terça-feira, 19 de dezembro de 2017

NÃO VOU MAIS CONTINUAR COM ESTE MEU HUMILDE BLOG


   É uma decisão tomada após pensar demais na inutilidade do meu blog. . Tenho visitados outros, e, vejo uma diferença enorme!... Agradeço muito aos que seguiram e peço desculpas pela ousadia. Contudo, foi mais a pedido de minha professora de informática e web design com o objetivo de tentar me socializar um pouco.
 Desde 1994 vivo recluso por uma artrose generalizada que, progressivamente, calcifica minhas articulações causando dores as 24 horas do dia. Por não poder sentar-me desde 1999, fico em pé ou me deito. Fica difícil. Ouço músicas e leio.
   Não faço resumo porque posso usar um termo ou uma pontuação que descaracteriza a beleza e importância do pretenso texto a ser postado. E receio externar minha subjetividade. 
   Nos dias atuais, e, também os “amigos” que me circundam ou me visitam, gravitam em seu mundo social e eu não tenho nada pessoal para continuar dialogando. E as pessoas têm uma visão muito diferente da que estava habituado a perceber, quando andante e participativo. 
   Vou dar “um tempo”  - como se diz hoje em dia. Vez ou outra, postarei na íntegra algo que julgo ser importante, como costumeiramente tenho feito. 
   E outra questão que julgo a principal: “não há interação”. Quase todos não dão feedback. Há, obviamente, pessoas que, educadamente, agradecem por eu haver postado o artigo escrito e publicado. 
   Quero desejar a todos vocês um Natal cheio de amor e Paz. Que Jesus continue renascendo no coração e no lar de todos vocês. Um Ano Novo próspero, feliz, com muita saúde, felicidade e que a LAVA JATO leve a cabo sua missão de expurgar os bandidos corruptos.   Agradeço muito mesmo as visitas. Felicidades a todos.
   Fiquem com Deus e em “Paz” 
   Feliz 2018!

CNOVA RESOLUÇÃO SOBRE ATENDIMENTO A HOMOSSEXUAIS ONSELHO DE PSICOLOGIA APROVA


   São Paulo – O Conselho Federal de Psicologia aprovou uma nova resolução que regulamenta a forma como a categoria deve atuar no atendimento a travestis e transexuais. A medida é tomada em meio à polêmica que cerca a iniciativa de psicólogos para derrubar, na Justiça, uma resolução do CFP que proíbe os profissionais da área de oferecerem tratamento ou cura para a homossexualidade. 
   A norma só entrará em vigor após ser publicada no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer apenas em janeiro. As informações são da Agência Brasil. 
   Aprovada neste domingo (17), a decisão orienta os psicólogos de todo o país a não tratar a travestilidade e a transexualidade como uma doença ou anomalia. A decisão ocorreu dois dias após sentença da 14ª Vara Federal de Brasília, que tornou definitiva a decisão liminar (provisória) autorizando psicólogos a atenderem pacientes chamados egodistônicos (que não aceita sua condição homossexual). 
   Em sua decisão, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho também manteve a garantia para que os psicólogos realizem estudos sobre transtornos psicológicos e comportamentos ligados à orientação sexual. 
   O conselheiro Pedro Paulo Bicalho, secretário do SFP, garantiu que o órgão vai recorrer da decisão judicial que autoriza o atendimento de homossexuais interessados em terapia de reorientação sexual. “Essa sentença será questionada, pois, para nós, é um grande equívoco. O conselho jamais negou ou quis negar a qualquer psicólogo a possibilidade de oferecer ajuda a quem quer que seja. O que não podemos admitir é que um eventual pedido de ajuda seja interpretado e tratado como um pedido de reorientação sexual por parte de homossexuais, travestis ou transexuais.”
   A nova resolução impedirá “o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação” contra transexuais e travestis, proibindo os profissionais da área de “propor, realizar ou colaborar com eventos ou serviços que busquem terapias conversivas, reversivas, de readequação ou reorientação de gênero”, bem como de participar de “eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias”, (FONTE: FOLHAPRESS, página 8, FOLHA GERAL, terça-feira, 19 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

É PRECISO ACELERAR


   Mais uma vez os levantamentos oficiais mostram uma Londrina tímida em termos de crescimento econômico. Desta vez, são os números do IBGE referente à evolução do PIB per capta no município no período de 2010 a 2015. Apesar de registrar uma evolução de 51,6% - saiu de R$ 21.362,06 para R$ 32.387,71 - que a coloca acima do PIB nacional, no comparativo entre as 45 cidades do Sul e Sudeste com população entre 300 mil e 700 mil habitantes, Londrina ocupa o 28º lugar do PIB per capita. 
   A situação fica ainda menos confortável quando a comparação é feita entre as cidades do Estado que se enquadram nessa medida populacional. Londrina ganha de Cascavel (R$ 32.372), mas fica atrás de Curitiba (R$ 44.624), Maringá (38.881) e Ponta Grossa (R$ 34.941). O resultado reflete a importância que a industrialização tem diante dos indicadores que apontam para o desenvolvimento das cidades. 
   Não dá para desprezar a importância dos outros setores da economia da cidade, como o de serviços, que atualmente classifica o perfil econômico de Londrina. Porém, quando se tem por meta tornar a cidade ainda mais pujante, a industrialização é o caminho, como afirmou o economista Marcos Rambalducci, colunista da FOLHA. “O comércio é muito bom para fazer girar o dinheiro dentro da economia, ma só a indústria coloca o dinheiro novo no mercado.”
   O incentivo para uma Londrina mais industrializada, aliás, tem se tornado uma bandeira de luta de varias entidades e lideranças locais, além dos debates promovidos pelo Grupo FOLHA, por meio dos EncontrosFolha. 
   O presidente da Codel, Naldo Ribeirete, defende que a análise do PIB não deveria tratar Londrina isoladamente, mas sim no conjunto da região metropolitana na qual a cidade é referência e algumas empresas optam por instalar nas cidades vizinhas. 
   Assim, a interpretação pé-vermelha é de que Londrina pode se tornar mais atraente aos investidores, mostrando os vários atributos que o município oferece. Mas é certo que a cidade também precisa de políticas mais arrojadas de industrialização que vão beneficiar os londrinenses e a região. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, terça-feira, 19 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

REJEIÇÃO A VACINAS E A VOLTA DE DOENÇAS ERRADICADAS


   O Brasil, assim como outros países, tem visto crescer com a ajuda das redes sociais os chamados movimentos antivacinais. Esse crescimento acontece com a propagação dos supostos malefícios das vacinas e um fato recente colocou mais combustível na polêmica. Foi a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que pessoas que nunca tenham contraído dengue evitem tomar a vacina Dengvaxia. Mas é um fato pontual. Não se pode usar a recomendação da Anvisa para desinformar a população. Tanto que autoridades em saúde púbica alertam que o resultado da rejeição às vacinas é o retorno de doenças já erradicadas e o número significativo de casos de doenças controladas. O Ministério da Saúde considera que o movimento contrário à vacinação ainda é pequeno no Brasil, ao contrário de outras regiões como a Europa ou os Estados Unidos. De acordo com a pasta, não existem evidências de que esses grupos influenciem diretamente a cobertura vacinal no país. Porém, o ministério adverte que se os pais ou responsáveis pararem de vacinar suas crianças e adolescentes, doenças eliminadas ou erradicadas podem retornar. Hoje não há tantos casos graves de doenças que antigamente eram as maiores causas de internação pediátrica, como varicela, caxumba, rubéola e sarampo. Sem falar na erradicação de poliomielite. É fato que a descoberta da vacina foi um impacto na saúde pública, salvando milhares de pessoas, como lembrou a coordenadora do Comitê de Imunizações da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Lessandra Michelin, em recente entrevista à FOLHA. Ela ressaltou que muitos casos de complicações são atribuídos injustamente às vacinas e constatou que essa rejeição se deve ao mau uso das redes sociais. Deixar de vacinar os filhos é uma decisão extremamente delicada que precisa ser baseada em informações sérias e científicas. Infelizmente, nas redes sociais, qualquer pessoa se torna especialista e acaba arrastando com ela uma multidão de seguidores. É a perigosa desinformação. O ideal é buscar informações sempre em fontes confiáveis. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira, 18 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).              

domingo, 17 de dezembro de 2017

CALÇADÃO DE LONDRINA TERÁ ÁRVORE DIGITAL


   Equipamento vai fornecer acesso à internet e tomadas de energia para uso gratuito à população
   A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização ) abriu chamamento público para chamar pessoas físicas e jurídicas interessadas na instalação, por meio de tecnologias sustentáveis, de equipamento de acesso à internet e carga de bateria gratuitos à população. Além de emitir sinal wi-fi o instrumento terá saídas de USB e tomadas onde as pessoas poderão recarregar celulares e outros dispositivos móveis. 
   A empresa selecionada vai ceder o uso do equipamento e, em troca, poderá colocar uma placa indicativa da parceria, aos moldes do que já ocorre no programa “ Boa Praça” . Os interessados em patrocinar a iniciativa podem protocolar a proposta e a documentação exigida no setor de atendimento da CNTU, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, até o dia 11 de janeiro. Estão aptas a participar do chamamento público as pessoas ou empresas que atenderem aos requisitos estipulados. Todos os procedimentos necessários à instalação estarão disponíveis para a consulta no site da companhia,no endereço www.cmtu.londrina.pr.gv.br
   Alexandre Zuliani, coordenador de espaços públicos da CMTU, explicou que a estrutura denominada como “Árvore Digital” será construída na Praça Gabriel Martins, no trecho do Calçadão entre a rua Professor João Cândido e a avenida São Paulo. “Queremos atender a população, de modo geral, por isso escolhemos um local com alto fluxo de pessoas.” “Como a “árvore” deve funcionar por energia solar, a alta incidência de insolação no local foi outro fator que influenciou a escolha. 
   Para atender à finalidade do projeto, levando em conta os aspectos sociais, urbanísticos e ambientais da medida, a CMTU irá atualizar os projetos inscritos podendo recorrer ao apoio de especialistas, vinculados ou não á administração municipal, para auxiliar no julgamento das propostas. 
   Para efeitos de avaliação, as sugestões receberão notas de acordo com os critérios estabelecidos, devendo atingir uma pontuação mínima. Entre os parâmetros adotados estão, em primeiro lugar, a utilização de energias sustentáveis que estimulem comportamentos ambientalmente corretos; a quantidade e qualidade de serviços simultâneos oferecidos; o potencial de embelezamento e melhoria das condições de infraestrutura e paisagismo no local e, por último, o menor prazo de implantação das intervenções pretendidas. 
   Após o resultado do processo, a companhia notificará o vencedor da avaliação a proceder com a assinatura do contrato de uso da área pública. O prazo máximo para início dos trabalhos de implementação do equipamento será de 30 dias contados da celebração do termo, sendo que em ate 60 dias a partir desta data o dispositivo deverá estar totalmente instalado e em pleno funcionamento. A permissão para a utilização do espaço público será de um ano, prorrogável por igual período, limitada à duração máxima de 60 meses. 

   RECADO URGENTE
   Franciele Cristina é de Florestópolis (Região Metropolitana de Londrina), mas costuma vir a Londrina para fazer compras e passear. Ela já passou pela experiência de ficar sem bateria e sem acesso à internet e acabou tendo que recorrer aos amigos para se comunicar. “É uma boa ideia colocar esse equipamento no Centro, será útil para muita gente”, avaliou. 
   Alexandra Ribeiro é secretária em uma empresa no Centro de Londrina e costuma frequentar o Calçadão na hora do almoço. “ Já fiquei sem bateria tendo que dar um recado urgente e não tinha como resolver, pois estava sem carregador. Acho a ideia muito útil, o poder público tem que se adequar à modernidade”, diz.

   SERVIÇO 
   Mais informações sobre o chamamento público pelo fone (43) 3379-7941 ou 3379-7959,  caderno FOLHA CIDADES, quinta-feira, 14 de dezembro de 2017. (FONTE: CAROLINA  AVANSINI – Reportagem Local, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

GOL CONTRA A NAÇÃO


   “Ah! Se aquela multidão invadisse com a mesma fúria o Congresso Nacional no qual personagens de escracho fazem e acontecem com a legislação, atropelando direitos sem dar satisfação ao povo”

   A menos de dez dias do Natal, no país onde a política é campeã mundial de escândalos, os torcedores do flamengo protagonizaram cenas de selvageria no Maracanã durante a decisão da Copa Sul Americana com o Independente, da Argentina Ah! Se aquela multidão tivesse posto Sérgio Cabral para correr. Ah! Se aquela multidão invadisse com a mesma fúria o Congresso Nacional no qual personagens de escracho fazem e acontecem com a legislação, atropelando direitos sem dar satisfação ao povo, de olhos nas eleições de 2018 da qual esperam sair vitoriosos, num ato que se consuma como o maior escárnio político em nível mundial. 
   Queria estar aqui falando da decoração do Natal, de como os presépios e as cantatas trazem esperança, mas vejo o país realizar nos estádios o ritual de sua fúria e frustração a menos de 10 dias do Natal, o noticiário não poupa ninguém dos fatos. 
   As provocações e brigas das torcidas no Maracanã deixa a constatação de que o exemplo das arenas romanas se perpetuam nos séculos, como marca indelével da “ civilização” que ritualiza a infelicidade geral pedindo sangue. E isso não é uma metáfora. 
   Das cenas da última quarta-feira, uma das mais chocantes foi a do torcedor do Flamengo que levou ao estádio um submarino de cartolina onde se lia Independente, numa referência ao submarino argentino que explodiu recentemente e deixou cerca de 40 mortos, numa das piores tragédias do ano. 
   No mais, foi aquela tristeza ver o censo comum tomar tudo como “reação normal de torcidas”, enquanto um hotel de Copacabana era atingido por morteiros antes do jogo porque os brasileiros acreditavam que os argentinos estavam ali hospedados. 
   No entorno do hotel armou-se uma confusão antes da partida, e mesmo dentro do Maracanã foi difícil a polícia conter os ânimos, enquanto torcedores gritavam: “A polícia é despreparada, mano.” Mas não é bem assim, mano. A população também é despreparada, as torcidas são despreparadas, o cidadão brasileiro é o campeão do despreparo ao encenar um espetáculo triste num estádio, enquanto age como mosca morta diante do descalabro político.
   Se os que torcem pelo Brasil corressem atrás corressem com tanta fúria atrás de Temer, Lula e Bolsonaro eu até entenderia porque iria supor que eles, enfim, decifraram o engodo. Mas que nada, eles correm atrás de si mesmos, provocando, acusando e batendo como quem briga com moinhos de vento. Talvez a psicanálise explique a catarse dos furiosos em jogos nos quais torcedores são capazes de matar e morrer em nome de um time, consumando o que seria diversão como tragédia. 
   Na manhã depois do jogo em que os argentinos saíram num ônibus, mostrando o troféu conquistado – enquanto a turba brasileira atirava paus e pedras como se renascesse dos embates pré-históricos -, trataram de limpar rapidamente o entorno do estádio, mas ainda havia no chão balas de borracha, pedras e rojões que foram usados como arma. Na televisão, cenas do dia anterior ainda davam conta de veículos cercados e depredados, enquanto ladrões de galinha aproveitam a confusão para roubar celulares. O que talvez não signifique muito mesmo num país no qual políticos transportam dinheiro em malas, acumulam barras de ouro como Ali Babás verde-amarelos e usam “laranjas” para adquirir imóveis enquanto posam de gurus em caravanas com um séquito que os aplaude como salvadores da pátria. 
   De minha parte, a dez dias do Natal não tenho muita esperança, o país dos estádios se transformou, afinal, no país dos escombros. Poucos lucram com isso, enquanto a maioria, a turba, a população, o populacho se dedica à guerra civil na qual as pessoas agredidas, machucadas, pisoteadas valem menos que um gol. E a TV ainda promove o disparate de mostrar “os melhores momentos do jogo”. (FONTE: Crônica escrita por CÉLIA MUSILLI, celia.musilli@gmail.com jornalista e escritora, página 2, caderno FOLHA 2, coluna CÉLIA MUSILLI, 16 e 17 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sábado, 16 de dezembro de 2017

PROPOSTAS PARA UMA LONDRINA INTELIGENTE


   Fórum apresenta caderno que aponta problemas e soluções para projeto local de Cidade Inteligente

   O Fórum Desenvolve Londrina lançou nesta quinta-feira (14) o caderno “Londrina. Cidades Inteligente – Conceitos, Plano e Ações”, resultado de um ano inteiro de discussões em torno do tema. O caderno traz contribuições de 21 palestrantes especialistas na área do Brasil e do exterior. Algumas das contribuições foram a identificação de problemas e a proposta de soluções para Londrina se tornar uma cidade inteligente. “Com base nisso (as contribuições), fizemos esse caderno para entregar às autoridades e lideranças. Assim, o caminho fica muito mais tranquilo para a gente seguir do que partir do zero”, conta Ri Sudan, presidente do Fórum. 
   Entre os problemas apresentados pelo caderno estão a falta de um planejamento estratégico de médio e longo prazos para a cidade. “É impossível construir uma cidade inteligente sem planejamento de médio e longos prazos”, diz Heverson Feliciano, gerente regional do Sebrae/PR e membro do Fórum). 
   Outro item destacado pelo gerente, junto com Claudio Tadeschi – presidente da Acil *Associação Comercial e Industrial de Londrina), também membro do Fórum Desenvolve Londrina -, é o desenvolvimento de uma plataforma de Cidades Inteligentes aberta e integrada que permita o desenvolvimento de novas soluções. Um dos problemas da cidade, segundo o caderno, é a falta de adoção de uma plataforma única de base de dados que impede uma gestão colaborativa do município. 
   A avaliação de possibilidades de Parcerias Público-Privadas também foram ressaltadas pelo Fórum. “Tem que ser criada uma legislação que permita que o setor privado possa participar, contribuir para que esse conceito se torne realidade”, afirmou Feliciano. O gerente salientou também que a Sercomtel, como um dos ativos mais valiosos de TIC ( Tecnologia da Informação e Comunicação) da cidade, deve ser protagonista de um projeto de Cidades Inteligentes. 
   Roberto Nishimura, presidente da Sercomtel Participações, concorda que a empresa possui a infraestrutura básica para a transformação de Londrina em uma cidade inteligente. “Tudo o que você fizer para tornar uma cidade inteligente vai estar baseada em serviços de Tecnologia da Informação, e hoje em dia, um serviço de TI só funciona se você tiver uma rede de internet muito bem estruturada, com alta velocidade, alta disponibilidade. A Sercomtel deve ser a protagonista nessa infraestrutura. 
   Para que isso se torne realidade, no entanto, Nishimura destaca que é preciso investimento em fibra ótica. Hoje, Londrina tem 100% da rede de internet atendida por fio de cobre, porém, apenas 10% a 15% coberta por fibra ótica. A fibra ótica chega às principais avenidas e em praticamente todos os bairros da cidade, mas para que chegue até a casa ou a empresa do cliente, é preciso investimento. “E isso é um investimento que custa caro”, comentou o presidente da Sercomtel Participações. 
   De acordo com ele, no início do ano, estimava-se que o investimento necessário estaria na casa dos R$ 100 milhões, valor que pode mudar. 
   Segundo Pedro Sella, diretor de Ciência e Tecnologia da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), a Prefeitura irá aproveitar as contribuições do caderno no Plano Diretor da Cidade, no ano que vem. “São interessantes esses cadernos porque várias pessoas contribuíram com ele e, para nós será a chance de juntar todo esse material e começar a planejar a cidade, mas também usar isso como insumo no Plano Diretor que a gente vai realizar ano que vem”. 

   INDICADORES

   Junto ao caderno “Londrina. Cidades Inteligentes”, p Fórum divulgou o Manual de Indicadores 2017, que contém mais de 60 indicadores atualizados sobre a cidade. Alguns deles aponta a evolução de Londrina como cidade tecnologicamente avançada. Segundo Paulo Sendin, secretário do Fórum Desenvolve Londrina, esses indicadores expressam a capacidade de criação de conhecimento, tecnologia e inovação da cidade, como o número de cursos técnicos e de graduação na cidade, de patentes concedidas, de engenheiros registrados no CRE (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) e de doutores e mestres formados, por exemplo.
   “O trabalho do Fórum tem sido muito importante para estudar analisar e propor souções a determinadas necessidades de Londrina. Este ano, com o tema Smart City, o Fórum estudou o que é necessário para fazer de Londrina uma cidade inteligente e humana”, afirma o superintendente do Grupo Folha de Comunicação, José Nicolás Mejía. Ainda, de acordo com ele, o caderno de indicadores traz uma série de dados que permitem avaliar o desenvolvimento da cidade no transcorrer do tempo. 
   O Grupo Folha de Comunicação é um dos patrocinadores do Fórum Desenvolve Londrina. (FONTE: MIE FRANCINE CHIBA – Reportagem Local, página 3, caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, sexta-feira, 15 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

O BOM HÁBITO DAS VISITAS


   Lembro de quando era criança e ia com meus pais fazer visitas na casa de alguém. Se era alguém parente que a gente fazia tempo que não via, era uma alegria imensa. A família, muitas vezes reunida e as conversas iam longe. Falava-se de trabalho, da situação na lavoura, as dificuldades financeiras, de alguém que havia morrido, dos que haviam nascido, do que estavam doentes, de quem havia comprado algum sítio, e também do que acontecia no mundo. As notícias eram muitas e tudo que fora comentado ficava sendo digerido e assimilado muito tempo depois. Não era como hoje que as comunicações são voláteis. Era tudo muito lento. 
   As visitas pareciam obedecer um padrão de conduta social. Primeiro a gente chegava e era recebido, depois sentava para conversar. As crianças em geral ficavam quietas ou falavam quando lhes perguntavam alguma coisa, e depois de um tempo vinha a hora do café. Daí já se sabia que os assuntos diminuíam e em breve a visita terminava. 
   Durante a hora do café, a mesa era farta e sempre tinha um pão feito em casa. Estar à mesa era comungar não só de alimento mas também de amizade. 
   Quando a gente visitava meu tio Chiquinho e minha tia Terezinha em Cambé, lembro que o pão era feito com um fermento de litro. Esse tipo de fermento sempre se deixava um restinho no litro para dar prosseguimento para o crescimento das outras fornadas de pães. Segundo me lembro, aquele litro ficou muitos anos com fermento. Conversei com ela estes dias e me disse que não tem mais. Aquele litro fez muito fermento. 
   As visitas era uma coisa muito esperada. Quando se falava que ia na casa de algum parente era motivo de satisfação, reencontrar com os primos, ver os tios, a família era um elo grandioso de emoções que traziam em si uma sensação de pertencer a uma comunidade que tinha as mesmas ideias e os mesmos objetivos coletivos, mesmo que o objetivo individual de cada um fosse diferente. Todos queriam crescer, trabalhar, casar, ter filhos, progredir na vida e fazer sua vida. Não havia pretensões grandiosas, mas objetivos intrínsecos de épocas de muita economia por causa de tempos de escassez pelas quais passaram nossos pais e avós recém-saídos de época de guerras.
   Era viver e economizar pensando no futuro. Minha vó Tereza Rotta que ficou muitos anos entrevada numa cama, dizia: “Guarda para o dia da febre”. 
   Essa era sempre a tônica das conversas. Viver, trabalhar, economizar e conservar a família e os bens adquiridos com tanto suor. Uma luta diária. 
   Era tempo de relações sólidas de tempos sólidos onde se sabia exatamente o que fazer e o que não fazer, diferente de nossos tempos líquidos, que escorrem pelas mãos como água. As relações sociais, com toda a tecnologia que deveria unir o gênero humano, tem se dissolvido nas superficialidade das redes sociais – que são um reflexo da falta de amar verdadeiramente. É isso. Falta de amor. 
   Hoje não temos tempo para as visitas, conversamos por whatsapp e dizemos: “Então tá, uma hora dessas a gente faz uma visita”. E a visita fica por ali mesmo porque nunca temos tempo de fazer mais nada de tanta coisa que a tecnologia nos vende para aproveitar o mesmo tempo que não temos mais. Mas fica a ilusão que estamos ganhando tempo e temos todo o tempo do mundo. 
   Quer saber? Tem hora que a gente tem de desligar o celular e fazer aquela visita mesmo, quem sabe assim a gente sobrevive a tudo isso que acontece no mundo. (FONTE: Crônica escrita por DAILTON MARTINS, leitor da FOLHA, página 2, caderno FOLHA RURAL, coluna DEDO DE PROSA, 16 e 17 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

LONDRINA, UMA CIDADE INTELIGENTE


   O que é preciso para Londrina incorporar em seu desenvolvimento os conceitos de uma cidade inteligente? Essa é uma das perguntas que o Fórum Desenvolve Londrina procura responder por meio do caderno “Londrina. Cidades Inteligentes – Conceitos, Planos e Ações”, resultado de um ano inteiro de um ano inteiro de discussões em torno do tema e que foi lançado na quinta-feira (14). O material, que traz a contribuição de 21 palestrantes brasileiros e estrangeiros, está sendo entregue para autoridades e lideranças. Um dos problemas identificados pelo fórum é a falta de um planejamento estratégico de médio e longo prazos para o município. As cidades inteligentes têm a visão de que é necessário seguir um plano, crescendo ordenadamente, antecipando o futuro e se preparando para ele. E, principalmente, que as etapas desse planejamento estratégico resistam às mudanças de governos. O momento atual é bastante oportuno para discutir o planejamento de uma Londrina inteligente hoje e amanhã. É uma boa hora porque, com a retomada da economia, as notícias voltaram a ser positivas. Segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística, Londrina avançou no ranking das maiores economias brasileiras. Subiu uma posição, está no 47º lugar e é a única localidade fora da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) entre os 50 municípios com maior participação no PIB (Produto Interno Bruto) nacional. O Estado tem oito cidades entre as 100 maiores economias municipais: Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina, Maringá, Araucária, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Cascavel. É a importância do Paraná crescendo na economia brasileira. No caso de Londrina, muito ainda pode ser feito para consolidar essa posição e iniciativas como a do fórum ajudam a desvendar caminhos e soluções. A FOLHA procura discutir e dar visibilidade a essas propostas e ações. Na reportagem especial desse fim de semana (16 e 17), o jornal mostra que a ampliação da banda larga no Brasil tem impacto sobre o PIB dos municípios e sobre outros indicadores, como a taxa de crescimento da massa salarial, do imposto sobre a produção, além de impactar setores de serviço e administração pública. Ou seja, melhorar o acesso à internet e à informação de um bom negócio. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, 16 e 17 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).  

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

SECRETARIA IMPLANTA REPÚBLICA DE MORADORES EM SITUAÇÃO DE RUA

"Eu não tenho mais família, os colegas de república agora são minha família", diz um dos moradores, de 52 anos"

   A casa, que completa dois meses de funcionamento em Londrina, abriga oito pessoas

   A república de moradores em situação de rua de Londrina, completou dois meses de funcionamento no dia 12 de dezembro. Inaugurado para comportar até dez pessoas, o espaço atualmente abriga oito pessoas que tiveram acompanhamento no Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), e que conseguem ter controle sobre os remédios que auxiliam no vício em álcool e drogas. 
   “Existem três modelos de república; a de idosos, a de jovens, que são aqueles que saem da fase de abrigo de criança e adolescente, e essa, que é de moradores em situação de saída de rua, que já podem tomar os remédios, que conseguem ter autocontrole e podem, de alguma maneira, viver entre eles”, explica Josiane Nogueira, diretora de equipe de Assistência Social do Município. “O próximo projeto é a criação de república de jovens, que é a única que Londrina não possui em nenhum modelo”, acrescentou. 
   Segundo informações da secretaria de Assistência Social, 90% dos moradores de rua de Londrina são usuários de alguma substância psicoativa. O atendimento às pessoas nesta situação na cidade é feita por uma equipe multidisciplinar – de várias secretarias. Os moradores atendidos no Centro Pop recebem acompanhamento psicológico, além de participarem de campanhas promovidas por outras áreas. 
   “O morador de rua não é apenas da assistência social, ele é de todas as políticas. Eles são acompanhados por outras secretarias, como Saúde, Educação, Esporte. Temos alguns que estão cadastrados no Sine, outros que estão desenvolvendo oportunidades na Sema”, aponto a secretária de Assistência Social de Londrina, Nádia Oliveira. 
   A proposta da república em Londrina é de ter um espaço para fortalecer a convivência e os vínculos entre os residentes da casa. “A nossa maior preocupação é como eles iriam lidar com essa situação de liberdade. Todos já moraram na rua ou quando estava em situação de acolhimento sempre alguém fiscalizava. Aqui a ideia é que eles se organizem entre si, que se unam e dividam tarefas. No início aconteceram algumas brigas entre eles, mas hoje a convivência já é diferente”, afirmou Nogueira, uma das responsáveis pelo projeto. 
   Vivem na república oito pessoas, sendo sete homens e uma mulher, que é casada com um deles. Seis moradores moram em uma casa maior, que ocupa a parte da frente do terreno; já o casal reside em um imóvel no fundo da área. Eles confessam que não deixaram de bebere saem algumas vezes para não atrapalhar a rotina da casa, já que a utilização de substâncias é proibida no local 
   “Quando eu ficava lá fora eu bebia e às vezes não sabia onde eu estava me metendo, onde eu ia dormir. Aqui, depois de beber, posso deitar no meu canto que ninguém vai fazer nada comigo, todo mundo já se conhece. Eu estou numa casa e tenho pessoas que vão me amparar se eu cair no banheiro, por exemplo”, afirmou um dos moradores da república, de 52 anos. “Eu não tenho mais família, eles (os colegas de república) agora são minha família. Aqui a gente aprende de novo a cuidar do outro”, explicou, informou que morou um ano na rua depois e perder o emprego. “Fui despejado, rodei muito, fui para Umuarama, Cianorte, mas voltei para cá. 
   CENSO
   Em janeiro de 2018 será realizado um censo de moradores em situação de rua em Londrina. Uma equipe de monitoramento e trabalho está sendo montada para levantar esses dados. Segundo informações disponibilizadas pela Prefeitura, em dezembro de 2016 foram atendidas 471 pessoas em situação de rua pelo Centro Pop. 
   De acordo com dados do IBGE divulgados em 2012, 82% de pessoas em situação de rua no Brasil são homens com idade entre 25 e 44 anos, sendo que 67% são pardos ou negros. Na mesma pesquisa, foram registrados 1,8 milhões de pessoas fazendo do espaço público sua moradia, quase 1% da população. (FONTE: MATHEUS CAMARGO – Reportagem Local, caderno FOLHA CIDADES, página 3, sexta-feira, 15 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

O DESAPARECIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES


   Especialistas ligados à área de proteção à infância estimam que cerca de 40 mil crianças e jovens desaparecem anualmente no Brasil. No Paraná, somente em 2017, 203 meninos e meninas foram dados como desaparecidos, de acordo com o Sicride (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas). O número pode ser maior, pois há casos que nem sempre entram nas estatísticas oficiais. A Folha de Londrina traz, nesta quinta (15), uma reportagem o drama das famílias que vivem a aflição de esperar por notícia de um filho, neto ou parente que sumiu sem deixar pistas. Nessa época, quando se aproxima as festas de fim de ano, a dor da ausência aumenta mais ainda. A reportagem ouviu famílias de cidades de diferentes regiões do Estado. É o caso da dona de casa Eva de Fátima Ferreira, de Cascavel, que relatou o desparecimento da neta, de 11 anos, em 2016. Nesse período de espera por notícias, são muitas as idas e vindas nas delegacias de polícia. Das mais de 200 crianças que desapareceram no Paraná, a maioria foi encontrada, conforme o Sicride. Entre as ocorrências registradas em 2017, duas continuam sem solução. Uma em Telêmaco Borba e outra em Cerro Azul. Infelizmente esse tipo de ocorrência não tem a visibilidade que merece. Por isso, é importante a proposta aprovada em 2016 pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, comunicação de Informática do Senado determinando o governo federal faça campanhas de utilidade pública para divulgar o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. Há muitos motivos que levam ao desaparecimento dos menores de idade. Entre eles, a prostituição infantil e o tráfico de crianças preocupam as autoridades e pais. Por isso, a investigação desses casos tem que ser prioridade. É preciso divulgar sempre as formas de prevenção, partindo para a conscientização. Prestar atenção nos filhos, inclusive quanto à internet, e ficar de olho no comportamento dos adolescentes ajudam a evitar tragédias. Da sociedade civil e do poder público, espera-se apoio para as famílias das vítimas e visibilidade para os casos. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira, 15 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

SEM DESCUIDO COM O AEDES AEGYPTI


   Números divulgados pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) nesta semana mostram que Londrina lidera as notificações de dengue no Paraná, com 1.393 casos suspeitos. Na sequência, aparecem Maringá (730) e Paranaguá (482).
   Em matéria publicada nessa quarta-feira (13) na FOLHA, a Secretaria Municipal de Saúde argumenta que a quantidade de notificações reflete o quanto as equipes estão trabalhando na cidade. Conforme a Secretaria, neste ano o município teve 34 casos confirmados de dengue, enquanto que em 2016 foram 5.400 no mesmo período. 
   A redução dos números relacionados à dengue é positiva, mas a preocupação é que os cuidados para controlar o Aedes aegypti também diminuam e os índices voltem a crescer, o que é comum com a chegada do verão e das férias. 
   Por enquanto, não houve confirmação de casos da doença no Litoral paranaense, segundo a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, e as equipes seguem em estado de alerta. As autoridades de saúde reforçam que os turistas que viajarem até o Litoral devem assumir a responsabilidade de eliminar os focos do mosquito transmissor. 
   A preocupação envolve as outra doenças também transmitidas pelo Aedes aegypti . Desde agosto, o Paraná teve a confirmação de quatro casos de chikungunya (um em Umuarama, uma em Paranavaí e um em Rio Bom), e nenhum caso de zika, apesar de 80 pessoas terem apresentado suspeita da doença. 
   Segundo o Ministério da Saúde, neste ano os índices da dengue estão mais baixos em todo o País. Até 2 de setembro, houve redução de 84% nas notificações dos casos prováveis em relação ao mesmo período de 2016. As mortes também diminuíram 87% e os registros de dengue grave e com sinais de alarme caíram 79,2% e 77,7%, respectivamente. 
   No entanto, isso não pode ser motivo para descuido da população. As pessoas que viajam devem reforçar os cuidados no local onde passam as férias e não deixar objetos que possam acumular água em seu quintal, além de designar alguém responsável para verificar a casa no período em que ficar fora. Esse é um cuidado básico – e de todos. (FONTE: OPINIÃO, opiniai@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira, 14 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

INDÚSTRIA OTIMISTA PARA 2018


   Os empresários paranaenses do setor da indústria estão mais otimistas com 2018 em comparação com a expectativa que tinham em relação a 2017. É o que mostrou a XXII Sondagem Industrial, levantamento realizado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) em conjunto com o Sebrae-PR. O resultado da pesquisa indica que os industriais estão com a compreensão de que o pior da crise já passou. O índice de empresários otimistas em relação ao próximo ano subiu de 55,11%, verificado no final de 2016, para 63,57% agora. Outros 30,65% que participaram da sondagem se disseram em dúvida quanto ao cenário de 2018 e 5,78% afirmaram estar pessimistas. A expectativa positiva é um reflexo da projeção do crescimento global, levando em consideração que todos os continentes devem crescer no ano que vem. Assim, a indústria brasileira enxerga espaços para procurar novo mercados, uma sensação positiva que não depende do governo, mas do setor produtivo em buscar oportunidades. Durante a reunião de divulgação do relatório, as lideranças não pouparam críticas ao governo federal e a burocracia é uma das principais queixas. A sondagem também questionou o setor sobre as principais estratégias de crescimento para 2018. Em primeiro lugar ficou o desenvolvimento de negócios, com 53,77%. Infelizmente, apesar do otimismo, os empresários da indústria não acreditam que as ofertas de emprego aumentarão no próximo ano. Um sentimento que foi impactado, provavelmente, pela repercussão ainda tímida da Reforma Trabalhista, bastante questionada até mesmo pelo Judiciário. Mas uma última notícia, divulgada ontem, deve elevar ainda mais o otimismo não só da indústria, mas de outros setores produtivos. A economia paranaense teve um crescimento acima da média nacional, chegando a 2.9% no terceiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado. Com a evolução, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social, o PIB do Estado alcançou R$101,675 bilhões. Já o Brasil cresceu 1,4% no mesmo período. E no acumulado do ano, a economia paranaense registrou alta de 2,1%, contra 0,6% do Brasil. A safra recorde ajudou na composição desse cenário no Estado e o impulso no consumo vem ajudando, com chances de melhorar também o otimismo no comércio e serviços. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira, 13 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

REDE DE SOLIDARIEDADE

Lucimara Aparecida Diniz ficou emocionada com a atitude das crinas: "Elas têm a bondade no coração"

   Vitima de ofensas após postagem falsa na internet, mulher recebe doações de alunos de escola municipal de Londrina, que ficaram sensibilizados com a história

   As redes sociais, quando usadas sem o devido cuidado, podem prejudicar pessoas e deixar marcas que vão muito além das físicas. No caso de Lucimara Aparecida Diniz, 42, que no início de novembro foi vítima de uma postagem falsa na internet, o episódio mostrou que em meio a tantas ofensas recebidas, a solidariedade também pode ser uma marca do ambiente virtual. 
   Diniz é uma pessoa bastante conhecida, principalmente por aqueles que passam pelo Calçadão de Londrina, em frente a uma agência bancária. Ela teve poliomielite quando pequena e sobrevive da solidariedade das pessoas. Nesta segunda-feira (11), ele recebeu doações de alunos da Escola Municipal Professor Leônidas Sobrinõ Porto, que, sensibilizados com a história da mulher, resolveram fazer uma campanha. 
   Segundo Elisandra Ventura de Andrade, professora do quinto ano da instituição localizada na zona oeste, a proposta de ajudar Diniz foi trazida por um estudante no projeto Folha Cidadania, que é desenvolvido nas escolas pela FOLHA em parceira com prefeituras de Londrina e região, empresas e entidades. 
   “No dia do projeto o aluno veio com a história dela e todos ficaram pensando como ajudar. Eles pesquisaram muito sobre o caso dela e a repercussão que gerou. A partir disso pensaram como aquela situação negativa poderia ser revertida e se tornar algo positivo. Foram os próprios estudantes que organizaram e arrecadaram alimentos, fraldas geriátricas e produtos de limpeza”, contou a educadora. Por conta do apelo solidário, toda a escola, que possui 540 alunos, acabou ajudando. No total, cinco caixas cheias de produtos e alimentos foram angariadas. 
   A sala responsável por organizar a campanha batizada de “União do bem” foi representada na entrega por três alunos. Ana Clara de Sousa, 11, que esteve presente, afirmou que todos ficaram felizes em poder ajudar. “Ficamos agradecidos por fazer isso. É uma oportunidade de colaborar com quem precisa e que passou por dias ruins. Todos se envolveram e vimos que não importa a deficiência do próximo, pois todos somos iguais”, destacou.
   Para o estudante Marcos Daniel de Souza, 11, o aprendizado foi importante para todos os colegas de classe, escola e professores. “É muito bom poder fazer o bem, porque um dia podemos precisar. O essencial é o que temos dentro de nós e não a aparência”, resumiu. “Entendi o valor das pessoas e que a internet não pode servir para fazer o mal ao outro, mas sim gerar alegria”, acrescentou Enzo Pablo Isaias, 10.

   REFLEXO NA VIDA

   No Calçadão diariamente há 20 anos, já que não pode trabalhar, por conta de deficiência, Lucimara Aparecida Diniz ficou emocionada com a atitude das crianças. “Elas têm a bondade no coração, Isso é motivo de comemoração, pois se esta geração for assim teremos uma sociedade muito mais humanizada”, resumiu. Vivendo de doações e com a mãe de 74 com vários problemas de saúde, ela estava precisando dos produtos, principalmente as fraldas geriátricas. “São caras e nem sempre consigo comprar”. 
   A história de Diniz também serviu para fomentar o debate sobre os perigos das redes sociais, preconceito e a doença que ela possui. “Os alunos aprenderam a se colocar no lugar do outro, respeitando as diferenças, e a praticar a tolerância. Além disso, o projeto vem ajudando no comportamento deles na sala de aula e com toda a certeza vão levar isso para a vida, ainda mais por pertencerem à geração conectada”, elencou a coordenadora pedagógica da escola, Andréa Pereira Cruz. (FONTE: PEDRO MARCONI – Reportagem local, caderno FOLHA CIDADES, página 2, terça-feira, 12 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

ENTRE OS GRANDES DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA


   O Brasil ocupa a terceira posição mundial no quesito população carcerária. A informação consta no Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, do Município da Justiça, referentes aos anos de 2015 e 2016 (até o mês de junho). Segundo o documento, o número de pessoas presas, que inclui tanto as já condenadas quanto as que aguardam julgamento, totalizou 726.712.
   O dado, porém, torna-se mais alarmante quando se analisa o número de o número de vagas do sistema prisional: a taxa nacional de ocupação é de 197%, pu melhor, há 19 pessoas presas para cada 10 vagas existentes. Trazendo essa realidade para cada Estado, o Paraná também ocupa a terceira posição, com 51.700 detentos, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. 
   O ranking que coloca o País à frente da Rússia, perdendo apenas para os Estados Unidos e a China, não representa nenhum motivo de orgulho. Mas sim de preocupação, de alerta. Especialmente quando os dados apontam para o perfil desses presos: 55% têm entre 18 e 28 anos; 64% são negros; 75% não chegaram ao ensino médio; menos de 1% tem graduação no ensino superior; 6,32% (45.989) são mulheres, Nossas cadeias estão cheias de pessoas jovens, com pouca instrução, e que poderiam estar na lista de mentes empreendedoras, em busca da inovação necessária para levar nosso País ao topode um ranking sim, mas de desenvolvimento. 
   Em um evento de Segurança Pública, a presidente do STF e do CHJ, ministra Cármen Lúcia, disse que um preso no Brasil custa R$ 2,4 mil por mês enquanto um estudante do ensino médio custa R$ 2,2 mil por ano. “Alguma coisa está errada na nossa Pátria amada”, alertou. Ela lembra ainda a previsão feita pelo educador Darci Ribeiro, em 1982, quando afirmou que, “Se os governantes não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios”. A superlotação das cadeias e a realidade da educação no País mostram que isso se concretizou. 
   Em um contraponto, há pouco tempo, países como a Suécia e a Holanda tornaram-se notícias por estarem desativando presídios pela queda em sua população carcerária. Forte investimento na reabilitação dos presos, penas mais brandas para delitos que envolvem drogas e aplicação de penas alternativas para alguns tipos de crime, como pequenos furtos, são apontados como algumas das razões esta invejável realidade.
   Aqui, faltam presídios, mas faltam muito mais investimentos em educação, oportunidades e prioridades. (FONTE: OPINIÃO, opiniaofolhadelondrina.com.br página 2, terça-feira, 12 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A FORÇA DOS PEQUENOS (EDITORIAL)


   Temos muito facilidade em contemplar a grandeza, a majestade e a divindade do Cristo. Nós confiamos em sua onipotência, onisciência e onipresença. Como é bom saber que Deus tudo pode, tudo conhece e está presente em todos os lugares, sempre pronto a nos abençoar, proteger e guiar! Assim, celebramos o Natal com muita fé e muita esperança, desejos de que sua Paz e seu Amor se irradiem em nós e em nossas famílias. 
   Por outro lado, temos dificuldade – e esta dificuldade ainda é grande – em reconhecer a pequenez, a humildade e a humanidade de Jesus. Ele assumiu uma vida simples, anônima, e se colocou ao lado dos últimos da sociedade. É bem verdade que o contemplamos no presépio, em meio a animais e pessoas simples como os pastores. Mas com certeza os traços divinos se sobrepõem ao limites humanos que, no caso, parecem mais um acidente histórico que um projeto do Pai. 
   Mais difícil ainda é aceitar que a Igreja, para ser fiel a Jesus, deve também fazer-se pobre, pequena, servidora e solidária. Ainda é desconcertante para muitas pessoas, inclusive do clero, que os teólogos desenvolvam uma teologia a partir de baixo, a partir dos pequenos, e que toma posição a favor dos mais sofridos e necessitados. É mais fácil acolher uma teologia que se ocupa dos atributos divinos que uma teologia que envereda pela verdadeira humanidade de Jesus. E longas têm sido as discussões nesse campo...
   Mas Jesus, ao assumir a natureza humana na cane – e na carne concreta do pobre, do excluído, do sofredor – assuma o lugar dos últimos para que a vida possa ser, de fato, para todos. Somente a partir dos últimos o Reino de Deus pode, de fato, estender-se a todos. Assim, os últimos se tornam um “lugar teológico”, lugar a partir de onde podemos não apenas falar de Deus, mas lugar onde Deus se manifesta e onde Deus se deixa encontrar (cf.Mt 25,40).
   Nesse sentido, o Natal escandaliza. Mostra Deus fazendo-se pobre, revela Deus que se faz pequeno, que se faz verdadeiramente humano e sofredor. E tudo isso, não por acidente, mas por desígnio divino. Jesus, ao assumir a plena humanidade em seus limites e em sua pobreza, faz com que os pobres e pequenos sejam confirmados como os preferidos do Reino. 
   Que nosso Natal nos ajude a descer ao encontro dos últimos, a busca uma sociedade onde haja lugar, vida, justiça, paz e esperança para todos. Que saibamos reconhecer a pessoa de Cristo nos pobres e sofredores. No reconhecimento da plena humanidade de Jesus está a força dos pequenos e o caminho da missão da Igreja no mundo. Que nós nos empenhemos por um Natal feliz para todos, a começar dos últimos.
   E isso é pra começo de conversa. (FONTE: IR, DENILSON MARIANO, SDN, Dezembro 2017, olutador.org.br Gráfica e Editora O LUTADOR, Belo Horizonte, MG).

A FORTUNA RECUPERADA PELA LAVA JATO


   A maior devolução de dinheiro registrada no Brasil por uma investigação criminal aconteceu na semana passada em Curitiba, e chamou a atenção de todo o País. A força-tarefa da Lava Jato devolveu R$ 653,9 milhões aos cofres da Petrobras. 
   O montante foi recuperado por meio de acordos de colaboração e de leniência com empresas como Odebrecht, Braskem, Camargo Correa, Carioca Engenharia e Andrade Gutierrez durante as investigações da Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014. 
   A cerimônia aconteceu na sede do Ministério Público do Paraná e contou com a presença do presidente da estatal, Pedro Pullen Parente, além de representantes da Polícia Federal, da Receita Federal, da Justiça Federal do Paraná e da organização não governamental Transparência Internacional. 
   Esses R$ 700 milhões são apenas uma pequena parte do que foi desviado pelos bandidos que saquearam os cofres públicos em esquemas desvendados pela Lava Jato. Mas é difícil calcular o prejuízo à população levando em conta que uma creche, por exemplo, custa R$ 1,5 milhão e R$ 1,9 milhão para ser construída. 
   Desde o início da Lava Jato, já foram transferidos R$ 1,47 bilhão à companhia petrolífera, que teriam sido desviados por megaesquema de corrupção. Os repasses anteriores totalizaram R$ 821,6 milhões. Ainda assim representa apenas 13% dos R$ 10,8 bilhões previstos nos 163 acordos de colaboração e de leniência celebrados perante a 13ª Vara Federal Criminal da capital paranaense e o Supremo Tribunal Federal. 
   É uma amostra, quase 20% do que a força-tarefa calcula que a Petrobras perdeu com a corrupção no âmbito da Lava Jato. Não há dúvida de que a corrupção é um dos principais problemas do Brasil e frequentemente apontada em pesquisas como a grande preocupação do brasileiro.
   Existe uma forte expectativa da sociedade de que a corrupção sistêmica acabe perdendo força diante das operações policiais, da fiscalização e das grandes multas aplicadas a quem infringir a lei. Mas não é tudo. É preciso que a população, o poder público e a classe política se unam em torno do mesmo ideal de construir um país mais ético e justo. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira, 11 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

domingo, 10 de dezembro de 2017

UMA FLOR CÓSMICA EM CLARICE



   Clarice Lispector completaria 97 anos neste 10 de dezembro. Se não foi longeva na vida, sua obra é eterna. Passados 40 anos de sua morte, em 1977, no meu ponto de vista, nenhuma outra autora brasileira alcançou uma tal sofisticação na linguagem, a exemplo de obras monumentais como: “Perto do Coração Selvagem”, “A Paixão Segundo G.H.” ou “Água Viva”, relato intimista que está entre meus livros preferidos. 
   Clarice, a mulher “com a flor no peito” (em Latim lis), tinha “olhos de piscina”, conforme alusão do poeta Mário Quintana, aproveitada por Rubem Braga numa crônica. 
   Não só li a maior parte de seus livros, como obras sobre sua vida e literatura: “Clarice, uma vida que se conta”, de Nádia Gotlib (Ática, 1995), “Clarice, uma biografia” (Cosac Naify), escrita por Benjamim Moser, com tradução de José Geraldo Couto e “Cadernos de Literatura Brasileira 17/18” (Instituto Moreira Salles) que trazem, entre outras coisas, depoimentos de jornalistas e escritores que trabalharam com ela no Jornal do Brasil, como Alberto Dines e Ferreira Gullar. Quando escolhi o tema da dissertação do mestrado, não optei por Clarice, apesar de alguma intimidade com a sua obra. Escolhi uma autora relativamente desconhecida, Maura Lopes Cançado que, soube depois, Clarice admirava como contista, elas foram contemporâneas na redação do JB, nos anos 60, apesar de não terem se conhecido pessoalmente. 
   No livro de Aparecida Maria Nunes – “Clarice na Cabeceira: Jornalismo” (Rocco) soube como ela se comportava nas redações, como se esforçava, em certa medida, para aprender as técnicas dos textos para a imprensa. Dona de estilo literário muito próprio, nos jornais não podia incursionar pela metafísica ou, em linguagem simples, não podia “viajar” com a irrestrita liberdade que tinha nos livros. Também não podia ser existencialista na imprensa, território de objetividade por excelência. 
   Apesar disso, Clarice tinha um modo peculiar de entrevistar pessoas, como fez com o cronista Carlinhos de Oliveira, a quem encontrou no restaurante Antonio’s , no Rio, trocando com ele bilhetes. Ficaram ali mudos, enquanto se desenrolava a “entrevista” e imagino a atmosfera de cumplicidade que resultou, dizem, numa ótima conversa. Lembrei-me também de um relato sobre seu encontro com Hilda Hilst, quando ficaram completamente silenciosas durante mais de uma hora, olhando uma para a outra. Duas autoras esplêndidas, duas fumantes inveteradas, duas mulheres sagradas. 
   Continuo atenta às coisas que escrevem sobre elas. Hilda Hilst, inclusive, será a autora homenageada na Flip 2018. Posso dizer dela e Clarice que eram mulheres esfinge que a gente olha por vários ângulos, vários gêneros: romance, poesia, texto jornalístico e um dia descobre, pela profusão de títulos que não param de ser publicados, que ainda há muito a ser dito. Coisas que os pesquisadores investigam de frente , de costas, de lado. Fotografias multifocais, enquanto as esfinges ainda deixam pergunta sem resposta. 
   Nascida na Ucrânia, Clarice compreendeu como ninguém o Brasil, sua vida urbana, especialmente o Rio, onde são ambientados vários de seus contos. Dentro de ônibus ou no Jardim Botânico, ela é sempre testemunha da vida, refletindo em seus personagens o que lhe ia por dentro. Inesquecível seu conto “Mineirinho”, pseudônimo de um bandido a quem ela tratou com enorme humanidade apesar de seus crimes, porque julgou que a polícia não precisava lhe dar 13 tiros no momento da execução, tendo em vista que o homem já estava morto e os disparos a mais traduziam, mais que tudo, a raiva, não a justiça. O humanismo de Clarice era de alguém que pulsava além dos fatos, indo buscar nas coisas o coração que, como a flor de seu nome, permaneceu aberta permanentemente no peito. Neste 10 de dezembro, fica a homenagem a “Lis pector”, uma flor de voz rouca, língua presa, sotaque estrangeiro e linguagem cósmica. (FONTE: Crônica escrita pela jornalista e escritora CÉLIA MUSILLI, celia.musilli@gmail.com página 2. Caderno FOLHA 2, coluna CÉLIA MUSILLI, 9 e 10 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sábado, 9 de dezembro de 2017

UMA INFÂNCIA FELIZ


    Sou a segunda de uma família de dez irmãos, sete homens e três mulheres. Mamãe teve quase todos os filhos em casa, assistida pelo nosso querido amigo, o dr. Waldemar Scardazzi (que também foi prefeito de Sertaneja), auxiliado por minha avó Maria. O papai nos levava para o sítio e trazia vovó para ajudar no parto. Quando voltávamos para casa, já tinha mais um nenê. Inocentes, perguntávamos:
   - Quem trouxe, mamãe? E ela respondia: - A cegonha. 
   E, ingenuamente, acreditávamos. O nosso irmão caçula, o Ranulfo, nasceu na Santa Casa de Cornélio Procópio porque a mamãe já estava com 36 anos e, naquela época, precisava de maiores cuidados. Ela respeitava os 40 dias do resguardo, tomava diariamente a canja de galinha com farinha de milho (as galinhas vinham lá do nosso sítio). E era saborosa; meus irmãos e eu a ajudávamos a tomar. Mamãe se cuidava, fazia tudo certinho e hoje, com 91 anos, é uma pessoa saudável. 
   Além do jardim em frente de casa, tínhamos um quintal bem grande, de dois terrenos para brincar. Parecia um pomar: tinha bananeiras, cinco pés de goiaba vermelha, dois de goiaba branca; na porta da cozinha, um pé de limão-rosa, um pé de maçã, um de pêssego, um de romã e uma jabuticabeira. Cada irmão era dono de uma goiabeira. Subíamos lá no alto, cada um no seu pé, pulávamos de galho em galho. Nessa, o Édson caiu e quebrou o braço. Brincávamos de circo, de trapézio, e o nosso ingresso era uma folha de goiabeira; cantávamos lá de cima da árvore “Filme Triste” do Trio Esperança e “Coração de luto” do Teixeirinha (sucessos da época); uns dias antes do Natal, o Idivar cantava o dia inteiro “Noite Feliz” Coitados do seu Nagayoshi, da dona Maria e Terezinha Flor, nossos queridos vizinhos!
   O chão do quintal era todo cheio de “burquinhas”, brincávamos com as bolinha de gude com os meninos, também de “casinha”, bilboquê, cinco pedrinhas (ou saquinhos de arroz que mamãe costurava para nós brincarmos – nestes eu era craque, ninguém ganhava de mim. Na parede do armazém, jogávamos bola: “Ordem, seu lugar, sem rir, sem falar...”; com nossos amiguinhos brincávamos de passar anel, ciranda-cirandinha, lenço-atrás, pular corda; na rua, de boa queimada, de bétis, de pega-pega, de esconde-esconde; na carroceria dos caminhões, de canto e o bobinho no meio. Ufa! Era tanta brincadeira... E quando chovia... ah, fica para a próxima. 
   Quando nós nos reunimos aqui em casa com a mamãe, quanta coisa para conversar, para recordar... Que infância maravilhosa tivemos! (FONTE: IDIMÉIA DE CASTRO, leitora da FOLHA, página 2, caderno FOLHA RURAL, coluna DEDO DE PROSA, 9 e 10 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

ANIVERSÁRIO DE UMA CIDADE EM TRANSFORMAÇÃO


   Um aniversário em meio a muitas mudanças. Londrina chega aos 83 anos neste domingo (10) consolidando sua força nas áreas de educação e saúde, mas ciente da necessidade de buscar caminhos para o crescimento de sua indústria de transformação. O segundo maior município do Paraná tem uma população estimada em 558.439 e PIB per capita de R$ 29.136. A cidade é o endereço de players importantes do segmento de logística e desponta na internet das coisas. As indústrias de TI encontram aqui um campo fértil e são uma forte promessa, mas é preciso também trazer a tradicional Mas para isso acontecer, Londrina deve se preparar com a construção de um parque industrial e toda a infraestrutura necessária, além do engajamento das lideranças e da população. Há espaço para o comércio se desenvolver mais, com uma revitalização e valorização do centro da cidade, com o seu Calçadão, museus e prédios históricos tão caros para o londrinense. A cidade tem muito orgulho de sua trajetória, iniciada na década de 1920, quando os pioneiros aqui chegaram e foram colhendo da terra vermelha a grande riqueza dos primeiros tempos, o café. Nessas oito décadas, Londrina vem se reinventando. Nesta edição que marca mais um aniversário do município, a Folha de Londrina traz um caderno especial transmídia que retrata a cidade em cinco sentidos. Qual é o som de Londrina? O cheiro? Que visão os moradores têm da cidade e os pratos preferidos? Qual a sensação de caminhar pelo Calçadão e pelas margens do Igapó? O grito de gol no Estádio do Café, o cheiro da fábrica de café solúvel, o famoso pôr do sol e a comida que caiu no gosto do povo, o pastel da feira, a tilápia e o caldo de cana. A FOLHA convida seus leitores a uma viagem por Londrina, no caderno impresso e no site, com vídeos 360, mapa interativo, depoimentos, história e galeria de fotos dos quatro cantos do município. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, 9 e 10 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

SEM COBERTURA NO EMBARQUE, PASSAGEIROS SE MOLHAM NO AEROPORTO

Segundo a Infraero, as obras para a cobertura e complemento do conector de acesso devem ser realizadas em fevereiro de 2018

   Com a mudança da sala de embarque, sistema mamuth ficou sem capacidade para proteger usuários no trajeto até a aeronave

  A inauguração da nova sala de embarque do aeroporto Governador José Richa, em Londrina, trouxe mais conforto aos passageiros mas acabou gerando dificuldades para quem têm que embarcar nos dias de chuva. Com a mudança no local de saída, o sistema mamuth instalado para oferecer cobertura até a entrada da aeronave não tem extensão suficiente para garantir a proteção em todo o trajeto. Quando chove, mesmo com o uso de guarda-chuvas passageiros acabam se molhando.
   A dificuldade é relatada pelo engenheiro Osmar Alves, de Londrina, que costuma usar o aeroporto com frequência. “É um grande incômodo, pois só tem um pedaço coberto. O ideal seria terminarem de cobrir logo. O aeroporto de Londrina é muito incômodo nos dias de chuva”, opinou. 
   Também engenheiro em Londrina, Fernando Mazão reconhece que a instalação do mamuth foi muito boa para os passageiros, mas concorda que a mudança de local de embarque tornou o processo incômodo nos dias de chuva. “Hoje (quarta-fera) mesmo está nublado e fico pensando em embarcar antes que chova”, disse, reforçando a necessidade de instalar uma estrutura que chegue até a porta da aeronave. 
   Já a comerciante Rosane Pereira mora em Sinop, no Mato Grosso, mas tem parentes na região e usa bastante o aeroporto de Londrina para visitá-los. “É incômodo ter que se preocupar com a chuva. Além disso, ninguém gosta de viajar molhado”, opinou. 
   EM 2018 
   Por meio de nota, a Infraero esclareceu que a cobertura e complemento de conector de acesso à sala de embarque é uma contratação à parte que não faz parte da obra original da sala.” “A empresa já aderiu a uma Ata de Registro de Preços para concluir a obra. Esse serviço começará a ser executado em fevereiro e deverá ficar pronto em março”, antecipou a assessoria de imprensa. 
   Outra obra em andamento no Aeroporto é a do moro da pista que foi derrubado durante forte tempestade há algumas semanas. A assessoria informou que a Infraero contratou emergencialmente uma empresa para a instalação de cerca em tela nas partes danificadas. “Os reparos começaram a ser realizados no fim da semana passada. Vale ressaltar que a Infraero está realizando a vigilância ostensiva e serviço de patrulhamento no local”, informou a Infraero por meio de nota. (FONTE: CAROLINA AVANSINI – Reportagem Local, página 3, caderno FOLHA CIDADES, sexta-feira, 8 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE londrina).

ARQUITETA DEFENDE POLÍTICAS DE OCUPAÇÃO


   Para especialista, o Calçadão de Londrina tem muitos pontos interessantes, mas não foi potencializado

   Na atualidade, quando se fala em urbanismo, as melhores soluções são aquelas que valorizam os espaços destinados aos pedestres, como fez o projeto que originou o Calçadão da avenida Paraná, em Londrina, há quadro décadas. Especialmente em áreas centrais, todas as alternativas que colocam o trânsito de veículos em segundo plano têm se mostrado as melhores saídas para as grandes cidades e este é um dos grandes desafios dos gestores. 
   Há 40 anos, Londrina se espelhou em um modelo implantado em Curitiba, mas antes de calçar todo o espaço destinado aos veículos, bloqueou o trânsito com manilhas para testar se a ideia era viável e bem aceita pela população. Com o tempo, a iniciativa deu certo e se estendeu para uma grande extensão da avenida Paraná. A paginação do petit pavet em preto e branco foi elaborada pelo arquiteto Eli Bretas – responsável também pelo projeto na capital – e o desenho em elos foi pensado para que estimulassem os transeuntes a fazem pausa durante o percurso, favorecendo os estabelecimentos comerciais, que poderiam atrair os consumidores entre uma parada e outra, no trajeto pelo Calçadão. 
   Para a arquiteta e urbanista e pesquisadora Elisa Zanon a descaracterização do Calçadão com a troca do petit pavet bicolor pelo pavet multicolorido, em 2009, foi uma grande perda para um espaço tão cheio de memória. “Foi uma solução imediatista, para resolver uma questão, e acabou se perdendo um elemento de identidade, o que é uma pena. Se havia um problema de mobilidade, poderia retirar uma parte do petit pavet, mas é uma pena que houve toda essa descaracterização. O paver manteve o desenho, mas não dá o contraste”, avalia a docente da Unifil. 
   O poder público, afirma Zanon, também deveria criar políticas de ocupação desses espaços e que as áreas centrais não devem se pautar apenas pelo padrão de consumo, oque seria um problema. “Não é só consumo, os espaços têm de se destinar ao lazer, têm que ser locais de convívio, de caminhada”, aponta. “Mas é preciso discutir qual o lazer que se quer.”
   A arquiteta acredita que instituições e atividades culturais teriam o poder de movimentar a região central fora do horário comercial e diz que hoje faltam estímulos para que isso aconteça. Mas ele defende a criação de grupos de discussão com a população com o objetivo de criar uma sociedade mais participativa e inclusiva. “O Calçadão tem muitos pontos interessantes, mas não foi potencializado. A prefeitura poderia também amarrar bem uma parceria com o capital imobiliário da cidade, com as entidades de classe e com as universidades para revitalizar o centro. Há muitas ideias, falta mobilização”, avalia. “O centro é um coração para nós e o conjunto de tudo que está no centro dá a identidade de Londrina.”
   FALTA DE ZELO
   A corretora de imóveis Maria Helena Tesone mudou-se para o Calçadão há cinco anos, atraída pelas facilidades que o local oferece e a possibilidade de resolver as questões do dia a dia a pé, mas espanta-se com a falta de zelo do poder público com o mobiliário e outros equipamentos. “A iluminação está muito boa, mas falta limpeza, não existe a manutenção do piso, que já está cheio de buracos, as floreiras são feias, a praça da Bandeira está muito descuidada e tem o problema dos pombos. Poderiam tirar um xerox da Rua das Flores, em Curitiba, e pôr aqui”, brinca. “O Calçadão é um lugar prazeroso, agradável, nos finais de tarde é ponto de encontro para conversas, mas precisa ser bem tratado. O Calçado é o meu quintal, mas está muito descuidado. E que pena que derrubaram o coreto, eu gostava tanto.” 
   IPPUL TEM PROJETO PARA O CENTRO HISTÓRICO
   A proposta de Zanon vai de encontro com o que prevê o Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina). Segundo o diretor de Planejamento do órgão, Auro Cesar Veiga Grotti, o projeto de reformulação do centro está no “primeiro passinho”. Nossa intenção é chamar as entidades de classe e a comunidade para agregar soluções. ”
   O diretor de Planejamento do Ippul (Instituto de Pesquisa de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) , Auro Cesar Veiga Grotti, diz que há um projeto para revitalização de todo o centro histórico. Um dos pontos para o qual as atenções estão voltadas é o trecho do calçadão em frente ao Teatro Ouro Verde, tombado pelo patrimônio histórico. Segundo ele, há um estudo para finalizar o projeto, que ainda dever ser enviado a Curitiba para avaliação do Patrimônio Histórico do Paraná.
   Mas no momento, diz Grotti, o projeto mais avançado trata da revitalização da rua Sergipe, que deve ser executado em parceria com a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), com a associação dos comerciantes daquela via, Sebrae e Sincoval (Sindidato do Comércio Varejista de Londrina). “Queremos dar uma unidade visual para a Sergipe e estender para o Calçadão. Não queremos mudar apenas o mobiliário, mas buscar alternativas para criar algum espaço para o convívio da população e algumas áreas cobertas. Não vamos fazer uma revitalização no Calçadão, mas agregar algumas coisas para ser um lugar de convívio à população, com mais alternativas de lazer. “ 
   O projeto, afirma o diretor do Ippul, está na lista de prioridades do instituto a pedido do prefeito Marcelo Belinati. “A apresentação de todo o projeto ao prefeito deve ser feita no início de 2018.” (S.S.) (FONTE: SIMONI SARIS – Reportagem Local, página 2, caderno FOLHA CIDADES, sexta-feira, 8 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

CALÇADÃO DE LONDRINA COMPLETA 40 ANOS



   Inauguração da primeira fase das obras foi cerada de polêmica; muitos eram contrários à iniciativa

   Há quarenta anos, no dia 10 de dezembro de 1977, Londrina completava 43 anos e, para comemorar o aniversário da cidade o então prefeito Antonio Belinati inaugurou a primeira fase das obras do Calçadão, que ia da antiga prefeitura, na rua Minas Gerais, até a praça Gabriel Martins. A construção fazia parte do Projeto Centro e foi elaborada pelo arquiteto curitibano Jaime Lerner. O evento contou com a presença de autoridades do governo federal e foi um acontecimento precedido de muita polêmica. 
   Entre os defensores de fechar uma parte da avenida Paraná para a circulação de veículos, os principais argumentos eram o reforço à segurança de pedestres e a revitalização do espaço. Uma forma de evitar atropelamentos com mortes, como os muitos casos que haviam sido registrados até então, e acabar com a "vadiagem” no local. Para aqueles contrários à iniciativa, a construção do Calçadão iria prejudicar o comércio e demandar investimentos muito altos que poderia ser empregados em obras consideradas por eles mais urgentes. 
   Em seu discurso, o prefeito ressaltou o aspecto da humanização e da revitalização do centro que a obra iria propiciar. Belinati lembrou que a rede bancária havia adquirido quase todos os imóveis da avenida Paraná e a via se transformava em uma via bancárias. O Calçadão, afirmava ele, surgia para dar “nova destinação à via”, valorizando o comércio e o turismo locais. Ele destacou ainda que o projeto se enquadrava nos padrões estabelecidos pelo governo federal, que tinha como meta principal o transporte público e os pedestres. 
   Quatro décadas depois, o Calçadão segue aquecendo discussões. Não pela necessidade ou não do projeto, já que hoje em dia é raro encontrar alguém que considere a obra desnecessária. O calçamento que cobriu boa parte da extensão da avenida é um dos ícones da cidade. Localizado no coração da região central, é ponto de encontro e palco para manifestações políticas e culturais. Mas algumas mudanças estéticas promovidas nos últimos anos e a retirada de serviços ainda não foram assimiladas pela população, que também reclama da falta de cuidado com o espaço. 
   A produtora de rádio, artista sonora e pesquisadora Janete El Haouli mudou-se para um edifício no Calçadão em fevereiro de 1975, onde viveu até 1982. Em 2001, voltou para o mesmo apartamento onde está até hoje. Em todos esses anos, viu acontecerem sob a sua janela as muitas transformações no local. E é com tristeza que ela observa hoje o nosso espaço. “Tivemos momentos em que existia uma movimentação humana, com muitas atividades artísticas e culturais e isso se perdeu no momento em que teve a reforma (em 2009), que retiraram o petit pavê, os quiosques, algumas árvores. Não houve uma revitalização. Houve um retrocesso”, avalia. “O Calçadão foi ficando triste, vazio no sentido humano. A retirada do coreto foi uma facada, não só para mim, mas para muitas pessoas.”
   Para El Haouli, mesmo após o retorno dos quiosques, neste ano, não foi possível recuperar o clima que havia alí décadas atrás. “ A sensação que eu tenho é que parece algo artificial. Não voltou aquele movimento que tinha antes. Esses quiosques, no meu entender, não contribuíram muito para a vitalização porque existe uma memória do que era que foi destruída”, lamenta. E após o encerramento das atividades no comércio, ressalta ela, o problema é a falta de segurança. (Leia mais na página 2). (FONTE: SIMONI SARIS – Reportagem Local, caderno FOLHA CIDADES, PROJETO CENTRO, sexta-feira, 8 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

UM SÍMBOLO QUARENTÃO


   Sem dúvida um dos principais cartões-postais de Londrina, o Calçadão chega so 40 anos de vida rediscutindo o seu papel na cidade. Qual londrinense nunca passou por ali? Idealizado em meio a polêmicas em torno da viabilidade de se fechar uma via até então importante para fluidez do tráfego como a avenida Paraná, o espaço projetado pelo arquiteto e ex-governador Jaime Lerner logo caiu no gosto da população – inclusive motoristas. Porque visava promover a mobilidade de milhares de pessoas no ponto mais central da cidade, o Calçadão surgiu como uma obra de vanguarda inspirada na rua XV de Curitiba.
   A paginação do piso de petit pavet em preto e branco e o desenho em elos foram pensados para que estimulassem os pedestres a fazerem pausa durante o percurso, favorecendo os estabelecimentos comerciais, que poderiam atrair os consumidores entre uma parada e outra no trajeto pelo Calçadão. Se antes da construção a obra gerou questionamentos – como tudo que envolve mudança de comportamento -, é difícil encontrar quem ainda considere aquele espaço público um incômodo e desnecessário projeto urbanístico. 
O problema, segundo avaliação de alguns arquitetos e urbanistas, é que o Calçadão passou por transformações nos últimos anos que precisam ser discutidas por todos os londrinenses. A começar pela troca de parte do piso, promovida pela prefeitura em 2009, descaracterizando um desenho icônico. Um crime contra o patrimônio que jamais poderia ter sido aceito. 
   A retirada dos quiosques, na mesma época, também recebeu críticas, mas nesse caso havia uma clara distorção da ocupação desses mobiliários. Sem padrão arquitetônico, alguns deles viraram grandes botecos a céu aberto, com frequência inadequada, desrespeitando inclusive o Código de Postura do município, tirando o sono dos moradores do entorno. Era preciso um choque de ordem. 
   Com a volta padronizada dos quiosques, o que os urbanistas, pedestres e a vizinhança defendem agora é um Calçadão mais vivo e pulsante, especialmente à noite, com segurança e manutenção constantes. É preciso que o poder público e a sociedade civil organizada pensem conjuntamente uma forma de revitalizar o Calçadão de modo a garantir que esse importante cartão-postal continue simbolizado o que há de melhor em Londrina ao menos para os próximos 40 anos. (FONTE: OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira, 8 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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