quarta-feira, 30 de setembro de 2015

LAR, DOCE LAR!




   “Quem casa quer casa”, diz o velho ditado popular. É fato que quem casa quer seu canto pessoal seu espaço próprio, seu lugar para si mesmo. Isso é legítimo e aconselhável. Contudo, quem casa não quer só casa, mas algo mais, muito mais. Vamos chamar esse algo mais de lar. A casa é fundada em ferro e cimento, enquanto o lar no amor e respeito. A construção da casa é de tijolos e madeira, ao passo que o lar é de princípios e valores. As janelas da casa são de vidro, já as do lar são os olhos.  As  paredes da casa tem ouvidos por onde passam sons. Os ouvidos do lar têm paredes que cobrem com discrição. A casa é abrigo da chuva, calor e frio, enquanto o lar é abrigo do medo, da dor e da solidão. A casa protege dos barulhos de fora; o lar protege dos barulhos da alma. Na casa tem sofás, no lar tem colo. Na casa toma-se banho; no lar lava-se a alma. Na casa tem-se refeições; no lar tem-se comunhão. A casa é feita com dinheiro e o lar é feito com carinho. A casa pode ser comprada e vendida; o lar não se compra e jamais está à venda. A casa é uma espécie de embalagem, invólucro, acessório, o vagão do trem; já o lar é o conteúdo, a essência, o principal, a locomotiva do trem. A casa está restrita a um endereço fixo; já  lar não tem fronteiras. Enquanto a casa envelhece, o lar amadurece. A casa é material e concreto; o lar é gente e relacionamento. A casa tem seu estilo arquitetônico; o lar tem sua personalidade. A casa não tem vida própria, é mecânica, não se multiplica; o lar tem vida em si mesmo, é orgânico e se reproduz. A casa é edificada por profissionais, mas o lar é edificado por Deus, como diz as Escrituras: “ Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam " (Salmos 127.1). Isso mesmo, quando o Senho a edifica, a casa torna-se lar, Enquanto não se souber discernir essa diferença, não se saberá o que se perseguir como objetivo. Por isso, talvez, existem tantas mansões onde moram lares miseráveis ao mesmo tempo que muitos casebres abrigam lares verdadeiramente ricos. Mais que, “minha casa, minha vida”, precisamos de “meu lar, minha vida”. A casa só tem vida se for um lar, já o lar não precisa de casa para viver. Existem muitas casas, mas poucos lares. O desejável é que dentro de cada casa exista  um verdadeiro lar. “Lar, doce lar!” ( RODOLFO MONTOSA, pastor da 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Londrina, página 2, ESPÇO ABERTO, quarta-feira, 30 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

12 ANOS: CRIANÇA OU ADOLESCENTE?




   Vejo como um ser humano em formação que precisa ser cuidado, orientado, alimentado, respeitado, que necessita de bons exemplos, carinho, atenção, etc. Ou seja, ainda depende de alguém par sobreviver. A grande angústia é que existem muitas crianças próximas a nós vivendo sem o mínimo necessário para seu bom desenvolvimento. A formação de um indivíduo tem como base um tripé muito conhecido por todos nós, que é a educação, saúde e segurança. Palavras estas que muito ouvimos falar em épocas específicas no Brasil. Passando tais épocas, tudo volta a ser como antes: as crianças voltam a ser invisíveis. Nossos governantes se preocupam, ou parecem se preocupar, com a violência. No entanto, a grande maioria não tem um olhar atento para as crianças, para a sua formação. A preocupação maior é com a construção de presídios, pois acreditam que prendendo o bandido a sociedade vai ficar mais segura. Já a preocupação com creches e educação de qualidade não é tão importante, pois as crianças não fazem mal à sociedade, ou seja, abandonam as crianças nas rua de nosso país, esperam ela ficar adulta e violenta ( às vezes, não tão adulta ), para depois elas ocuparem as vagas em nossos decadentes e abarrotados presídios. Essas pessoas, via de regra,  também não tiveram acesso a uma formação adequada. Vejo como contraditório e perigoso um país que não prioriza a formação das crianças e sim a punição delas, quando se tornam adultas. Bizarro não?
   Comecei o texto questionando sobre ser criança ou adolescente aos 12 anos, mera definição de termos, nomenclatura desnecessária a meu ver. O que realmente interessa é o depoimento de uma mãe, cujo filho já está envolvido com tráfico e ela não ter estrutura emocional, financeira ou qualquer outra para salvá-lo. Seu filho já está à margem da sociedade e, por enquanto, só tem 12 anos. ( NILVA MEDEIROS KATAOKA, servidora pública em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, quarta-feira. 30 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

AGORA SOU deus!


Ainda garoto, quando os sonhos e fantasias inocentes moram em nossa cabeça, ficava a imaginar as delícias de poder voar, ter super poderes, e se tornar invisível. Nossa! Pensava, quanta coisa eu poderia fazer. Bastava uma dificuldade qualquer para logo estar ali, travestido e executando o feito extraordinário com minhas super forças.
O tempo foi passando, e também com ele os sonhos de criança foram dando lugar ao jovem que saía da adolescência. Outros tempos, outras transformações trazidas pela natureza. Não mais as fantasias infantis e impossíveis, agora o mundo real clamava por ações também reais. A cobrança era diária e cada vez mais pesada, estudo e trabalho.
Um dia, na aula de redação na escola, não obstante o burburinho característico dos demais colegas, me vi isolado em meus pensamentos. Para quem de fora visse, eu estava fazendo o trabalho pedido pela professora, concentrado, discorrendo com a caneta sobre as folhas de caderno que se preenchiam céleres.
Sem que me desse conta, havia fugido do tema proposto pela professora e desenvolvia a história, fantasiosa, de uma família numerosa, que acabara de invadir uma propriedade agrícola. Não sei por que esse assunto ficou teimando em minha cabeça, talvez eu me sensibilizara com a notícia da noite anterior, quando vi pela televisão a polícia fazendo o seu trabalho, desocupando uma área invadida. 
Na história eu voltava aos tempos das fantasias, e lá estava eu, todo poderoso ajudando aquela gente. Ali, estava claro que eles tinham todo o direito de conquistar aquela fazenda. Que satisfação, ver mercenários debandando em retirada espantados e apavorados ante a minha força. Não nego a alegria sentida recebendo os aplausos de gratidão após a vitória. 
Só depois, quando o sinal da escola tocou e eu caí na minha realidade, que pude perceber, lendo a história acabada, eu o menino herói do passado só existiu ali naquelas páginas, porque com a caneta na mão, se quisermos, podemos fazer e criar tudo, aliás, muito parecido com deus, só que... ( JOSÉ ROBERTO BRUNASSI, advogado em Londrina, página 3, FOLHA 2, quarta-feira, 30 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

ESTUDE PARA CONCURSO SEM GASTAR



   Com foco e disciplina é possível se preparar para as provas sem ter que investir; cursos on-line e videoaulas gratuitas são as maiores ferramentas

   A recente abertura de editais de concursos públicos em Londrina, vem provocando uma verdadeira corrida aos estudos. Mas será possível se preparar sem gastar dinheiro?
   Sim. Esta é a resposta de alguns especialistas em educação à distância, que além de citar o foco e  disciplina como pontos primordiais, lembram que as ferramentas da internet têm possibilitado isso gratuitamente. (Leia quadro nesta página).
   Porém, é preciso saber filtrar o conteúdo, pois nem tudo que está na rede virtual  é verdadeiro.  " Conteúdos como português e atualidades são sempre muito fáceis de encontrar. No entanto, tem que ver se a pessoa que está disponibilizando o curso ou vídeo, tem real conhecimento da área”, diz Roberto De Fino Bentes, docente da área de informática da Universidade Federal do Paraná (UF_PR) e conselheiro da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).
   Ele afirma que é possível sim, estudar por conta própria, mas lembra que na hora de tirar dúvidas, não contará com o acompanhamento de um professor tutor, “Esse suporte é algo bastante relevante”, completa.
   Quem sabe bem disso é uma estudante de 32 anos, que preferiu não ter o nome divulgado. Ela está se preparando para o concurso da Prefeitura de Londrina, que abriu 62 vagas, com prova prevista para o dia 8 de novembro.
   Por estar desempregada, a estudante não investiu em nenhum curso presencial ou on-line. “Poder contar com um tutor é sempre melhor, mas quando não dá, é preciso ficar atento, filtrar muita coisa.  Por exemplo,  nem sempre o número de visualizações significa que o material é bom”,  salienta.
   Para tirar dúvidas, ela utiliza bastante os grupos de estudos específicos por assunto ou concurso, nas redes sociais. “ É como uma rede de solidariedade entre concurseiros. Tiramos dúvidas, compartilhamos exercícios e simulados. Um ajuda o outro “, conclui.
   A estudante diz ainda que a internet como instrumento de estudo é eficaz, porém pode se tornar uma armadilha. “ É muito fácil a gente se distrair entre sites e conteúdos. É por isso que tão importante quanto pesquisar materiais é ter disciplina “, comenta ela, que escolheu o ambiente calmo e silencioso da Biblioteca Pública de Londrina para estudar.
   “ Foco mais em matérias que tenho dificuldade, mas além disso fazer uma boa leitura do edital também faz diferença. Sempre vejo  ‘o peso’ das questões para estudar ao máximo aquelas que valem mais no resultado final “, diz.
   O professor Bentes acrescenta que, para filtrar as informações, o candidato pode fazer uma breve pesquisa sobre a pessoa que está ensinando ou transmitindo o conteúdo e avaliar se ela demonstra conhecimento profundo.
   Em relação aos aplicativos específicos para candidatos em concursos, ele lembra que, “ aquela pessoa que conseguir  adquirir um pouco mais de conhecimento, tem uma vantagem. Tudo vale a pena “,  sustenta.  
   DICAS
   Veja alguns sites e aplicativos gratuitos que podem ajudar nos estudos

APLICATIVOS
                                                     


·        Tá na mão Free Concursos        


- Mais de seis mil questões off-line, com conteúdo voltado para informática básica, português e matemática.

- Gabaritar
 
O aplicativo ajuda no planejamento e organização dos estudos com dicas e sugestões

Fórmula para concursos
- Direcionado para quem pretende uma vaga na área de exatas, ensina fórmulas de forma assertiva e dinâmica

Questões Concursos e OAB
 - Permite resolver questões em geral e dos Exames de Ordem Unificados da OAB, sem conexão com a internet

SITES
                                                        

Qconcursos.com
- permite baixar materiais gratuitos, mediante o preenchimento de um cadastro no site

Aprovaconcursos.com.br
- Página traz questões para serem resolvidas, sem limite diário

Rededeconcursos.om.br
- Disponibiliza apostilas para download e dicas

Okconcursos.com.br
- Oferece apostila grátis para diversos conteúdos

Todosobreconcursos.com
-
Publica resumos, dicas e apostilas dos principais temas cobrados em concursos
                                                                        (Folha arte)



TABLET NO LUGAR DAS APOSTILAS
                    
              


   No material de estudo da advogada Keith Ellen Moura Ribas, de 24 anos, o tablete serve como enciclopédia, revista atualizada e apostila de exercícios. Ela está se preparando para concorrer ao cargo de auditor Fiscal, também no concurso da Prefeitura de Londrina.
   “ Tenho uma apostila de nível superior que comprei há dois anos. Ela me ajuda com algumas questões, mas meu material mesmo é a internet. Assisto vídeos, que vão desde explicação de legislação até conteúdos básicos, como português, matemática e informática “, afirma.
   Keith tem a disciplina de estudar na hora do almoço e à noite, ao voltar do trabalho. Ela também não tirou dinheiro do bolso para se preparar.
   “ Procuro cursos, palestras e vídeos gratuitos. A cada semana dedico a um conteúdo e sempre assisto um trecho de cada professor para ver se me identifico “, comenta  Keith, que já prestou outros concursos.
   Quanto à ausência de um tutor, Keith não vê problemas. “ Não sinto falta, Quando há dúvidas corro para o Google “, completa.

          CENSO
   Keith é uma entre milhares de conectados que buscam cursos preparatórios na internet. O Censo EAD.BR2013, trouxe avaliação de 309 instituições. O número do curso de ensino a distância informados foi de 15.733, sendo a maior parte composta por cursos livres (36,6%), destinados ao público em geral.
   Entende-se por curso livre, aqueles que não precisam de autorização de órgão normativo para serem oferecidos e não têm o papel de formação acadêmica. “ Este tipo de curso pode ser feito por pessoas com qualquer nível de conhecimento “, explica Roberto De Fino Bentes, conselheiro da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).
   O estudo mostrou ainda que a maior parte dos cursos livres é de atualização (28,8%), seguido de extensão universitária (16,4%) e de aperfeiçoamento (15,8%). O Censo EAD Brasil 2013 é um relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil, realizado pela Abed, em parceria com a FGV Online e Uninter.
   Fábio Neves, diretor do Instituto Politécnico de Ensino a Distância (Iped) conta que nos últimos anos vem acompanhando um crescimento específico na procura por cursos on-line gratuitos.
   “ De 2014 para este ano, crescemos 21% somente em relação aos cursos gratuitos. Para se ter uma ideia, nessa modalidade temos uma média de cinco mil novos alunos por dia “, conta, afirmando que o Iped atua como ensino a distância há 15 anos e, atualmente, oferece 800 cursos sem nenhum custo para os alunos.

   Somente nos últimos 30 dias, Neves afirma que passaram pelo site 2 milhões e 330 mil pessoas. “ Estudar por conta não é uma tendência, mas sim uma realidade, principalmente em regiões muito afastadas de grandes centros, onde não há muitas opções de cursinhos e preparatórios “, acrescenta. O Iped também oferece cursos pagos. (M.O.). (MICAELA ORIKASA – REPORTAGEM LOCAL página 1, FOLHA EMPREGOS 7 CONCURSOS, segunda-feira, 28 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).  

terça-feira, 29 de setembro de 2015

TEMPOS VERBAIS


   Os verbos constituem um dos elementos mais importantes de qualquer língua. Por definição, são as palavras que expressam ação, estado ou processo. Na prática, são essenciais para a  construção de quase todo enunciado. É possível, sim, dizer algo sem usar um verbo, com uma frase, mas para informações mais elaboradas, fica complicado abrir mão dele. Aí, com a presença do verbo, a frase passa a ser chamada de oração ( ou frase verbal).
   Conjugar um verbo é fazer todas as flexões necessárias em cada caso, ou seja, indicar corretamente o tempo, o modo, a pessoa, etc. A boa notícia é que você, com certeza, já sabe fazer essas “modificações” em cada verbo. Afinal, você usa a língua portuguesa desde que começou a falar. O maior problema é quando entra em cena a teoria, com todos seus nomes e classificações, atrapalhando a vida de muita gente. Especificamente, os nomes de tempos verbais costumam causar muita confusão na cabeça de estudante e concurseiros.  Então, para facilitar sua vida, vamos tentar esclarecer um pouco essa questão.
   Primeiramente, quando você vê o nome de um tempo verbal, está lidando com três informações diferentes: o tempo, o aspecto e o modo verbal. Por exemplo: pretérito imperfeito do indicativo (pretérito é o tempo, imperfeito é o aspecto e indicativo é o modo). Então, vamos falar desses três elementos separadamente.
   O tempo é a informação mais básica, pois se refere a um conceito de fácil entendimento. Afinal de contas, não é difícil perceber se uma ação está no presente (eu estudo), no passado (eu estudei) ou no futuro ( eu estudarei). O único detalhe aqui é que a gramática  chama o passado de pretérito, que significa a mesma coisa.
   Em segundo lugar, temos o aspecto verbal: imperfeito, perfeito ou mais que perfeito. A “perfeição”, no caso, diz respeito à conclusão da ação descrita pelo verbo. Se essa ação foi terminada, concluída, ela é perfeita ( eu almocei, nós fizemos algo, ela cantou). Caso o fato tenha sido interrompido ou descontinuado, temos uma ação imperfeita ( eu almoçava, fazíamos, cantava ). Já o aspecto mais-que-perfeito se refere a uma ação concluída antes de outra, ou seja, quando algo já estava terminado. (você me ligou), outro fato já havia terminado antes ( eu já havia saído/saíra ).
   Agora já é possível juntas essas duas afirmações em alguns exemplos: ao dizer que você COMEU um chocolate, dá a ideia de que o ato de comer foi concluído no passado (pretérito perfeito). Por outro lado, se diz que COMIA chocolate, podemos deduzir que não faz mais isso, que o  hábito foi interrompido . É o pretérito imperfeito.
   Finalmente, temos os modos verbais, que são três no português: INDICATIVO, SUBJUNTIVO e  IMPERATIVO. O primeiro é usado para indicar realidade, certeza, como nos exemplos: eu trabalho, nós  fomos,  eles viajarão. Já o Subjuntivo é o modo da dúvida, da incerteza, das hipóteses: se eu pudesse, quando eu tiver algo, que eu possa. O imperativo é usado para dar ordens e fazer pedidos: abra a porta, não faça barulho.
   “Na prática, é só aplicar todos esses conceitos. Por exemplo, na frase “Espero que não chova”, temos dois verbos: o primeiro ESPERO, indica um fato no presente, (é o presente do indicativo), e  o segundo, CHOVA, é um desejo ( presente do subjuntivo). Em outra oração: “ Quando eu puder, comprarei o presente”, temos uma possibilidade futura, PUDER (futuro do subjuntivo) e uma certeza. COMPRAREI (futuro do presente do indicativo).
   Sentiu falta do aspecto nos exemplos acima? É que a noção de de ação concluída ou interrompida só pode ser aplicada ao passado. Então, só o pretérito pode ser perfeito ou imperfeito, como em “Enquanto eu ESTUDAVA (pretérito imperfeito do indicativo), o telefone TOCOU ( pretérito perfeito do indicativo)”.
   Vamos voltar a falar de verbos  em breve. Enquanto isso, mande suas dúvidas para nosso e-mail . Até a próxima terça! ( FLAVIANO LOPES – PROFESSOR DE PORTUGUÊS E ESPANHOL. Encaminhe suas dúvidas ou sugestões para bemdito14@gmail.com página 5, FOLHA 2, espaço BEM DITO, terça-feira, 29 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).


SERVIÇOS SUSTENTÁVEIS E PRODUTOS SUDÁVEIS RENDEM BONS NEGÓCIOS




   Entregadores que se locomovem com bicicletas e máquinas de venda de alimentos saudáveis são exemplos de negócios que têm atraído cada vez mais empreendedores.


   Buscar uma vida saudável e proteger o meio ambiente já  são preocupações comuns para a maioria dos consumidores, principalmente os jovens. E são  justamente eles que estão abrindo empresas com preocupações semelhantes. Em Londrina, há vários  exemplos de como as “pegadas” sustentável e saudável podem ser bons negócios.
   É o caso da Mídia Logística, uma empresa voltada para entrega de panfletos, flyers, jornais, revistas e materiais publicitários de modo geral, criada no ano passado. A empresa tem a proposta de ser sustentável e todas as entregas são feitas por universitários que utilizam bicicletas no deslocamento. Já na linha saudável está a Nutrimachine, meio londrinense e meio maringaense, também fundada no ano passado. A empresa oferece alimentação saudável no ramo de vending machine ( máquinas de vendas)- uma inovação para quem está acostumado a comprar salgadinhos industrializados e refrigerantes em máquinas.
   Segundo Jhony Belluzzi, sócio e diretor de Relacionamento da Mídia Logística, a empresa trabalha de forma diferenciada, com Geomarketing, um sistema de georreferenciamento que traz informações da localização da entrega, públicos e outros detalhes. “ Nós fazemos um diagnóstico de todas as regiões de Londrina, com o qual identificamos os públicos de cada entrega. Isso faz com que a empresa saiba a quantidade exata de material promocional que precisa fazer para otimizar os resultados. Com isso, poupa-se tempo,  dinheiro e papel, por exemplo.”
   A empresa dá, inclusive, a garantia de entrega com acompanhamento on-line do serviço. “ Cada cliente recebe um login e senha e pode fazer o acompanhamento  simultâneo de como estão as entregas de seu material, que é lançado na internet em tempo real “, aponta. O serviço acaba sendo um pouco mais caro- em torno de 20 a 30% - que outras empresas especializadas em entregas. “ Mas o empresário economiza em outras áreas, como por exemplo, em mandar fazer apenas 10 mil impressos em vez de 50 mil.”
   Já a Nutrimachine nasceu da vontade do londrinense Alexandre Boal e seu sócio maringaense Juliano Lavandoski de trabalharem com alimentação saudável 24 horas por dia. “ Conhecemos essas máquinas em uma feira em São Paulo e ficamos muito interessados. Aí pensamos em abastecer com frutas, sanduíches , biscoitos integrais e barrinhas de cereais, além de chás, sucos e isotônicos “, conta Boal. A ideia é atender o mercado fast-food, de alimentação rápida, mas dando alternativas para o consumidor aos produtos industrializados e supercalóricos, segundo ele.
   A aceitação das máquinas, que por enquanto só estão em Maringá, levou os empreendedores a lançar um plano de expansão om foco no licenciamento da marca. “ A gente está focando no licenciamento como uma forma de expandir mais os negócios. Porque, sozinhos, não temos como abastecer as máquinas. Precisaria ser uma grande operação e não temos como fazer isso agora”, conta Boal. Segundo ele, a franquia de uma máquina dessas sairia por R$ 30 mil e poderia render mais de R$ 1 mil mensais, dependendo do plano escolhido para a instalação. “ Para você ter uma renda de R$ 1 mil com o aluguel de um imóvel, por exemplo, teria que investir mais de R$ 200 mil “, compara Boal. ( TELMA
 ELORZA – telmae@jornaldelondrina.com.br  página 11,  geral, EMPREENDEDORISMO, domingo, 27 de setembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA).                                                                                                                                                                                                                  

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

JARDINS TRANSFORMADOS EM AMBIENTES DE ESTAR



   Espaços verdes podem se tornar oásis em meio ao caos urbano, proporcionando momentos de convivência e de relaxamento.

   Quando a  natureza ganha contornos de construção arquitetônica viva, é capaz de transformar uma área externa simples em refúgio particular. Mas a construção paisagística, nesse caso, não serve só para ser contemplada. Quase como na história de O Jardim Secreto (1911), escrita por Frances Hodgson Burnett, que três crianças descobrem um lugar mágico escondido entre plantas exuberantes, o espaço verde da sua casa pode se tornar um oásis em meio ao caos urbano, capaz de renovar energias.
   Toda essa atmosfera está presente no escritório da arquiteta Viviane Tabalipa, assinado por ela mesma. Ainda que o imóvel esteja localizado num bairro colado ao  burburinho central de Curitiba, o recanto verde faz quem passa por ali esquecer do cinza do concreto e do barulho da metrópole. Bananeiras, hortênsias e trepadeiras deixam o espaço convidativo para quem procurar por descanso mental.
   Segundo a arquiteta, pequenos detalhes – como a fonte de água com pedras e as árvores que atraem passarinhos – aguçam o sentido de quem usufrui do jardim diante de uma das várias espreguiçadeiras ou dos bancos espalhados na área externa. “ Quando a gente quer um pouco de tranquilidade, bastam uns minutos aqui no jardim. Até o ar parece mais puro “, esclarece a profissional. No verão, as mesas servem para os piqueniques no fim da tarde e até para eventuais brunches ou reuniões com clientes do escritório.

   Natureza envolvente

   Um jardim bem cuidado é sempre um convite para moradores e visitantes Ana Padilha foi além dessa proposta: toda a construção foi planejada para preservar a vegetação nativa do terreno, sem muitas transformações ou interferências. “ Da área total do terreno, poucos metros quadrados eram livre para a construção. Mesmo assim, valeu a pena “ garante Ana Padilha.  A casa,  que tem três pavimentos, respeitou até o desnível do solo. Quem a vê de longe percebe que a natureza abraça a construção.
   O deque do jardim é o espaço central da área de convivência. A piscina aquecida ficou na parte coberta do espaço, bem próximo à churrasqueira. Quem escolher passar o tempo livre mais perto d natureza se depara com uma bela vista para o lago e sua vegetação ao redor. Pela manhã, em dias de céu aberto, o sol completa a paisagem verde. Nas noites de inverno, uma lareira ecológica deixa o espaço aquecido e confortável.
                            

   
   Verde singelo


   Com tanta diversidade, a natureza sozinha transforma qualquer espaço em um belo lugar para se passar o tempo. Mas há quem prefira trocar a exuberância atlântica por jardins mais singelos, que promovem um estilo mais contemporâneo de paisagismo. Um exemplo é o projeto do paisagista Wolfgang Schlõgel, que trabalhou a área eterna de forma a valorizar a arquitetura da casa.
   Sem tantas flores, a área verde de traços geométricos faz alusão à antiga construção de um labirinto – espaço de entretenimento dos famosos jardins da mitologia grega. As paredes vivas contrastam de forma equilibrada com o mobiliário claro da área de convivência. Tudo isso em harmonia com a piscina, sem que nenhum desses elementos se sobressaia. “ A intenção foi viabilizar um jardim mais prático, sem deixar de ser elegante “, salienta o profissional. A escolha planejada das espécies, o uso de tecnologia automatizada para a   manutenção do verde e o mobiliário residente são algumas características de um jardim atual e sofisticado, na opinião de Schlõgel.

   PAISAGEM

   A mata mora ao lado


   O litoral paulista conta uma extensa área de vegetação nativa. E o jardim projetado pelo paisagista Alex Hanazaki, em São Sebastião, integrou a Mata Atlântica presente no terreno à área externa. “ A principal ideia do projeto foi manter a grande riqueza natural da região fazendo com que essa vegetação fosse  um espaço para lazer dos moradores “, aponta o profissional que é um dos grandes expoentes do paisagismo brasileiro. Algumas outras espécies de plantas, de pequeno e médio porte,  foram acrescentados  à paisagem original. Em 500 m2 de área verde um jardim tropical se desenvolveu no lado da casa. Uma grande cama foi colocada no espaço para contemplar a natureza e descansar à sombra das árvores. Um pequeno spa envolvo em pedra completa o cenário. Sua construção é minimalista e não ofusca a paisagem de origem. Helicônias, guaimbês, palmeiras e samambaias foram algumas das espéceis tropicais mais utilizadas no projeto. ( ELOÁ CRUZ /HAUS/GAZETA DO POVO , página 1. Imóveis, Classificados 3377-3000, PAISAGISMO, domingo, 27 de setembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA).

CRISE EXIGE DECISÕES. VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA ISSO?



   A forma como os governos enfrentam uma crise impõem que os cidadãos tracem estratégias pessoais para sofrerem menor impacto. Em um breve retrospecto, podemos ver que na crise dos EUA em 2007, na iminência de ver a economia encolher, o governo comprou dívidas das empresas, reduziu os juros, reduziu impostos  e distribuiu bônus para incentivar o consumo. Quando a crise chegou à Europa, os governos mais equilibrados cortaram gastos, reduziram importações e adotaram medidas de proteção social. Neste momento a crise era mundial, mas o Brasil, ao contrário, seguiu ampliando o consumo interno por meio de medidas que expandiam o crédito e o financimanto, além de ampliar o gasto público. A crise nem de perto atingiu o país.
   Na atualidade, colhem-se os resultados de uma política de gastos maior que a arrecadação. O governo apresenta uma série de medidas que têm como resultado ampliar os recursos nas mãos da União.  Muitas delas resultam em aumento dos custos de produção e elevam os preços. Desta forma o trabalhador é duplamente penalizado porque o aumento de preços reduz o poder de compra dos salários e, com isto, ocorre queda nas vendas aumentando o desemprego.
   O que fazer diante desse cenário? Como cuidar do que é seu? Neste momento duas regras de ouro emergem: Saber gastar é melhor que saber ganhar; e entendera a diferença entre gasto e investimento é fundamental.
   Assim, os gastos são entendidos como despesas do dia a dia, e que devem ser reestruturados , por exemplo: ir de caro sozinho para o trabalho, tomar cafezinho ou almoçar fora, passear no shopping são opções que devem ser pensadas com cuidado, pois aqui temos importantes fontes de poupança, isto é, de redução dos gastos.
   E quanto à outra parte?  O investimento pessoal? Este é entendido como atitudes que enriquecem seu desempenho pessoal e profissional. Dessa forma, preparar-se para um novo cenário que pode incluir outro emprego, outra empresa, outra área, outro setor e com novas oportunidades, é essencial. De fato, na saída da crise o mercado renova-se; a inovação em produtos, serviços e em especial, novas oportunidades de negócios, surgem diluídas, gerando mais oportunidades, à espera de pessoas para transformá-la em realidade.
   O momento é de investir em você preparando-se para este novo cenário de  oportunidades . Assim, cursar uma faculdade, aprofundar seus conhecimentos na área que atua, participar de palestras, seminários, workshops, são estratégias que permitirão dinamizar seu networking, além de ser uma forma criativa de  conseguir oxigênio para a sua vida profissional ampliando horizontes. Boa sorte e sucesso sempre! ( REGINA LÚCIA SANCES MALASSISE, docente de Economia em Londrina há 17 anos, doutora em Economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Unopar – página 2, espaço ponto de vista, domingo, 27 de setembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA).

domingo, 27 de setembro de 2015

LIÇÃO DE PRIMAVERA



   É pelo milagre dos neurônios e sinapses que uma pessoa vem a nós sem voltar de fato ao mundo


   “A arte de perder”, de Elizabeth Boshop, é um dos poemas mais lindos que conheço. Num trecho diz  “Perdi duas cidades lindas./ E um império/ Que era meu, dois rios, e mais um continente,/ Tenho saudade deles. / Mas não é nada sério”.
   Talvez, o conforto de não levar a vida tão a sério seja a proposta para as pequenas dores. Mas o que fazer com as grandes? Perder uma chave ou a casa inteira dói. Mas perder um amigo jovem, como aconteceu comigo há quase um ano, me põe a pensar que a perda irreparável não é a dos lugares, nem das paisagens. O problema de perder pessoas é que elas se tornam invisíveis e nisso reside um dos maiores mistérios da morte que tira do nosso campo de visão a pessoa, seu andar, seus gestos. Suprime da audição sua voz, do olfato seu cheiro que, para mim, é uma das coisas mais significativas quando se trata de presença. Cheiro é difícil de recuperar, de ressignificar. Cheiro é percepção familiar, mais íntima, a que pouco têm acesso em se tratando de outra pessoa. Talvez por isso os perfumes sejam tão marcantes como memória do corpo.
   Quando ocorre a perda total do contato – quando não mais se vê, nem se escuta uma pessoa – sobrevivemos graças à virtualidade que existe em  nosso cérebro muito antes dos computadores. É lá, pelo milagre de neurônios e sinapses, que a pessoa vem a nós sem voltar de fato ao mundo. Isso ganha com a informática uma espécie de materialidade extra que se não vence a morte, a ludibria.
   Quando perco um amigo que era meu contato numa rede social, conservo sua página se a família decidir por mantê-la. É assim que “recebo” de vez em quando um poema, uma fotografia, um conselho ou tenho a percepção de um  pensamento de  quem não está mais aqui.
   Nas lembranças cabem pessoas inteiras ainda que tenhamos que colar caquinhos, criando um quebra-cabeças particular de peças que formam nossas relações nesse mundo. Se no momento de dor maior queremos às vezes apagar memórias – por uma questão de autopreservação e defesa – elas depois nos revisitam quando estamos mais tranquilos e aí sim, doendo ainda, mas consolados pelo tempo, às vezes reencontramos a mãe, o filho, o amigo que se foi e percebemos detalhes que nem em vida havíamos notado.
   Foi assim com um anel que sempre traz de volta minha mãe, um banco vazio de jardim que para sempre me trará meu pai. Então, a finitude ganha um  recomeço, a transitoriedade começa a fazer sentido através daquilo que não colamos em vida, mas recompomos com a morte que faz eclodir detalhes na busca da reconstrução que se foi.
   Trazer um assunto triste em plena primavera não é uma contradição.  Meditando sobre a dor de pessoas que perderam um ente querido lembro-me de brotos de roseira e galhos novos de árvores que pareciam secas.
   O tempo todo, a natureza nos ensina que nem tudo é ausência, nem deserto. E se as coisas não são sempre iguais, resta a esperança num outro florescimento, num broto, numa folha nova que surge às vezes das lembranças. E dessa forma, misturando virtualidade e memória, que  muitas vezes curo minhas feridas, colando sobre os machucados um unguento de plantas até eles virem a cicatriz que recobre a carne viva. Neste ponto, lembro-me de um verso final do poeta Claudio  Willer que cola sobre o desastre existencial uma palavra que considero absoluta: “Sobreviveremos”. Ela é a conclusão de um poema que integra a  série “Visitantes” e  faz todo o sentido. Não se esqueça disso quando perderem filhos, não se esqueçam disso quando perderem continentes, todos nós perdemos alguma coisa o tempo inteiro, essa é a grande a lição de mais uma primavera, mistério do renascimento. ( celiamusilli@terra.com.br página 1 FOLHA 2, espaço CÉLIA MUSILLI, domingo, 27 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

AMIGO TEMPO



   O rapazola tocava os pés com as mãos; agora elas só chegam ao meio da canela.
   Obrigado, amigo, por me lembrar que quanto mais a gente se alonga, mais você se encurta.
   Obrigado por me deixar rever, no álbum de fotos, a carinha bonita que eu tinha os nove anos...
   Obrigado por trazer e levar tantos amigos, me dando a saudade que tanto e nada dá.
   Obrigado por me dar netos, eu menino repetido e variado.
   Afinal, amigo é para essas ironias; me mostras enfim o menino que deixei de ser e, através dos netos e dos bisnetos e seus filhos e netos, sempre serei.
   Obrigado por me deixar chegar a um tempo em que pobre descobre que só trabalhando vai viver bem: é a Bolsa-Tempo...
   Obrigado por dar tempo aos erros para se corrigirem, como também tempo aos acertos para não se exibirem, ou já começarão a errar.
   Obrigado por domar o garanhão que queria todas as mulheres do mundo, mostrando que só fiel pode merecer a melhor mulher.
   Obrigado por curar as feridas e fazer ver com carinho as cicatrizes.
   Obrigado por deixar ver que há dias malditos e dias felizes, mas todos são dias a ser vividos.
   Obrigado por ensinar que a melhor forma de merecer é, antes de tudo, agradecer,
   Obrigado por mostrar que só o trabalho constrói e o Estado constrói muito menos do que suga, obrigado por ensinar que é vital eliminar  parasitas e sanguessugas. Ciências.
   Obrigado pelas orquídeas, que tanto florem com tão pouca terra, e pela hera, que tanto agarra a vida, e pelos urubus que, apesar de comerem carniça, voam soberbos e altivos.
   Obrigado, amigo, pela sede, que nos renova o prazer da água, e pela fome, comunhão diária com que nos alentas e nos consome.
   Obrigado pelas estrelas, a apontar nossa infinita pequenez, e pela lesma, a nos mostrar sua lerda rapidez.
   Obrigado pelo cão que me olha com amor, o passarinho que saltita na grama, nas nuvens que, sem parecer que mudam, mudam sem parar.
   Obrigado pelo olhar de ternura da minha mulher, o choro obstinado do bebê, o aperto de mão caloroso, o afeto sincero, o tropeço oportuno.
   Obrigado pelo poente rubro, onde descubro paz de repente.
   Obrigado pela linguagem que nos destes, lá no tempo das fogueiras e das cavernas. E que hoje lançamos ao mundo pela internet.
   Obrigado por mais este dia, pela graça da poesia, e pela fumaça com cheiro de café torrado da chácara vizinha.
   Obrigado por tudo e por cada coisinha, pela xícara trincada e pela jóia  perfeita, tudo que foi e tudo que será feito.
   Obrigado  por existires, amigo, ou nada existiria. Fica com Deus, ou melhor, sejamos Deus, nas suas tantas formas de ser.
   Obrigado, Tempo, pelas trevas e pela luz, inseparável amigo que para além do tempo nos conduz, obrigado. ( Crônica do escritor Domingos Pellegrini, página 21, cultura, espaço DOMINGOS
  PELLEGRINI d.pellegrini@sercomteL.com.br  facebbok.com/escritordomingospellegrini domingo, 27 de setembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA)

ANTES DA PRIMAVERA CHEGAR



   Parker Palmer disse “ Há uma verdade difícil de ser dita: antes da primavera tornar-se bonita, é uma coisa feia, nada além de lama e sujeira. Eu andei no início da primavera através de campos que vão sugar suas botas, um mundo tão molhado e lamentável que faz você ansiar pelo retorno do gelo. Mas, nessa bagunça enlameada, está sendo criada as condições para o renascimento.”
   Alguém que está em análise, por exemplo, entende bem o significado dessa ideia acima. Quando um indivíduo passa por um processo de análise muito do gelo do seu “inverno interno” vai se derretendo. Porém, mudanças não são, em princípio, sentidas como coisas boas, mas despertam muitas e variadas angústias que fazem com que o indivíduo em análise fique temeroso e se perguntando o que está acontecendo consigo.
   Antes da análise o funcionamento desse suposto indivíduo estava cristalizado em diversas defesas, que podemos comparar aqui a cristais de gelo. Essas defesas serviram-lhe para não entrar em contato com suas dores e lembranças que causam sofrimento. Alguém cristalizar e fazer uso de suas defesas é uma maneira de “congelar” tudo aquilo que lhe traga medo e dor. No entanto, essas mesmas defesas que em alguns momentos forem úteis e protegeram o indivíduo tem também outro lado e um preço alto. Assim como camadas de gelo impedem a vida de nascer em todo o seu esplendor, defesas psíquicas não permitem viver a vida com prazer e qualidade, pois deix a mente paralisada (congelada).
   Quando mexe-se nessas defesas o que o sujeito em análise sente é um medo terrível. Afinal, as defesas eram seus pontos de referência e a sua única segurança e, de repente, essas são descongeladas e reviradas. O sentimento que desperta não poderia mesmo ser diferente do puro terror. Muito daquilo que se evitar sentir e tomar conhecimento começa a surgir à tona. O indivíduo sente uma verdadeira confusão e há momentos que deseja fortemente que não houvesse havido nenhum degelo de sua defesa. É o que, no pensamento acima, o autor chamou de lama e sujeira e a vontade de que o gelo volte a cobrir os campos novamente.
   Só que sem tolerar essa lama e sujeira não há possibilidade de uma vida nova nascer. Esse período feio e desolador mostra que o gelo ficou para trás. Nesse momento de uma análise é necessário  muita tolerância. O medo de que fique para sempre uma paisagem sem vida tem que ser tolerado para que algo novo tenha tempo de aparecer. Assim como a grama e outras plantam brotam no seu devido tempo. Os recursos mentais para se lidar com aquilo que se sente também começam a ser construídos. A vida torna-se possível e de uma maneira bem mais bonita e prazerosa.
   A primavera abre um novo estágio. O gelo ficou no passado e a vida que se estende à frente é muito mais atrativa. Numa análise, esse é o momento em que o indivíduo pode superar seu passado e encontrar soluções bem mais eficazes para as suas dores. A vida mental torna-se rica para o crescimento. Não mais se precisa daquelas antigas defesas  pois novas maneiras de se lidar com os problemas são criadas fazendo com que as dores e angústias encontrem outro desfecho. A pessoa pode renascer e se recriar de uma forma mais proveitosa. A primavera interna é possível para aqueles que suportarem a lama e a confusão. Vale a pena. ( SYLVIO DO AMAEAL SCHREINER, psicoterapeuta em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sábado, 26 de setembro de 2015

NÃO SE OUVIR 'PANELAÇO'


A população que lotou as ruas nos últimos protestos se posicionando contra a corrupção e até levando faixas e cartazes em apoio à Lava Jato parece não der se dado conta das implicações do fatiamento da operação. Na última quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por sete votos a três, retirar da competência do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, o inquérito referente a 18ª fase da operação, batizada de “Pixulexo2”. Nessa etapa estão sendo apurados possíveis crimes de corrupção e levagem de dinheiro envolvendo a empresa Consist Software, que maninham ligações com o Ministério do Planejamento. 
 O STF entendeu que não há ligação direta de um suposto esquema no Ministério do Planejamento com a corrupção da Petrobras, mandando as descobertas referentes ao Pixuleco 2 para a Justiça de São Paulo. Tudo indica que, pelo entendimento do Supremo , cabe a Sérgio Moro os julgamentos relacionados com o caso de corrupção dentro da Petrobras. No caso da Consist, a Suprema Corte segue pela regra geral de que o processo tramita no local onde o crime foi cometido. 
 Advogados de Réus e o Palácio do Planalto comemoraram a decisão do STF por um motivo: a fragmentação tende a esvaziar e a enfraquecer as investigações. Oficialmente, poucas autoridades da Polícia Federal e da Justiça Federal comentaram a decisão. Mas a decepção é evidente. O delegado da PF Marcio Adriano Anselmo disse que a decisão é triste porque quebra a estrutura já existente na corporação e quem assumir agora, em São Paulo, provavelmente não vai ter a noção de todo. Há informações de que a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República que atua na Lava jato pensa até em produzir um “manual” para ajudar procuradores que eventualmente venham a assumir alguma parte da investigação. 
 Há preocupações com outros desmembramentos. A partir das investigações de corrupção na Petrobras, a Lava Jato encontrou, por exemplo, indícios de fraudes em contratos com a Caixa Econômica Federal, Ministério da Saúde e Eletronuclear. Mesmo havendo uma explicação técnica nessa fragmentação, a lógica parece ser outra. Não seria muito mais produtivo e eficiente que as investigações continuassem com os procuradores que já acompanham o caso tanto em Curitiba quanto em Brasília? 
 Compreender a Lava Jato apenas como uma operação que apura pagamento de propina por parte de empreiteiros a executivos da Petrobras, beneficiando também um grupo determinado de políticos, é um erro. Apesar de não ter havido panelaço, a decisão do STF é totalmente impopular e aponta como um indicativo de benefício à impunidade. ( FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br, página 2, sábado, 26 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

SINGELEZAS




   Era uma vida tão singela numa cidade tão pequena, cujo nome, se escrito, era maior que o mapa, nome de santa protetora, mostrando valores, alegrias, também escondendo dores e feridas, como em qualquer parte e em todos os tempos, mas bem diferente de hoje em dia.
   As pessoas se davam bem e cultivavam grandes amizades. Eram comadres e compadres, vizinhos e parentes, velhos amigos e conhecidos, da roça e da cidade. Presenteavam-se com produtos da própria terra: verduras, frutas, milho verde. O que um tinha em sua casa ou sítio, todos tinham também. Não era preciso comprar, nem tinha onde comprar, com exceção dos produtos básicos: açúcar, sal, fumo, farinhas, doces, bebidas, o arroz da máquina de beneficiamento, produtos de armarinho.

   A carne de porco era um caso à parte: as pessoas costumavam criar porcos e galinhas em seus quintais. Quando se matava um porco, havia um costume, praticamente seguido por todos e que me faz lembrar minha mãe e minha avó. Elas separavam vários pedaços, colocavam em pratos, cobriam e amarravam com o guardanapo. As crianças já ficavam arrepiadas quando vinha a ordem: “Leva este para a tia Ercília, este para a comadre Maria, Aquele para a comadre Alzira, esse outro para a dona Rosa”. E lá íamos nós, de casa em casa, com o recado previamente decorado: “Minha mãe mandou falar para a senhora não reparar porque o porco era pequeno”. E assim, com esse costume simples, não faltava mistura nas panelas das amigas e  vizinhas.
   Outro costume era que as pessoas se visitavam. Colocavam uma roupa de sair e iam realmente visitar a vizinha, a amiga ou comadre. Conversavam muito, colhiam frutas, faziam café e trocavam novidades.
   Havia muitos casamentos na igreja e como minha mãe era costureira, eu me lembro que as noivas iam se arrumar em nossa casa, enquanto os convidados esperavam no quintal, ansiosos. Assim que ficava pronta, a noiva seguia a pé até a igreja, com o cortejo atrás.
   Não havia lojar com roupas prontas, mas de tecidos. As mulheres compravam os tecidos e acompanhavam  a moda mandando fazer seus vestidos nas costureiras, escolhendo os modelos nos figurinos da época, umas revistas com peças encantadoras. Na roça, o tempo da compra de tecidos era o final da colheita, quando as pessoas tinham dinheiro. Então os pais iam às lojas e compravam peças inteiras com as quais faziam roupas para todos. Era comum as crianças usarem roupas de tecidos iguais, quando não, toda a família.
   Os sapatos também eram uma raridade, por isso a gente economizava. Se a caminhada era longa, tirava-os e colocava-os quando chegava ao destino. O problema é que os pés cresciam muito rápido, perdíamos os sapatos ou ficava para os irmãos mais novos. Lembro-me que era comum as crianças irem descalças para a escola, sem nenhum constrangimento.
   Como as roupas, sapatos e outros objetos eram sempre limitados, comprar sapatos ou vestir uma roupa nova tinha um gostinho especial. E a gente reparava quando alguém estava de roupas e sapatos novos, ficando uma pontinha de inveja.
    Com o tempo passando, a vida foi mudando, adquirindo novas formas de progresso, de desenvolvimento, é claro, sem a rapidez de hoje, mas com um encanto muito especial, que transformava cada dia, cada novidade, num motivo de alegria verdadeira e que hoje se resumem em ternas lembranças. ( ESTELA MARIA FREDERICO FERREIRA, leitora da FOLHA, página 2, FOLHA RURAL, espaço DEDO DE PROSA, sábado, 26 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A CRISE E OS REFUGIADOS



       Segundo a exposição feita por Oswald Spengier, (1880-1936) em  sua obra O Declínio do Ocidente, o movimento da história é cíclico e ascendente, o que implica dizer que de tempos em tempos os fatos se repetem. Certamente não se repetem ipsis litteris, pois sendo também ascendentes sempre há algum suposto ganho. Nesta perspectiva, parece-nos que a Europa está próxima de fazer uso das palavras de São Jerônimo (347-420): “ A voz fica-me na garganta e e os soluços interrompem-me ao ditar estas palavras. Foi conquistada a cidade que conquistou o universo “. Essa foi a reação de São Jerônimo ao presenciar a invasão de Roma pelos bárbaros comandados por Alarico I (370-410).
   Os bárbaros de hoje poderiam ter outros nomes, inclusive serem chamados de refugiados, pois há  alguma semelhança entre estes dois grupos, sobretudo se levarmos em conta os motivos pelos quais se afastaram de suas terras.  É a luta pela sobrevivência, é a busca por dias melhores, é a esperança de acolhida, é a tentativa de fugir da crise, etc.
   Talvez o motivo de todo esse movimento esteja na crise. Trata-se de uma crise que se abate sobre muitos, não escolhendo nacionalidades nem condição social. Ela pode ser natural, social, econômica e política, entre outros fatores.  Catástrofes naturais atingem ricos e pobres, sábios e tolos. Guerras igualmente. Mas o importante não é a crise  mas sim o modo como uma nação ou uma pessoa reage diante da crise. Dizia Albert Einstein: “ não  pretendemos que as  coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise,  supera a si mesmo sem ficar “superado “. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias violenta  seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que aflora o melhor de cada um . Falar de crise é promove-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo . Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer  lutar para superá-la !,
   A palavra crise tem ligação com a palavra crisol, a qual aprece na Bíblia uma única vez em Sabedoria 36. “ Deus examinou-os como ouro no crisol e os aceitou como holocausto perfeito “. Reflitamos sobre isso. (  JOSÉ ADIR LINS MACHADO, PROFESSOR DE Ética, Política e Sociedade no curso de  Ciências Contábeis da Unopar, página 2,  espaço ponto de vista, quinta-feira, 24 de setembro, publicação do JORNAL DE LONDRINA).        

EMPRESÁRIOS APOSTAM EM EXPANSÃO EM MEIO À CRISE





   O cenário econômico brasileiro tem levado uma série de empresas a cortar gastos, reduzir a produção e as vendas, demitir e até chegar  à situação extrema de fechar as portas. Muitas não têm resistido aos efeitos negativos da elevação dos juros, da inflação, do dólar e da retração no consumo no mercado interno. No entanto, há empresários que estão expandindo os negócios e enxergam nesta turbulência econômica novas oportunidades. A  FOLHA iniciou esta semana uma série de reportagens sobre negócios que estão crescendo a despeito da crise. 
   Uma dessas empresas é a Esalflores, de Curitiba, floricultura com quase 20 anos no mercado, e que está investindo em vários projetos inovadores como uma flower machine. Outra é a loja de produtos árabes que tem duas unidades em Curitiba e abrirá mais uma na capital e duas em Londrina.
  “  Quando existe uma instabilidade econômica é época de reinventar . A crise é algo macro “, mas tenho que fazer a minha parte diferente “, diz o diretor geral da Esalflores, Bruno José Eperança. Ele teve a ideia de instalar no Aeroporto Afonso Pena uma *máquina de flores que oferece arranjos de rosas colombianas que variam de R$ 12,80 a R$ 34,90 e podem ser comprados com cartão.
   Bruno José Esperança, da Esalflores,e Hussen Ibrahin Ibrahinm da Al Baba, também fazem parte de um projeto com conceito inovador em Curitiba,** a Mercadoteca, que vai inaugurar na primeira quinzena de outubro. A ideia foi reunir num mesmo local açougue, peixaria, padaria, hortifrutigranjeiros, empórios e lojas de bebidas especiais, como vinho e cerveja. Uma espécie de mercado municipal menor.  !* O objetivo foi oferecer uma opção de presente para quem chega de viagem.!  ** O conceito é ser um complexo que reúne restaurantes e empório com ingredientes locais, em sua grande maioria. O investimento foi de 3 milhões. Página 3, FOLHA ECONOMIA &  NEGÓCIOS, espaço FOLHA CIDADANIA. O Programa Folha Cidadania é o desafio social da Folha de Londrina no combate ao analfabetismo funcional, terça-feira 22 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA. 

LONDRINA PODE GANHAR FÁBRICA JAPONESA



  Segundo a Câmara de Comércio e Indústria Brasil Japão, a Microsonic quer implantar uma unidade no Parná


   Londrina pode ser escolhida para receber uma planta da Microsonic , indústria japonesa que produz equipamentos de ultrassonografia. A informação é do presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro. Ele esteve ontem em Londrina acompanhando uma comitiva de representantes da Universidade Shinshu, de Nagano, no Japão.
   Somente em 2014 e neste ano, Londrina recebeu oito comitivas de japoneses das mais diversas áreas, Entre empresários, políticos e acadêmicos. No ano passado, o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) esteve no Japão em busca de parcerias.
   Durante entrevista na sede da Associação Médica de Londrina (AML), Oshiro citou a Microsonic após ser questionado sobre resultados dos concretos dos trabalhos de aproximação entre Londrina e o Japão. Ele afirmou que a empresa ainda não definiu a cidade onde vai se instalar, mas disse que os empresários gostaram de Londrina.
   O presidente da Câmara procurou minimizar a importância de a região receber uma grande corporação japonesa.  “ Curitiba tem grandes corporações, que, com a crise, fecharam postos de trabalho. Uma empresa (como a Microsonic) é mais importante que uma grande corporação “, disse.
   Segundo Oshiro, a Universidade Shinshu é a principal na área de tecnologia no Japão e a comitiva de lá tratou de parcerias em tecnologia no Hospital do Câncer de Londrina (HCL) e no Hospital do Coração. Ele propôs a criação de três polos de bambu no Paraná: em Londrina, Colombo e Foz do Iguaçu. E justificou alegando que a planta é a que produz a melhor celulose para nanotecnoligia. Questionado se a ideia é trazer investimentos japoneses para desenvolvimento de nanotecnologia, ele respondeu que é “ melhor começar com algo mais simples “, se referindo ao cultivo de bambu.
   Sobre uma possível diminuição do interesse do Japão pelo Brasil diante da crise econômica, ele também minimizou. “ O interesse diminui para as grandes empresas, não para as menores”,
   Também presentes na AML, o prefeito Alexandre Kireeff disse que mantém “linha direta” com o empresariado japonês via Câmara do Comércio e Indústria. “Estamos construindo credibilidade. É o passo inicial para ter investimento”, afirmou. Ele disse acreditar na vinda de empreendimentos nipônicos, mas sempre em parceria com empresários daqui. “ Vêm em forma de join venture (com empresas brasileiras). Sozinhas não vêm ”, contou.
   O representante da Universidade Shinshu, Yoshima Miura, contou que sua equipe fechou acordos de cooperação com os hospitais visitados ontem e também com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). E que já havia fechado anteriormente convênio na área de pediatria coma Universidade Estadual de Londrina (UEL).
   Professores de Shinshu entrevistaram ontem estudantes brasileiros candidatos a intercâmbio na Universidade. “ Não podemos deixar de fazer intercâmbios com o Brasil devido ao grande número de imigrantes japoneses no País. Precisamos voltar os olhos para o Brasil. Já são mais de 100 anos de imigração “, declarou.
   André Luiz Correia Bueno, estudante de análise de sistema e morador de Ibiporã, foi um dos entrevistados. “ Estou acabando o curso de graduação. Conhecer o Japão é um sonho e uma grande oportunidade de aprimorar meus conhecimentos “, afirmou. No início da noite, quem esperava por entrevista era a estudante de moda Caroline Ando Kawakami. Ela ainda não sabia se há oportunidades em sua área. “ Mas meu sonho é ir estudar no Japão”, declarou. ( NELSON BORTOLIN – REPORTAGEM LOCAL,  página 3, FOLHA ECONOMIA 7 SUSTENTABILIDADE, terça-feira, 22 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

IMPRESSORAS 3D AJUDAM NA CONFECÇÃO DE MAQUETES




   Avanços de novas tecnologias, como a produção de componentes por impressoras 3D, ampliam recursos e prometem maqueteria mais rápida e a um custo menor

   Desde os primórdios o homem usou modelos reduzidos para representar o real nas mais variadas atividades, como moradia, arte, guerra, educação, religião. A maquete é a representação exata, ou quase, de edificações e outras obras e ajuda as pessoas a testarem produtos e entenderem rapidamente uma ideia complexa. As novas tecnologias ampliam os  recursos e prometem reduzir custos na maqueteria. Um exemplo é a impressão 3D, que começa a ser usada na produção de componentes de uma maquete.
   O arquiteto maquetista Tom Horikawa, da Arquitetura Engenharia e Maquetes – ATPH, diz que com o avanço da tecnologia, é possível facilitar,  agilizar a confecção e reduzir custos das maquetes. “A gente percebeu que poderia usar as figuras, tornando as maquetes  mais realísticas, com  esculturas,  mobiliário, iluminação real e outros”, disse o arquiteto, que utiliza a tecnologia há um ano.
   A engenheira Fernanda Carraro Pires, diretora de incorporação da Quadra Construtora, não  vê diferença entre a maquete atual a que usa tecnologia 3D. “A  tecnologia pode ajudar o atendimento de uma demanda como a verificada no boom de 2208 a 2012. Em termos de esmero na confecção, a manual é tão boa quanto a maquete com tecnologia 3D”.
   Diretor de uma empresa que comercializa impressoras e insumos, Herbet Sato diz que há uma infinidade de aplicações do 3D ainda a serem exploradas. Eventos, comunicação, prototipagem e desenvolvimento de produtos, engenharias, robótica e arquitetura são algumas ideias. “No caso das maquetes, muitas coisas são feitas manualmente, mas o 3D pode fazer peças com muitos detalhes”, explica.
   “Com a maquete, física ou virtual, é possível mostrar como vai ser (o projeto)”, disse Horikawa. A maquete física pode demorar até 60 dias para ficar pronta e, dependendo da complexidade, pode demorar meses.
Serviços

A ATPH vai dar um curso livre de maquetes físicas com ênfase na construção civil, de 30 horas, a partir de 4 de outubro. O curso é dirigido a arquitetos, engenheiros e entusiastas, que precisam, no entanto, ter conhecimentos técnicos. S informações estão disponíveis no site tomhorikawa.wixcom/tomhorikawa, MARCOS CESAR
  GOUVEA mgouvea@jornaldelondrina.com.br   página 9, geral, ARQUITETURA E ENGENHARIA, quinta-feira, 24 de setembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA.

EDUCAÇÃO SEXUAL NA FAMÍLA: AVANÇADA OU ESTAGNADA?




   Será que a Educação Sexual na família tem progredido em relação a décadas anteriores? Uma educadora fez-me essa pergunta e eu disse acreditar que vai demorar para atingirmos uma melhor significativa, tanto no sentido de as famílias cumprirem esse papel com qualidade, quanto no sentido de termos um número cada vez maior de família que assumem essa responsabilidade. Disse, ainda, que o avanço só acontecerá quando as escolas, também, trabalharem o tema, desde a Educação Infantil, com naturalidade, e os adolescentes  forem crescendo habituados a conversar sobre o sexo, de forma positiva. Assim, sendo, quando eles se tornarem pais e mães estarão melhor preparados. Enfim, mostrei-me descrente em relação ao progresso da Educação Sexual na família.
   Nestes dias, aconteceu um fato que me deixou entristecida e justifica minha descrença. Uma de minhas filhas encontrou uma pessoa conhecida que, ao vê-la grávida, comentou, aproximadamente, assim: “Meu filho (5 anos) vem pedindo um irmãozinho e me perguntou como faz para o nenê entrar na barriga da mãe. Respondi a ele que é Deus quem coloca e, quando a gente quer um bebê, tem que rezar pedindo. Ele correu para seu quarto e logo voltou dizendo: “Tá aí, mãe, na sua barriga?O bebê já está aí? Eu rezei!”. Mais triste fiquei, quando me dei conta de que esta mãe, que tem por volta de 32 anos, moderna e com nível superior, ganhou, de sua mãe, um  dos meus livros. (“Educação Sexual no dia a dia” 2013) que orienta como explicar para as crianças: como os bebês “entram” na barriga da mãe, como saem, etc. Ensino a falar de diferentes maneiras, gradualmente, conforme a idade da criança: de 3 a 4 anos, de 4 a 5 e acima de 5 nos, aproximadamente. Ensino a falar a verdade, de forma simples, clara e adequada para cada idade.
   Provavelmente, essa pessoa não leu o livro, porue nele discuto o quanto é falsa e enganosa a explicação de que é Deus quem torna a mulher grávida. É uma versão diferente, mas na mesma linha da “antiga explicação”: cegonha, avião, repolho...”  O que faz com que muitas mães ( e pais ) não busquem aprender como conversar com os filhos sobre sexualidade? Por que empurrar com a barriga” conversas que poderiam alimentar a relação de confiança que a criança tem com sua mãe/e ou pai?
   Recentemente, numa roda de conversas entre mães, minha filha também ouviu uma delas dizer que  respondeu ao filho que o bebê entrou pelo umbigo dela. Não falar a verdade é desrespeitar a criança em sua inteligência e em seu direito ao conhecimento; é trata-la como medíocre. É matar nela a abertura para novas perguntas e para o exercício de aprender a pensar. Trê são as explicações possíveis para essa omissão A primeira, que acredito ser a mais comum, deve-se ao fato de a mãe não ter tido uma Educação Sexual positiva, nem em casa, nem na escola, e, com isso, cresceu coma percepção de que sexo é um assunto do qual não se fala e desenvolveu bloqueios para abordar o tema. A segunda razão pode ser o desconhecimento da necessidade de se conversar com a criança sobre o nascimento e as questões a ele relacionadas, aliado ao fato de não saber como fazê-lo. A terceira pode estar relacionada a dificuldades pessoais e emocionais, da mãe ( ou do pai ), com relação à vivência de sua sexualidade, de tal forma que, falar sobre sexo com os filhos mobiliza desconforto pessoal ou angústia.
   Pai e mãe, educam sempre seus filhos, do ponto de vista sexual, mesmo que não se deem conta disto, pois, no relacionamento cotidiano do casal, na forma de lidar com situações do dia a dia e por meio de suas atitudes, transmitem valores e sua forma de encarar as questões ligadas à sexualidade. Não podemos cobrar nossos pais pelo silêncio. Já os pais e mães do século 21 não serão desculpados por falharem nesse papel, pois há muitos meios de aprender. É preciso conversar com os filhos e ensiná-los para que não busquem nos amigos e na internet as respostas para suas dúvidas. ( MARY NEIDE DAMICO FIGUEIRÓ, psicóloga, doutora em Educação e professora sênior da Universidade Estadual de Londrina, página 2, FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br quinta-feira. 24 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

GÊMEOS ESTREIAM NO BALLET DE LONDRINA




   A aparência é apenas uma das características comuns entre os gêmeos Higor e Hugo Zaú. . Entre outras peculiaridades, os irmãos londrinenses também compartilham o talento para a dança clássica, atividade que praticam há sete anos. Após * passarem um período estudando na filial da Escola Bolshoi  no Brasil, em Joinville (SC), os jovens regressaram recentemente a terra natal com uma grande responsabilidade na bagagem. Convidados para integrar o elenco fixo do Balé de Londrina, eles estrearam profissionalmente no último final de semana na quinta temporada do espetáculo “Sem eira nem beira”, na Funcart.
   O envolvimento dos gêmeos de 19 anos de idade começou por influência familiar, após um dos irmão deles, Anderson Braz, entrar por acaso na Escola Municipal de Dança. “Para não deixar o menino sozinho em casa, o pai, que era pedreiro da Funcart, o trazia para a escola até que o garoto começou a fazer aulas e se encantou com a dança. Hoje ele é diretor da Companhia Maria Kong, de Israel, conta Leonardo Ramos, diretor do Balé de Londrina.
   Anos mais tarde, motivada pelo sucesso do primogênito, a mãe resolveu também matricular os gêmeos na Escola Municipal de Dança, quando os garotos ainda tinham 13 anos de idade. “Estudamos aqui em Londrina até o ano passado, quando fomos aprovados em um teste para a   Escola do Bolshoi em Joinville. Ficamos lá um ano e meio e voltaos há algumas semanas, após receber o convite do Leonardo Ramos para integrar o  **elenco do Balé de Londrina”, relata Higor.  *Uma das principais companhias de balé e óperas do mundo, com sede na Rússia. ** Atualmente, a companhia conta com 13 integrantes,  a maioria deles com idade inferior a 20 anos. (Página 5, espaço FOLHA CIDADANIA – o Programa Folha Cidadania é o desafio social da Folha de Londrina no combate ao analfabetismo funcional – terça-feira, 22 de setembro de 2015, publicação do jornl FOLHA DE LONDRINA).

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

COMO ESCOLHER UMA PROFISSÃO?



   Aos 17 anos, a grande maioria dos jovens procura uma faculdade para dar início  á sua carreira profissional. Para isso, o vestibular serve como porta de entrada e sua preparação exige grande dedicação e foco. Não importa qual a escolha do curso, é preciso um objetivo e um esforço para alcançá-lo. Atualmente, com todas as oportunidades que temos, graças à tecnologia, as opções de carreira e o mercado de trabalho estão cada vez mais amplos, o que facilita a realização dos sonhos de hoje.
   Quando a pressão sobre o vestibular começa é comum os estudantes ansiarem sobre qual a melhor escolha de curso, se dará dinheiro ou se é aquilo que ele realmente gosta. Essa decisão não deve ser tomada visando apenas a boa remuneração, pois isso é uma consequência do próprio esforço.
   Pelo ponto de vista histórico, não foi o dinheiro que estimulou Beethoven a continuar compondo mesmo depois de perder a audição. Tampouco  foi este o motivo de Maria Curie, vencedora de dois prêmios Nobel em Química Física, para dedicar toda a sua vida aos estudos. Eles tinham um objetivo e, por irem atrás deste com verdadeira paixão, imortalizaram-se na história. A grandeza e o sucesso podem ser alcançados por todos, talvez exigindo mais de uns do que de outros. Basta trçar uma meta e empenhar-se nela. Par ter tais resultados, é preciso se preparar e potencializar os estudos. Revisar a matéria diariamente já é um bom começo.
   Por fim, tudo o que é feito em vida faz parte do seu legado no mudo, alcançando níveis inimagináveis. Quem tem uma causa, um objetivo por qual lutar, terá mais chances de se destacar naquilo que escolheu. Com garra e perseverança, sem deixar de lado seus valores e princípios, é que se conquista. ( LORENA FERNANDES, 16 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio, página 2, mosaico |Índice, espaço ponto de vista, quarta-feira, 23 de setembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA). 

QUANDO UM FILHO MORRE



   Uma mãe jamais será capaz de dizer adeus a seu filho morto. Ela pode velá-lo, se esvair em lágrimas e perder todas as forças. O sol pode nunca mais voltar a brilhar, a alegria pode deixar de ser um sentimento em seu peito. Mas o adeus jamais vai se concretizar.
   E não precisa. Porque o que ela enterra é somente o corpo físico do filho.
Uma parte importante, claro, e que foi gerada ( e alimentada, no início) a partir de seu próprio corpo. Mas que leva apenas os verbos que poderiam se concretizar – brincar, afagar, se preocupar, proteger, ralhar, se preocupar de novo (porque a preocupação dá mais cor aos outros verbos) – e que se resumem em: conviver e compartilhar.
   Nõ haverá novas experiências, não haverá a admiração e o orgulho com as novas conquistas – com as quais a mae sonha desde antes de engravidar. Não haverá o filho maduro, reconhecendo como foi importante a estrutura recebida dos pais da maneira mais bonita: repassando agora para seus próprios filhos. E, com isso, parece que o ciclo da vida foi interrompido.
   Mas não foi. Porque a mãe carregará para sempre esse filho. Se não terá mais os verbos, os sentimentos continuarão intactos por toda a vida. E podem crescer, por que não?
   A mãe que perde um filho, apenas por  sobreviver a essa provocação, ensina à humanidade uma lição sobre o amor que de nenhuma outra forma poderia ser ensinada. O amor onipresente, incondicional. E, mais do que nunca, eterno – no amor por sua mãe que o filho carrega consigo para o céu. ( ADRIANA ITO, editora da FOLHA 2, escreveu este texto pensando nas mães de João Pedro, do Mateus, da Sofia e do Rodrigo. E do Bernardo. Página 3, FOLHA 2, espaço CRÔNICAS, quarta-feira, 23 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

BAMBU É OPÇÃO PARA CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

     


   Leveza, resistência, flexibilidade e abundância são as principais caraterísticas que tornam a planta um substituto natural  da madeira e do aço na construção civil.


   O bambu é um velho conhecido da humanidade. Há pelo menos 3 mil anos, essa gramínea de hastes longas é empregada na construção de casas, palácios e pontes em países da Ásia e da América do Sul. No Brasil, contudo, a presença da planta ainda é tímida na construção civil e na arquitetura. Em grande parte pelo preconceito com o material, que é encarado como de menor qualidade. O que é totalmente falso.
   “Com o bambu é possível fazer mais do que com qualquer madeira”, sentencia o engenheiro agrônomo Danilo Cândia, sócio diretor do Bambu Carbono Zero. Cândia estudou e trabalhou com o arquiteto colombiano Simon Vélez, um dos prinipais nomes da utilização do bambu, na arquitetura, e hoje é um dos defensores nacionais do material.
   De acordo com o engenheiro, o bambu tem potencial para movimentar mais de R$ 10 milhões por ano no Brasil, como fa a China atualmente.
   O iraniano Kosrow Ghavami, um dos maiores especialistas internacionais em bambu, há  35 anos se dedica a estudar o material. “Diversos estudos comprovam cientificamente que o bambu pode ser usado na construção civil sem perigo algum”, garante.
   Ghavami destaca as várias qualidades do material. “´É  tubular, longo, leve, fácil de transportar e manusear, extremamente flexível e tem durabilidade garantida por muitas décadas. Se tratado adequadamente”, observa.
   Ele salienta ainda que a gramínea pode ser cortada após quatro anos de plantio, um tempo relativamente curto se levado em conta os 15 anos que muitas árvores levam para que a madeira convencional possa ser extraída. Além disso, o especialista lembra que existem mais de 75 gêneros de bambu, que podem ser facilmente cultivados em quase todos os continentes , exceto onde o clima é frio demais.
   O uso de bambu em projetos arquitetônicos foi um dos temas do evento da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura do Paraná (Asbea PR), semana passada, em Curitiba. (LUAN GALANI/HAUS/ GAZETA DO POVO, página 1, imóveis, classificados, 3377-3000 ARQUITETURA, domingo, 20 de setembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA). 

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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