sábado, 30 de abril de 2016

VIVA A REPÚBLICA DE CURITIBA



   Curitiba é hoje a capital moral do Brasil. Há dez dias, estive em Brasília, a capital oficial, durante a votação do impeachment na Câmara; agora, tive a honra de visitar a cidade onde o juiz Sérgio Moro e a equipe da Operação Lava Jato fazem um trabalho histórico e abrem caminho para a reconstrução do País.
   O motivo da minha visita a Curitiba foi um convite do empresário Sinval Lobato Machado e do escritor Nilson Monteiro para que proferisse uma palestra ao Conselho Político da ACP( Associação Comercial do Paraná ), entidade fundada há 125 anos por Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, um herói da Pátria. À minha fala dei o título de “Confissões de um ex-esquerdista”.
   Nove entre dez brasileiros apoiam o trabalho de Sérgio Moro e sua equipe. Às vésperas da transição para o governo Michel Temer, essa ampla maioria do povo, agora não mais silenciosa, será colocada diante de um grande desafio: debelar o incêndio que os desalojados do poder tentarão provocar em todo o Brasil. Incêndio, por sinal, já anunciado pelos Neros dos “movimentos sociais”. 
   Na palestra, evoquei a história de brasileiros como o Barão do Serro Azul, que foi assassinado em 20 de maio de 1894 por se opor às arbitrariedades do governo federal da época. O mártir paranaense pagou com a própria vida pelos valores da liberdade e da dignidade humana. Era um homem de sólida formação intelectual, que lutou contra um governo ilegítimo, corrompido e sanguinário. A história acabou por fazer justiça a esse bravo conservador. 
   “Conservador”, a propósito, deixou de ser uma ofensa e se tornou elogio em nosso tempo. O futuro do Brasil depende da nossa capacidade de conservar os valores fundamentais da civilização, que podem ser resumidos no amor de Cristo: amor ao próximo, amor ao trabalho, amor à família, amor à justiça, amor à verdade. Sem esse amor, a vida se torna um imenso vazio, onde os homens são escravos do poder e do egoísmo. 
   “Conservadorismo”, diz Roger Scruton, “significa encontrar o que você ama e agir para proteger isso”. Eis a razão pela qual nove entre dez brasileiros apoiam a República de Curitiba: eles amam a verdade e a justiça. Que Brasília continue ouvindo o Brasil. ( FONTE: Fale com o colunista: avenidaparana@folhadelondrina.com.br página 3, caderno FOLHA CIDADES, espaço coluna AVENIDA PARANÁ – por Paulo Briguet, sexta-feira, 29 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

BASTA-ME UMA ARMA!


   Lá se foram 12 anos do início da campanha deflagrada para desarmar a população. A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, proibiu o uso de armas ao cidadão comum, salvo em situações muito específicas que envolvem um complicado processo. Medida pretendia amenizar os índices de homicídios, suicídios, latrocínios e os fatídicos acidentes com armas de fogo, mas foi um fiasco. 
   Para a “banda podre”, que nunca respeitou as leis mesmo, não fez a menor diferença. Para ela, comprar uma pistola automática, um fuzil, ou uma submetralhadora, é moleza, enquanto a parcela ordeira da população, assustada e refém dos bandidos, sente-se tolhida da possibilidade de se defender e, aflita, apela para as redes sociais pedindo a revogação do Estatuto do Desarmamento, pois quer restituir o direito de ter uma arma em casa. 
   Ao ver esse movimento penso no quanto fui inocente ao acreditar que desarmando a população haveria uma calmaria nas ruas, que as pessoas iriam voltar a passear tranquilas pelas praças e parques nos finais de semana e as madrugadas voltariam a pertencer aos boêmios e românticos. Ledo engano! A matança continuou numa estatística ascendente e, pior, produziu um novo fenômeno que vem estarrecendo a população: o linchamento! É, digamos, uma nova moda, sem glamour, mas é moda, pois reúne os elementos típicos para isso: consumo compulsivo, padronizado, além do alto preço, frequentemente, nesse caso, a vida da vítima ou a cadeia para o linchador. 
   O desarmamento revelou o instinto animalesco do qual o ser humano só se dá conta quando ouve o brado “mata, mata”! Ao ouvir essa ordem o cérebro reage de forma primitiva e os homens adotam uma postura de manada, seguindo irracionalmente o macho alfa e se torna capaz de atacar e matar a mãos vazias, chutes, pauladas, pedradas, etc. Diante desse risco venho reivindicar o meu direito de também possuir uma arma, pois ando com medo. Estou com medo de ser cooptado, por uma dessas turbas ensandecidas e acabar sendo guiado como rês numa manada. Quero ter a minha arma para não sujar as mãos de sangue, especialmente do sangue de alguém julgado, sentenciado e executado no tribunal das ruas e que depois de descobre que era inocente, fato que tem se tornado comum. A morte produzida por arma de fogo dói menos, é mais rápida, menos ultrajante e menos cruel, além do que, matar usando as mãos também desqualifica o matador.
    A reflexão acima é apenas para lembrar que o homem não precisa de armas de fogo para matar quando é movido por impulsos que despertam o pavor da ameaça da sua destruição. Por isso a Lei do Desarmamento jamais será percebida como algo de interesse da sociedade, pois foi construída ao revés da realidade assustadora que assola nosso dia a dia. Nesse quesito nos encontramos nas escalas inferiores da “Hierarquia das necessidades”, de Abraham Maslow, que dizia que “p homem vive só de pão, quando não há pão”. Analogamente dizemos: bastam-nos armas, pois fomos proibidos de tê-las. 
    Mas sabemos que a convivência harmoniosa não depende de armas, mas dos valores e princípios que orientam as relações humanas, além de atitudes como o respeito à diversidade, tolerância, aceitação incondicional do outro, empatia, qualidades que têm se tornado raras. Se atingíssemos esse nível de interrelacionamento poderíamos fechar as fábricas de armas, pois se seriam inúteis. Creio nisso, embora creia como essência filosófica do Inter-humano, mas utópico e irrealizável diante do nosso sistema falido, das instituições que servem apenas para perpetrar sujeiras que nem o mais equipado “lava jato” consegue limpar. Nesse cenário dantesco continuaremos ouvindo ecoar o grito “mata, mata” e o cidadão honesto – além de outros nem tão honestos assim – postando o reclame: Basta-me uma arma!. ( JAIR QUEIROZ, psicólogo clínico com pós graduação em Segurança Pública em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, sábado, 30 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

O PÉ DE MULUNGU


   Faz  mais de 20 anos que alguns pés de mulungu insistiram em enfeitar a entrada do campus da Universidade Estadual de Londrina, perto do letreiro que identifica aquela instituição. Foi isso que me levou, tempos atrás, a procurar o seu João Sperandio, que na época era o encarregado do serviço de jardinagem do Campus Universitário. Seu João, sua equipe de jardineiros e outros que os sucederam são os responsáveis pelo encanto daquele lugar, um dos mais bonitos de Londrina, onde plantaram milhares de árvores. 
   Ele me indicou fazer mudas por estacas e cortou alguns galhos da árvore para que eu plantasse. Mas as estacas não vingaram, talvez pela época inadequada de plantio ou devido à influência da lua, pois se sabe que as fases lunares atuam sobre os ciclos de reprodução e desenvolvimento das plantas. Assim, continuei tocando a vida, realizando meus projetos e sempre que via algum mulungu em fase de floração, voltava a intenção de plantá-lo. 
   Você já viu a beleza que é um pé de mulungu? Não? O mulungu (erytrina speciosa) é uma espécie nativa da Mata Atlântica, que se reproduz com facilidade em lugares úmidos, brejos e beiras de rios. Também é conhecido como candelabro, corticeira, suiña vermelho, devido à forte tonalidade dessa cor nas suas flores, o que a torna atrativa aos sanhaços , maritacas, saís e cambacicas, mas especialmente aos beija-flores. 
   Muito tempo passou, até o dia em que fui convidado a almoçar no sítio do seu Hélio Corrente, na localidade de Lerroville, um dos distritos de Londrina. Sitio bem cuidado, bonito lugar, bambuzal, mina d’água, lagoa, marrecos, lambaris... E, pra minha sorte, um pé de mulungu ao lado da cerca, bem na divisa da propriedade. 
   Não tive dúvidas, levei pra casa um pequeno galho, não sem antes pedir permissão ao dono da casa. Logo que voltei, finquei o galho no jardim em frente de casa e comecei a regá-lo diariamente. Depois de alguns dias observei que uma raminha brotou no pedaço de toco,  que enxertou a esperança no meu coração. Nos meses que se seguiram foi se formando uma bela árvore, cujo crescimento eu acompanhava atento, dia após dia. 
   Já no segundo ano do plantio, o pé de mulungu mostrou toda sua formosura, enchendo-se de candelabros e criando um maravilhoso espetáculo carmesim. Logo começaram a chegar os passarinhos; primeiro vieram os cambacicas e em seguida os beija-flores. 
   No meio do ano, quando o inverno vai terminando, começa a revoada dos passarinhos e não me canso de admirar beija-flores de vários tamanhos e cores, num frenético vai-e-vem em busca de néctar. Sem desmerecer as acrobacias dos cambacicas, que muitas vezes ficam de cabeça para baixo para poder se alimentar. Nesses momentos faço um singelo agradecimento à natureza, ao seu João e seu Hélio, que muito contribuíram para que esta história tivesse um final colorido. (GERSON ANTONIO MELATTI, leitor da FOLHA, página 2, espaço DEDO DE PROSA, FOLHA RURAL, sábado, 30 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

TRABALHO, CONQUISTAS E PERDAS


   Na semana em que é celebrado o Dia do Trabalho, os indicadores apontam que muitos brasileiros não terão o que comemorar. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 
divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostra que a taxa de desemprego atingiu 10,9% no primeiro trimestre deste ano. É o maior índice já registrado desde o lançamento da pesquisa, no primeiro trimestre de 2012. A Pnad tem abrangência nacional e os dados são compilados por períodos de três meses. 
   Importante ressaltar que em todas as comparações, tanto com relação ao trimestre anterior como os três primeiros meses do ano passado, o percentual registrado agora é maior. Há um ano a taxa apurada foi de 7,9%. Com relação à ultima verificação, no trimestre móvel encerrado em fevereiro, o desemprego atingiu 10,2%. O número absoluto de desocupados (pessoas sem emprego, mas que buscam colocação) está em 11.089 milhões, alta de 22% em relação ao trimestre encerrado em dezembro passado. 
   Os números mostram que o cenário de recessão econômica, aliado à crise política, contribuíram significativamente para que os trabalhadores perdessem diversas conquistas obtidas desde o início dos anos 2000. Se há alguns anos um dos gargalos enfrentados pelo País era justamente a falta de mão de obra, agora há uma oferta excessiva de trabalhadores. E isso afeta fortemente as famílias porque tem a sua qualidade de vida afetada e são obrigatoriamente obrigadas a reduzir custos e a cortar seu padrão de vida. 
   E não é só isso: há um efeito importante entre os mais jovens. Nos períodos de boom econômico, esse grupo optou pelo estudo e, agora, está sendo obrigado a abandonar os bancos universitários para trabalhar e ajudar a família. Outro dado importante mostra que em Março 60,2% das negociações para reajustes ficaram abaixo da inflação para o mês. Os dados são do Boletim Salariômetro da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor no mês passado ficou 11,1%, o aumento médio das categorias com data-base em março foi de 11%. Portanto, os números não são nada favoráveis e apontam claramente que o cenário precisa ser revertido. Anos de conquistas não podem simplesmente ser pedidos. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sábado, 30 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

O NOSSO CONGRESSO NACIONAL


   Foi patético e fétido o espetáculo proporcionado no último domingo no Congresso Nacional. Em nome de Deus, do cônjuge, da pátria, dos filhos (não necessariamente por esta ordem), homens e mulheres se emocionaram e tentaram fazer o mesmo com os eleitores, ao anunciar o voto sobre a aceitação da denúncia contra a Presidente da República. Um desfile já previsto, desde a prévia de 1992, mas sempre impactante. Quem disser, no entanto, que ficou incomodado ou se sentiu ultrajado como eleitor, pode estar sendo hipócrita. O níve desse nosso Congresso é baixo há décadas e todos sobejamente o sabemos. Os figurinos desse recurso legítimo e democrático chamado impeachment, refletem os eleitores brasileiros. Mas essa representação merece uma boa explicação!
   Uma grande parte do que eu chamo eleitores, não concordará comigo. E tem razão! Em primeiro lugar, porque não votou neles! Deu o voto a alguém que os convenceu pessoalmente, mas que lastimavelmente ajudou os que pomposamente gritaram e gesticularam. O nosso sistema político é além de injusto, muito esquisito e de difícil abordagem. O cidadão precisa de fato, fazer e refazer cálculos de alta dificuldade, antes de dar o seu voto a este ou aquele candidato. O sistema não tolera ingenuidades ou já terá sido feito para ludibriar os incautos! Ao escolhermos a dedo um bom candidato, corremos o risco de, apesar de bem votado, não o encontrarmos sendo aquele diferencial que gostaríamos, lá no Legislativo! Ao invés, vemos outros e outros que nunca conhecemos! O poder econômico usado intensa e explicitamente numa campanha, ao abrigo ou não da lei, vai ser o grande fator determinante para que o pobre eleitor não consiga se rever naquele espaço. Pais, filhos, cônjuges e até ex-cônjuges, se tornaram detentores históricos e tradicionais dessas cadeiras, numa dança macabra, que atinge o auge a cada pleito eleitoral e que em nada se distingue dis primeiros tempos da República! Existem sim os donos do poder! De pai para filho! Com o combustível de recursos financeiros e malandragem dos conchavos político-partidários. O pobre leitor tem razão em me contestar! Não se revê nesse Congresso!
   Precisamos mudar essa configuração me dirá o leitor. A reforma política é sem dúvida a mais desejada e a mais necessária. Mas ela não vai acontecer de imediato. Agora, já próximas eleições municipais e em 2018 para o Congresso Nacional, os brasileiros não podem titubear. O voto está num partido. O partido é o dono do seu voto. Se quer que alguém seja uma boa referência na Câmara Municipal ou no Congresso, precisa saber em que partido ele está e com quem está. Se o seu amigo, ótima pessoa, nesta fragilidade partidária brasileira, se abrigou numa legenda repleta de gente idêntica a que você viu domingo, seja sincero com ele! Não o prestigie dando-lhe o seu voto! Faça então os cálculos a que eu me referia acima. Os deputados que a nação brasileira viu ao vivo e em cores, são resquícios de uma era que terminou e só eles ainda não perceberam. Mas ainda usam regras antigas para nos enganar!
   A democracia, embora não seja perfeita, é sem dúvida o menos ruim dos modos de se exercer o poder em nome do povo. Já o afirmava Winston Churchill. Mas este povo, por sua vez, precisa urgente passar de mero espectador para agente de todo o processo. Isso se faz com educação , com exercício da cidadania em pequena e grande escala, começando no seu bairro, na sua escola, na sua empresa e atingindo o clímax no processo eleitoral propriamente dito. O voto facultativo considerado sonho de muitos brasileiros, pode ainda não ser o melhor nos tempos atuais. Para já, no aqui e agora da história, em que avançamos, mesmo se aparentemente retrocedemos, aprender a votar é tão sagrado quanto aprender a ler! ( MANUEL JOAQUIM DOS SANTOS, padre na Arquidiocese de Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, sábado, 23 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sexta-feira, 29 de abril de 2016

PRIMAVERA NA CALIFÓRNIA



   Montanhas, litoral, desertos. Confira alguns dos belos motivos para aproveitar o estado norte-americano na estação mais florida do ano

   PARQUE ESTADUAL ANZA-BORREGO

   Um dos mais especulares shows de flores acontece toda primavera no Anza-Borrego Desert State Park, o maior parque estadual da Califórnia, localizado no condado de San Diego. Depois das chuvas de inverno, a paisagem seca é transformada em um caleidoscópio de cores selvagens, desde pequenas explosões de flores não maiores do que a cabeça de um alfinete a imponentes arbustos de flores vermelhas. Os visitantes também vão gostar de ver o grande número de borboletas que são atraídas para o parque.

   PARQUE NACIONAL CHANNEL ISLANDS 

   Este parque nacional isolado ao largo da costa de Ventura e Santa Barbara é conhecida como as “Ilhas Galápagos da América do Norte”, com animais únicos, plantas e recursos arqueológicos encontrados em nenhum outro lugar na Terra. As ilhas são lar fr 775 espécies de plantas, muitas das quais cobrem os campos com cores a cada primavera. Às vezes, as cores são tão vivas que podem ser vistas a partir da costa. No parque, os visitantes também podem avistar gaivotas e outras aves marinhas ocidentais que começam a fazer seus ninhos nas ilhas, bem como recém-nascidos leões-marinhos da Califórnia e focas do norte. 
 
   LAKE COUNTY   

   Agora que o condado, localizado ao norte de São Francisco, se recuperou do outono e deu as boas-vindas ao inverno, a primavera de 2016 promete ser um ano marcante para flores silvestres. Os visitantes podem ver essas flores de perto com abundância de trilhas para caminhadas ou no conforto de um vagão coberto puxados por mulas no Eleven RosasRanch.

   DIABO VALLEY

   Diablo Valley, localizado na região de São Francisco, é o lar de Monte Diablo – um pico que oferece um dos melhores panoramas no oeste dos Estados Unidos, bem como uma impressionante variedade de flores silvestres durante a primavera. Os visitantes podem desfrutar de uma grande variedade de flores, tudo em uma caminhada de até 2,5 horas. 

   EASTERN SIERRA

   A configuração de Eastern Sierra não se resume apenas a um cenário majestoso para um show de flores a cada primavera e verão; a vasta gama de altitudes e ecossistemas significa que o show dura um longo período de tempo, muitas vezes de maio a agosto. Começa com as flores originais do deserto em maio e junho, e, conforme a neve derrete, chegam a altitude (geralmente final de junho e julho). 

   LAGUNA COAST WILDERNESS PARK 

   Após as chuvas de inverno, flores brotam neste parque litorâneo em Orange country. O parque dispõe de trilhas que levam os caminhantes até colinas e cânions – alguns dos quais oferecem excelentes vistas do Oceano Pacífico. Em cada elevação, os visitantes têm a oportunidade de ver diferentes variedades de plantas e flores nativas. 

   ANTELOPE VALLEY

   Reserva de Papoulas da Califórnia, o Antelope Valley é o melhor lugar para admirar a flor típica do estado, a Papoula-d-Califórnia, em seu ambiente natural. Esta reserva protegida pelo estado, dispõe de um tapete de flores laranja brilhante a cada primavera, bem como plantas. Bancos encontrados pelo caminho são excelentes pontos de observação para detectar outros animais selvagens, como cotovias do prado, lagartos e talvez até um coiote. Os visitantes tipicamente desfrutam a reserva até o final de maio. 

   LAKE TAHOE 

   Quando a camada de neve de Sierra Nevada ao redor de Lago Tahoe derrete na primavera, os visitantes podem esperar uma vista de flores alpinas no estilo do filme “Noviça Rebelde”. As colinas ficam vivas com lírios laranjas, lavanda Columbine e malva enquanto que campos de tremoços roxos na altura da cintura rodeiam o lago.

   POINT ARENA 

   Cada primavera, milhares de narcisos em tons de amarelo e laranja iluminam o percurso da estrada histórica One até Point Arena em Mendocino. Graças ao clima costeiro do condado, flores silvestres, perto do farol Point Arena muitas vezes duram até o mês de Junho.

    Serviço

   Mais informações: www.visitacalifornia.com.br páginas 20 e 21, TURISMO, FOLHA DA SEXTA, sexta-feira, 29 de abril d 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

POLÊMICA E RECUO

   Depois da polêmica e forte reação dos consumidores, o Ministério das Comunicações voltou atrás e, ontem, cancelou o termo público que seria assinado com as operadoras de telefonia. No documento, as empresas se comprometeriam a oferecer pacotes de dados limitados e ilimitados. Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) havia proibido temporariamente as companhias de bloquearem as conexões ou reduzirem a velocidade quando o usuário atinge a limite de sua franquia de dados. 
   O anúncio de que as operadoras poderiam limitar o tráfego de dados dos usuários, assim como já ocorreu na telefonia celular, gerou mal-estar no próprio governo. O momento atual é delicado para a atual administração, que enfrenta processo de impeachment no Senado. A avaliação é que a presidente Dilma Rousseff (PT), que amarga uma das piores avaliações já registradas, poderia ter uma imagem ainda mais arranhada entre a população. O impacto foi tão negativo que a solução foi voltar atrás,
   No entanto, a população precisa ficar vigilante. Como as operadoras já demostraram fortemente que pretendem reduzir os planos há grandes chances de o assunto voltar a tona em outra ocasião. Se trará prejuízos importantes aos consumidores, como avaliam órgãos de defesa, é preciso atenção. Por outro lado, também vale a reflexão sobre a utilização da internet. É certo que o comportamento do usuário mudou ao longo dos anos com a entrada de novos produtos, como os canais por assinatura on-demand e os jogos on-line. 
   Tudo isso certamente gera um aumento do tráfego de dados, mas a conta não deve ficar apenas com o consumidor. Se as operadoras perdem com isso, certamente há meios de obter maior lucratividade com outros produtos. É um aumento do consumo que tinha que ser previsto, inclusive com investimentos prévios na infraestrutura. E, por isso, mais uma vez a sociedade precisa ter atenção para que não ocorra o mesmo que já aconteceu com outros serviços, como a energia elétrica e água – cujas tarifas foram reajustadas significativamente no último ano porque foram represadas para “segurar a inflação” e também por falta de investimentos para atender a demanda crescente. 
   A sociedade precisa evoluir. Os brasileiros devem brigar mais pelos seus direitos e exigir serviços prestados a altura do preço pago. ( FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira. 29 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

QUANDO FALTA AR

  "Sempre fui muito ativa e me vi limitada. Passei a caminhar tendo que fazer várias pausas para respirar", diz a secretária executiva Mariana Oliveira, de 30 anos. 

   O sintoma comum entre várias doenças é um dos sinais de hipertensão pulmonar; desconhecimento atrasa diagnóstico e início do tratamento adequado

   Após um ano de peregrinação em consultórios médicos, a secretária executiva recebeu o diagnóstico preciso: Hipertensão pulmonar tromboebólica crônica. O nome impactante da doença foi revelado após um sintoma simples e muito comum entre diversas doenças respiratórias: a falta de ar. Mariana Oliveira estava em casa quando estranhou a dificuldade em encher os pulmões de oxigênio. “Até então, nunca tinha tido problema de saúde. Um mês antes, eu tinha passado por uma bateria de exames de rotina. As pontas dos meus dedos chegaram a ficar arroxeadas”, lembra a jovem de 30 anos. 
   Há dois anos, quando sofreu a primeira embolia pulmonar (um bloqueio na passagem de sangue por uma das artérias dos pulmões), Mariana deu início a um tratamento contínuo. Mas, somente após uma nova embolia em dezembro de 2014, o diagnóstico de hipertensão pulmonar veio à tona. “Sempre fui muito ativa e me vi limitada. Passei a caminhar tendo que fazer várias pausas para respirar. Pentear os cabelos e fazer outras atividades que antes faziam parte da minha rotina já estava bem mais difícil”, relata. 
   A Associação Europeia de Hipertensão Pulmonar Europe) estima que 25 milhões de pessoas no mundo possuam a doença. De acordo com a Associação Brasileira de Amigos e Familiares de Portadores de Hipertensão Arterial Pulmonar (abraf), aproximadamente, 2.500 pacientes estão em tratamento no Brasil. Outros 10 mil seguem sem o diagnóstico preciso. “Há pessoas que estão morrendo por tratar a doença como asma ou bronquite, por exemplo”, alerta a presidente da Abraf Paula Menezes.
   A hipertensão pulmonar (HP) ocorre quando há um estreitamento dos vasos sanguíneos que levam o sangue do coração até o pulmão. O coração passa a trabalhar de forma mais intensa. Em razão disso, o órgão aumenta de tamanho o que pode geral insuficiência cardíaca e respiratória, arritmias e até sangramento nos pulmões. A doença é rara, pode levar à morte e atinge pessoas de todas as idades, principalmente, entre os 40 e 50 anos. Entre os sintomas estão falta de ar, fadiga, desmaio, dor no peito e inchaço nos tornozelos.
   A Organização Mundial da Saúde estabeleceu uma classificação de cinco tipos de hipertensão pulmonar. Mariana possui uma das mais incomuns: a hipertensão pulmonar tromboembólica crônica causada pela presença de coágulos nas artérias do pulmão. Segundo o pneumologista do do Grupo de Circulação Pulmonar do Incor – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Caio Júlio César Fernandes, mais de 1.300 pacientes com hipertensão pulmonar estão em tratamento no Incor. Desse total, cerca de 20% dos casos são relacionados ao tipo de HP tromboembólica crônica.

   TEMPO DE VIDA

   Conforme Fernandes, a demora no diagnóstico ou o tratamento inadequado podem comprometer o tempo de vida dos pacientes. O ideal é que haja o encaminhamento para centros de referência voltados para esse tipo específico da doença. No entanto, o pneumologista afirma que há apenas dois locais adequados no Brasil: O Incor e o Hospital São Paulo, ligado a Escola Paulista de Medicina. “Eles são considerados centros de referência por realizarem mais de 20 cirurgias por ano com taxa de mortalidade dos pacientes abaixo de 10%. Geralmente, a mortalidade cirúrgica nesses centros de referência está entre 2 a 4%”, explica. A Abraf recomenda 24 centros de tratamento em 13 Estados onde há profissionais especializados. O Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, faz parte dessa lista. 
   Para o pneumologista, as falhas no diagnóstico ocorrem, muitas vezes, em razão do desconhecimento de médicos e pacientes sobre a doença e os cinco subtipos. Já que exames disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) podem apontar indícios de HP. No entanto, em muitos casos, os procedimentos nem chegam a ser solicitados pelos profissionais da saúde. Entre os exames estão ecocardiograma, eletrocardiograma, teste ergométrico, cintilografia e arteriografia pulmonar. 
   As causas da hipertensão pulmonar ainda estão sendo pesquisadas, mas o histórico familiar, o uso de drogas, doenças cardíacas congênitas, doenças reumáticas autoimunes, anemia falciforme, infecções por HIV, doenças do tecido conjuntivo e até esquistossomose podem ocasionar a HP. Sem o tratamento adequado o paciente pode morrer em até três anos. 
   Um ano após o diagnóstico preciso, Mariana, ainda em recuperação, já voltou a trabalhar, mas enfrenta dificuldades para caminhar. “No primeiro dia do novo emprego tive que subir dois lances de escada. Pensei que não fosse conseguir”, conta. O tratamento com anticoagulantes e uma combinação de medicamentos ameniza os efeitos da doença.

   ASSOCIAÇÃO 

   Com sede em São Paulo, a Abraf foi criada em 2006, e hoje conta com cerca de 1.500 associados. Há dez grupos de apoio em todo o País, um deles em Curitiba. O site da associação e www.respirareviver.org.br (VIVIANI COSTA – Reportagem Local , * A jornalista viajou a convite da Bayer.

   O DIAGNÓSTICO É SEMPRE SOMBRIO

   Segundo a Associação Brasileira de Amigos e Familiares de Portadores de Hipertensão Pulmonar (Abraf), 76% dos brasileiros desconhecem a hipertensão pulmonar tromboebólica crônica (HP-TEC). Ao todo, 2.100 pessoas responderam as perguntas feitas em sete capitais (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife). A pesquisa foi feita em parceria com o Grupo Bayer. Em Curitiba, o índice de desconhecimento chegou a 80%.
   Os pesquisadores da empresa alemã desenvolveram um medicamento para o tratamento de pacientes diagnosticados com HPTEC. A coordenadora do Serviço de Hipertensão Pulmonar da Irmandade Santa Casa de Porto Alegre, Gisela Marina Meyer, ressalta que há 20 anos, apenas o transplante de pulmão era considerado uma solução para esses pacientes. “A doença tem alta mortalidade e a maioria das pessoas morria na fila de espera”, lembra.
   Segundo ela, a cirurgia não é possível em 40% dos casos. “O diagnóstico é sempre sombrio para o paciente e afeta a família também com a mudança na rotina”, ressalta. O medicamento denominado Adempas (riociguate) é indicado para quem não pode passar pela cirurgia ou quando a doença persiste mesmo após o procedimento. Durante a pesquisa desenvolvida deste 2004, voluntários apresentaram melhoras na qualidade de vida após 16 semanas de uso contínuo do medicamento. 
   O Adempas já está disponível em 42 países. No Brasil, ele foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode ser adquirido por meio de distribuidoras. A intenção da empresa é incluir o produto na lista de itens fornecidos gratuitamente pelo SUS. Durante o tratamento, o paciente precisa ingerir um comprimido a cada 8 horas. No entanto, o produto custa R$ 13 mil com quantidade suficiente para um mês de tratamento. (VC). 

   SAIBA MAIS 

(VIVIANI COSTA- Reportagem Local, caderno FOLHA SAÚDE, segunda-feira, 18 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quinta-feira, 28 de abril de 2016

CONSELHEIROS TUTELARES E FORMAÇÃO


   A prisão de um conselheiro tutelar de Londrina por suspeita de abuso sexual contra uma adolescente de 16 anos deve ser acompanhada atentamente pela sociedade. É inadmissível que uma pessoa, eleita para compor um órgão que deve trabalhar na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, seja presa acusada de violar essa tarefa – ainda mais por um crime sexual. O conselheiro em questão estava em segundo mandato e foi  denunciado por uma jovem de 16 anos que procurava ajuda no local. Uma das ações do agressor foi gravada pela adolescente, que entregou as imagens so Ministério Público. 
   O Conselho Tutelar foi criado pela Lei 8.069/1990 com objetivo de garantir proteção integral de toda criança e adolescente brasileiro, É um órgão essencial ao Sistema de Garantia de Direitos e deve ser chamado a agir por meio de denúncia de ameaça ou violação consumada dos direitos desse grupo de população. Também pode se antecipar à denúncia, agir preventivamente na fiscalização de entidades e até mesmo mobilizar a comunidade para cobrar melhor atendimento à criança e ao adolescente. 
   Esse caso registrado em Londrina deve levar a sociedade a uma outra reflexão: a formação profissional dessas pessoas. A lei determina alguns requisitos para a candidatura. Como idade superior a 21 anos, residência na cidade em que pretende atuar e outros itens definidos pelos próprios municípios. No caso de Londrina é preciso ter no mínimo um ano de experiência acadêmica, profissional ou técnica comprovada nas áreas de criança e adolescente. Esta última questão é fundamental, mas não impediu uma questão como essa. 
   Por isso, talvez tenha chegado o momento de repensar esse processo. Seria ilegal implantar testes psicológicos que detectem certas características pessoais? De todo modo é fundamental que a sociedade reflita, mais uma vez, a respeito do voto e da sua importância. A participação é importante, assim como a escolha. Se a maioria dos eleitores aptos não comparece, acaba por vencer pessoas atuantes em determinados grupos e o risco de ser eleito uma pessoa sem a capacitação adequada é bem maior. ( FOLHA OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 28 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quarta-feira, 27 de abril de 2016

LIVRO, COMPANHEIRO FIEL


   Comemorou-se no último dia 23 de abril o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor. Uma data como essa deve ser comemorada, sim, pois é um marco. É como um aniversário. Na data, lembramos mais de viver, sem deixar entretanto, de saborear a vida cotidianamente. 
   Hoje podemos destacar com maior ênfase que a leitura é nossa companhia diária. Parafraseando Paulo Freire, antes de ler a palavra, lemos o mundo e o fazemos com maior eficácia na medida em que somos capazes de compreender e interpretar a realidade que nos rodeia. 
   O homem, em busca de solidificar a possibilidade de ler o mundo, criou a escrita. Com isso, perpetuou a palavra, facilitando sua própria vida, uma vez que a leitura da palavra não é mais senão uma ponte para a leitura do mundo. 
   E nessa arte de ler a vida, o homem superou-se e criou o livro!
   Eclético, pode estar cheio de sonhos, de realidade, de magia. Recheie-se daquilo que nós queremos que esteja pleno. 
   Sempre disposto, não reclama se for esquecido por uns dias, nem se for solicitado no meio da noite. Permanentemente fiel pode estar conosco onde quer que estejamos. Segue mudo ao nosso lado, e nos fala somente quando o interpelamos. Se perguntamos, responde. Se não, segue quedo, pacato, plácido.
   Sábio, constantemente tem algo a nos dizer, sobre todo e qualquer assunto. Seriedade bobice, para rir ou chorar, não importa: ele pode nos dizer coisas instrutivas, ou mesmo pilhérias insignificantes. 
   Por seu intermédio, nossa mente pode ser expandida, nossos conhecimentos aperfeiçoados. Temos nele meios de adquirir
novos saberes, confirmar ideias ou mesmo mudar nosso ponto de vista. Ele é virtuoso!
  Mesmo quando não gostamos muito do que tem a dizer, somos livres para escolher outro, e outro, e outro, até que um deles seja aquele que melhor aquieta nossos anseios, nossos desejos. 
   Os livros são, portanto, pequenas gotas diárias da vida, de liberdade, de luz, de saber, de conhecimento. Podemos viver sem eles? Até que sim. Porém essa vida será escura, sem sonhos. Uma vida sem livros é como solo sem chuva: improdutivo, ressequido, inanimado. Como uma casa fechada em que não entra nem sol nem vento. 
   Coloque saber, luz e cor em sua vida: leia!
   Mário Quintana já dizia que o verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê. Portanto, erradique o seu próprio analfabetismo e trabalhe para erradicá-lo. 
   Leia hoje amanhã, depois, a vida toda! Leia para seus filhos. Leia para seus pais. Leia para seus amigos. 
   Se você é professor, por favor, abra uma janela de luz, sonho na alma de seus alunos. Construa seres capazes de pensar: leia em sala de aula – da primeira a décima segunda classe. Isso, com certeza, construirá indivíduos críticos, capazes de ler sua realidade e, com isso, trabalhar para torná-la melhor para si e para todos. 
   Um passo hoje, outro amanhã, e o caminho inteiro se faz. (ELIANE VITORINO DE MOURA OLIVEIRA, docente na universidade de São Tomé e Príncipe pelo programa Leitorado do Governo Brasileiro, página 2, ESPAÇO ABERTO, quarta-feira, 27 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).    

MEU FILHO, AME SUA MÃE


   Querido filho, é uma pena que você jamais saberá como sua mãe foi  antes de você existir. Uma mulher apaixonante em sua autêntica espontaneidade. Sem tê-la conhecido antes, como eu a conheci, você não será capaz de entender o quanto você a transformou. 
   Agora eu compreendo que havia uma parte do coração dela à qual eu jamais teria acesso. Um espaço que sempre esteve reservado para você. Depois de tanto tempo juntos, você foi quem trouxe para ela um novo sorriso, uma nova forma de olhar, um outro tom de voz e uma coragem reforçada para viver. E eu, nas minhas limitações de homem, não conhecia nada disso. É uma pena que você não vá se lembrar da forma como ela o acaricia em seu ventre quando você se mexe. Não se dará conta das longas conversas que vocês têm agora. Esquecerá das leituras e das vezes em que ela põe “As Quatro Estações” de Vivaldi junto à barriga para você ouvir. Talvez um dia você até se irrite com a maneira como ela se preocupa com seu bem estar acima de tudo. De tudo mesmo. 
   Você não terá visto a forma como ela se contorce para dormir pouco acomodada com você dentro dela ou as roupas quentes e compridas que ela usa no calor para lhe proteger do tal Zika, enquanto os pés incham como balões. Muito longe dela reclamar disso tudo. Pelo contrário. Tudo é feito com um sorriso feliz e iminente. 
   Para ser sincero, é provável que você e eu nunca sejamos capazes de amar dessa forma. Um amor que talvez só seja sentido por algumas pessoas que possam alimentar outras vidas dentro do próprio corpo. Seres que se fazem portais de Deus para receberem as almas que Ele envia para esse mundo.
   Por isso, meu filho, de tantos conselhos que eu ainda quero lhe dar, o primeiro é para que você, acima de tudo, seja humano. Enfrente seus problemas e lute para ter suas conquistas. Vá aonde for necessário para encontrar seus sonhos. Cometa seus erros. Use seu coração. Mas, sob nenhuma circunstância, saia de perto de sua mãe sem lhe dar um beijo e sem lhe deixar o seu carinho. Ela sempre será merecedora. Meu filho, aconteça o que acontecer, ame muito a sua mãe. ( WILLIAN GALLERA GARCIA, analista judiciário em Londrina, página 3, caderno FOLHA 2, espaço CRÔNICA, quarta-feira. 27 de abril de 2016. Publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).      

POPULAÇÃO CARCERÁRIA


   Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias divulgado ontem pelo Departamento Penitenciário Nacional (órgão vinculado ao Ministério da Justiça) aponta que o perfil da população carcerária pouco mudou. A avaliação socioeconômica dos detentos mostra que a maioria é jovem (idade entre 18 e 29 anos), mais de 60% deles são negros e 75% têm o até o Ensino Fundamental completo. 
   O Brasil conta com a quarta maior população carcerária do mundo – 622.202 pessoas privadas da liberdade em dezembro de 2014 (último dado disponível), das quais 40% eram provisórios ( sem condenação em primeiro grau). Lideram o ranking Estados Unidos, China e Rússia. O estudo mostra que o Paraná detém o quarto maior número, com 28 mil detentos, atrás apenas de São Paulo, com 220 mil ; Minas Gerais (61,3 mil), e Rio de janeiro (40,3 mil ). Em 14 anos, houve um aumento de mais de 600% na quantidade de presos, índice preocupante.
   O percentual pode apontar para um trabalho melhor desenvolvido pela área de segurança pública. No entanto, também pode apontar para a banalização das prisões. Como explicar, por exemplo, o aumento significativo da população carcerária se a “sensação de insegurança” permanece? Se melhorou o trabalho de investigação das polícias e as rondas ostensivas, que coíbem a prática de crimes menores”, porque as pessoas não têm esse sentimento na prática?
   Além disso, é preciso discutir outras formas de punição, além das cadeias. O sistema já se mostrou ineficaz para a ressocialização das pessoas e se conscientizou extremamente perverso. A superlotação torna esses locais totalmente insalubres, sem condições de atender requisitos mínimos necessários à manutenção da dignidade humana. Se as soluções apontam para as tornozeleiras eletrônicas ou à implantação do trabalho nas penitenciárias, é preciso avaliar os melhores resultados e implementar. No entanto, no longo prazo apenas a melhoria do nível educacional do brasileiros e das condições de vida é que poderão reduzir as estatísticas. ( FOLHA OPINIÃO, página 2, quarta-feira. 27 de abril de 2016.publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

terça-feira, 26 de abril de 2016

30 MILHÕES DE BRASILEIROS SOFREM COM HIPERTENSÃO

Rúbia Maria Caramanico : "Caminho 10 quilômetros por dia e minha alimentação é regulada .rR




   No Dia Nacional de combate à Pressão Arterial, profissionais da saúde alertam para a importância da prevenção 

   Cerca de 30 milhões de brasileiros adultos têm hipertensão, mas estima-se que apenas metade deles saibam que sofrem do problema. Muitas vezes silenciosa, a pressão alta está relacionada à principal causa de morte no País, que são as doenças cardiovasculares os acidentes cerebrais e as doenças artérias coronarianas, como infarto e angina. Nesta terça-feira, data em que se comemora p Dia Nacional de Prevenção e Combate à Pressão Arterial, os profissionais de saúde alertam para a necessidade de reforçar o trabalho de prevenção e controle do problema. 
   Apenas 5% dos casos de hipertensão tem um causa e a mais comum é a doença renal crônica. Os outros 95% são originados por uma associação de fatores, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, alterações das taxas de colesterol, diabetes, estresse, ingestão de sódio e gordura em excesso, idade, além de antecedentes familiares. Com exceção da hereditariedade da idade, todas as outras causas da doença podem ser eliminadas com a mudança de hábitos. 
   “Se combater o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo e o estresse, já reduz bastante a chance de ter hipertensão”, explicou o cardiologista Laércio Uemura, de Londrina. A recomendação é praticar 150 minutos de atividade física aeróbica por semana, além de reduzir o consumo de álcool, abandonar o cigarro e tentar evitar o estresse.
   Parece difícil, mas os ganhos para a saúde compensam o esforço. Para quem ainda não se animou, os números podem ser um bom estímulo para começar a mudar o estilo de vida. A cada ano, 300 mil brasileiros morrem em decorrência de doenças cardiovasculares, aquelas causadas pela pressão alta. Aqui, a taxa de mortalidade é de 552 óbitos para cada 100 mil pessoas, o que nos coloca em sexto lugar na lista dos países com mais alta taxa de morte por doenças cardíacas, infarto e hipertensão arterial. No mundo, são 9,4 milhões de mortes todos os anos, conforme dados da Organização Mundial da Saúde.
   Foi a preocupação com a saúde que levou a orientadora educacional Rúbia Maria Caramanico, de 57 anos, a mudar de hábitos. Há cerca de 10 anos ela estava 14 quilos acima do peso e decidiu adotar uma nova rotina. Alterou a alimentação e passou a praticar atividade física regularmente. “Antes, eu trabalhava, voltava para casa, comia e dormia. Foi quando me percebi com o peso acima do normal e decidi iniciar uma atividade física. Agora, caminho 10 quilômetros por dia, de três a quatro vezes por semana. Minha alimentação é regulada, sem gordura e excesso de sal, não fumo, não bebo e durmo bem”, contou. “Meço a pressão de duas a três vezes por semana e está normal. Vou ao cardiologista de seis em seis meses e não tenho nenhum problema de saúde.”
   Rúbia disse que a idade também foi um motivador. E ela está certa. Segundo o cardiologista Laércio Uemura, a pressão aumenta com a idade e as mulheres tendem a ser mais afetadas pela hipertensão arterial com o passar dos anos. “Na mulher, a incidência é menor até a época da menopausa. A partir daí, a incidência da doença começa a se igualar entre os sexos e, a partir dos 75 anos de idade, a hipertensão prevalece na mulher em razão da queda dos níveis de hormônio, mesmo que seja feita a reposição hormonal.”
   A servidora pública aposentada Regina Célia Raposo, de 65 anos, não faz atividade física com regularidade. Fuma e tem dificuldades para dormir, então faz uso de tranquilizantes. A pressão é alta e, para controlá-la, recorre à medicação. “Minha pressão está controlada. Não sou de muito sal e gordura. Não sinto canseira nem dor de cabeça e faço minhas atividades do dia a dia normalmente. Ando para cima e para baixo.
   Os medicamentos, explica o cardiologista, são necessários para controlar a pressão de boa parte dos pacientes, O nível considerável aceitável é abaixo de 14 por 9. “Hoje, há medicamentos bastante efetivos e com baixa incidência de efeitos colaterais. A dificuldade maior que a gente tem é a adesão ao tratamento. Mudar o estilo de vida é difícil, mas tomar o medicamento com regularidade também não é fácil. O remédio deve ser tomado sempre e de forma correta.”

   SAIBA COMO PREVENIR

   · O controle da pressão arterial passa pelo combate ao sedentarismo, obesidade, tabagismo, estresse e mudança na alimentação, com a ingestão de menos sódio e gordura e redução de consumo de bebidas alcoólicas;

   · A recomendação é ingerir de 5 a 6 grama de sódio por dia. Nesse cálculo devem ser considerados os produtos industrializados, de onde vêm mais de 60% do sódio consumido pela população;

   · Adoçantes à base de ciclamato de sódio também podem conter altos níveis de sódio. É preciso cuidado com produtos dietéticos e dar preferência aos adoçantes à base de stevia e sucralose;

   · Para ajudar a controlar a pressão, a recomendação é fazerpelo menos 150 minutos de de atividade física aeróbica, divididos entre três e cinco vezes durante a semana, ou caminhar 10 mil passos por dia. 

   Pessoas acima de 18 anos de idade devem medir a pressão arterial ao menos uma vez ao ano, mas se houver fatores de risco, a medição deve ser feita com maior frequência. Fonte: Laércio Uemura – cardiologista (Londrina). ( SIMONI SARIS – Reportagem Local, página 3, FOLHA CIDADES, terça-feira, 26 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

MEMÓRIAS DE UM DEPRESSIVO





   Por um momento pensei em escrever “ex-depressivo” no título desta coluna, mas não seria justo: com os que ainda sofrem ou irão sofrer a mesma doença, com as cicatrizes que a depressão deixa nas almas por onde passou; e comigo mesmo, que venci, mas ainda tenho a depressão nítida na memória. Sou como aquele alcoólatra que não bebe há mais de vinte anos mas mantém uma garrafa de vodca na geladeira, só para provar que é mais forte que a bebida. O “ex” na faz sentido. 
   Se vocês querem uma definição, aqui vai uma. Já devem ter notado o carinho e a saudade com que sempre me refiro ao meu pai nestas linhas. Pois uma crise de depressão é equivalente a receber a notícia da morte de meu pai por telefone, várias vezes seguidas, esquecendo-me do terrível fato entre um telefonema e outro. 
   Leitor de muitas narrativas sobre campos de concentração, tanto os nazistas como os comunistas, arrisco mais uma definição da doença: estar depressivo é como ter a mente transformada em Auschwitz, por algumas horas...ou alguns dias. A depressão é um prenúncio do Inferno; não tenho dúvida que Dante conheceu esse mal. 
   Escrevo estas memórias, e pretendo continuá-la em outras colunas, porque a depressão é um problema de saúde que afeta a sociedade inteira (difícil encontrar alguém que não tenha ao menos um caso na família ou entre os amigos íntimos), mas também para exorcizar meus fantasmas. De vez em quando, em momentos de tristeza ou desânimo, que são perfeitamente naturais e não devem ser confundidos com a doença, contemplo uma nesga da face do velho monstro, a sombra de uma sombra, e sou colocado diante da remota, porém efetiva possibilidade de que ele volte. Falar, escrever sobre a depressão é evitar esse risco. Tchau, querida.
   Por falar em campos de concentração, o psicólogo e escritor Victor Frankl,  ex-prisioneiro de Auschwitz, desenvolveu a tese de que a chance de sobreviver ao campo era diretamente proporcional à existência de um sentido na vida: família, o trabalho, a profissão, uma tarefa a ser realizada. A depressão, ao contrário, fornece um sentido, mas um sentido falso, vazio, traiçoeiro. Muitas acabam por se afeiçoar a ela; eu mesmo vivi essa paixão que desagrega a alma. Muitos anos depois, já livre do doença, li as palavras de François Mauriac que descreviam minha vida na época passada: “Eu não amava a felicidade, não amava a paz. (...) Nada esperem de mim sobre esse assunto da angústia que não pertença à minha própria experiência: eu gostava da angústia e a preferia à Deus”. 
   O escritor Stephen King, um sobrevivente, confessou não lembrar como escreveu o romance “O Iluminado”, mergulhado que estava na amnésia do vício. Da minha época de depressão, ao contrário, eu me lembro muito bem, especialmente das coisas que deixei de fazer e amar e escrever. A melancolia será sempre a sombra de uma sombra na minha vida, e escrevo agora para você que passou ou passa por essa escuridão, com a única finalidade de dizer: - Há saída. ( Fale com o colunista: avenidaparana@folhadelondrina.com.br página 3, caderno FOLHA CIDADES, coluna AVENIDA PARANÁ, terça-feira, 26 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

CONCORDÂNCIA VERBAL



   Na coluna da semana passada, falamos sobre os erros de português cometidos por vários deputados durante a votação do processo de impeachment. Dentre esses erros, um dos que mais chamaram a atenção foi a falta de concordância verbal. Vamos então revisar algumas regrinhas básicas para evitar “deslizes” como aqueles cometidos pelos nobres deputados. 
   O princípio básico da concordância diz que o verbo deve concordar com o sujeito em número e pessoa. É uma regra simples de seguir se o sujeito for simples e estiver antes do verbo, como em “João estuda aqui” ou “nós fizemos os exercícios”. Um sujeito composto também não costuma apresentar problemas se estiver anteposto ao verbo, que vai para o plural: ”Eu e ela iremos à capital” ou “José e Pedro chegaram”. 
   Já com o verbo antes do sujeito composto, passamos a ter duas possibilidades: concordar com ambos os núcleos (no plural) ou só com o mais próximo. Por exemplo: estão corretas as opções “chegaram José e Pedro” ou “chegou José e Pedro”. 
   Outro caso que permite duas formas corretas são as expressões partitivas, como “parte de”, “a maioria de”, “um grupo de”, etc. Se essas expressões forem especificadas por um substantivo, são possíveis as duas concordâncias: “A maioria dos londrinenses concordou” ou “A maioria dos londrinenses concordaram”, por exemplo. Caso a expressão apareça sozinha, sem especificar, o verbo fica no singular. (“A maioria concordou”). 
   O mesmo acontece com porcentagens: se especificamos, há duas possibilidades (“1% dos eleitores votou” ou “1% dos eleitores votaram”), mas se só aparece a porcentagem, a concordância é feita com o número (“1% votou” ou “10% votaram”).
   Com o pronome “que”, a concordância é sempre com o termo antecedente, como em “fui eu que paguei a conta” ou “fomos nós que pagamos”, mas quando o pronome é “quem” podemos ter duas concordâncias: “fui eu quem paguei” ou “fui eu quem pagou”, “fomos nós quem pagamos” ou “fomos nós quem pagou”. 
   Há certos nomes próprios plurais, principalmente de lugares, que possuem uma particularidade. Se forem acompanhados de artigo, fazem a concordância no plural ( “Os Estados Unidos são uma potência mundial” , “ Minas Gerais produz. excelentes queijos”).
   Quando temos um sujeito composto com os núcleos unidos pela palavra “ou”, temos que observar o contexto. Se a declaração for atribuída a todos os núcleos, o verbo vai para o plural (“Muito açúcar ou muito sal fazem mal à saúde”), mas se for algo aplicável a apenas um núcleo, o verbo fica no singular. (“João ou José será escolhido para o cargo”). A mesma regra vale quando o conectivo for “nem” (“Nem o professor nem o aluno saibam a resposta”). 
   Finalmente, um cuidado especial com os verbos impessoais, que não possuem sujeito e, por isso mesmo, ficam sempre no singular. Isso se aplica, por exemplo, ao verbo “haver”, quando significa “existir” (“Não havia pessoas na sala”) ou para indicar o tempo ( “Havia dez anos que não nos víamos”). Também vale para o verbo “fazer”, também quando se refere a tempo (“Faz vinte minutos”, “Amanhã fará cinco anos”) e para verbos que expressam fenômenos da natureza (“Choveu quinze milímetros).
   Ficou ainda alguma dúvida? Entre em contato pelo nosso e-mail . Até a próxima terça. ( FLAVIANO LOPES – PROFESSOR DE PORTUGUÊS E ESPANHOL. Encaminhe as suas dúvidas e sugestões para bemdito14@gmail.com página 5, caderno FOLHA 2, espaço coluna BEM DITO, terça-feira, 26 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

REFORMA DA PREVIDÊNCIA


   Há tempos se discute a necessidade de execução de uma reforma na Previdência. No entanto, o assunto ganhou força depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e da divulgação de enorme deficit nas contas públicas. Tema extremamente impopular porque mexe com direitos dos trabalhadores, a reforma tem sido “empurrada” – sem qualquer perspectiva de uma discussão no curto prazo. 
   Reportagem desta FOLHA discutiu o assunto e aponta para a necessidade urgente de reduzir as despesas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). As medidas são amargas, mas se fazem extremamente importantes. Somente no ano passado, a União teve que arcar com um rombo de mais de R$ 89 bilhões no Regime Geral de Previdência Social dos aposentados e pensionistas. Para este ano o governo estima um deficit de R$ 105,3 bilhões para cobrir a diferença entre contribuições e benefícios pagos. 
   Se os números não fecham, há indicativos de que é preciso haver mudança. Gastos com pensões devem ser revistos, assim como deve-se elevar o rigor na concessão dos benefícios da aposentadoria rural, fatores significativos da diferença. Além disso, fundamental acrescentar que a perspectiva de vida dos brasileiros aumentou. De 2000 a 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a esperança de vida subiu  5,6 anos – de 69,8 para 75,4 anos. São fatores que têm que ser considerados e discutidos pelos brasileiros. 
   Importante salientar que não se trata de defender a perda de direitos adquiridos – e conquistados – pelos trabalhadores. No entanto, é preciso que a sociedade amadureça e debata a questão seriamente – sem ideologia. Trabalhadores urbanos, por exemplo, não podem continuar a subsidiar os rurais. Não se pode tratar duas classes distintamente, uma vez que o trabalhador rural adquire direito a uma aposentadoria com apenas 15 anos de contribuição . Itens como esse devem ser igualados. 
   Também é esperada uma ação que foque no equilíbrio das contas no longo prazo, como a estipulação de idades mínimas de aposentadoria, equiparação de direito de mulheres e homens, bem como de trabalhadores do setor público e privado. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, terça-feira, 26 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

segunda-feira, 25 de abril de 2016

AMOR NOS TEMPOS DO ÓDIO



   1-A mais dura tarefa do Brasil nos próximos tempos não será reconstruir a economia, vencer a corrupção, desmascarar a ideologia ou retomar o desenvolvimento; será amar e perdoar. O governo roubou muitas coisas, mas o pior roubo foi a nossa capacidade de amor e perdão. A organização criminosa dilapidou o orçamento da União, o orçamento das famílias, a Petrobras, o BNDES, o futuro do País? Claro que sim! Mas o pior foi roubar nossas amizades, foi dividir nossas famílias, foi colocar-nos uns contra os outros. E pensar que ainda temos doutores acadêmicos, pagos com dinheiro público, defendendo o marxismo e a luta de classes! 

   2- Nos últimos 13 anos, diante de uma elite de psicopatas voltados exclusivamente ao poder, nossos corações ficaram endurecidos, essa é a triste verdade. Por isso, antes de ser misericordiosos, será preciso entendermos em que consiste o perdão, uma das bases do cristianismo.

   3- O perdão só pode ser concedido àqueles que realmente desejam ser perdoados e mudar de caminho. Não se perdoa aquele que pretende persistir no erro. Não se perdoa aquele que não pede perdão. Não se perdoa aquele que não perdoa. Se alguém cospe no seu rosto e pede desculpas, merece ser desculpado. Mas do que adianta desculpar o sujeito que volta a cuspir assim que lhe perdoam a primeira cusparada? Não existe perdão sem arrependimento sincero. Perdão sem mudança não é perdão: é impunidade, é fingimento, é farsa. 

   4- Em minha vida de cronista, tenho recebido muitas de manifestações de amor e carinho – e algumas de ódio e desprezo. Felizmente, as primeiras são bem mais numerosas. Ontem mesmo, estava eu caminhando pela rua quando uma psicóloga estacionou o carro só para me dizer que era leitora da Avenida Paraná. Um dia antes, uma jovem estudante fizera algo oposto: exigira minha imediata demissão da FOLHA, chamando-me de “nojento” e “fascista”. Ela nem imagina quantas vezes já pediram minha cabeça ao longo dos anos... 

   5- A partir do momento que deixei a esquerda, renunciando à mentira e à autocensura, ganhei muitos amigos, mas também fui alvo de inúmeras incompreensões. Quando decidi nunca mais aderir aos clichês e fingimentos ideológicos que quase me levaram à morte, sabia o que estava fazendo. Sabia que muitos me considerariam “traidor da causa”, “papa-hóstia”, “vendido ao sistema” e “lacaio do capitalismo”; Na verdade, a única coisa que eu traí, ao me libertar, foi a própria traição. Considerem o que faço hoje como uma delação não premiada das mentiras que acreditei um dia. 

   6- Se quisesse agradar a todos, teria de mentir. E viver na mentira, para mim, seria hoje uma morte-em-vida. Não será esta a última vez que pedem a minha cabeça de “fascista nojento”; mas também não será a última vez que me param na rua para dizer: - Continue, Paulo! 

   7- A todos, os que me amam e os que me odeiam, uma ótima semana.( FONTE: Fale com o colunista: avenidaparana@folhadelondrina.com.br página 5, FOLHA GERAL, segunda-feira, 25 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

O QUE HÁ, AFINAL, COM OS NEGÓCIOS?


   Tenho certeza que você está trabalhando duro para fazer de sua empresa um negócio próspero. Porém, se ela não tem nada de especial ou parece-se com todas as outras, você ganhará cada vez menos até ficar obsoleto e não valer nada. Pode escrever isso. 
   A principal característica do mundo de hoje é a diferença. Não importa se você está em São Paulo, Tel Aviv ou Hong Kong. 
   A realidade “mais real do que o rei” é: mude ou você vai morrer! Traduzindo: o prazo de validade de tudo está cada vez mais curto... e o tempo passa rápido!
   Apesar da crise econômica, não há como sobreviver sem o estabelecimento de um modelo de gestão consistente, que gere caixa com resultados financeiros reais. Não há como imaginar qualquer empreendimento sem a prática da satisfação do cliente, sem orientar-se por princípios e valores, sem uma estratégia que cumpra missão e visão, e sem o alicerce de “fazer certo as coisas”. 
   É claro. Concorrência já não consiste no “forte” dominando o “fraco”, mas no “ágil” que supera o “lento”. 
   Comprar melhor, vender melhor, relacionar-se com base em valores, surpreender e tratar com exclusividade o cliente, ter métricas para tudo, conhecer a causa raiz dos problemas e criar planos de ação factíveis são apenas alguns dos muitos atributos deste tempo que se chama “hoje”. 
   Restam somente duas opções por uma das quais é possível apresentar-se ao mercado. Ou você se mostra como uma proposta memorável, ou como uma novela dessas cujo capítulo de ontem todo mundo já esqueceu e o de hoje qualquer um sabe predizer como será. É continuar na “vala comum” até a morte, ou, “tornar-se ímpar” e ser longevo. 
   O que eu quero dizer de modo breve e objetivo é: se a sua empresa vai mal, verifique os conceitos e preconceitos sobre os quais você tem determinado o caminho a seguir. ( FONTE: ABRAHAM SHAPIRO, consultor e coach de líderes em Londrina, caderno FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, coluna ABRAHAM SHAPIRO, segunda-feira, 25 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

ESTUPIDEZ DISCURSANDO


   Encontrar alguém com quem dialogar é raro. Sempre foi assim porque são poucos os que são capazes de conversar. Entretanto, muito mais frequente é encontrar pessoas que falam e falam, mas se mostram incapazes de estabelecer uma conversa. Conversar requer mente, um mundo interno mais elaborado e de alguém que seja capaz de ouvir e falar apropriadamente. Já discursar não necessita o ouvir e nem pensar, o que faz com que qualquer um discurse. Nos tempos de hoje no Brasil, onde a política tornou-se, negativamente, assunto diário, vemos com bastante clareza como faltam interlocutores decentes. Contudo, sobram fanáticos dotados de certa intelectualidade e cultura, mas estúpidos quando se refere a conversar e até mesmo a pensar em pontos de vistas diferentes dos seus. Fanatismo é doença que envenena a alma. 
   Quando um indivíduo não sabe conversar ele troca o diálogo pelo discurso e acredita que trata-se da mesma coisa. Dialogar e discursar têm éticas diferentes, aliás, dialogar se baseia numa ética enquanto discursar tem base no convencer que sempre é agressivo no fim das contas, O discurso engana com palavras bonitas e aparentemente inteligentes, mas geralmente ocultam a estupidez e a perversão de sentidos. Políticos deveriam tomar cuidado com seus discursos, sejam eles de quais partidos forem, porque no discurso revelam sua estupidez e transformam em algo natural aquilo que é crime. É o que acontece hoje no país. Desde a presidência até os vereadores vemos gente discursando estupidez a torto e direito. Comecemos com políticos que consigam conversar, ou seja, ouvir e falar de verdade. Pior que os políticos, que comumente se engajam na política para alcançar seus objetivos perversos, são as pessoas consideradas cultas, mas que se perdem na idiotice, incorrem na estupidez porque são incapazes de falar consigo próprias e se pudessem se ouvir teriam vergonha da cegueira que tanto cultuam e propagam. Não só na política, mas em geral faltam pessoas que consigam abandonar os discursos e aprendam a conversar. ( SYLVIO DO AMARAL SCHREINER, psicoterapeuta em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, segunda-feira. 25 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

OPERAÇÃO PUBLICANO E PUNIÇÃO


   Há um ano foi protocolada a primeira denúncia relativa à Operação Publicano. As investigações conseguiram apontar e desbaratar um engenhoso esquema de cobrança de propina e de enriquecimento ilícito montados por auditores da Receita Estadual da delegacia de Londrina. Há indícios de que as ilegalidades funcionavam há pelo menos 30 anos e que geraram prejuízos significativos aos cofres públicos – cerca de R$ 40 milhões somente nessas investigações.
   Se durante esse período, vários servidores públicos, empresários e profissionais liberais foram presos, o desafio agora é reaver todo o dinheiro obtido ilegalmente. Como exposto ontem neste jornal pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaego) , Jorge Fernando Barreto da Costa, o foco agora é a recuperação de bens e do dinheiro que os agentes públicos receberam por deixar de cumprir com suas obrigações. 
   Para a sociedade que acompanha os desdobramentos das operações e o andamento jurídico, é importante que todos os envolvidos sejam punidos e que os recursos retornem à população. São milhões que poderiam ser aplicados no bem-estar dos paranaenses, principalmente em um momento desses de falta de recursos. Além disso, modifica a ideia, ainda presente no inconsciente coletivo, de que a Justiça brasileira não pune os “crimes de colarinho branco”.
   É claro que os desdobramentos da Operação Lava Janto, desenvolvida em âmbito nacional, contribuíram também para a mudança de paradigmas como esses. No entanto, toda movimentação nesse sentido ajuda no amadurecimento da sociedade – em deixar de aceitar práticas de corrupção por parte de políticos e agentes públicos. O atual momento é bastante propício às discussões, deixando de lado a atual polarização partidária. Os cidadãos devem se unir e cobrar transparência nos atos públicos. Ninguém deve ser favorável à corrupção, mal que tanto causou a Nação. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira. 25 de abril de 2016,publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

domingo, 24 de abril de 2016

AS 10 FALHAS DE GESTÃO E LIDERANÇA DA PRESIDENTE


   É preciso refletir sobre os erros dela para não repetirmos a história

   Com a possibilidade real da interrupção do segundo mandato da presidente Dilma nas próximas semanas, creio que já é possível fazermos um balanço sobre as principais falhas de gestão que ela cometeu durante os últimos cinco anos de governo e que podem servir de aprendizado a todos nós. São elas:

1) Assumiu um cargo que estava muito além de sua capacidade individual. O “mito de supergerente” , cunhado por ser antecessor, ajudou a ganhar a primeira eleição e a contabilidade criativa impediu que os efeitos de uma política econômica equivocada viessem à tona antes das eleições passadas, mas quando a cortina de fumaça desapareceu ficou claro que ela não está à altura da posição que ocupa.

2) Diante das dificuldades, preferiu se vitimizar. Em vez de confrontar os problemas do seu governo, é comum vê-la praticar o coitadismo, jogar a culpa em terceiros e justificar-se com o imperdoável. “Eu não sabia!” Se ela tivesse exercido o protagonismo lá atrás certamente hoje não precisaria destilar o bordão “Não vai ter golpe” em seu suspiro final.

3) Encastelou-se. Em muitos momentos críticos ela se refugiou em seu “castelo de cristal”, criando um mundo fantasioso no qual os problemas pareciam estar sob controle. Quando um gestor público não sai do palácio para ver o que está acontecendo lá fora, para de descrever a realidade como ela é. Foi o que aconteceu com a presidente. 

4) Não teve habilidades sociais. Uma pessoa na posição de presidente precisa ser capaz de sentar à mesa com outros líderes da sociedade e administrar suas emoções quando o impasse parece ser inevitável. O problema é que Dilma Rousseff não é uma raposa política com tato suficiente para lidar com quem pensa o contrário dela. Resultado: plantou inimigos onde havia aliados e paralisou seu governo.

5) Centralizou demais. Durante os últimos anos vários ministros comentaram em público que a presidente é muito centralizadora. Não os deixava tomar decisões que cabiam a eles porque queria se envolver em tudo. Esse tipo de atuação enfraquecia as pessoas que estavam logo abaixo dela, a desfocava de seu verdadeiro papel e ainda a levava a tomar decisões em áreas nas quais não tinha competência. 

6) Selecionou as pessoas erradas. Muitos dos seus auxiliares próximos acabaram fracassando. Ou seja, quem poderia suprir suas áreas de incompetência também não conseguiu dar conta do recado quando os problemas se intensificaram. Pior: ao longo do seu governo, muitos deles tiveram problemas sérios com a justiça e seu vice ainda a abandonou. 

7) Continuou ainda muito próxima de seu antecessor. É muito difícil substituir um líder populista quando não se tem traquejo social e você só está no topo graças ao prestígio dele. Por isso, o bom senso pede que você mantenha uma certa distância do antecessor ou todos pensarão que quem manda de verdade é ele. Dilma Rousseff preferiu cometer esse erro.

8) Adotou o discurso “nós” e “eles”. Após uma eleição tão acirrada como a de 2014, qualquer líder sensato teria buscado unir o País e esta fo a promessa da presidente Dilma na época. Contudo, assim que a economia foi se deteriorando e a Operação Lava jato começou a afetar sua imagem, ela e o partido que representa optaram por se defender tentando dividir o País, para não ter de explicar o inexplicável. 

9) Não alcançou resultado. Mesmo com tudo isso, se os indicadores econômicos fossem favoráveis talvez ela se mantivesse no poder. Só que o crescimento do PIB foi ridículo durante os últimos anos: 3% durante (2013), 0,1% (2014) e previsão de -3,8% (2015) e previsão de -3,8% em (2016). A pior recessão enfrentada nos últimos 80 anos.

10) Cometeu um crime. A decisão de mascarar o crescente déficit fiscal e pedalar bilhões de reais com crédito disfarçado em banco público configurou o crime que está a prestes a custar seu mandato. 
   Tomara que nosso próximo presidente aprenda com essa experiência desastrosa e todos nós, eleitores, possamos ser mais cuidadosos da próxima vez. ( WELLINGTON MOREIRA, palestrante e consultor empresarial, página 2, caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, sábado, 23 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

REPÚBLICA DO BATOM



   Para criticar matéria “machista” sobre Marcela Temer, mulheres postam selfies fazendo beicinhos

   A matéria da Veja sob o título “Bela, recatada e do lar” correu as redes sociais na semana que passou como exemplo de que a “revista da direita” publicou um libelo antifeminista, enaltecendo a mulher pudica na figura de Marcela Temer, esposa do vice-presidente da República. Eu ri. Primeiro porque acho que o título foi proposital e irônico, feito na medida para chamar a atenção e funcionou. Quase todas as indignações serviram também para por a matéria no centro do debate. O fato é que a evidência sempre aumenta na proporção da critica veemente.
   Mas minha principal observação quanto à matéria “machista” sobre Marcela Temer, foi notar, na contrapartida, que na rede as mulheres repetiam a frase: “Bela, recatada e do lar”, postando selfies. Na minha opinião, o que deveria ser crítica passou a ser paródia da visão machista sobre a mulher. Lá estavam elas, feministas ou moças bem intencionadas postando fotos que as mostram belas, mas para insinuar que não são recatadas nem do lar, algumas preferiram “do bar”. Ainda assim, a escolha geral, pelo menos na minha TL, não foi de mulheres que vão à luta, mas mulheres que fazem beicinhos e mostram pezinhos para atrair a atenção masculina. Nada contra selfies, eu também publico, mas ainda acho que a pretendida crítica deveria nadar contra a maré que coloca a força da mulher ainda em seus predicados físicos como nos anos 50. Se eu fosse imitar a Bela Gil poderia sugerir: “Você pode trocar sua selfie-beicinho por uma atitude inteligente, por exemplo”.
   Não é de hoje que observo que a relação de liberdade feminina e corpo à mostra ainda prevalece. Fazer o que se quer com o corpo é um direito, mas não é a única arma , tampouco o único direito. Há milênios o corpo feminino serve ao ideal de beleza, quando poderia ser evocado de tantas outras maneiras. Ainda hoje, quando uma moça quer provar que é livre usa o erotismo que se transformou num clichê que às vezes não tem mais nada de revolucionário pela repetição. 
   Na última terça-feira, perdi algum tempo com o programa de Lucana Gimenez para ver uma entrevista de Geisy Arruda, a moça que defendi quando foi escorraçada numa universidade de São Paulo porque foi à aula com um vestido rosa curtíssimo. Passados sete anos desde que sofreu aquela injúria, Geisy investiu cada vez mais nos dotes físicos e quase nada na revolução dos costumes que a transformaram num objeto midiático sujeito às vaias ou aplausos que os machões dão quando querem. 
   Torço e tramo para que as belas se tornem feras, invertendo o condicionamento da liberdade apenas à redução das saias, migrando do lar não apenas para o bar, mas para espaços em que possam ser valorizadas por sua inteligência, conhecimento e personalidade, em vez de imitarem os padrões masculinos ou a porção “miss! De Marcela Temer. Vale lembrar que podemos trocar s selfie por ideias, m conceito que não se restrinja a uma sucessão de bicos. Uma amiga postou uma máquina de lavar como exemplos de “Bela, recatada e do lar”. Achei crítico e criativo, como outras escolhas. Nunca se esqueçam que a boca também serve para expressar opiniões, além de mostrar o batom, é claro. ( FONTE: celia.musilli@gmail.com página 4, caderno FOLHA 2, domingo, 24 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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