sexta-feira, 31 de março de 2017

DORMINDO NO PONTO



   Uma pesquisa aponta que 38% dos trabalhadores brasileiros sofrem com algum distúrbio de sono, como insônia ou dificuldade para repousar profundamente. 
   Os dados são da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil, que avaliou por meio de questionários mil profissionais de diferentes setores da economia em São Paulo e Porto Alegre. 
   A situação pode ser ainda mais grave entre pessoas que trabalham no período noturno, já que é difícil dormir bem durante o dia, por várias horas seguidas, em função do barulho externo. 
   A falta de sono, como todo mundo sabe, causa problemas como irritabilidade, dores de cabeça, baixa concentração e, em longo prazo, aumenta as chances de a pessoa desenvolver diabetes, síndromes metabólicas e doenças cardiovasculares. 
   O metroviário Renato Souza, 36, lança mão de máscaras, daquelas de avião, e de cortinas blecaute para conseguir repousar depois de trabalhar durante a madrugada, o que acontece pelo menos duas vezes por semana. 
   “Para piorar, tem uma igreja ao lado de casa, então também comprei um ar-condicionado para não precisar abrir a janela e ser acordado com o som deles depois”, diz. 
   Essas estratégias são eficientes para garantir descanso ao corpo, segundo a neurologista Rosa Hasan, líder do laboratório de sono da USP (universidade de São ), mas nada disso adianta se o profissional não conseguir em primeiro lugar, se desconectar totalmente. 
   “O sono deixou de ser prioridade nessa sociedade conectada, e a pessoa não dorme para ficar em redes sociais ou reponder a e-mails”, afirma Hasan. 
   A cuidadora de idosos Rosana Lima, 45, não abre mão de trabalhar no período da madrugada. Quando deixa o local, às sete da manhã, segue para a faculdade, onde faz um curso de radiologia. 
   “Sinto que rendo mais à noite, embora nem sempre consiga dormir e acabo cochilando até no ônibus, depois de sair da aula”, diz. 
   O horário dela impõe sacrifícios. Lima dorme cinco horas por noite e diz sentir dores e tontura quando não consegue descansar o suficiente. 
   Quem prefere trabalhar à noite, como Lima, deve avisar a empresa, já que a maioria delas não faz triagem para turnos considerando a vontade ou as características dos empregados. 
   “A escolha pode ajudar o profissional a ter uma alta de produtividade, vantajosa para a carreira”, diz a doutora em administração e professora da FGV Letícia Menegon. 
   Mas o período da noite pode ser desafiador para a ascensão profissional, já que a maioria dos chefes não está na empresa nesses horários. 
“O profissional perde em visibilidade em networking, já que fica escondido nesse turno”, explica Emerson Gouveia, vice-presidente de negócios da recrutadora Stato. 

   EXPEDIENTE

   Quem trabalha em casa e não tem horário fixo também pode sofrer com a falta de descanso, sobretudo aqueles que trocam o dia pela noite. 
   A tradutora Ágata Souza ,28, exerce sua função em casa. No começo da carreira, produzia na madrugada e não conseguia dormir oito horas.
   “Alternava duas ou três horas do trabalho com o mesmo tempo de sono, até perceber que estava exausta. Cometia erros e precisa anotar tudo, para não esquecer”, conta. 
   Quem tem essa rotina desregrada pode criar um banco de horas próprio, anotando o número de horas trabalhada e de horas excedentes para equilibrar com o número necessário de horas de sono, aconselha Ana Cristina Limongi-França, especialista em qualidade de vida no trabalho e professora da FIA (Fundação Instituto de Administração) e da USP. 
   Também vale ser rigoroso com os horários, diz Álvaro Pentagna neurologista do Hospital São Luiz. “Em casa, não há um fim de expediente claro como na empresa”, explica o médico. 
   E não adianta usar estimulantes para aguentar o dia. “Não dá para mascarar os sintomas de sobrecarga, uma hora o corpo pifa.” (ANA RANGEL - DE SÃO PAULO, página D3, caderno sobre TUDO, domingo, 26 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE S.PAULO).

JÁ VIROU SEU COLCHÃO NESTE MÊS?

Darcio e Marcia de Pieri com o filho, Adriano,no apartamento em que moram, na zona oeste de SP

   Manutenção evita problemas ortopédicos e respiratórios; escolha do modelo deve ser combinada com travesseiro

   Eles já foram feitos de crina de cavalo, palha de milho e até capim. Hoje os colhões são basicamente construídos por uma combinação de molas e espumas, o que não facilitou em nada a escolha do modelo ideal para garantir uma noite de sono. 
   Não basta ser confortável. O primeiro passo é prestar atenção na densidade do colchão. Sem mistério: as lojas costumam ter uma tabela com as opções mais indicadas com base no peso e na altura do cliente. Quanto mais denso, mais duro ele será.
   Por exemplo: para uma pessoa que pesa entre 51 a 60 kg e tem até 1,50 m de altura, o recomendado é um modelo com densidade 26. Já aqueles que têm a mesma altura, mas pesam entre 61 e 70 kg, deve optar por aquele com densidade 28. 
   Depois, hora de fazer o teste do colchão. Mais moles ou rígidos? De espuma ou de mola? “Não tem receita de bolo, É uma decisão que cabe a cada um”, Diz Robert Meves, ortopedista da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
   O importante, diz o médico, é evitar extremos. ”Aqueles muito fofos ou duros demais podem levar ao desalinhamento do tronco em relação ao pescoço”, explica. 
   Os travesseiros devem ser complementares ao colchão, afirma Alexandre Cristante, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da USP.
   “Quem dorme com a barriga pra cima deve escolher um travesseiro mais baixo. Quem dorme de lado deve optar pelos mais altos”, diz ele. E aqueles que preferem ficar de bruços? “Nesse caso, será mais difícil escolher um modelo que deixe a coluna reta.”
   Caso o corpo não fique bem acomodado, pode haver problemas com dores na coluna e nas articulações, torcicolo e refluxo, diz Cristante. 

MASSAGEM

   Para além modelos mais comuns, existem ainda colchões mais tecnológicos, com recursos que vão desde massageadores até ímãs com propriedades terapêuticas. 
   O vendedor Adriano de Pieri, 40, e seus pais, Marcia e Darcia, de 63 e 67 anos, decidiram comprar colchões do tipo em setembro passado. 
   O filho escolheu um mais “básico”, de espuma de poliuretano, que conta com proteção antiácaros e antifundos e autossageadores na superfície. Ele pagou cerca de R$ 2.600 pelo item. “Passei uma semana sem dormir, me adaptando. Agora, durmo mais relaxado e não tenho mais refluxo de manhã.”
   Segundo Cristante, da USP, o refluxo pode ser causado pela inclinação excessiva da cabeça ou tronco no sono. 
   Já os pais de Adriano comparam um dos mais modernos do mercado, com direito a massageador elétrico, diversas camadas de espuma e um tecido que diminui a absorção de líquidos e poeira. 
   “Antes, eu e meu marido já acordávamos já irritados, soltando faísca”, conta Marcia. “Hoje, é Deus no céu e o colchão na terra.” O casal pagou em torno de R$ 7.000 por ele. 
   Mas comprar um colchão muito desenvolvido não é sinônimo de milagre, pondera Meves, da Santa Casa. “É possível que o colchão anterior já não estivesse muito bom”. Ele diz ainda que é bom conferir se há um selo da Anvisa naqueles mais tecnológicos. 
   O colchão tem prazo de validade: segundo especialistas, não passa de cinco anos. 
   Durante esse tempo, é preciso ter cuidado e mantê-lo bem conservado. A primeira dica é girá-lo, invertendo a parte da cabeça com a do pé, a cada 30 dias, explica Flávio Maldonado, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cochões. Ele também recomenda que, no caso de colchões de espuma, a parte de baixo seja colocada para cima. 
   Além de questões ortopédicas, colchões podem gerar problemas respiratórios. “É um lugar onde há grande proliferação de ácaros, que se alimenta da pele que perdemos à noite”, explica Maria Cândida Rizzo, coordenadora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. 
  
A assistente de Importação Daniela Garcia, 25, em seu apartamento na zona oeste de SP
 
  Nem aspiradores nem panos úmidos dão conta do problema. A solução, diz ela, é usar capas protetoras no travesseiro e nos colchões. 
A recomendação é seguida pela assistente de importação Daniela Garcia, 25. “Eu tenho rinite sinusite... todas as “ites”, diz ela, que usa as capas na cama desde pequena. 
   O pneumologista José Eduardo Cançado, da Santa Casa de São Paulo, recomesnda que os colchões sejam expostos ao sol ao menos uma vez por mês. “Evita mofos e ácaros”. (JÚLIA ZAREMBA - DE SÃOPAULO, página D6, caderno sobre Tudo, domingo, 26 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE S.PAULO).

A CONDENAÇÃO DE CUNHA SERVIRÁ DE EXEMPLO?


   A Lava Jato já é apontada como a operação que revelou um dos maiores esquemas de corrupção da história mundial. Nesta quinta-feira (30), ela voltou a ser a notícia do dia ao ter conseguido a condenação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha a 15 anos e quatro meses de prisão. Antes da Lava Jato, prender um político tão importante parecia algo impossível de acontecer. Condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o peemedebista carioca continua partindo para o ataque e não poupa críticas à força-tarefa da Lava Jato e ao juiz Sergio Moro. Após a publicação da sentença, de dentro do Complexo Penal, que fica na região metropolitana da capital paranaense, ele escreveu nota dizendo que Moro não tem condição de julgar qualquer ação contra ele, “pela sua parcialidade e motivação política”. Para o ex-deputado, o juiz quer se “transformar em um justiceiro político” e tenta usá-lo como seu troféu em Curitiba”. Cunha ataca ainda ao afirmar que a decisão do magistrado é política porque tenta evitar a apreciação do habeas corpus no Supremo Tribunal Federal – a condenação pode tornar nulo o pedido de liberdade do peemedebista que tramita no Supremo. Cunha vai recorrer desta que é a sua primeira condenação na Lava Jato – ele foi acusado de receber propina de US$ 1,5 milhão em um negócio da Petrobras na África e ocultar os valores entre 2011 e 2014, enquanto era deputado. Lembrando que Cunha ainda é réu em outras duas ações e é investigado em pelo menos outros cinco inquéritos. A sentença repercutiu em Brasília, principalmente porque nesta quinta-feira Moro participou de uma reunião na Câmara para discutir a reforma do Código de Processo Penal, quando o juiz fez duras críticas ao projeto de lei de abuso de autoridade em tramitação no Senado. Os próximos dias dirão se a condenação vai servir de exemplo e se aquele que foi um dos políticos mais poderosos do País irá fazer a tão esperada delação premiada. (OPINIÃO, pagina 2, sexta-feira, 31 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quinta-feira, 30 de março de 2017

FALTA DE CRECHE, UM PROBLEMA CRÔNICO


   Promessa de campanha de todo candidato a prefeito no Brasil, a ampliação do número de vagas em creche vai de mal a pior em todo o País. Pesquisa inédita do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2015 mostra que 75% das crianças brasileira com menos de quatro anos de idade não vão à creche. Correspondente a 77 milhões de meninos e meninas nessa situação de um total de 10,3 milhões. Segundo o estudo da Pnad, das 10,3 milhões de crianças, 84,4% (8,7 milhões) normalmente permaneciam, de segunda a sexta-feira, de manhã e de tarde, no mesmo local e com a mesma pessoa. Desse total, 74,5% ficam em suas próprias casas sob os cuidados de um de seus responsáveis. Apenas 16,6% passam a manhã e a tarde em creches ou escolas. A pesquisa ainda revela que o Brasil ainda está longe de alcançar a meta estipulada pelo governo no Plano Nacional de Educação, que é, no mínimo, 50% das crianças de até três anos matriculadas nas instituições adequadas. Como já era previsto, o estudo confirmou que aquelas que não vão às creches são as mais pobres. Chama a atenção o fato de que menos da metade das famílias que não têm os filhos matriculados nessas instituições tomaram alguma iniciativa para colocar para colocá-los na escola. O trabalho de cuidar das crianças pequenas continua a ser responsabilidade das mulheres. Segundo o instituto, quase metade das crianças brasileiras com menos de quatro anos ficam sob a responsabilidade de uma pessoa do sexo feminino. Creche não é luxo, é uma necessidade. Se no passado a função de prover o sustento da família era o pai, hoje a mulher participa igualmente dessa tarefa e é grande a quantidade de lares chefiados por ela. A falta de creche é um dos grandes obstáculos para que muitas mães possam trabalhar. É menos renda para a família e mais crianças sem acesso a um atendimento adequado. Lembrando que essas instituições não são apenas um local para os menores ficarem em segurança enquanto os pais trabalham. É um espaço de aprendizado e desenvolvimento sadio. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 30 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

quarta-feira, 29 de março de 2017

PROJETO VISA A CONSTRUÇÃO COLETIVA



   O desafio Criativos da Escola chega à terceira edição, reconhecendo projetos protagonizados por alunos. ONGs e associações comunitárias; inscrições começam em abril

   Há muitas histórias bacanas acontecendo nas escolas e que precisam de espaço para emergirem. Especialmente aquelas em que os protagonistas são os próprios alunos, dispostos a transformar a realidade ao seu redor. 
   De olhos nesses idealizadores, o projeto Criativos da Escola chega à terceira edição, com inscrições gratuitas a partir do dia 10 de abril. Para entender a amplitude deste trabalho é preciso contar uma história antes. 
   Tudo começou na Ìndia e em pouco tempo se tornou um movimento global chamado Design for Chance. Hoje, ele ocorre em 45 países e inspira mais de 2,2 milhões de crianças e jovens. 
   No Brasil, o movimento chegou a dois, pelo Instituto Alana, uma organização da sociedade civil em fins lucrativos, que valoriza projetos que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. 
   Chamado de desafio Criativos da Escola, o projeto reconhece e premia iniciativas protagonizadas por estudantes dos ensinos fundamental e médio, de escolas públicas e privadas, organizações não-governamentais e associações comunitárias. 
   Através de um concurso exclusivamente cultural, os alunos apoiados por seus educadores, participam com ideias que podem transformar tanto o meio escolar quanto a comunidade em que vivem. 
   Ao todo, são selecionados 10 projetos, além de 01 na categoria especial pela Parceria Votorantim pela Educação (PVE). Para se inscrever é preciso responder a sete questões que envolvem a motivação do projeto, a busca por soluções criativas e até como o grupo se organizou para trabalhar em conjunto. 
   “A gente tenta identificar se a iniciativa traz quatro pilares: protagonismo, empatia, criatividade e trabalho em equipe. Eventualmente, o professor pode propor o projeto, mas é preciso que os alunos se apropriem dele, pois percebemos que esse envolvimento genuíno ganha uma outra qualidade tanto de resultado quanto de impacto na vida dessa criança ou jovem”, aponta Carolina Pasquali, diretora do Criativos da Escola e de comunicação do Instituto Alana. 
   Ela diz que a ideia é contaminar esses estudantes com a percepção de que eles podem atuar e fazer diferente, isto é, transformar. “O Criativos busca encorajá-lo. É uma estratégia para descobrirmos onde isso está acontecendo para podermos conectá-los e dar luz à essas histórias, mostrando que isso tem valor”, afirma. 
   Sobre a premiação, o Instituto Alana reúne alguns representantes de cada equipe e propõe a criação de algo em conjunto em três dias. “No ano passado, criamos um mini documentário sobre colaboração, que foi apresentado no evento de premiação. A cada edição escolhemos um destino diferente. Neste ano, será no Rio de Janeiro”, revela. A escola dos alunos premiados recebe R$ 1,5 mil para organizar um evento e contar sobre o projeto. “É uma intenção de contaminar outros alunos também”, diz a diretora do Criativos. Além disso, o educador é premiado com R$500 para realizar algum curso de formação ou mesmo para investir em alguma demanda específico do projeto. 

   ESCOLAS PÚBLICAS

   No ano passado, o número de inscritos dobrou em relação a 2015, passando de 419 projetos para 1.014 de diversos estados brasileiros. De acordo com Carolina, na segunda edição, 81% dos projetos inscritos eram da rede pública de ensino, 7% de escolas particulares e 6% de ONGs.
   “O projeto é para qualquer escola, mas nossa estratégia é uma aproximação maior das redes públicas, então acabamos fazendo uma mobilização muito maior nesse sentido”, explica. 
   Para isso, o Instituto conta com a parceria da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para divulgação do concurso e o apoio do Ministério da Educação “que entendeu que o projeto tinha bastante sinergia com algumas das políticas, em especial com o Mais Educação.”
   Ainda de acordo com ela, o Paraná foi representado por 20 inscrições, sendo duas de Londrina. Um é o Programa Atitude do St James International School, que tinha o objetivo de conscientizar e orientar os alunos do ensino médio das escolas públicas para a realização de trabalho voluntário consciente. 
   Outro é o projeto Multiletramentos e Tecnologias do Centro Educacional Marista Irmão Acácio, que atende crianças e jovens no contraturno escolar. Segundo o educador de Informática Maurício Campano Cesário, o projeto envolveu cerca de 30 alunos de 14 a 18 anos do curso técnico e mais 70 estudantes de 6 a 10 anos de uma escola municipal na zona Norte de Londrina. 
   Cesário trabalhou em conjunto com o educador de Letras, Michael dos Santos Mendes, que ao identificar a dificuldade com a escrita e leitura em alguns alunos, propôs uma ação para auxiliá-los. 
   “A ideia foi trabalhar com a ferramenta do Power Point para a construção de jogos educacionais. Pesquisamos os personagens mais admirados por essas crianças e desenvolvemos jogos com questões de raciocínio lógico e de letramento”, explica. 
   Após dois meses de construção, o projeto foi aplicado pelos próprios adolescentes. De acordo com Cesário, a ideia deu tão certo que o grupo está trabalhando com a criação de um site de objetos de aprendizagem. “Vamos criar uma página para que as crianças possam baixar os jogos e levá-los para a comunidade. 

   ‘PROTAGONISMO É UM CAMINHO SEM VOLTA’ 


   A diretora do desafio Criativos da Escola, Carolina Pasquali, observa que atualmente os jovens estão dando vazão à vontade de produzir conteúdo, “mas nem sempre eles estão sendo ouvidos dentro da escola.”
   Seguindo este pensamento, ela contextualiza a importância de valorizar o protagonismo dos estudantes, ainda mais nesse momento em que o método de educação está em plena discussão no País. 
   “A chave do protagonismo é um caminho sem volta. É uma proposta da repactuação dentro da escola. A ideia é que eles possam ajudar a significar essa construção de conteúdo coletivo. Com isso, eles terão ganho também na autoestima, responsabilidade, resiliência e na tomada de decisão”, acrescenta. 
   Dos projetos que ganharam, o Instituto mantém um acompanhamento mais próximo e busca ajudar a ampliá-los, com orientação e divulgação. “É importante que as crianças e jovens se sintam parte dessa rede e vejam que tem mais gente fazendo diferença”, conclui. (M.O.)

   DE ‘CABELO BLACK’ A PLANTAS MEDICINAIS

      A edição 2016 do desafio Criativos da Escola, reconheceu e premiou projetos de diferentes estados , como o “Solta esse Black” do Rio de Janeiro. As estudantes promoveram oficinas e debates, inclusive na internet, para a valorização do cabelo afro e da autoestima entre as alunas. 
   As participantes relataram ao Instituto que a iniciativa deu tão certo que o projeto já está atravessando os muros da escola, chegando à comunidade. Um encontro está agendado para maio, no Complexo do Chapadão (zona Norte) e deverá convocar todas as mulheres de cabelo crespo para participar. 
   Outro reconhecimento foi o trabalho “Utilização de plantas medicinais no município”, de Rio do Antônio, na Bahia. O grupo entrevistou idosos e elaborou um livro com 70 plantas medicinais do município, suas recomendações e contraindicações. 
   Para o Instituto, o estudante Wesley Lima afirmou que “os idosos se sentiram valorizados e viram que o conhecimento repassado por eles não irá morrer ali. Viram que tinha jovens que se interessavam pelo conhecimento popular.” (M.O.) (MICAELA ORIKASA – REPORTAGEM LOCAL, FOLHA CIDADANIA, terça-feira, 28 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

A VOZ PEROLADA



   Finalista do The Voice Kids, Pérola Crepaldo fala do que mais gosta de fazer na escola e na vida

   Pérola Crepaldi nasceu na cidade de Apucarana (PR), em 2004, ficou conhecida depois de ter participado na edição passada do programa musical The Voice Kids, quando foi finalista com outros dois paranaenses. A aparição lhe rendeu a participação no DVD da cantora Ivete Sangalo e vários programas da Rede Globo. Atualmente com 12 anos, foi ainda muito criando que se interessou pela música. Aos seis anos, ingressou em uma academia musical onde estuda até hoje fazendo aulas de técnica vocal. Além da experiência no programa, já havia participado de vários outros festivais de canto da região, em que conquistou o primeiro lugar. 

   O que você mais gosta de fazer quando está na escola?
   O que mais gosto de fazer quando estou na escola é estudar, e no recreio brincar com meus amigos. 

   Qual a matéria que gosta mais? E qual gosta menos?
   A matéria que mais gosto é Ciências e a que menos gosto é Matemática. 

   O que você gosta de comer no recreio?
   Na hora do recreio gosto de salgadinhos, achocolatados, sucos, mas também costumo levar frutas, pois não dá para comer besteiras todos os dias.

   Você já ficou de castigo ou levou bronca do professor alguma vez?
   Nunca fiquei de castigo, mas já levei bronca. Era aniversário de meu amigo e, nós colegas, resolvemos jogar água nele. Só que não podia. Então a professora viu e nos mandou direito para a coordenação. Foi tenso, quase levamos suspensão. Foi a primeira e a última vez.

   Suas notas são boas? Em qual a disciplina vai melhor?
   Minhas notas normalmente são muito boas. Minhas melhores notas são em História, Redação e Inglês. Geralmente fico entre os dez melhores de minha série. 

   Como começou a música?
   Na música comecei cantando em casa e na escola os professores sempre me chamavam para fazer algum solo. Falou que tem música, estou sempre dentro.

   Quais suas bandas ou cantores favoritos?
   Na música tenho vários ídolos e sempre vou conhecendo alguém que começo a admirar. Mas no momento gosto de Ivete Sangalo, pois aprendi muita coisa com ela no programa The Voice Kids. Demi Lovato, Vitor e Léo , Shawn Mendes, entre outros. 

   O que quer ser quando ficar adulta?
   Quando for adulta pretendo continuar no ramo musical, mas também pretendo estudar e fazer alguma faculdade no campo da ciência, pois é minha matéria preferida. (MARIAN TRIGUEIROS – REPORTAGEM LOCAL, página 4, caderno FOLHA 2, coluna NO MEU TEMPO DE CRIANÇA, terça-feira, 28 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

PROCESSO DE ADOÇÃO MAIS RÁPIDO


   O Ministério da Justiça está preparando uma revisão nos procedimentos para adoção no Brasil, a fim de desburocratizar o procedimento. A revisão é necessária. O País tem mais de 7 mil crianças que buscam um lar e cerca de 38 mil pessoas interessadas em adotar. Mas apesar do número de pretendentes ser maior que o de crianças, grande parte dos meninos e meninas habilitados para serem adotados continuam vivendo em acolhimento, de onde saem com 18 anos para enfrentarem a vida adulta. Isso acontece porque o perfil de crianças exigido pelos pais adotivos não é compatível com aquele disponível nas instituições. Geralmente, a preferência é pelas crianças mais novas. Um dos objetivos da mudança é proporcionar que elas sejam habilitadas à adoção mais cedo, aumentando as chances de encontrarem uma família. Para isso, a mudança na Lei de Adoção deve rever itens como entrega voluntária, alteração de prazos e procedimentos e apadrinhamento afetivo. Uma das mudanças diz respeito à entrega voluntária pela mãe, que terá 60 dias após o acolhimento institucional para se arrepender ou indicar uma pessoa da família para guardião ou adotante. Depois desse período, a criança é inserida no cadastro nacional. Bebês recém-nascidos sem certidão de nascimento que estão há um mês vivendo em abrigos também serão cadastrados para adoção. Outro ponto que deve sofrer mudança é o estágio de convivência entre adotantes e crianças. Ao invés de um juiz fixar prazos, o período passa a ser estipulado em até 90 dias e a conclusão de todo o processo deverá ser estabelecido em oito meses, ou 120 dias prorrogáveis por mais 120. Hoje, com a busca incessante pela família biológica, este processo pode se arrastar por anos. Com isso, a criança fica inadotável. O melhor é que os filhos ficassem com os pais biológicos ou parentes e é importante que a Justiça se preocupe em resgatar os laços familiares. Mas essa procura não deve ser longa o bastante a ponto de tornar as crianças inadotáveis, acabando com qualquer chance delas fazerem parte de uma família. (OPINIÃO, página 3, quarta-feira, 29 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

terça-feira, 28 de março de 2017

PROJETO ENSINA CRIAÇÃO DE GAMES A ALUNO DA PERIFERIA

Crianças durante aula de programação de jogos em projeto da Code Club Brasil no Campo Limpo, zona sul de São Paulo

   Entidade britânica dá aula de programação a crianças de 9 a 12 anos na zona sul de São Paulo

   Com alguns recursos já programados, alunos desenham em um computador um jogo de pequeno labirinto e um barco – agora, a missão é fazê-lo se mover, sem bater, como um videogamae. 
   De olhos atentos às instruções do professor, 20 alunos de 9 a 12 anos se reúnem uma vez por semana para aprender, brincando, comandos de programação e criação de jogos no Campo Limpo e em Paraisópolis (zona sul de SP). 
   Arthur Gandra, diretor-executivo do projeto e professor voluntário, mostra a função de cada item passo a passo, O programa é intuitivo, colorido e proporciona um aprendizado de forma lúdica. 
   “Gosto muito de informática. E eles ensinam bem”, diz Renata Silva, 12. 
   Alguns pretendem seguir carreira na tecnologia, como Jennifer Silva de Jesus, 10, “Acho superlegal a gente aprender de forma diferente. Aqui é mais interessante. Pretendo, como profissão, cria aplicativos com algo social.”
   Os alunos que terminam cada etapa ajudam a instruir os colegas. 
   Ex-aluno, Vinicius Andreotti, 12, fez o curso em 2014, em Valinhos (a 88 km de SP), e aplica os conhecimentos no dia a dia. “Melhorei nas notas da escola. Passei a pensar mais rápido para resolver os problemas e ajudar os colegas.” Além disso, Andreotti disse que o conteúdo o ajudou a participar de um curso de robótica e serviu de incentivo para seguir carreira como programador. 
   O Code Club Brasil, entidade britânica que está no país desde 2013, visa ensinar informática gratuitamente, capacitando gerações para o mercado de trabalho. As aulas prometem desenvolver o raciocínio lógico, o trabalho em equipe e a criatividade. 
   “O Code Cllub tenta diminuir a desigualdade, pois há muitos cursos de programação que estão acima de R$ 300 por mês. As pessoas mais pobres não tèm acesso, afirma Gandra. 
   Segundo Gandra, o projeto, que se mantém por meio de parcerias com empresas e verbas de editais, têm como um mantra “empoderar por meio de tecnologia para gera emprego e renda”.

   PRÉ- REQUISITO 

   “Saber programas é um pré-requisito daqui a alguns anos, assim como aprender inglês. Ela vai ser a terceira linguagem para todos aprenderem”, afirma. 
   O curso ensina conhecimentos básicos de informática em 13 aulas, de uma hora e meia, divididas em dois módulos, que vão da criação de jogos a sites e aplicativos para smartphones e tablets.
   Os voluntário recebem como ajuda de custo vale-transporte e um certificado. 
   O Code Club Brasil tem cerca de 300 grupos no país e já formou mais de 10 mil crianças. Ao redor do mundo, são mais de 8.000 clubes de programação. 
   Na cidade de São Paulo, foi oficializado ONG em 2016. Hoje, com quatro turmas, tem como meta formar 480 crianças neste ano e se expandir para outras regiões da cidade. (KELLY MANTOVANI - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, página A27, caderno mercado, coluna dias melhores, terça-feira, 28 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE S.PAULO.

O JOVEM E O TÉDIO


   FAZ ALGUM tempo que tenho conversado com jovens para tentar entender por que é tão grande o número dos que se sentem desencantados com a vida, sem ânimo, e, acima de tudo, entediados e vazios. 
   Um dos motivos que percebi nas conversas foi o fato de a escola e os estudos parecem ser o único objetivo, na visão dos pais e de outros adultos, da vida dos adolescentes. E mais: a meta é uma boa classificação em exames e vestibulares. 
   A vida, para esses jovens, tornou-se monotemática. O tempo todo os pais recomendam que estudem, cada um de seus professores fala diariamente dos exames que farão etc. 
   Outro fator que promove a maior pressão neles é a escolha do curso universitário. Eles ouviram que é muito cedo para escolher algo que farão para o resto de suas vidas, e se convenceram disso. Não é cedo e nem precisarão repetir as mesmas coisas sempre: toda profissão tem grande potencial de diversificação no mundo atual. Mas, nessa busca e com essas premissas, essa escolha torna-se quase impossível para eles: como encontrar uma profissão que os deixe apaixonados – agora é moda dizer que precisa ter paixão pelo trabalho -, que o mercado valorize e que ofereça excelentes salários?
   Os diálogos com os adultos também são poucos estimulantes para eles, que não se sentem levados a sério por seus interlocutores principais, pais e professores. Quase todos disseram ouvir “sermão” deles quase todos os dias, e estão tão cansados do mesmo blá-blá-blá de sempre, que nem ouvem mais. Os argumentos que eles têm quando discutem a vida em sociedade, a política, a ética, a religião etc. são, em geral, considerados bobagens pelos pais. 
   Acontece que o adolescente precisa de diálogos com adultos para que consiga se entender melhor – e para construir seus próprios valores. Vamos lembrar que a adolescência é o período em que os mais novos se preparam para se tornar seus próprios pais. Sem diálogos e exemplos, por parte dos adultos, isso é missão impossível. 
   Claro que os jovens buscam alternativas para sair desse tédio, e eles encontram, principalmente, em alguns caminhos bem arriscados. 
   Muitos se entregam às redes sociais e aos jogos: usam a cada dez minutos e ficam tão absorvidos que se esquecem do tédio que, claro, retornam assim que eles escapam de suas malhas
   Outros, escolhem ir à baladas e ingerir drogas – lícitas e/ilícitas – para encontrar euforia, se desinibir, essas coisas. E sexo, é claro. 
   E há também os que decidem desafiar a morte. Creio que quase todo mundo já ouviu falar do “jogo da asfixia”, ou do sufocamento. Pode ser – e já foi - fatal. 
   E agora há uma nova modalidade de aventura radical praticada em outros países, que não sei se já chegou ao Brasil. Mas chegará, já que a internet conecta esses adolescentes em busca de adrenalina – omo eles dizem. Nessa prática chamada “extreme builing climber”, os adolescentes escalam as mais altas construções da cidade para caminhar e se penduras nos locais mais perigosos delas. Pode ser – e já falei – fatal. 
   Será que não podemos desafiá-los para que se desenvolvam, amadureçam e, acima de tudo, amem a vida? Podemos, sim!
   Basta começar a ouvi-los, colaborar para que se entendam e que coloquem em ato seu potencial criativo para beneficiar o coletivo, e não apenas a si mesmos. (Crônica escrita por ROSELY SAYÃO, página B12, caderno cotidiano, coluna ROSELY SAYÃO, terça-feira. 28 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE S.PAULO).

O CONTEÚDO ESCOLAR É O MAL DO SÉCULO


   Se você prestar vestibular hoje, não passará. O ministro da Educação também não passará, os secretário de educação não passarão, os professores do ensino médio e universitários também não passarão. Sequer os professores que elaboram as questões do vestibular passarão, como já dizia Rubem Alves. Aliás, de todos estes, penso que os últimos seriam os piores colocados. 
   Mas, antes de seguirmos adiante, por favor me responda: os níveis de industrialização da Ásia em meados do século 18 acompanharam o movimento geral de industrialização do Atlântico Norte ocorrido na segunda metade do século 19? Ou essa aqui: na duração de uma faísca de 0,5s e intensidade 10 elevado a -11, ao final do processo as cargas elétricas totais dos objetos são, respectivamente, zero e -5,0 x 10 elevado a -12C? Dificil, não? Pois estas foram duas das perguntas que constavam na prova da Fuvest 2017. 
   Vestibulares e exames de admissão para faculdades são, em todo o planeta, fonte de ignorância e estresse. Aulas diárias de “nada” é o que oferecem as escolas, especialmente no ensino médio. Passamos dos 8 aos 18 anos estudando um passado sem sentido; os passados da química, da literatura, da física, da matemática, da biologia etc. 
   O conteúdo ensinado não está conectado aos nossos interesses pessoais e profissionais. Precisamos aprender a lidar com nossas relações pessoais, com nossas carreiras, com o que fazer da vida. Saímos da escola sem saber para que serve o dinheiro e como geri-lo, não temos senso de finitude ou de propósito, não desenvolvemos o autoconhecimento e, em especial, não sabemos lidar com nossas emoções. Não fomos ensinados a nada disso. 
Isso gera um mundo onde prevalecem a ganancia e o egoísmo. Um mundo que promove líderes desprovidos de bom senso e altruísmo. Mudar o vestibular e estabelecer um conteúdo que nos possibilite, nesses dez anos de estudo, entender quem somos e o modelo de mundo que queremos construir é o remédio para nossos problemas. Assim preparamos os jovens para ir à universidade. 
   O vestibular protege o conteúdo escolar, que é o mal do século, promove o estresse e a angústia, além de levar os jovens e professores aos antidepressivos – consumidos por um terço da população nos EUA e capitais europeias. É dramático.
   No Brasil, os desavisados apontam o analfabetismo como o grande problema. É sempre a defesa mais óbvia: aponta para o lado; fugir do assunto. Produzir uma nova geração bem preparada e capaz erradicará muitos males, entre eles o analfabetismo, assim como a corrupção, a falta de ética nos negócios e um sistema financeiro que beira a desonestidade. 
   O conteúdo escolar é tão nocivo que foi capaz de produzir educadores e legisladores incapazes de alterá-lo. Afinal, a quem isso interessa? Ninguém. (ALVARO FERNANDO, compositor, palestrante e consultor sobre comunicação, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, terça-feira, 28 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). Leia mais artigos, utilizando aplicativo capaz de ler QR Code e posicionando no código abaixo:

ARVORES VÍTIMAS DO DESCASO


   Árvores icônicas de Londrina estão morrendo, vítimas do descaso do poder público e reflexo da pouca importância que muita gente dá ao meio ambiente. A FOLHA levou o biólogo, doutor em botânica e professor aposentado da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Moacyr Medri para diagnosticar a (falta de) saúde de árvores que são referências para o londrinense. Estão muito doentes a Figueira no canteiro central da Avenida Robert Koch, próximo ao Hospital Universitário (HU), e o flamboyant, localizada na confluência da Avenida Souza Naves com a Rua Clóvis Beviláqua, próximo ao Monumento à Bíblia. A primeira, plantada em 1952, não lembra em nada os tempos em que era símbolo da zona leste. Há relatos de que, no ano passado, foi vítima de uma poda radical. E a segunda, apesar de belíssima, tem o tronco bastante comprometido. O biólogo acena com um último tratamento para o flamboyant, que tem uma copa vigorosa. Mas a Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) não concorda e anunciou o corte nos próximos dias. Um pouco melhor está um exemplar de pau-brasil plantado na Praça da Bandeira, no centro da cidade. Mas se o poder público não fizer algo com urgência, a árvore terá o mesmo fim da figueira e do flamboyant. Ela tem vários ferimentos no tronco e um desses buracos virou até toca de gambá. Quem pensa que Londrina é bem servida de árvores está enganado. A Sema aposta que a área urbana tem entre 180 mil e 200 mil árvores. O déficit é de pelo menos 36 mil. É triste constatar que essa situação poderia ter sido evitada, caso as árvores das praças e calçadas recebessem do poder público a manutenção preventiva necessária. Outros países cuidam bem melhor de suas árvores. Em Lincolshire, na Inglaterra, uma macieira do século 18 está preservada. No México, o governo mudou a direção de uma rodovia para preservar um cipreste que é simbólico para a população local. Onde há conscientização ambiental, elas são vistas pela população como patrimônio. Muito diferente do que acontece por aqui. (OPINIÃO, página 2, terça-feira, 28 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

segunda-feira, 27 de março de 2017

DIVIDIR PARA MULTIPLICAR

A Casa, espaço inaugurado na semana passada, possui cinco marcas 
residentes e outras seis convidadas





   
"Queremos ser multicultural , ou seja, aproveitar os espaços também para oficinas, exposições, leilões e workshops", diz o artista visual Hígor Mejia da Casa Madá









   Empreendedores locais se unem para produzir e comercializar seus produtos, segundo a tendência do mercado por espaços colaborativos 

   Ser empreendedor é o caminho em uma economia fragilizada, compartilhar então é a palavra de ordem. Seguindo uma tendência mundial muitos pequenos e médios empreendedores brasileiros estão ocupando espaços coletivamente em busca de desenvolvimento de seus negócios. 
   E esse modelo de comércio tem fixado endereço também em Londrina. O que antes era apenas uma antiga casa, está ganhando um ganhando um caráter de ateliê e loja com produtos exclusivos criados por designers, arquitetos, artesãos e criativos locais. 
   “O mercado ainda causa muita insegurança aos pequenos empresários, mas a gente quis bancar isso, ou seja, buscar formas de profissionalizar nosso negócio e valorizar nosso produto”, comenta Adriana Mattoso Rodrigues, proprietária da marca Papotage Papelaria Artesanal. 
   Adriana se juntou a outras cinco microempreendedoras individuais, que deram vida à A , um espaço coletivo inaugurado na semana passada. Ao todo, são cinco marcas residentes e outras seis convidadas. 
   Naiara Castro, da Santa Mania, conta que a ideia surgiu da necessidade de um grupo de amigas empreendedoras das áreas de arte e moda, de impulsionar suas marcas. 
   “Todas trabalhavam em casa, o que é um complicador para atender clientes e formalizar a produção. Então aos poucos fomos alimentando a vontade de crescer juntas, fazer a roda girar”, diz. 
   Antes desse espaço, o grupo atuava nas redes sociais e organizava bazares para vender seus produtos. “Atuando em conjunto, todo mundo vai se ajudando nesse início. Além disso, os custos e riscos são mais baixos, pois tudo é dividido, inclusive as responsabilidades dentro do espaço”, acrescenta a arquiteta e artista plástica, Mariana Galera. 
   O consultor do Sebrae em Londrina, Rubens Negrão, observa que o modelo de negócios compartilhado tem tido inclusive, uma melhor aceitação do público consumidor. 
   “Antes, muitas pessoas tinham o pé atrás em relação, por exemplo, à procedência, qualidade dos produtos, mas tudo isso sofreu um transformação e comprar produtos exclusivos, de produtores locais passou a ser até um estilo de vida”, comenta. 
   Negrão ressalta ainda que esse modelo compartilhado pode ser uma boa opção de testar o mercado e a aceitação do produto sem ter que investir muito, isto é, sem montar uma estrutura de alto custo com funcionários, aluguel, entre outros. 
   “Mesmo sendo um pequeno espaço, o importante é pensar na marca, atender o público-alvo e lembrar que se houver outro canal de venda, como a internet, esse espaço colaborativo pode ser uma espécie de showroom”, aponta. 
   Sob este raciocínio, o consultor reforça a importância de se profissionalizar, pensando no modelo do negócio, como ele irá se viabilizar, que é o diferencial, quem são os clientes, como atingi-los e qual será o preço dos produtos. “É preciso pensar na sustentabilidade do negócio. Vale lembrar que se posicionar pela exclusividade, é proposta de valor”, diz.
 
   VISIBILIDADE
   
   O artista visual Hígor Mejia e a designer de moda Lubia Domingos Flor comemoram a visibilidade do ateliê coletivo Casa Madá, lançada há dois anos na cidade. A ideia deu tão certo que agora eles dão mais um passo em um novo espaço. 
  Em um imóvel maior, outro seis empreendedores locais poderão participar, totalizando dez marcas abrigadas no coletivo. 
   “Queremos ser multicultural, ou seja, aproveitar os espaços para oficinas, exposições, leilões e workshops”, diz Hígor, ao revelar que a ideia do ateliê surgiu do projeto Feira Madá, que no próximo mês chega na 13ª edição. “A gente se reunia para promover a feira até que uma hora decidimos fixar isso”, conta. 
   Pela experiência, Hígor afirma que trabalhar coletivamente é viável do ponto de vista econômico, mas o maior ganho é a troca entre os criativos, o que reflete até em uma melhor execução do trabalho. “Esse movimento está em uma crescente, o que dá mais visibilidade para todos os envolvidos”, completa. 

   EXPERIÊNCIA DE CONSUMO DIFERENCIADO É UM ATRATIVO
"Somos um grupo de amigos que se uniram para um negócio, trocando experiências e recebendo quem vem nos visitar, seja para conhecer os produtos ou tomar um café", disse a arquiteta Gabriela Martins, idealizadora do Estúdio Cosmo junto com Guilherme Andrade

   Pensando na economia colaborativa, isto é, em ter uma divisão de custos, redução de riscos e compartilhamento de expertises, o professor em Governança e Sustentabilidade do Isae/FGV Escola de Negócios, Ricardo Pimentel, diz que essa prática não é nova, mas ressalta que vem crescendo nos últimos anos. “É uma forte tendência”, pontua. 
   Ele avalia que o modelo colaborativo está mudando a forma das pessoas olharem para os negócios e com isso, a experiência do consumidor merece destaque, justamente pelo resgate daquilo que é mais significativo na vida das pessoas. 
   “Isso vai se revelando à medida que essa ideia do compartilhamento vai ganhando mais legitimidade na sociedade. Há cerca de uma década, passamos a valorizar mais essa busca da simplicidade, da satisfação e bem-estar. Esse modelo vai justamente a esse encontro, porque ele possibilita essa experiência de consumo diferenciada e ao empreendedor, de realizar coisas em que acredita”, reflete. 
   Ainda de acordo com Pimentel, entre os mais jovens, o trabalhar coletivamente já está incorporado na forma de pensar. “Eles estão se juntando não simplesmente porque é legal como se estivessem na onda de um movimento, mas porque essa é a forma como eles enxergam o mundo, e que de fato, está fazendo toda a diferença”, conclui. 
   “Estamos vivendo uma era de novo consumo, com valorização daquilo que se produz aqui. E nós temos também uma parcela de responsabilidade em fazer a economia da cidade girar. Por exemplo, nossos fornecedores são todos de Londrina e região”, afirma Guilherme Andrade, diretor criativo da Madre Cortes. 
   Andrade comenta ainda que o público ganha mais com um atendimento personalizado. “Como somos nós que produzimos, podemos desenvolver um produto de acordo com a necessidade do cliente. É a exclusividade”, completa. 
   Andrade e idealizador do Estúdio Cosmo, um ateliê coletivo, juntamente com a arquiteta Gabriela Martins, da Magnólia Arquitetura Floral. O espaço foi aberto em junho do ano passado, para elaboração, criação, produção e comércio de sete marcas locais. 
   “Ter um espaço físico formaliza o negócio, mas o Estúdio tem a proposta de ser uma “loja viva”, com os ambientes em constante transformação e um convívio de um lar mesmo. Somos um grupo de amigos que se uniram para um negócio, trocando experiências e recebendo quem vem nos visitar, seja para conhecer os produtos ou bater um papo, tomar um café”, conclui Gabriela. (M.O.) (MICAELA ORIKASA – REPORTAGEM LOCAL, FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, segunda-feira, 27 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

ENERGIA É O QUE FAZ A IGNIÇÃO


   Contam que durante uma entrevista, o repórter perguntou a Bill Gates, fundador da Microsoft como ficou rico e importante. Ele respondeu que fez a coisa certa, no lugar certo e na hora certa. Mas depois de alguns segundos, refletiu sobre a resposta e completou dizendo:
   -“Quando tive as minhas ideias e visões, havia centenas de pessoas em todo o mundo que pensavam e desejavam fazer o mesmo que eu. Mas a minha energia me impulsionou a tomar uma atitude rápida e o meu entusiasmo tornou-a prática. Eu acredito ser esta a explicação mais real do meu sucesso”.
   Energia elevada pode não ser tudo na solução dos problemas, mas somada ao entusiasmo, o resultado desta adição ajuda muito. 
   Observe como uma atmosfera familiar movida por entusiasmo é bem diferente daquela que apenas reage às demandas do dia a dia. É a diferença entre ter um lar e uma casa. 
E quanto ao trabalho? O sujeito que sai de manhã indisposto de casa passa todo o dia pensando no happy hour com os amigos. Olhe para ele a qualquer hora e você verá que um indivíduo a quem falta energia positiva. 
   Um repórter entrevistava um fazendeiro cujas vacas leiteiras eram campeãs de produtividade em sua região e perguntou: 
   “Quantos litros de leite, em média, as suas vacas dão por dia?
   Ao que o produtor respondeu: “Elas não dão nem um litro. Eu é que tenho de ordenhá-las, senão a produção é zero”.
   Creio, sem qualquer condição, que em tudo na vida enquadra-se à resposta deste produtor. Se você pensa que realização e sucesso serão um presente do destino , esqueça agora mesmo. É ilusão esperar por isso. Você é quem terá que extrair realizações e lutar por sucesso em tudo que imaginar e fazer com as suas mãos. E o impulso para alcança-los se consegue com energia e entusiasmo – para usar, persistir, levantar depois de cada queda, acordar cedo, dormir tarde, planejar, refazer os planos etc. Não sendo assim, nada acontecerá. (Crônica escrita por ABRAHAM SHAPIRO, consultor e coach de líderes em Londrina, coluna ABRAHAM SHAPIRO, FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, segunda-feira, 27 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

OS 60 ANOS DA UNIÃO EUROPEIA


   Em meio aos movimentos nacionalistas, 27 líderes europeus renovaram, no sábado (23), na Itália, o compromisso de unidade que nortearam a formação da União Europeia, marcando assim as comemorações pelos 60 anos de criação do bloco. Mesmo com a ameaça terrorista e a ausência de um representante do Reino Unido, que nesta semana dá início ao processo formal de saída do bloco, os líderes presentes às comemorações em Roma estavam otimistas com a missão de reconquistar a confiança do europeu. O primeiro ministro italiano, Paolo Gentiloni, lembrou da coragem daqueles que seis décadas atrás assinaram o tratado de Roma e foram realizar o sonho de unir um continente abalado por duas guerras mundiais. A declaração firmada em 2017, traz metas para os próximo dez anos, entre elas, inclusão social, diminuição da burocracia, aumento da segurança e fortalecimento do euro. O grande desafio é a convivência entre países com recursos e riquezas tão diferentes. As forças conservadoras que surgem não apenas na Europa, mas em países americanos, como os Estados Unidos, encontraram no papa Francisco uma crítica contundente. O líder do menor país da Europa e do mundo celebrou no sábado uma missa a céu aberto em Milão, no Norte da Itália, e deixou claro o seu desejo para o Velho Continente: “Sonho com uma Europa na qual ser imigrante não é um crime “. Na celebração, o chefe da Igreja Católica defendeu uma cultura “multiétnica”, que não teme o diferente, e elogiou o povo que é capaz de receber e integrar os estrangeiros. “Este povo não teme abraçar as fronteiras nem acolher”, lembrou. Se depender do Reino Unido e de líderes de outros países poderosos, como a França, a União Europeia está destinada a acabar. Não cabe aqui defender ou condenar o bloco, mas lembrar que ele surgiu para evitar que os europeus continuassem a se matar e mostras de rivalidade e desejo de dominar o continente e o mundo. E que, como lembrou o papa, é preocupante ver que a União Europeia pode morrer sem realizar os seus ideais, como a paz, a solidariedade e prosperidade para todos. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 27 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

UMA ESCOLA PARA MUITOS SONHOS

Nova sede da Fundação Cultura Artística de Londrina (Funcart) na zona Norte surge para atender uma demanda de crianças e adolescentes que sonham em chegar longe, ou especificamente, ao Ballet Bolshoi

   A unidade da Funcart recém-inaugurada na zona Norte é uma oportunidade para os alunos da rede pública se tornarem bolsistas nas aulas de balé – nova seletiva está agendada para abril

   No início era apenas mais um barracão na região dos Cinco Conjuntos em Londrina, que aos poucos foi ganhando corpo, com divisórias, barras, tablado e muita, muita expectativa. 
    Inaugurada na semana passada, a nova sede da Fundação Cultura Artística de Londrina (Funcart) na zona Norte, surge para atender uma demanda de crianças e adolescentes que sonham em chegar longe, ou especificamente, no Bolshoi, uma das mais famosas escolas de balé do mundo. 
   “Eu fico torcendo para que ela consiga porque força de vontade não falta”, conta Jorge Oliveira dos Santos, pai da bailarina Isabela Purceno dos Santos, de 13 anos. Ela é uma entre centenas de alunos da rede pública, beneficiados pela seletiva de bolsistas e que agora, têm a oportunidade de voltar a frequentar as aulas.
   Neli Beloti, que acaba de repassar a presidência da Funcart `Edson Holtz, explica que as fortes chuvas de janeiro do ano passado, inviabilizaram a continuidade do projeto que acontecia no Centro Cultural Lupércio Luppi, na mesma região, desde 2007.
   Isabela, assim como outras 200 crianças que eram atendidas no espaço tiveram que se deslocar para a rede central, localizada às margens do Lago Igapó. “Foi ruim demais. Não dava para os meus pais me levarem e então eu fiquei um ano sem poder ir a aula”, conta a aluna do 4º ano de balé. 
   Com a abertura da unidade, Jorge que chega do trabalho às 6 horas, pode acompanhar a filha até a aula que se inicia às 8h30. “É corrido, mas vale a pena. Encaro esse empenho com otimismo. É o sonho dela”, revela. 
    A extensão da unidade central , segundo Neli, é mais uma ação que vem materializar o caráter artístico, cultural e social da Fundação. Ela cita que ao longo de 24 anos, já foram realizados trabalhos por exemplo, com adolescente do Centro de Sócioeducação (Cense) e deficientes virtuais. 
   “Nunca houve impedimento de acesso à escola e o tempo nos mostrou a necessidade de formalizar esse tipo de atendimento”, acrescenta, ressaltando que o foco é sempre oferecer formação em dança com qualidade. 
   “Vamos formar bailarinos sim, mas também formamos público. Esses alunos poderão ser técnicos, coreógrafos, iluminadores, entre outros. É uma oportunidade para muitas crianças terem acesso a esse universo, além de ser uma ocupação, um compromisso diário”, declara. 
   Na sede da região Norte são ofertadas aulas de dança, incluindo pré-balé para crianças a partir dos 4 anos, balé clássico e contemporâneo, com inserção de mais de 60% de bolsitas totais ou parciais nos cursos regulares. Além disso, o local servirá como palco de apresentação artísticas e também para aulas de teatro.
   A coordenadora da escola de dança, Luciana Luppi, explica que a unidade é aberta a toda a comunidade, com mensalidade e taxa de matrícula, mas os alunos da rede pública de ensino têm a oportunidade de se tornarem bolsistas a partir de um teste seletivo. 
   “A ideia é selecionar as crianças que não têm condições de pagar pelas aulas”, diz. Os alunos selecionados irão formar turmas do 1º ano do curso regular, com uma frequência de três vezes por semana. A partir do 2º ano as aulas são diárias. 
   A próxima etapa acontecerá nos dias 3, 5 e 7 de abril, das 10h30 às 11h30. Podem participar alunos de 8 a 12 anos e é obrigatório a apresenta do comprovante de matrícula da escola. “O teste avaliará flexibilidade, musicalidade, coordenação motora, força muscular e biótipo”, comenta. 
   Critérios que João Padilha Belmiro Alves, de 11 anos, tem de sobra. O garoto que havia iniciado as aulas no Centro Cultural, está de volta ao tablado com a instalação da nova sede. “Meu desejo é dançar em uma grande companhia”, revela. 
    A professora Tayná Rodrigues , formada pela Funcart há cinco anos , acrescenta, no entanto, que não adianta ter físico e técnica, mas pouca vontade. “Tem criança que a gente enxerga o desejo no olhar e levo isso muito em consideração”, diz. 
   Pois em cada aluno, a professora vê um pouco da própria história. Assim como eles, Tayná alimentou desde pequena o desejo de se profissionalizar. E é rumo a esse futuro que a bolsista Liriani Santos Silva, de 12 anos, não quer perder nenhuma aula. 
   Durante o ano passado, a mãe Eliane dos Santos, reuniu-se com alguns pais que moravam próximos e montaram um esquema de revezamento para levar os filhos à sede central da Funcart. “Foi a solução que encontramos para que eles não parassem. Quando ficamos sabendo dessa unidade, aqui pertinho de nós, foi um alívio”, afirma a microempresária. 
   A Funcart mantém convênio com a Folha de Londrina há 23 anos, o que garante a manutenção de projetos e a oferta de bolsas. Segundo Neli, para a adequação da unidade Norte foram investidos cerca de R$ 20 mil. 

ENQUETE

   Por que você quer aprender balé? 

     Carol Caramori Aparecida, 8 anos - Eu daço balè desde os 4 anos. Eu gosto muito. Minha vida acostumou com a dança". 

   Giovanna Yasminm Marques Nastacio - 11 anos -"Minhas amigas faziam balé e eu fazia de circo. Resolvi aprender porque sempre gostei de dançar. Estou disposta a aprender tudo.
   Jhoicy  Kailler Atademis Firmino - 8 anos - "Vi um papel no portão de casa, falando sobre essa escola e pedi para minha mãe me trazer. Acho que pode ser um pouco difícil mas eu quero dançar"

   Kailanny Atademus Firmino - 7 anos - "Eu gosto. Gosto muito. Eu já   aprendi que para fazer balé tem que ter postura e ir bem na escola". 

   CONTRATURNO 
     

 Outra novidade neste ano é a sede na zona Leste, montada para atender especificamente jovens em situação de vulnerabilidade social, no contraturno escolar.
   O trabalho no bairro Santa Fé, consiste na oferta de atividades lúdicas e esportiva, oficinas de teatro e dança e outras dinâmicas para jovens de 12 a 17 anos.
   Essas ações acontecem em salas cedidas pela Capela Santa Ana, espaço que é dividido com a Cáritas Brasileira. Para atender 50 jovens, a unidade conta com a ajuda da comunidade através de doações de alimentos, jogos e materiais esportivos. (M.O.)

SERVIÇO 
   A Funcart zona Norte fica na Av. Alexandre Santoro, 440, Jardim São Paulo. Mais informações pelo fone (43) 3328-0467. A Unidade zona Leste fica na Rua Limeiras , 474, Jardim Santa Fé e atende pelo telefone (43) 3342-2362. (MICAELA ORIKASA - REPORTAGEM lOCAL, terça-feira, 14 de março d 2017, FOLHA CIDADANIA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

domingo, 26 de março de 2017

LONDRINA QUER SER REFERÊNCIA EM GESTÃO COMPARTILHADA


   Prefeitura lança Programa Londrina Mais, que propõe uma nova forma de gerenciamento com participação da comunidade e transparência

   Uma nova forma de gerenciamento da cidade com participação da comunidade e transparência na gestão pública, construindo um município com melhores serviços públicos, valorização dos ativos existentes, estímulo ao desenvolvimento econômico, aumento da qualidade de vida e ganhos de imagens e projeção da cidade. É o que propõe o Programa Londrina Mais, apresentado nesta quarta-feira pelo prefeito Marcelo Belinati. 
   O objetivo central é transformar Londrina em um município de referência em gestão compartilhada, preocupado com o desenvolvimento sustentável; com gestores públicos mais ativos e transparentes; com políticas públicas transformadoras; com o aumento na arrecadação e na geração de trabalho, emprego e renda locais; entre outros. 
   A iniciativa prevê o estabelecimento de políticas públicas e a atuação em todos os eixos de desenvolvimento, seja no segmento cultural, econômico, ambiental, social, territorial e na política. Para se obter informações consistentes e atualizadas sobre cada um desses setores, a prefeitura quer a participação da sociedade civil organizada, instituições de ensino, empresariado, ONGs e entidades. Eles devem participar dos Grupos de Trabalho (GTs). Atualmente, são cerca de dez GTs trabalhando no levantamento de indicadores e dados articulados. 
   A orientação dos trabalhos cabe ao assessor de projetos estratégicos e coordenador do Programa Londrina Mais, Luiz Figueira de Mello. “Londrina deve ser protagonista na articulação regional, envolvendo o poder público, a sociedade civil organizada, as instituições de pesquisas e ensino e o cidadão comum na construção de um plano estratégico de desenvolvimento sustentável”, explicou Figueira. 
   Para a criação do Londrina Mais, os fomentadores da ideia se basearam em pesquisas acadêmicas, experiências de outros municípios e programas nacionais e internacionais, como o Cidades Educadoras, Cidades Sustentáveis, Cidades Empreendedoras e o Cidade Mais. O programa Cidades Educadoras, por exemplo, visa promover a formação integral dos cidadãos como agentes de mudança do local onde estão inseridos, para que todos tenham acesso aos bens culturais e sociais. No mundo, há 482 cidades que participam desse programa. No Brasil, 16 municípios são participantes. No Paraná, Londrina será a primeira cidade a aderir a iniciativa. (REPORTAGEM LOCAL, página 3, caderno FOLHA CIDADES, quinta-feira, 23 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

ATOS QUER LONDRINA COMO CENTRO PARA AMÉRICA LATINA

Yves Guillaumot e Marcos Brunele: corporação francesa espera ter 700 colaboradores na cidade  em dois anos 

   Atualmente com 560 empregados, a filial da Atos em Londrina deve se tornar o centro de competências da corporação francesa para a América Latina. O presidente da Empresa, Yves Guillaumot, visitou a cidade na semana passada e conversou com a reportagem. Segundo ele, em dois anos, a expectativa é que a unidade londrinense tenha 700 colaboradores. “Londrina vai crescer”, diz. “Vamos ter que investir mais”, garante.
   A expansão física também será inevitável. O local que abriga hoje as atividades da empresa tem capacidade para apenas mais 50 pessoas. Para o presidente, a importância da cidade para a operação da empresa se deve aos recursos humanos oriundos de uma boa estrutura de faculdades e à qualidade e ao custo de vida mais barato. 
   A parceria com universidades será fundamental para o aumentar o nível de “senioridade” dos funcionários. De acordo com Marcos Brunele, diretor de Serviços Gerenciados da Atos, a operação em Londrina já é praticamente completa: além de service desk, possui equipes funcionando na área de continuous improvement, digital workplace, sistemas operacionais, bancos de dados, monitoração de clientes, Middleware, infraestrutura web, fábrica de software e de testes, por exemplo. “Estamos mudando pouco a pouco com trabalho de maior valor agregado. “O que é preciso, hoje, é aumentar o nível de “senioridade” da equipe, diz Brunele, o que a empresa pretende fazer através de qualificação interna, com a Atos University (universidade on-line oferecida pela companhia) e de parcerias com universidades locais. 
   O presidente da Atos para a América Latina quer que a unidade de Londrina se torne, aos poucos, centro de competência para outros países, além de Peru, Colômbia e Chile, hoje já atendidos pela filial. “Eu também gostaria que Londrina fosse centro de competência para a Argentina, diz. Isso vai depender, entretanto, das regras de cada país. 
   O crescimento do Atos, na América Latina, segundo Guillaumot, foi de dois dígitos em 2016. “Fomos ajudados pelos Jogos Olímpicos .” A Atos é parceira mundial de Tecnologia da Informação (TI) do Comitê Olímpico Internacional (COI). A perspectiva para 2017 é que o crescimento atinja o mesmo patamar e o presidente aposta em tecnologias como Big Data e Security IT e High-Performance Computing (HPC), área em que a Atos passou a atuar depois de adquirir uma companhia francesa do ramo. (MIE FRANCINE CHIBA – REPORTAGEM LOCAL, página  6, FOLHA ECONOMIA economia@folhadelondrina.com.br 25 e 26 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA.

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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