dois tipos de herpes: o primeiro que surge na boca e o segundo que aparece na região genital. “Mas, devido ao sexo oral, tem a presença do herpes 1  na genitália e vice-versa. É uma infecção viral que fica recolhida no sistema da pessoa e quando ela tem qualquer tipo de traumatismo ou estresse volta a apresentar as bolhinhas, as feridas etc”.
   Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento. Na presença de qualquer sinal ou sintoma  da herpes, é recomendado não furar as bolhas e nem aplicar pomadas no local sem orientação médica. A pessoa deve procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e  indicação do tratamento adequado.(Reportagem Local). Reportagem exibida na página 2 caderno FOLHA CIDADES, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 29 de abril de 2015).

terça-feira, 28 de abril de 2015

SOTAQUE O R


   O R (erre)  caipira é nosso! Nasceu em terras tupininquins. É invenção brasileira – uma mistura portuguesa e indígena, claro. E, atestam especialistas, está em franca expansão. Pensar que a pronúncia, conhecida tecnicamente de R retroflexo, é exclusividade  do interior do centro-sul é  um grande engano. O jeito caipira de falar está invadindo capitais. Há diversas e diferentes razões para entender como o sotaque surgiu e porque está se espalhando.
   “ Chamamos de   R retroflexo  porque a língua flexiona para trás.Ele é encontrado no sul de Minas Gerais. No Triângulo Mineiro, em São Paulo inteiro, no Paraná praticamente inteiro, no oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, em regiões do Mato Grosso e parte de Goiás”, explica a professora Vanderci de Andrade Aguilera, pós doutora em sociolingüística e professora do programa de pós-graduação em estudos da linguagem da Universidade Estadual de Londrina(UEL).
Colonização
   Tudo começou com os portugueses que se misturaram à índias no início da colonização brasileira. “É oriundo de São Vicente. No século 16, quando se formaram as capitanias hereditárias, tinha a de São Vicente. É uma mistura do contato entre  portugueses com as índias tupis, que formaram famílias. Os portugueses tinham o L (ele)no final das palavras ou de alguma sílaba, que é o L coronal, atrás dos dentes. Mas, esse L não tinha na língua tupi, que tinha dificuldade de pronunciar o L dando origem ao R retroflexo”, explica Vanderci.
   É por isso que os moradores de regiões com esse tipo de variação lingüística têm facilidade em  trocar uma letra por outra, pronunciando “pranta” em vez de planta. Adoniram Barbosa eternizou esse jeito de falar no verso “frechada  do teu olhar”, em Tiro ao Álvaro. Da Baixada Santista, onde estava a capitania de São Vicente, o R reflexo pouco a pouco foi disseminado pelo estado de São Paulo e outras regiões do Brasil.
   Em Londrina, - e na região Norte do Paraná – chegou pelas falas dos bandeirantes paulistas e dos mineiros lavradores, no início do século 20. “Aqui em Londrina foi trazido com os mineiros  do sul de Minas Gerais, que vieram plantar café, e com os paulistas do interior”, aponta Vanderci. Na capital de São Paulo, a predominância é o R alveolar vibrante enquanto no Rio de Janeiro se encontra o R velar.
Chique

   Agora, em pleno século 21, o tal R caipira está conquistando novos lugares. Tenho notícias de que em algumas regiões do Pará e de Rondônia, o R está  crescendo , levados por pessoas que saem daqui e vão para lá. Em Curitiba, quase não se ouvia. Era apenas 5%. Hoje tem mais de 30%.  Brinco  que  agora ser caipira é chique”.
   Para a professora doutora em estudo da linguagem Fabiane Cristina Altino, do Departamento de Letras Vernáculas da UEL, há razões que explicam essa expansão. “Uma das possibilidades é a grande  renda per capita do interior. Temos o agronegócio, ainda muito forte. E onde  está o dinheiro está a norma”, ressalta Fabiane. “A gente encontra em jovens de Curitiba, pela mobilidade e facilidade de caminhar. A mídia influencia e, com certeza, a música sertaneja da década de 1980  para cá. Na aula digo que não há dupla sertaneja  que usa o R velar (característico do Rio de Janeiro). ( Extraído da página 19, Cultura , de FÁBIO LEPORINI  Fabio@jornaldelondrina.com.br , publicação do JORNAL DE LONDRINA, rerça-feira, 28 de abril de 2015). 

GISELE BÜNDCHEN APARECE NUA EM CAPA DA VOGUE



   São Paulo – O ano é mesmo de Gisele  Bündchen. Após sua despedida emocionante das passarelas no desfile da Colcci na São Paulo Fashion Week, a  über  model  surge linda – e nua --  na capa da Vogue de maio, que comemora os 20 anos de carreira da top e os 40 da revista no Brasil. Considerada histórica, a edição tem 468 páginas – 80 delas dedica das à Gisele Bündchen.
   Para a capa, ela foi clicada pela dupla de fotógrafos holandeses Inez Van Lamsweerde e Vinoodt Matadin, com direção de arte do brasileiro Giovani Bianco. Amigo de longa data de Gisele, Bianco é também o editor do livro da Taschen sobre a carreira de Gisele, cujo lançamento está previsto para o segundo semestre.
   As fotos que ilustram os editoriais de moda da revista exaltam a conexão da  top  com o meio ambiente e tem como temas os  quatro elementos da natureza – ar, água, fogo e terra – e a força feminina.  “Quando surgiu a ideia de fazer algo especial com a Vogue  para comemorar meus 20 anos de carreira e os 40 da revista, sabia que não queria fazer algo simplesmente fashion. Queria mostrar algo mais, algo que fizesse parte da minha essência”, declarou a top para a publicação.
   Foi a própria Gisele quem convidou fotógrafos, stylists e maquiadores que a acompanharam ao longo de sua trajetória para participarem da edição. Os fotógrafos Gui Paganini e Bob Wolfenson, a stylist Flavia Lafer e o maquiador Daniel Hernandez são alguns profissionais eleitos pela übermodel. Hoje eles devem também comparecer à festa armada pela Vogue, com a presença prometida de Gisele, na casa de Donata Meirelles, diretora de estilo da revista. ( Agência Estado), caderno FOLHA 2,publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 28 de abril de 2015).

DO OUTRO LADO DO MUNDO


Há duas décadas no Japão, para onde se mudou ainda criança, londrinense acaba de se formar em Engenharia Naval da Marinha Japonesa             


   Quando os ancestrais japoneses de Daniel Schimit Neto desembarcaram no Brasil, o sobrenome da família se  transformou ,  por um erro na imigração, de Shimizu para Schimit. Ao fazer o caminho inverso do bisavô, cerca de duas décadas atrás. Daniel, com pouco mais de três anos  na época, viu o sobrenome mudar. Naturalizou-se japonês, mas nunca perdeu a brasilidade.
   Meus pais sempre falaram português em casa, para que a  gente não esquecesse”, conta Daniel , nascido em Londrina. “Meu pai veio antes para cá, quando recebeu um convite para trabalhar como engenheiro.  Eu  e minha mãe viemos depois”, lembra  Daniel, que por lá  ainda ganhou um irmão sete anos mais novo.
   No mês passado, a relação com o Japão ficou ainda mais  estreita. Daniel se formou em Engenharia Naval pela Marinha Japonesa .  “A história é bem longa”, avisa, sobre como entrou para as Forças Armadas. “Desde pequeno eu sempre quis ser médico”, lembra Daniel, que até chegou a freqüentar um cursinho para ingressar na faculdade de Medicina. “Fizemos um empréstimo para pagar o cursinho, que aqui é o preço de um carro”, contextualiza.
   “Mas meus pais ficaram sem emprego por causa da crise mundial, que afetou muito o Japão. Como as faculdades daqui são caras, fui falar com os professores que não ia continuar,  que estava com dificuldades.E um deles me falou da Academia  das Forças Armadas. No Japão é um pouquinho diferente aí do Brasil, que tem cinco academias, aqui é uma só. O curso não é pago e ainda se recebe para estudar e por isso é mesmo muito concorrido.  Os professores  já tinham me avisado que seria quase impossível eu entrar porque seria difícil escolherem um brasileiro ao invés de um japonês”. Para o londrinense, o fato de já ser naturalizado ajudou nas questões burocráticas. “Foi um caminho de Deus, se tivesse que providenciar os documentos naquele momento, não daria tempo”, relata.
   “Amanhã é minha formatura e não consigo pensar em outro caminho para mim. Não consigo me imaginar em outro serviço, gosto muito do que estou fazendo. Quando eu entrei, não era o que eu queria, apesar de achar que todo homem, menino, sempre tem o sonho do uniforme. Mas depois de quatro anos,  vejo que foi o caminho certo”, afirma.  Daniel ainda tem pelo menos mais um ano de treinamento pela frente, sendo que os próximos seis meses serão dentro de um navio em um cruzeiro pelo mundo. “Não sei para onde vamos.  A  última turma passou pelo Brasil, mas não sei, porque não costumam repetir os percursos”, adianta. Sem a farda, o londrinense visitou a terra natal umas seis vezes nos últimos 20 anos. Com a tecnologia, as redes sociais e os aplicativos de mensagens  instantâneas, as relações com o Brasil seguem fortes. “Todo dia quando eu acordo, tem  umas 50 mensagens de WhatsApp”, diverte-se.
   Nos últimos dois anos, Daniel foi o representante japonês de uma conferência internacional de cadetes. Na mais recente, o londrinense foi selecionado como um dos organizadores  e conviveu, durante uma semana, com gente de todos os cantos do planeta. “Foram 30 cadetes de 19 países. Trocamos  experiências”, lista. ( ( Reportagem Local, KARLA MATIDA, caderno FOLHA GENTE, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, 26 de abril de 2015).

segunda-feira, 27 de abril de 2015

COISAS DA PÓS-MODERNIDADE

1.  Futebolização. Necessário, útil, prazeroso e saudável é o esporte, ruim é sua divinização. Os atletas hoje são ídolos e os times comentados, defendidos, exaltados, “adorados” como uma divindade até ao fanatismo.  Pelo time, se sofre,  se faz grandes sacrifícios, se paga caro e se briga. Mesmo perdendo se permanece torcendo.  O futebol se torna mais importante que a religião, que a família, que a Igreja. Foi endeusado. Há uma reverência, fascinação e arrebatamento pelos atletas e um verdadeiro “culto às suas pessoas”. Quanto mais fascinante é uma pessoa, um time, um objeto, tanto mais se reveste do brilho do absoluto, portanto, da divinização. Há quem lembre mais do time do que de Deus. Falamos mais dos jogos do que do Evangelho. Todo fanatismo, sectarismo, idolatria é desaconselhável porque é prejudicial. Esporte sim, fanatismo não.
2.  O  espetáculo.Voltou o tempo do “pão e circo”. O que chama  porém  a atenção é que até o mal virou espetáculo.Busca-se aquilo que agrada, causa prazer, sensação, emoção. Mesmo as tragédias do trânsito viraram espetáculo porque nossa curiosidade quer saber quantos morreram. A violência, o terrorismo, a imoralidade se transformaram em espetáculo que traz lucro. A própria  corrupção não deixa de ser um espetáculo vergonhoso. Não interessa a verdade, a ética, a transparência. É o reino do espetáculo que se expressa também em exorcismos, curandeirismos, exageros litúrgicos. Alegria sim, espetáculo, não.
3.  O demonismo. Voltou de forma exagerada e superficial a satanização de tudo e de todos. Claro que cremos na existência e na atuação do maligno. Porém, há um exagero e exaltação do poder do mal em nossos dias. Cremos, é claro, na importância do exorcismo e devemos levar a sério as maquinações satânicas. O demonismo, porém, é um perigo porque as pessoas não assumem suas culpas e transferem tudo para o demônio. Não podemos comparar o poder de Deus com o poder do mal. Deus é todo-poderoso e ninguém mais. Não é de bom exagerar o satanismo. Precisamos de discernimento e esclarecimento teológico, para não atribuir ao maligno o poder que não tem, porque já foi derrotado. Discernimento dos espíritos, sim, demonismo, não.
4.  A dependência eletrônica. O desenvolvimento das redes sociais, o aperfeiçoamento das técnicas e dos aparelhos são maravilhas dos nossos  tempos. Falamos, porém, na dependência que eles criaram nas crianças, jovens, adultos. Há famílias apavoradas com a dependência eletrônica em seus lares. Quem não tem estrutura religiosa, ética e emocional acaba prejudicando a própria vida pela submissão aos aparelhos. Os transtornos atingem também as pessoas consagradas e âmbitos eclesiásticos. Como se queixam os professores a respeito de alunos que na aula não prestam mais atenção, totalmente distraídos, alienados dependentes do celular. Tecnologia, sim, tecnocentrismo,  dependência dos aparelhos, não.
5.  O ritualismo exagerado. A Sagrada Liturgia requer de nós todos, conhecimento das normas, fidelidade às orientações da Igreja, fé adulta, celebração participativa, boa comunicação. Tudo isso faz parte da “arte de celebrar”. Outra coisa é o ritualismo radical, a rejeição da legítima criatividade na liturgia, a importância entre liturgia e pastoral. Não podemos ser rigorosos no rito e permissivos na vida, na moralidade. O altar não é palco, nem passarela, nem trampolim, nem palanque para interesses pessoais. A  Igreja de Jesus não é Igreja dos panos, mas do avental. Amor à liturgia, sim, ritualismo, não.

6.  O devocionismo. A devoção é uma conseqüência da fé, do amor, da adoração de Deus e da religiosidade popular. O devocionismo é o exagero, o excesso, o desvio da fé. O devocionismo não enfoca o Evangelho, à pertença à comunidade, o trabalho pastoral, a dimensão social da fé. Caracteriza-se  pela busca  pessoal da cura, alívio, interesses pessoais. O sofrimento humano encontra no devocionismo um consolo. Porém, é preciso dar um passo além, porque a verdadeira religião consiste em visitar os órfãos e as viúvas e conservar-se puro da corrupção deste mundo (cf. Tg. 1,27). O devocionismo não se envolve com o profetismo , nem com a Doutrina Social da Igreja. Devoção, sim, devocionismo, não. ( \texto escrito por DOM ORLANDO BRANDES, arcebispo de Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, 26 de abril de 2015).  



FONTE: FOLHA DE LONDRINA, 26 de abril de 2015.

INTERVENÇÃO CHICO SANTOS EXPÕE MAIS DE 400 PEQUENAS OBRAS NOS EUA




Feitas em sabão, cerâmica, acrílico e borracha, as miniaturas de casas e edifícios serão instaladas no tronco de uma árvore em um parque em Seattle

   O artista plástico londrinense Chico Santos está nos Estados Unidos para montar  a exposição  Invasão, com mais de 400 pequenas obras de arte, numa grande intervenção pública num parque de Seattle, no estado de Washington.  Ele é um dos artistas  da Duwamish Revealed,  com curadoria de Sarah  Kavage e Nocole Kistler, e vai  expor suas miniaturas feitas em sabão, cerâmica, acrílico e borracha. As obras estarão em exposição do dia 30 de abril ficando em cartaz até 30 de junho.
   “Fui contratado  para fazer uma intervenção pública em um parque na cidade de Seattle, na região do Rio Duwamish, (local) urbanizado  inconsequentemente  há mais de um século”, conta Chico. O artista vai instalar essas mais de 400 pequenas peças em um tronco de árvore tombado no meio do parque, com a intenção de discutir as relações urbanas e as ocupações em áreas ambientais. “Hoje os cidadãos (de Seattle) sofrem com a qualidade ambiental da região e com doenças respiratórias. Por esse motivo foi escolhido o trabalho Invasão”, justifica.
   Invasão nasceu em 2012, depois de um ano que Chico Santos ficou recluso preparando a obra e o conceito dela. Desde então, diferentes pequenas miniaturas foram produzidas e expostas em cidades como Curitiba, Foz do Iguaçu, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza. Entretanto, pelo processo interativo da obra, é possível que ela literalmente viaje o mundo.
   Em alguns casos, as pessoas pisam nas miniaturas, em outros arrancam da obra e levam para outros lugares. Dessa forma, Chico Santos já teve notícia de miniatura suas em cidades de países como Austrália, Portugal, Japão e Lisboa. ( Reportagem de FÁBIO LEPORINIfabio@jornaldelondrina.com.br  página 17, espaço  cultura, publicação do JORNAL DE LONDRINA , segunda-feira, 27 de abril de 2015),

domingo, 26 de abril de 2015

O LOUCO DO BAIRRO



   Plantado no meio do cruzamento, o louco do bairro é contador dos carros que vão e dos carros que vem.
   Os que vem, conta  na mão esquerda, dedo a dedo; os que vão, na mão direita, fechando cada mão depois que estica o quinto dedo, então começa a contagem de novo, carro a carro, dedo a dedo.
   Se alguém pergunta se está contando os carros direitinho, ele  faz caretas e gestos aflitos de que não pode falar, está contando os carros!
   E também é fiscal do tempo, quando cansa de contar os carros que, mesmo tão bem contadinhos, continuam sempre a passar.
   Então vai andando pelo bairro, olhando tudo e nada, cabeça sempre girando mas olhar vago.
   Fiscaliza, antes de tudo, se o tempo está passando como sempre.
   Ou se o tempo parece que não está passando ou demorando a passar.
   Se  está sobrando tempo ou faltando tempo.
   Como estão os passatempos e os contratempos.
   E, sempre anotando tudo na caderneta de vento, não só fiscaliza como também passa a in-ves-ti-gar o tempo!
   Aonde foi parar o tempo que passou, que é que aconteceu com o tempo perdido,  e que fim levaram os tempos dourados?
   Se  vai fazer bom tempo ou mau tempo, e que  tempo faria se não tivesse feito o tempo que fez.
   Porque tem tanta falta de tempo enquanto também sobra tempo?
   Porque às vezes fecha o tempo, e porque o tempo sempre abre depois de um tempo?
    Quem é que está dando um tempo e pra quem, e quem é que está só dando um tempo ao tempo?
    E o que é que anda acontecendo de tempos em tempos? Desde quando, desde o tempo da onça?
   Quem é que está ganhando e quem é que está tomando tempo?! Quem está fora do tempo?...E, principalmente, quem é que está matando tempo?
   Qual a diferença entre tempo que esquenta e esquentou o tempo?
   Porque, com tanto tempo, tantos deixam tudo sempre para a última hora?
   E o imprevisto é primo ou tio do contratempo?
   E porque é que o tempo às vezes parece que estaca e outras  vezes parece que estica? Tem algo a ver com o tic-tac do relógio?
   Acima de tudo, como é que o tempo, que não se vê, não tem cheiro, nem corpo tem, no entanto está em  tudo, já que tudo passa com o tempo, ou não?
   Alguém sorri, alguém acena, o  louco vai  em  frente  na  sua  fiscalização,  na incansável  investigação.
   Não faz mal a ninguém, alguém diz. Outro diz que o louco só faz bem, palavrão engasga quando ele passa, apartam-se brigas, rancores  se refrescam,  temores  se  divertem,  o louco só faz bem.
   Quem dera, diz outralguém, todos fossem assim. O louco não ouve, voltando apressado para o cruzamento, a tempo de continuar contando os carros, enquanto ainda tem tempo. ) Texto escrito por DOMINGOS PELLEGRINI, PÁGINA 21, espaço DOMINGOS PELLEGRINI  d.pellegrini@sercomtel.com.br, publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 26 de abril de 2015).

OS CINCO NÍVEIS DE INFLUÊNCIA


                Você já parou para pensar por que certas pessoas são mais ouvidas que as outras?
  
Alguns indivíduos são muito influentes. Conseguem  magnetizar todos aqueles que estão ao seu redor por agirem com sutileza, criatividade e ainda conservarem uma grande disposição para escutar os pontos de vista de quem os percebia como adversários até minutos atrás e acaba de ser convencido do contrário.
   No tocante ao mundo corporativo, é incomum que um profissional inicie a  sua carreira impactando a tudo e a todos logo de cara. Até ser levado a sério dentro e fora da empresa na qual atua, geralmente são necessários alguns anos de trabalho duro. Além disso, existem cinco diferentes níveis de exercício da influência. Algumas pessoas conseguem êxito em todos eles e acabam se tornando seres humanos que, literalmente, transformam o mundo, enquanto outras são prestigiadas numa dimensão menor. Vamos entender cada um dos níveis:  
1º)  Influenciar a si mesmo. Se você consegue manter o controle emocional quando está sob pressão, é disciplinado e não desiste fácil das coisas, certamente é alguém com autodomínio e já alcançou uma importante vitória pessoal: não costuma se boicotar. Todos  conhecemos pessoas que não são levadas a sério por ninguém pelo simples motivo de que suas ações ou caráter não valem a pena ser seguidos.
2º)  Influenciar o outro. A partir do momento em que a maior parte das pessoas o reconhece
   como um indivíduo realizador e confiável , é natural que você passe a ser servir de inspiração para quem ainda não consegue chegar muito longe, por exemplo. Quem recebe pedidos de aconselhamento por parte de terceiros e obtém o apoio das pessoas ao abordá-las individualmente, exerce esse tipo de influência.
3º)  Influenciar um grupo de pessoas. Quando você se coloca à frente de uma equipe de trabalho precisa exercitar sua capacidade de impacto numa dimensão muito superior, afinal qualquer tipo de insatisfação coletiva pode ganhar uma proporção enorme de uma hora para outra se não for administrada corretamente. Ou seja, você deve dar uma causa às pessoas. A partir do momento em que elas não têm algo valioso pelo que lutar coletivamente, o “cada um por si” impera e sua influência passa a ser quase nula.
4º)  Influenciar uma empresa. Profissionais que dirigem uma companhia são obrigados a tomar decisões que afetam o futuro da organização – para o bem ou para o mal. Por conseqüência, o impacto nesse nível é diretamente proporcional ao domínio que se tem sobre o negócio da empresa e à habilidade de vencer às resistências daqueles que podem dar apoio decisivo durante os processos de mudança em curso ou obstruí-los.
5º)  Influenciar o mercado. Algumas pessoas constroem uma carreira de tamanho sucesso que seu prestígio supera as fronteiras da empresa  em que trabalha. São elas que muitas vezes  causam as grandes rupturas no mercado em que atuam, criam novas oportunidades onde não havia nada até pouco tempo atrás, indicam tendências e algumas vezes são aclamadas pela imprensa. O problema é que neste rol estão incluídos empresários admiráveis, como Bill Gates, e outros nem tanto, como Eike Batista.

Uma coisa é certa: não existe influência sem exposição. Se você costuma não correr riscos, evita manifestar suas opiniões quando o assunto é controverso e não aprecia ver seu nome envolvido em polêmicas,  dificilmente chama atenção para aquilo que diz. Escolhe ser influenciado.
   As pessoas que exercem influência em sua área de atuação não são  aquelas que simplesmente papagaiam o que foi dito por outros pensadores tempo atrás. Elas podem ser controversas e causar repulsa num primeiro momento, mas jamais passam despercebidas. São o   tipo de gente que desacomoda e leva todo mundo a refletir a respeito das suas próprias convicções.
    Com o advento das mídias digitais nos últimos anos, chama atenção o fato de que certas pessoas – inclusive adolescentes – passaram a influenciar milhões de seguidores em tempo recorde porque elas simplesmente  têm o que dizer a esse mundaréu de gente que se interessa por escutá-las. Adquiriram um novo tipo de poder informal e impactante com os quais empresas e governos ainda não sabem como lidar. Edward  Snowden  que o diga. ( Texro escrito por WELLINGTON MOREIRA, palestrante e consultor empresarial, extraída da página 2, caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA,  sábado, 25 de abril de 2015).

sábado, 25 de abril de 2015

O RUBI





   O tempo pode ser visto na sua pele. As ruas estão em todo seu corpo,  que um dia foi como uma flor, aveludada e cintilante. Mas, como um segredo, ela agora, com seus 105 anos, guarda uma alma jovem. A alegria é vista constantemente em seu sorriso, que tem vida própria nas gargalhadas da velha senhora. Conseguiu, com o tempo, guardar imensos tesouros e ao imaginar que sua ciência um dia vai se calar, nasce  uma vontade de chorar.

   Palmira, baiana, benzedeira e parteira. Entende de tudo, sua crença, casada com sua ciência, herdada de sua mãe, fez da menina uma “médica” de toda a região. 
   “Está com o vento virado, encosta na parede meu filho. Veja como você está com uma das pernas maior que a outra. Vou “endireitar” isso. Uma massagem puxando  os braços encolhia a perna maior. E lá se ia o vento que turvou a vida daquele.
   “Está com os ‘zóio” ruim filha. Entrou ar na testa. Vou fazer o benzimento  e esse carvão que está na água vai subir. Então vamos lavar seu rosto e o ar vai ficar na pedra”. E lá se ia embora toda conjuntivite. Não sei se era a água ou o carvão ou a fé. Mas sarava  todo o mal do olho.
   “Esse menino está com bronquite da braba!  Vamos  “prende” ela na parede. Encosta esse menino ali perto da porta”. Encostado na parede, o menino era medido e, logo em seguida Dona Palmira furava um buraco com uma broca com ponta. Uma mecha do cabelo era cortada e colocada no buraco e tampado com uma massa misteriosa. E lá ficava o mal do pulmão. Junto com a reza, a mãe saía com um xarope de mel de abelhas e plantas.
   O tempo começava a fechar anunciando chuva forte. E a casa da Dona Palmira era visitada pelos agricultores que estavam plantando ou colhendo. “Pode deixar, vou ‘mudá’ o rumo dessas nuvens”. E assim, as  penas de galinha eram queimadas e colocadas debaixo da peneira, virada ao contrário. Assim as nuvens entendiam o recado e passavam longe do vilarejo. 
   “Essa dor é íngua minha filha. Foi picada por algum inseto? “Fui sim, Dona Palmira”. Então vamos amarrar essa íngua”. O barbante era passado pelos braços e começava a reza. “O bem que corte? “Íngua Dona Palmira”. Assim mesmo, eu corto!”   “O bem que corte? “Íngua”. “Assim mesmo eu corto “. Dessa forma, o barbante rodeava o braço cinco vezes e era amarrado. “Quando cair o barbante todo mal vai embora filha”.
   Crianças da região, que não falavam de jeito nenhum, eram curadas com o piado do pintinho recém-chocado na boca da criança. O piado da choca soltava língua pregada. E para aquelas crianças mais preguiçosas que não queriam andar, eram cortados os primeiros passos com machado. Daí o pequeno aprendia até a correr. 
   Uma mistura de álcool com uma planta chamada Rubi era usada para limpar ferimentos. Hoje sei que o tal “Rubi” tem valor antisséptico.
   Então não sei se era simpatia, benzimento, fé ou ciência, somente presenciei que,de uma forma ou de outra, aquelas pessoas tinham a quem recorrer na hora de sua dor. E dessa forma, eram curados do mal do corpo e da alma. ( Texto escrito por KATIA EVANGELISTA CAMARGO, leitora da FOLHA, extraído do caderno FOLHA RURAL, página 2, espaço Dedo de Prosa, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 25 de abril de 2015).

ESTILISTA ‘ESQUECE DO MUNDO’ PINTANDO





   Com um trabalho ligado diretamente a desenhos e criação, a estilista Maira Feiroza precisou insistir nos livros para colorir para conseguir relaxar. “Quando abri o livro e vi todos aqueles detalhes eu já me estressei . Pensei até em xerocar as páginas para  testar quais cores ficariam legais antes de pintar no próprio livro. Demorou, mas finalmente consegui desconectar o livro da coisa do design e da aparência final e encará-lo como um lazer”.
   Hoje, quando está pintando, Maira ‘esquece do mundo’ e fica totalmente envolvida  com a atividade. “Você vai pintando e se envolvendo. Hoje eu pinto sempre que posso e consigo relaxar. Quando estou  ansiosa, principalmente, corro para o livro e acabo me distraindo. É um exercício muito interessante.
   Segundo Maira, que ganhou o livro do marido, a arte de colorir sempre esteve presente em sua vida. “Sempre tive lápis de cor, tenho alguns desde a infância, inclusive. Sou  apaixonada por material de desenho e todo ano procuro renovar meu estoque de lápis”, conta ela. “Quando os livros surgiram,várias pessoas começaram a me marcar nas publicações da internet, pois sabia que tinha tudo a ver com o meu perfil. Até minha psicóloga falou que era a minha car e meu marido acabou comprando para mim. FOTO; RICARDO  CHIARELLI. Fonte: FOLHA DA SEXTA, de 24 de abril de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA.    

FEBRE DE COLORIR





Livros para adultos viram mania entre os apaixonados por arte e que desejam aliviar o estresse.
   Um hábito bastante comum durante a infância tem tomado conta da rotina de milhares de adultos. Desde o final do ano passado, os livros para colorir viraram febre entre os mais crescidos que buscam  nos desenhos ricos em detalhes uma ferramenta para combater o estresse. O sucesso é tanto que, desde o lançamento no Brasil, em novembro, “Jardim Secreto”, da ilustradora Johanna Basford, já vendeu mai de 100 mil exemplares. “Floresta Encantada” também de Johanna segue o mesmo caminho e já está em falta em diversas livrarias do País, assim como as dezenas de títulos que surgiram em seguida devido ao “boom” do segmento.
   Há dois meses, a enfermeira Juliana Oliveira, 30 anos, passa boa parte do seu tempo livre colorindo os livros de Johanna Basford . “No começo do ano li sobre esses livros na internet. Procurei em duas livrarias, mas não encontrei. Em fevereiro vi uma conhecida postando fotos e resolvi procurar novamente. Quando consegui comprar, enlouqueci e logo fui atrás de uma caixa de lápis de cor”. Conforme Juliana, colorir os desenhos tem ajudado a aliviar o estresse do dia a dia. “Quando comprei fui bem cética. Pensava: ‘ sou muito agitada, não vou conseguir me distrair pintando’. Mas foi o contrário. O livro tem me ajudado muito. Quando começo  a pintar   esqueço  de  tudo  e me acalmo”.
   Juliana conta que sempre gostou de fazer artesanato, mas que a pintura esteve presente apenas na infância. “Quando criança, eu tinha o hábito de pintar, mas depois nunca mais me envolvi com isso. Quando estou pintando não tenho pressa. Sou bem detalhista e demoro bastante em um mesmo desenho”. Para a enfermeira,  os  livros para colorir a fizeram enxergar o mundo de uma maneira diferente. “Vejo algumas mudanças até no meu cotidiano. Hoje, quando estou no trânsito, por exemplo, reparo muito mais nos detalhes e nas coisas à minha volta. Além disso, sou bastante ansiosa  e com o desenho consigo focar minha concentração. Bruna Quintanilha, Reportagem Local, Foto: Celso Pacheco.

               Atenção no momento presente

   Fenômeno de vendas, principalmente entre quem busca algo para relaxar, os livros de colorir para adultos podem ajudar a combater o estresse por se uma atividade de atenção plena no momento presente, explica a psicóloga do Instituo de Psicoterapia e Análise de Comportamento (PsicC), Aline Paula Rocha. “Focar na pintura é estar envolvido de forma total e plena nisso ajuda a trazer um relaxamento”. Conforme a psicóloga, esse tipo de atividade é normalmente  recomendada a quem sofre algum tipo de ansiedade, por exemplo. “Muitos dos nossos problemas emocionais estão relacionados ao fato de  estar os fazendo muitas coisas ao mesmo tempo. Essa realidade tem sido uma regra e isso gera uma agitação . Por isso, observamos que há uma necessidade de de termos momentos de concentração plena”. 
   De acordo com Aline, apesar de auxiliar nesse aspecto a pintura não é a única atividade que traz relaxamento. “Uma caminhada, por exemplo, pode ser uma atividade plena. Mas nem sempre a pessoa consegue se concentrar no  momento,  estar   presente  ali  de  fato”. Como o ato de colorir pede uma atenção muito mais focada, os livros aparecem como uma opção para quem quer desestressar. “E uma coisa que vai  na contramão da agitação do dia a dia e é bem-vindo. Acredito que o fato das pessoas conseguirem desfocar totalmente dos problemas enquanto pintam tenha contribuído para o surgimento desse febre dos livros “.
   Apesar de positivos, os livros podem não ser a melhor opção de relaxamento par algumas pessoas. “Tem um aspecto pessoal muito importante envolvido nisso”, analisa Aline. “Os livros para colorir vão ser considerados  um lazer se o histórico da pessoa com aquilo for prazeroso. Nem todo mundo sente prazer em pintar”, finaliza a psicóloga. ( B.Q.). Fonte: FOLHA DA SEXTA, páginas 14 e 15, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, 24 DE ABRIL DE 2015). 


Segue alguns gráficos para serem coloridos:





NUTRIENTES EM PÓ




Farinhas de legumes, frutas e grãos  são opção saudável para quem não gosta do alimento in natura.
   Berinjela, uva, maracujá, banana  verde...  Além de fazerem muito bem para a saúde, esses alimentos têm em comum o fato de estarem disponíveis na forma de farinhas. Seja para substituir a tradicional farinha de trigo branca ou para incrementar as refeições, há opções para todos os gostos.
   “Com exceção da farinha de trigo branca, que é um alimento não indicado para quem quer um peso ideal, ou mesmo preza pela boa saúde, as demais farinhas possuem seus benefícios e são indicadas para vários casos, como ajuda no emagrecimento , controle de diabetes, colesterol, só para citar alguns”, explica a nutricionista Kamylla Garbuio.
   Segundo ela, consumir os alimentos em forma de farinha ou in natura é uma questão de escolha, mas em geral as pessoas optam pela praticidade das farinhas. Essa também é uma opção para quem não gosta do sabor do alimento. “Em alguns casos, é claro que o consumo de um produto in natura preserva muito mais seus nutrientes e vitaminas, mas isso não significa que o alimento em forma de farinha não traga benefícios”, diz.
   A nutricionista lembra também que para se beneficiar das propriedades dessas farinhas  é preciso que se tenha uma alimentação saudável, rica em consumo de bons carboidratos, carnes magras, frutas, legumes  e a ingestão de muita água , além de se exercitar.  (Érika Gonçalves. Reportagem Local . Fotos: Shutterstock.
                                      
  Na salada, no pão, no iogurte... 
   Farinha de linhaça: a linhaça é uma semente rica em ômega 3 e fibras. Possui benefícios pra o coração, intestino e até mesmo previne alguns  tipos de câncer . è uma grande aliada no processo de emagrecimento. Ela também não possui glúten. Pode ser acrescentada no arroz, feijão,  frutas, sucos, iogurtes, vitaminas, saladas, no preparo de bolos, pães, tortas, sopas. O indicado é, depois de triturada, guardá-la em um recipiente fechado e na geladeira.
   Farinha de mandioca – é uma ótima opção para substituir a farinha branca. A mandioca é um alimento importante na manutenção do peso, pois tem um baixo índice glicêmico, o que evita picos de açúcar no sangue, ajudando a pessoa a ter mais energia durante o dia. Ela também não contém glúten.
   Farinha de maracujá: dela se aproveita toda a fruta, das sementes à casca. Para quem não consegue a fruta in natura, a farinha é uma ótima opção. Esse alimento ajuda a equilibrar os níveis de glicose no sangue. Sugiro misturá-la a sucos e iogurte, no café da manhã.
   Farinha de quinoa:  a quinoa é riquíssima em proteína e traz muitos benefícios para os músculos e saúde cardiovascular. Em forma de farinha, ela elimina o sabor amargo característico de grão .A quino possui diversos aminoácidos, dentre eles a lisina, uma substância que ajuda a fortalecer a imunidade e está relacionada à inteligência r funções da memória e aprendizado. Pode ser adicionada a iogurte, bolos, bolachas, crepioca (crepe de tapioca), waffle, mingaus, pudins,  panquecas ou mesmo em saladas e frutas. Também não contém glúten.
Farinha de uva: é rica em aminoácidos, como o resveratrol, importantes para a saúde do corpo. Sua farinha, além de gostosa, traz importantes efeitos sobre a saciedade, mas pfecisa ser acompanhada de bastante água para funcionar bem. Você pode adicioná-las em bolos, tortas, iogurte, sucos, crepioca etc.
Farinha de berinjela: possui tantos benefícios quanto o legume  in natura. Pesquisas apontam que o formato de farinha possui 10 vezes mais fibras do que o alimento in natura. Essas fibras, aliadas a um bom consumo diário de água, ajudam a dar saciedade para o corpo e também diminuem  a vontade de comer doce. Ela é considerada uma farinha versátil  e pode ser combinada com a  de trigo integral ou a de arroz, para incrementar qualquer receita. Duas colheres diárias são indicadas para quem segue uma dieta balanceada
Farinha de banana verde: os benefícios da banana podem ser  melhor aproveitados se ela for consumida enquanto ainda está verde. Mas como banana verde não tem um sabor agradável,
a dica é consumir em forma de farinha ou biomassa. Em ambas as formas, ela estimula a flora intestinal, eliminando aquela sensação de inchaço do dia a dia. Vocô pode adicioná-la a vparios pratos, do bolo ao iogurte, da vitamina ao feijão. O mesmo vale para a biomassa.
Farinha de aveia:  é rica em proteínas, vitaminas e minerais, como ferro, cálcio e magnésio. Outro benefício é que ela colabora com o controle do peso, uma vez que suas fibras retardam  o esvaziamento gástrico e prolongam a sensação de saciedade, afastando a fome.
Farinha de arroz: é indicada para celíacos, pessoas com intolerância ao glúten. Ela é feita sem qualquer processo químico envolvido, preservando as mesmas características nutricionais do arroz polido (branco). Esse alimento ainda auxilia na prevenção de doenças do aparelho digestivo e do coração. ( E.G.) . Extraído Du suplemento FOLHA DA SEXTA,  VIVA BEM, páginas 07 e 08, publicação do jornal  FOLHA DE LONDRINA, 24 de abril de 2015.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

HOMENS - LIVROS



   O romance de ficção científica “Fahrenheit 451”, de  Ray Bradbury, apresenta uma sociedade totalitária em que os livros são proibidos. Mas nem todos aceitam a proibição. Algumas pessoas criam uma poderosa forma de resistência: decoram (isto é, guardam no coração e na memória) os livros mais importantes e refugiam-se em comunidades isoladas. São os homens-livros
   Em nosso tempo não é mais necessário proibir livros. Elas já deixam de ser  lidos pela maioria das pessoas, em conseqüência do esmagador baixo nível educacional. Mas, felizmente, nós também contamos com os homens-livros. São eles que preservam a cultura brasileira da aniquilação completa.
   O mais importante homem-livro de nosso tempo se chama Olavo de Carvalho. Filósofo, jornalista, professor e escritor, Olavo previu com estarrecedora exatidão a decadência espiritual da sociedade brasileira. Seus livros e aulas – um deles chamado “O Jardim das Aflições” – faz um panorama da devastação coletiva que ainda chamamos de país.
   Mas Olavo não é o único em Cuba, há um homem-livro chamado Leonardo Padura, autor do romance “O homem que amava os cachorros”, que leio com profundo assombro. Aqui no Brasil, temos o crítico literário Rodrigo Gurget, o padre Paulo Ricardo, o economista Rodrigo Constantino; os escritores Diogo Mainardi, Cora Rónai, Nilson Monteiro e  Domingos Pellegrini; os jornalistas Reinaldo Azevedo, Guilherme Fiúza, Rachel Sheherazade; o professor Carlos Nadalim;  o escritor e cientista político Bruno Garschagem; a educadora Camile Abadie, os brilhantes jovens Flávio Morgenstern, Bruna Luíza e Kim Kataguiri.Os exemplos são inúmeros, não cabem nesta crônica.
   Homens-livros incomodam. Por isso, é comum que sofram ameaças e campanhas persecutórias. Assim está acontecendo com o jornalista James Alberti, nosso homem-livro estadual,  que atuou na premiada série de reportagens Diários Secretos, da RPC/Gazeta do Povo, e agora batalha pela investigação de crimes no Paraná. A ele, todo nosso apoio e solidariedade
   Monteiro Lobato dizia que um país se faz com homens e livros . Hoje, mais do que nunca, o nosso país precisa de algo mais: homens-livros. ( Texro escrito por PAULO BIRGUET, página 12, espaço Dia de Crônica Paulo Briguet  briguet@jornaldelondrina.com.br  www.jornaldelondrina.com.br/blogs/comoperdaodapalavra  publicação do JORNAL DE LONDRINA, sexta-feira, 24 de abril de 2015).

quinta-feira, 23 de abril de 2015

ESTUDANTES GANHAM PRÊMIO DE DESIGN




Curitiba – O projeto de um suporte móvel pra bicicletas  deu a dois acadêmicos de Design da Universidade Federal do Paraná ((UFPR) o prêmio  IF Student Design Award , considerado um dos mais importantes concursos da área. A classificação foi divulgada em meados de marco e, agora, Ana Carolina Lino Buissa, de 20 anos, e Carlos Alberto de Melo Júnior, de 21, buscam patrocínio para pegar o troféu no dia 27 de maio em Hamburgo, Alemanha. Eles estão no quarto e último ano do curso.
   O trabalho foi concluído em outubro do ano passado, na disciplina Projeto de Produto, com a orientação do professor Ken Fonseca. Batizado de “Razor” (navalha, em inglês), a ideia do suporte móvel para bicicletas é incentivar o transporte alternativo em grandes cidades durante a realização de eventos. Como não é fixo ao chão, o utilitário pode ser facilmente desmontado e transportado para diferentes locais, como praças e estacionamentos. Segundo o professor Ken Fonseca, a proposta surgiu a partir de uma solicitação do “Ciclovida” (projeto de extensão da UFPR que busca divulgar o uso de bikes). A necessidade era justamente encontrar soluções para estacionar a bicicleta em segurança em shows e feiras, por exemplo.
   O produto foi pensado para grandes cidades, que adotam cada vez mais o uso da bicicleta, e pode ser usado em praças e estacionamentos. O suporte ganhou o nome de Razor justamente porque lembra uma navalha. Cada equipamento acomoda cinco bikes. Os suportes pesam aproximadamente 50 quilos e como são dobráveis podem ser facilmente empilhados em uma caçamba de picape, facilitando a vida de promotores de eventos. As travas são feitas de alumínio (material resistente à chuva e ao sol)e a base que fica fixada provisoriamente no chão é fabricada em aço. A lateral das travas recebe uma camada de silicone para proteger a magrela de eventuais riscos em sua pintura. O Razor tem cerca de 1,60 metro de largura por 1 metro de altura.


   Carlos Alberto lembra que uma vaga de carro comporta dois suportes,  o que significa estacionamento para dez bicicletas. Ana Carolina comenta que os equipamentos podem ser fabricados em cores diferentes, podendo formar “ilhas” e, grandes estacionamentos, facilitando a identificação do lugar onde o ciclista deixou o seu veículo. Atualmente, a Agência de Inovação da UFPR está trabalhando par patentear o produto.
   É a primeira vez que os acadêmicos da UFPR ganham o IF Sudent Design Awar, mas  egressos da instituição já conquistaram o prêmio, explica o professor Ken Fonseca. O IF Design tem  sede em Hannover, na  Alemanha, e seleciona anualmente os  cem conceitos mais inteligentes e inovadores do design. Estudantes e formados há menos de dois anos podem se inscrever. A concorrência é bastante alta. Nessa última edição, foram quase 14 mil inscrições.
   “È um diferencial incrível ingressar no mercado de trabalho”, disse Ana Carolina. “É um prêmio muito conceituado no mundo inteiro, o reconhecimento é muito grande. Isso valoriza a carreira profissional no design”, completa Carlos Alberto. Ken Fonseca também comemora: “Para nós, o reconhecimento dos alunos significa o reconhecimento da qualidade do ensino da UFPR e de Departamento de Design”. O professor explica que o trabalha premiado cumpre a finalidade acadêmica do processo de aprendizagem, “mas ao mesmo tempo está olhando para a cidade, procurando oferecer uma solução viável para a sociedade”.
   No ano passado, dois projetos do curso de Design da UFPR também foram vencedores no Prêmio Tok e Stock de Design Universitário. As conquistas dos acadêmicos podem ajudar Curitiba a conquistar o título de World Design Capital ( Capital Mundial do Design) no ano de 2018. Essa denominação é concedida a cada dois anos pelo Conselho Internacional das Sociedades de Desenho Industrial (Icsid), uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1957. A atual dona do título é a Cidade do Cabo. Na África do Sul, mas em 2016 ela passará para Taipei/Taiwan. Já tiveram a honra as cidades de Turim/Itália (2008). Seul/Coreia do Sul (2010) e Helsinque/Finlândia (2012). Reportagem Local  Adriana de Couto, caderno FOLHA CIDADES, publicação do jornal  FOLHA DE LONDRINA, quinta-feira, 23 de abril de 2015).




APP DE DUBLAGEM VIRA FEBRE NAS REDES




          Aplicativo “dubsmash” permite que qualquer pessoa faça um vídeo dublando trechos de filmes, discursos, sons de bichos e músicas.
   Há algumas semanas, vídeos de dublagens têm invadido as redes sociais. O aplicativo “dubsmash”, disponível gratuitamente no Google Play e Apple Store, permite que qualquer pessoa faça um vídeo dublando trechos de filmes, discursos, sons de bicho e músicas. Lançado em novembro do ano passado, foi após sua atualização, no último dia 25 de março, que virou o aplicativo mais baixado da loja  brasileira da Apple em um único dia. Mas a popularidade do app no Brasil se deu, principalmente, depois que vários artistas e celebridades – como Xuxa, Neymar e Claudia Leitte – aderiram à brincadeira e postaram recentemente dublagens em suas páginas no Instagram e Facebook.
   O aplicativo é bem fácil de manusear. Logo na página inicial, oferece vários sons separados por temas, mas há possibilidade de incluir trechos de áudio de qualquer natureza. Após escolher um arquivo, a câmara do smartphone é acionada e o som começa a rodar. Para isso, é preciso ficar atento às falas e tentar sincronizar os movimentos labiais ao áudio. A graça está em colocar uma dose de expressividade e criatividade. Há quem use de artifícios como acessórios e maquiagens. Outros mais audaciosos também encenam. A média de duração é de 15 segundos. Depois de finalizado, o vídeo  pode ser salvo no próprio celular ou compartilhado pelo  Whatsapp, Facebook, Instagram e mensagem.
   Na onda de mostrar o talento artístico escondido ou apenas brincar com os amigos, vários anônimos aproveitaram para garantir seus vídeos. O baterista Dênis Henrique Wintker Nascimento,  de 21 anos, conta que descobriu o aplicativo há alguns dias quando viu algumas postagens no Facebook. “No primeiro momento, não dei muita importância. Mas quando percebi que muita gente estava postando, fui conferir. Achei muito engraçado e resolvi entrar na brincadeira. Baixei o aplicativo e já no primeiro dia fiz umas 50 dublagens. É viciante”, conta o rapaz.
   Alguns vídeos foram compartilhados com amigos em grupos  privados e a brincadeira aumentou. !Todo mundo entrou no clima e virou uma batalha de vídeos. A cada dublagem que chegava eu ria muito e queria mandar outro mais engraçado. “Apesar de se considerar um jovem extrovertido,  conta que não disponibilizou todos os vídeos na rede social. “Coloquei poucos, mas tiveram muita repercussão. Os comentários eram sempre de alguém rindo ou achando divertido!, diz ele, sobre o vídeos com um trecho de fala do filme Spartacus. Dentre outros, ele  gravou sons de bichos e refrão de músicas conhecidas.
Veja vídeo 
                 
   www.folhaweb.com.br (Reportagem Local – MARIAN TRIGUEIROS, caderno FOLHA 2, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 22 de abril de 2015).

CORRUPÇÃO 5 X 0 PIB



Ante o anúncio do IBGE de que o PIB cresceu (?) apenas 0,1% em 2014, vêm de imediato à mente as causas que conspiram contra a expansão econômica, como a falta de políticas públicas eficazes por parte do governo e de um projeto de país competitivo. É  preciso reiterar, porém, ser a corrupção um dos fatores que mais contribuem atualmente para a letargia do nível de atividade, firmando-se como a artilheira dos gols contra no jogo da globalização, no qual o Brasil está perdendo para os seus próprios erros.
   A improbidade bate o nosso PIB por cinco a zero. O primeiro gol contra refere-se ao desperdício de recursos que poderiam reforçar os investimentos públicos, melhorar  a infraestrutura, a saúde e a educação, mas são desviados para contas no exterior  e os bolsos de políticos, doleiros, operadores de partido e executivos de empresas, que constituem uma corrente nociva contra o erário público. Estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que cada real desviado representa dano de três reais para a economia e a população. Os valores nominais também assustam! Por exemplo: R$ 10 bilhões no caso do “petrolão” e R$ 19 bilhões no novo escândalo que acaba de eclodir na Receita Federal, relativo ao pagamento de propinas para  redução do valor de multas aos sonegadores.
   No índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional,  organização não governamental alemã, o Brasil ocupa o 72º lugar entre 177 nações .  Posição muito desconfortável, considerando que somos “menos  ruins” nesse quesito apenas do que países com menor índice de desenvolvimento . O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) acaba de revelar que, dos R$ 105 bilhões registrados pelo seu Sonegômetro, do início de 2015 a  meados de março, R$ 80 bilhões escoaram-se por conta das operações de lavagem de dinheiro.
   Na esteira dessas constrangedoras estatísticas, o segundo gol contra marcado pela corrupção é o da desconfiança, que afasta investimentos produtivos estrangeiros, desestimula os empresários  nacionais e cria uma sombra de temores sobre nossa economia. O terceiro gol é o efeito em cascata negativo ao longo das cadeias produtivas nas quais se manifesta. Vejam o estrago na área do petróleo, com as maiores empreiteiras nacionais praticamente paradas  e a Petrobras colocando o pé no freio nos investimentos e projetos , inclusive no setor da construção naval. Só os investimentos diretos da companhia e os indiretos representam 3,2% do PIB. A redução no aporte previsto pela estatal este ano deve superar R$ 40 bilhões, o equivalente ao orçamento de um ano e meio  do Bolsa Família.
   O quarto gol contra da corrupção é o descrédito nas instituições, à medida que a sociedade vai ficando cada vez mais indignada e cética quanto aos poderes constituídos. E o quinto começa a se manifestar no mercado de trabalho, pois o índice de emprego, um dos fundamentos que vinha resistindo à crise, já está sendo abalado. Isso preocupa muito um setor como o têxtil e de confecção, que mantém 1,6 milhão de trabalhadores  diretos, ou quatro milhões, considerando os indiretos e os gerados pelo efeito renda.
   Todos os brasileiros estão sofrendo com a goleada da improbidade contra a economia, a sociedade, trabalhadores, empresários, a imagem do Brasil e a nossa competitividade no mercado global. ( Texto escrito por RAFAEL CERVONE, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit),  extraído  do  ESPAÇO ABERTO , página 2, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quinta-feira. 23 de abril de 2015).

quarta-feira, 22 de abril de 2015

FLORESCEU A MENINA FLOR



   Ela se sentia oceano. Sem começo, nem fim. Você já viu uma parte do oceano? Não existe. É o todo, não tem como separar, dividir, classificar ou segurar. Ou você mergulha de cabeça, se deixa ser oceano, e faz  ele ser você, ou se afoga antes mesmo de mergulhar.
   Ela se sentia entregue. Entregue a algo que não entendia  ou nem ao menos sabia o que era, mas se deixou levar. Deixou ser, fosse o que tivesse que ser.
   Ela se sentia uma pena na asa de um gavião. Sentia a brisa da liberdade perante um  voo incerto porém necessário. Ela se sentia fora do ninho. Não porque não pertencia mais ao tal, mas porque não era mais tão indefesa e tão dependente.
   Ela se sentia flor que desabrocha em dia ensolarado. Olhos e elogios a cercavam. A brisa leve espalhava seu cheiro pelos lugares  onde passava. O passarinho cantava, a terra molhava, a pétala  abria.
   Ela se sentia música que acalma numa noite conturbada.  Se fez  parte de sua música favorita, alternando, hora era letra, ora era melodia, e acabou por fazer sua própria música. Seu próprio jeito de se acalmar.
   Ela se sentia alegria que invade alguém apaixonado. Sorria de tudo e por tudo, e fazia os outros sorrirem também. Queria que todos se sentissem como ela, que recebessem essa alegria, essa vontade de viver um amor às cegas, que só os apaixonados sentem.
   Ela se sentia amor. Há poucos dias havia entendido mais coisas do que em sua vida inteira. Fez uma faxina em seu coração, e descobriu que havia amor até mesmo nas partes que há muito não  se limpava. Tudo era amor. Até a dor era amor.
   Ela se sentia e se permitia sentir. Desde o arrepio de uma cócega até um frio na barriga de um beijo roubado. Sentiu e sentia tanto que se tornou sentimento. Sensível, como só ela, sentiu a necessidade de não mudar e continuar assim, mesmo correndo o risco do vulnerável. Ela se sente agora. Se sente como você, que lê esse  texto, e  entende que o que ela sente é amor. No fim, ela se encontrou. Sentiu e semeou. A flor, você e o amor. ( Texto escrito por GABRIELE MENEGHETI, estudante de letras em Londrina, extraído do caderno FOLHA 2, página 3, espaço  CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 22 de abril de 2015).

SHOPPINGS FATURAM R$ 6,5 BILHÕES NO PARANÁ

          



          Segundo Abrasce, setor investirá no País em 2015 aproximadamente R$ 16 bilhões; no Estado recursos somarão R$ 1,2 bilhão até 2016
   Curitiba – Os 31 shoppings paranaenses faturaram no ano passado R$ 6,5 bilhões, ou seja, 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que em 2014 ficou em aproximadamente R$ 308,9 bilhões. Em Curitiba, a participação dos malls na economia da cidade também é significativa, com as vendas no ano passado totalizando R$ 2,8 bilhões – em 2012 o PIB da capital foi de R$ 59,1 bilhões. Tomando  ainda como referência 2014, as vendas em shoppings de todo o Brasil ficou em R$ 143 bilhões. Para a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) o setor vai muito bem, apesar dos percalços da economia nacional. O presidente da entidade, Glauco Humai, lembrou que o setor investirá no País, em 2015, aproximadamente R$ 16 bilhões, enquanto no Paraná, até 2016, o investimento será de R$ 1,2 bilhões  Nenhum setor da economia investe tanto quanto a gente”, afirmou.
   Humai participou em Curitiba, na última quinta-feira, do Forum Regional Sul da Abrasce, reunindo empreendedores e representantes de estabelecimentos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de alguns administradores de São Paulo. A proposta da entidade é compartilhar experiências e colocar em discussão temas de interesse do setor. A associação elegeu 16 coordenadores regionais para  facilitar a aproximação da entidade e seus associados. No Paraná, o representante eleito por dois anos é Luiz Roberto Lacombe, do Shopping Pátio Batel, de Curitiba.
   O Paraná tem uma participação importante no setor de shoppings, comentou o presidente da Abrasce. Ele lembrou que há espaço no Estado para mais empreendimentos. São 31 malls, sendo 14 em Curitiba e 17 no interior.  Humai, que nasceu no município de Arapongas e conhece bem a realidade do Estado, observa que a exemplo do País, por aqui também a tendência é a interiorização desses grandes centros de compras. Oito cidades paranaenses contam com shoppings: Curitiba, São José dos Pinhas, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Apucarana. Até 2017, três novos centros deverão ser inaugurados. O segundo mall em Cascavel e os primeiros em Umuarama e Guarapuava.  A partir de 2017 há previsão para início  da construção de mais três shoppings em Curitiba. Direta e indiretamente, o setor emprega hoje, no Estado, 120 mil pessoas.
   O Paraná tem 399 município e somente 2% têm shoppings. Somando os empreendimentos paranaenses, a  Área Bruta Locável  (ABL) é de 695.825, resultando em um índice de 6,2 (divisão entre ABL por 100 mil habitantes). Um  pouco acima da média nacional ( 5,3), mas ficando abaixo de outros estados brasileiros , como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Geris e Rio Grande do Sul.  Nos Estados Unidos, o índice sobe para 221 e no México, para 17. “O Brasil tem ainda muito espaço e o Paraná também “, analisou. Segundo a Abrasce, o País atrai interesse de grandes grupos internacionais, como o americano Simon, que  possui mais de 10 mil centros espalhados pelo mundo , mas nenhum por aqui.
                               Paixão Nacional
   Curitiba – “O brasileiro ama shopping”, comentou Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Os 524 empreendimentos brasileiros recebem 431 milhões de visitantes por mês. São cinco bilhões de pessoas por ano. No Paraná, o número de pessoas que passam por mês pelos 31 centros  associados à Abrasce fica em torno de 17,5 milhões, bem superior à população total do Estado , estimada em 11 milhões. Em Curitiba, a quantidade de pessoas que visitam mensalmente os malls (7,6 milhões  é três vezes maior que a  sua população (1,8 milhão). Uma curiosidade: pesquisa da Abrasce mostrou que somente 37% dos brasileiros vão ao shopping de carro. A maioria (63%) utiliza para se deslocar ônibus e trem ou  segue a pé.
   A Abrasce representa empreendimentos com mais de cinco mil metros quadrados, que contam com uma administração centralizada,  lojas locadas e estacionamento proporcional ao tamanho da área de compra. Ainda segundo pesquisa da entidade, 60% das pessoas não  vão aos shoppings com o objetivo de comprar, reforçando que a tendência atual é levar para dentro dos malls serviço, lazer, entretenimento e boa gastronomia. “As pessoas acabam comprando porque têm experiências bacanas, estão em um ambiente agradável. Se sentem seguras, estão felizes e acabam comprando. Você tem exposição de artes, feiras de literatura, o São Paulo Fashion Week acontecendo dentro de um shopping, Tem parque de diversões, teatro, cinema”, cita. Segundo  Humai, 88% dos cinemas brasileiros estão dentro de malls. Teatros e alto gastronomia também começam  a migrar para esses estabelecimentos. “O shopping está se transformando em um entertainment Center”, resume. (A,D.C.

                     BUROCRACIA AFETA O SETOR


    Curitiba – Uma das principais dificuldades para o crescimento do setor de shoppings no Brasil é a burocracia. O licenciamento para a construção de um empreendimento desses pode demorar entre três a quatro anos. Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Shoipping  Centers  (Abrasce)mostra que na cidade de São Paulo, pra se obter licença de construção   de um shopping é preciso passar por 39 órgãos, entre municipais, estaduais e federais. Na opinião de Glauco Humai , presidente da Abrasce, a situação não [e diferente em outros municípios.
   Humai lembra que em todo o Brasil tramitam cerca de 1.600 projetos de Lei afetando negativamente o setor. Na Câmara Municipal de Curitiba, segundo ele, são 17 projetos. “Os temas são os mais variados, mas o mais comum é o estacionamento, proibindo cobrança ou aumentando o período que as pessoas têm para entrar ou sair sem pagar”, explica. “Não concordamos com isso porque é algo da iniciativa privada, gerido pela iniciativa privada e é uma prestação de serviço ao consumidor. Tem custos de limpeza, de segurança, manutenção e impostos. A gente paga IPTU pelo espaço de estacionamento. Nós somos contra qualquer iniciativa que venha  ferir nosso  negócio”. (A.D.C.)  ( Caderno FOLHA  ECONOMIA & NEGÕCIOS, página 3, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 21 de abril de 2015).

terça-feira, 21 de abril de 2015

EXPOLONDRINA 2015 Mais de meio milhão visitou a feira



   Maio de meio milhão de pessoas visitou a ExpoLondrina 2015, segundo balanço parcial divulgado ontem pela Sociedade Rural do Paraná(SRP) .Só na primeira semana, o número de visitantes já era o equivalente aos visitantes da Expo no ano passado: 539 mil.
   Em nota à imprensa, o presidente da SRP, Moacir Sgarioni, destacou, além do aumento no número de visitantes, os bons resultados do setor leiloeiro e nas concessionárias de veículos. Segundo ele, o total comercializado nos leilões deve superar o de 2014. O valor da venda  por animal chegou a crescer 40% ante 2014. “O mercado está comprador”.
   O bom resultado já havia sido adiantado pelo JL, que mostrou que somente o estande da Chevrolet, por exemplo, bateu recordes de vendas , com 170 veículos vendidos até o meio-dia de domingo, último dia de feira. “Foi um ano atípico, em que batemos a meta de 150 veículos com um dia de antecedência. Tivemos um crescimento de 115%”, Comemorou o gerente de produto da  Metronorte, Paulo Barros.
   Para o setor de máquinas e implementos agrícolas, a ExpoLondrina ajudou mais na divulgação e prospecção do que nas vendas. Segundo nota da assessoria da organização da feira, os negócios realizados ficaram aquém das expectativas na Dimasa, revendedora Massey Ferguson, mas a empresa informou que espera agora efetivar vendas pós-feira. “Os agricultores gostam e esperam a ExpoLondrina, onde vêem novidades”, afirmou o gerente Sérgio Chapieski.
   O evento é importante para os contatos com os clientes, que podem comprar nos dias subseqüentes à Exposição”, disse o gerente geral da DHL Valtra, José Marcos Donha. (  Tatiane Salvatico , página 10, publicação do JORNAL DE LONDRINA, terça-feira, 21 de abril de 2015).

JEFERSON MORAES VENCE O ILUMINADOS





   O Domingão do Faustão foi palco de uma acirrada disputa de talentos no domingo, com a final do quadro Iluminados do Domingão. Ivete Sangalo e Luan Santana foram os jurados escolhidos por Fausto Silva para ajudar a definir o candidato que levou para casa o título de Iluminado e o prêmio de 150 mil reais. O londrinense Jeferson Moraes foi o felizardo.
   Entre os semifinalistas estavam Jeferson, a carioca  Bárbara Dias, a gaúcha Naíma, o mineiro Kiell Cavalcanti, Matheus Max, de Niterói (RJ), o goiano Felipe Duran e Ester Freitas, de Campo dos Goytacazes (RJ). “O sonho de qualquer um que está começando a carreira de cantor é se apresentar no palco do Domingão do Faustão,  então vocês já têm meio caminho andado”, disse a cantora.
    Disputa

    Jeferson abriu a disputa cantando Andar com fé eu vou, de Gilberto Gil, e o primeiro a sair foi Matheus; na segunda rodada Bárbara deu o tom de We are the champions, do Queen, e quem se despediu foi Felipe. Naíma abriu a terceira rodad com Domingo de Manhã, de Marcos & Belutti, e foi a própria gaúcha que voltou para casa. Na quarta rodada, Ester foi sorteada para dar início a Let it go, de Demi Lovatto, e Bárbara foi eliminada. Já na quinta rodada, Jeferson cantou as primeiras letras de Porto Solidão, de Jessé, seguido por Kiell e Ester. A apresentação do trio emocionou plateia e jurados, que aplaudiram de pé.
   Infelizmente, um deles tinha que sair, e a escolha para deixar a disputa foi Ester.
   Na sexta e última rodada, Jeferson Moraes ganhou a maioria dos votos do público de casa ao interpretar os primeiros versos de Sangrando, de Gonzaguinha. “Eu não tenho palavras para agradecer o apoio dos brasileiros que votaram e apostaram em mim. Muito obrigado”, disse o vencedor do prêmio.
   Jeferson Moraes já tem show agendado em Londrina para amanhã no Santrena (R. Prefeito Faria Lima, 1710). Informações 3357-1000 ( Das agências)  Reportagem extraída da  página 22, espaço  TEVÊ , publicação do JORNAL DE LONDRINA, terça-feira, 21 de abril de 2015).

PARTO NORMAL E MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA

  

   Ainda neste ano entrarão em vigor as novas normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde em conjunto com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – que regula convênios médicos - para o estímulo ao parto normal e conseqüente diminuição das cesarianas consideradas desnecessárias na saúde suplementar.
   Hoje 23,7 milhões de mulheres são beneficiárias de planos de assistência médica com atendimento obstétrico no País, sendo este o público – alvo das medidas.
   Entre as mudanças, a nova resolução determina que a mulher atendida por médicos de plano de saúde poderá solicitar e ter acesso, em até 15 dias, ao índice de partos normais e cesáreos feitos pelo profissional, hospital ou plano. Outra alteração é a obrigatoriedade das operadoras de fornecerem o cartão da gestante, de acordo com padrão definido pelo Ministério da Saúde, no qual deverá constar o registro de todo o pré-natal.
   Ainda de acordo com a resolução, as operadoras deverão orientar os obstetras para que usem o partograma – um documento gráfico em que são feitos registros do que ocorre durante o trabalho de parto. Pelas novas regras, o partograma passa a ser considerado parte integrante do processo para pagamento do procedimento.
   Antes de mais nada é importante deixar claro que o Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná (Sindmed), entidade que tem sede em Londrina e representa os profissionais de mais de 70 municípios, considera que a melhoria das condições de assistência obstétrica – como cursos de orientação para gestantes, maternidade com plantão  presencial de equipe apta a conduzir o trabalho de parto e condições  de trabalho adequadas – poderia resultar num natural aumento do parto normal, atendendo aos anseios das campanhas que existem nesse sentido. O Sindmed entende e defende que são as necessidades de cada gestante que determinam a escolha pelo  parto normal ou cesariana.
   A discussão sobre a resolução da ANS, no entanto, não se polariza apenas entre médicos e pacientes mas deve ser analisada de forma mais ampla por envolver questões centrais que exigem maior atenção das autoridades de saúde e que devem ser divulgadas e debatidas por  afetarem diretamente a assistência obstétrica na saúde suplementar. Isso inclui, preponderantemente, a verificação do equilíbrio nas relações entre operadoras do plano de saúde e a classe médica e, ainda, a necessidade de que os planos de saúde assegurem ampla cobertura às gestantes.
   Para diminuir a taxa de cesariana na rede conveniada, que chega atualmente na casa dos 80%, é preciso também criar condições adequadas nos hospitais credenciados. E isso destaca a necessidade de equipes completas trabalhado em esquema de plantão, com obstetra, anestesista, enfermeira obstétrica e pediatra, com total disponibilidade para atender a gestante – considerando que há situações de trabalho de parto que podem ultrapassar as 24 horas, sem  falar nos equipamentos necessários ao acompanhamento obstétrico. É fundamental, ainda, que os hospitais credenciados contem com uma infraestrutura suficiente para atender, e atender bem, a demanda de gestantes na rede conveniada, oferecendo às mulheres o conforto que necessitam na hora de dar à luz.
   Pensar e debater sobre tudo isso é relevante para que a implantação das novas normas de estímulo ao parto normal realmente tragam bons resultados , sem o risco de caminhar em direção oposta ao que se busca, com partos cercados de sofrimento r mulheres com medo.(Texto escrito por ALBERTO TOSHIO OBA e ANTONIO CAETANO DE PAULA são, respectivamente, presidente e vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná. Extraído da página 2, do ESPAÇO ABERTO,  publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 21 de abril de 2015) 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

STAR WARS



   Filho, quando você estiver um pouquinho maior ler e puder ler estas palavras , vá até o seu avô e agradeça a ele por sua festa de aniversário de cinco anos. Você talvez ainda seja pequeno para entender, mas em abril de 2015, nós estamos atravessando uma fase de grandes dificuldades econômicas no Brasil. Eu e sua mãe não tínhamos dinheiro para pagar a sua merecida festinha. Com grande dor no coração, cogitamos até não realizá-la, para não permitir que outras coisas importantes viessem a faltar. Mas aí veio seu avo e disse que tinha poupado uma quantia – modesta, mas suficiente para fazer o aniversário que você tanto esperava. Foi um gesto de amor que jamais esqueceremos – e gostaria que você não esquecesse também.
   Você queria uma festa de Star Wars, essa história que você tanto ama, e nós a fizemos. A palavra abril, que dá nome ao seu mês de aniversário, vem do latim aperire e e faz referência ao tempo em que as flores se abrem no hemisfério norte – o começo da primavera. Aqui no Brasil estamos no outono, mas o sentido é o mesmo. Você abriu um novo tempo em nossas vidas. O nome do vovô, como você sabe, é Lourenço Vale. Por uma incrível coincidência ele tem o mesmo nome de seu avô, meu pai: Paulo Lourenço. Você não o conheceu, Pedro. Mas quando eu era pequeno ele me levava para ver Star Wars, lá nas velhas salas de cinema em São Paulo. Estas salas não existem mais, só existem na memória daqueles que um dia as freqüentaram. Assim é o vovô Paulo: uma estrela no céu da gente.
   Não por acaso, a vovó Elia tem nome de estrela. Felizmente é uma estrela que está bem perto de nós, todos os dias. Elia quer dizer Sol. E não é por acaso que todos giram em torno dela. Inclusive você. Inclusive o nosso cachorro Cisquinho. Agradeça! Há uma frase sempre repetida pelos personagens da saga de Star Wars: “Que a Força esteja com você”. Durante muitos anos, filho, eu não entendia o que era essa Força. Agora eu entendo. O seu verdadeiro nome é Amor. Que o amor esteja com você, Pedro - em todos os lugares, em todos os instantes, em  todas as circunstâncias. Pois, como disse um poeta chamado Dante, muito tempo atrás, é Ele quem move o Sol e as estrelas. ( Texto escrito por PAULO BRIGUET, extraído da página 4, espaço “Dia de crônica PAULO BRIGUET briguet@jornaldelondrina.com.br   WWW.jornaldelondrina/blogs/comoperdaodapalavra  publicação do JORNAL DE LONDRINA, segunda-feira, 20 de abril de 2015)

DIREITOS HUMANOS E CORRUPÇÃO


   Uma das questões mais difíceis de compreender é como um  partido como o  Partido dos Trabalhadores , cuja trajetória foi originalmente pautada sobre igualdade, defesa dos menos afortunados, além da preocupação com os Direitos Humanos de  uma forma geral, tornou-se alvo de tão grande manobra interna ligada à corrupção no Estado brasileiro. É claro que tudo ainda  está sob a apreciação do Judiciário, mas os indícios são fortes, tendo em vista as declarações feitas nos casos de acordos de delação premiada. Contudo, o que causa a indignação popular, a vontade de ir par as ruas e até o triste apoio à volta  do regime militar é a decepção.
   Interessante é notar que a capacidade de se indignar é predominante na classe média, talvez em função do nível cultural, da capacidade por assim dizer de mobilização contra a espoliação do País. Com efeito, a dinâmica dos ajustes morais de um país corrupto como o nosso afeta a materialização e a consecução dos direitos fundamentais, e o pior, todos os discursos eleitorais do governo foi baseado na maior  implementação dessas premissas constitucionais. Assim, o PT acabou vencendo as eleições pelo fato de apresentar um programa dirigido àqueles que diretamente esperavam absorver todas as garantias  previstas no que chamamos  de Direitos Humanos, como mais dignidade, saúde e educação.
   A grande verdade é que os pobres do Brasil não se mobilizam, pois vemos que a grande maioria dos indignados nas ruas são pessoas da classe média, Isso talvez se deva à falta de informação ou ao efeito retardado de todo esse processo que ainda  não atingiu a classe dos menos favorecidos, mas que poderá ocorrer com a alta da inflação e a recessão. Fico muitas vezes pensando nos valores desviados na Petrobras. Observem que foram 21 bilhões de reais. Sim, esse é o montante desviado da Petrobras durante os anos de governo petista segundo estimativa do banco americano Morgan Stanley . O cálculo foi feito com base nos 3% de propina  denunciados pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto da Costa, investigado na Operação Lava Jato da Polícia Federal.
   Sentado na minha antiga poltrona, posso imaginar, perplexo, que seria possível compensar 127 vezes o famoso assalto ao Banco Central em 2005; ou juntar 100 pilhas de dinheiro com o    mesmo valor que possuía Walter White, o protagonista de Breaking Bad; ou construir dois novos World Trade Centers; ou ainda comprar esses quatro times de futebol: Real Madri. Barcelona, Chelsea e Inter de Milão.
   Pobre povo brasileiro, povo pobre na maioria com pouca cultura, cuja desinformação o faz inerte e passivo.  Porém, o mais triste são os argumentos do governo ao afirmar mais uma vez que estava desinformado de tudo, não por falta de cultura, é claro, mas talvez comprovemos no Judiciário que foi por falta de  simples  respeito ao que proclamavam na propaganda eleitoral, defesa dos Direitos Humanos, e um toque de ironia e mau exemplo no campo da educação no país da “Pátria Educadora”. (Texto escrito por FERNANDO RIZZOLO,  advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais e membro da comissão de Direitos humanos  OAB-SP, extraído do ESPAÇO ABERTO, página 2, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 20 de abril de 2015).  
    

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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