segunda-feira, 26 de agosto de 2019

QUAL O CAMINHO PARA A FELICIDADE?


“A felicidade é u problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, ser feliz” (Sigmund Freud)

Transcrição de um texto escrito por SYLVIO DO AMARAL SCHREINER, publicado pelo jornal FOLHA DE LONDRINA do dia 26 de agosto de 2019, Folha Saúde. 

Uma das coisas que as pessoas mais querem na vida é felicidade. Em qualquer povo, de qualquer classe social, todos querem ser felizes. Mas apesar da felicidade ser extremamente desejada ela é muito mal entendida e isso leva a terríveis equívocos. Não entender a felicidade faz com que a procuremos de maneira errada e distorcida, trazendo cada vez mais a infelicidade. 
   Estamos todos desesperados pela felicidade e saímos correndo, como loucos, para encontrá-la e obtê-la. O maior erro é encarar a felicidade como um objeto, como algo que possa ser possuído. Empresas e anunciantes inescrupulosos sabem muito bem o poder de se transformar a felicidade em mercadoria. Seus produtos e anúncios estão sempre voltados para a ideia de se alguém tiver tal e qual mercadoria, ou fizer uso de tal e qual produto será muito feliz, estará sendo vencedor. Todos querem ser vencedores. 
    O vencedor, acredita-se, é aquele que vence a dor. Mas qual dor? A dor de ser humano e ter de lidar com os sofrimentos que temos que passar uma hora ou outra na vida. Achamos que se tivermos tal felicidade não teremos mais dor. Contudo, quanto mais compramos e possuímos mais a dor fica nítida e nos lembra que a felicidade não é mercadoria . 
   Não só mercadorias são confundidas com felicidade, conceitos também. Muitas pessoas usam ideologia política como forma de prometer uma felicidade sem fim. Assim, um determinado politico e líder é eleito como um messias que levará toda nação a um mítico jardim do Éden, mas isso só termina num fracasso retumbante. 
   A religião também é usada com este fim de prometer felicidade plena. “Seja desse credo” e aí todos os problemas acabarão e nada de ruim irá acontecer. Deus é frequentemente vendido como pílula da felicidade, levando muitas pessoas a se enganar. Remédios psiquiátricos também são encarados como solução para aqueles que estão infelizes, contudo, quando mal utilizados só levam a mais desespero e infelicidade. 
   Enquanto a felicidade for procurada fora, no extremo, através de um conceito, ideologia, crença ou produto será impossível ser feliz. Ela só se dá internamente. Ela só pode ser desenvolvida e não adquirida. Se não entendermos isso continuaremos procurando por enganos e jamais abriremos espaço para sermos verdadeiramente felizes. 
   Em todas as épocas os humanos estiveram intrigados sobre o que é felicidade e como consegui-la, mas são poucos os que realmente valorizam o ato de se percorrer o caminho que é aprender a viver. 
  Felicidade se trata de estado de mente e não de objeto. Ela não vem de fora, mas de dentro. Por isso mesmo é um problema individual. Cabe a cada um descobrir seu caminho para estar bem. Não existem caminhos prontos para ser feliz, só há a possibilidade de cada um desbravar sua trilha. (FONTE: Texto escrito por SYLVIO DO AMARAL SHCREINER, psicanalista em Londrina, mundovivo@folhadelondrina.com.br Folha Saúde, coluna MUNDO VIVO, segunda-feira, 26 de agosto de 2019).

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

TECNOLOGIA PARA ENSINAR E APRENDER

  
A diretora Margarida Cândias Silva Lopes, com os alunos: tecnologia em sala de aula para facilitar a aprendizagem. 

Transcrição de Reportagem Loca., Folha Cidadania, terça-feira, 20 de agosto de 2019, do jornal Folha de Londrina 
Professores tornam aulas mais atrativas por meio de ferramentas digitais 
   A educação está em todas as partes. Basta querer olhar para ela. Sites voltados para a educação para professores trazem ideias de como preparar os mestres, não importa o quanto já sejam experientes. Há ideias para tornar as aulas – em salas ou não, mais dinâmicas, atrativas e criativas, fazendo quem está na fase do aprendizado ainda mais interessado. 
   Até pouco tempo, os professores contavam só com cartilhas ilustradas e complementavam o ensino com outras experiências. Havia conteúdos extraídos de jornais, revistas e desenvolvia-se material de apoio fresquinho, fresquinho, poro meio de reproduções feitas no mimeógrafo. Com cheirinho de álcool, o esforço do professor vinha em forma de tarefa, prova, e às vezes era a atividade de pintar um mapa que fazia o educando a enxergar onde estava – geograficamente e onde poderia chegar – por meio dos estudos, livros e explicações. 
   Ao longo dos anos, as ferramentas evoluíram. A sede de conhecimento e a forma de reter a informação também. Desta maneira, além da pedra de giz, o quadro “negro” e o professor, hoje há recursos audiovisuais capazes de tornar mais rica a relação com a educação. Há mais de 30 anos, ao lado do educador brasileiros, a Nova Escola apresenta-se como uma multiplataforma com presença nos meios impressos e digitais, sendo a revista e o site seus principais canais. 
   O site possui acervo próprio de material pedagógico , atualizado diariamente com conteúdos em diversos formatos: notícias factuais, reportagens investigativas, entrevistas e blogs. Usuários cadastrados também têm acesso a planos de aula, jogos, curadoria de vagas e oportunidades, contos, práticas inspiradoras e questões de prova. Já os assinantes podem desfrutar de conteúdos exclusivos, como cursos, certificados, novas edições e acervo de revistas digitais e descontos no Clube de Benefícios. No site novaescola.org.br educadores encontram recursos para ajudá-los a planejar a aula, e engajar mais os alunos. Vejam mais em https;//novaescola.org.br 
   O SacaSó é um outro exemplo de uma plataforma de vídeos educativos por assinatura que se baseia no fato de que a aprendizagem das crianças mudou e por isso a tecnologia tornou-se fundamental. Com conteúdos baseados na experiência e conhecimento de professores especialistas em suas áreas, os vídeos complementam os estudos de forma divertida e interativa. Ciente de que cada aluno tem seu ritmo, oferecem opções. A plataforma se intitula como uma solução completa para ajudar no desenvolvimento de crianças do Ensino Fundamental nas principais disciplinas do currículo escolar. A cada novo conteúdo, é possível acompanhar o ganho de conhecimento por meio de exercícios, quis e testes interativos. Pelo celular, tablete ou notebook. O endereço é: https;//www.sacaso.com.br
   No site do UOL Educação, educadores e educandos ficam por dentro de todos os temas ligados à área. Por meio de um trabalho primoroso de profissionais da Educação, Artes, Atualidade, Biologia, Ciências, Espanhol, Filosofia, Física, Geografia, Geopolítica e História do Brasil estão disponíveis para pesquisa e servem de material de apoio para pesquisa e estudos até mais aprofundados. Na área da Literatura, é possível espiar “”Dom Casmurro”, de Machado de Assis, uma obra de 1900 sobre um homem velho e ranzinza (daí o nome casmurro) que viveu uma história de amor com final trágico. Cobrança recorrente em vestibulares, a leitura é um convite e tanto para ampliar o vocabulário também. 
   Os mais interessados em Ciências encontram no UOL Educação, um conteúdo exclusivo e curioso. “Por que piscamos os olhos constantemente”? O que aconteceria se ficássemos sem piscar? E ensina: “Não há grandes mistérios. Precisamos desse mecanismo par o bom funcionamento dos olhos. Por meio de um vídeo, é possível descobrir tudo isso e abrir ainda mais os olhos para a Educação. Veja lá: https;//educação.uol.com.br 

   O UNIVERSO DIGITAL DENTRO DA SALA DE AULA 
   Em Londrina, alunos dos primeiros anos do Ensino Fundamental já reconhecem que os esforços dos professos transcendem os materiais básicos. De acordo com a diretora da Escola Municipal Norman Prochet, Margarida Cândida Silva Lopes, a unidade integra um projeto- piloto iniciado este ano do uso da tecnologia em sala de aula. Para tal, professores investem em formação para estender novas ferramentas aos alunos. “Nossa escola e mais três começamos ao mesmo tempo. A Escola Municipal Professor Juliano Stinghen , no Parigot de Souza, Escola Municipal Professora Maria irene Vcentini Theodoro e Escola Municipal Nina Gardemann, no Jardim Tókio”. 
   A proposta é colocar a tecnologia em sala de aula e por meio da capacitação, alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental I, no período da tarde, colocam em prática a ideia. “No nosso caso, usamos os notebooks que foram doados pela Sandoz”, explica Lopes. Por meio de uma capacitação diferenciada, a diretora explica o uso da tecnologia na educação como fundamental. “É super importante para desmistificar que celular, tablete ou notebook atrapalham o aprendizado”.
   Assim, o depoimento da professora faz com que os pais olhem para esses equipamentos de modo diferente, como parceiros na formação. Os professores pesquisam e usam blogs interativos e isso os apoia na interação e proporciona outras visões no conteúdo”, observa. Por meio de um programa do governo federal – Educação Conectada – a diretora explica que a melhora na qualidade da banda larga permite que o uso da internet seja compartilhado e as tarefas fluem. “Ao todo, 64 escolas são beneficiadas graças ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). “Nós, que somos mais velhos na rede de ensino, não tivemos essa vivência profissional e hoje, felizmente é possível acompanhar como os professores na ativa estão articulados, sabem do papel que tem a tecnologia e, por meio de profissionais que os apoiam na área da tecnologia, conseguem resolver orientação e planejar aulas mais diferenciadas”. 
   Ainda segundo a diretora, os professores também buscam por si mesmos, são criativos e sabem que a tecnologia é uma ferramenta que serve para dinamizar práticas pedagógicas. “ O conhecimento caminha rapidamente e mundialmente e podemos trabalhar conhecimentos fidedignos. As crianças amam tecnologia e aproveitam as oportunidades – o uso de óculos de carbono, a realidade aumentada, tudo isso representa mais qualidade de ensino na sala de aula e motiva a odos. Percebemos a interação e a interferência que os alunos, tão jovens fazem, pois ficam encantados. E isso nos orgulha, pois estamos dando mais oportunidades. (WV). (FONTE: WALKÍRIA VIEIRA, Reportagem Local, FOLHA CIDADANIA, terça-feira, 20 de agosto de 2019, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

SABEDORIA PARA AMACIAR O QUE NOS DÓI


Texto extraído da coluna MUNDO VIVO, escrito por SYLVIO DO AMARAL SCHREINER

 ‘Um mestre, próximo de se aposentar, precisava de um assessor. Entre seus discípulos, dois deram mostras de que eram aptos, mas para escolher entre eles o mestre lançou um desafio para colocar a sabedoria dos dois à prova. Ambos receberam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos para então apreenderem a subida de uma grande montanha. Dia e hora marcados, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e retirou os sapatos. Aa bolhas em seus pés sangravam, causando dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista. Prova encerrada, todos voltam ao pé da montanha para festejar. O derrotado aproxima-se e pergunta ao vencedor como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos: - Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei – foi a resposta.” 
   Este conto popular, cuja autoria desconheço, carrega uma verdade importante para compreendermos a nossa natureza. Com ele aprendemos como temos uma grande responsabilidade pela nossa vida. Muitas pessoas se eximem dessa responsabilidade e projetam sua felicidade ou infelicidade nos acontecimentos do mundo externo e se esquecem de dar valor ao modo como vivem. Problemas todos nós temos, mas é preciso que possamos lidar com eles de uma forma mais sábia, a fim de não ficarmos machucados. 
   Como lidamos com nossos problemas? Queremos de todas as formas nos livrar deles o quanto antes. Querer se livrar dos problemas é humano e compreensível, mas, infelizmente, as coisas não funcionam assim. Não se livra de um problema, mas há a chance de conseguir “cozinhá-los”, ou seja, pensar sobre eles, elaborá-los e dar eles um fim mais realista. Isso é assumir a responsabilidade pela própria vida e se tornar mais forte que os problemas. Assim, você poderá “pisar” sobre eles problemas sem se machucar. 
   Por isso, cultivar a mente é uma das melhores formas de ficarmos mais fortes e preparados perante os percalços da vida. Aliás, a cura na psicanálise tem a ver com isso. O verbo curar vem do latim curare que quer dizer “cuidar, dar atenção”. Então, a cura de realiza quando damos atenção à algo e passamos a cuidar desse algo. A cura não é milagrosa. Não vem do nada, de repente, mas é um processo que se dá ao passarmos a olhar com mais atenção para aquilo que nos dói. Tal como um curador de um museu. Ele é um cuidador das obras de arte. Se a gente olhar para nossa mente como um grande bem a ser cuidado podemos então passar a ser curadores de nossos recursos internos. 
   Que possamos todos aprender a cuidar de nossos problemas com mais acolhimento e discernimento, sem sentir a necessidade de jogá-los longe o mais depressa possível. O mais importante é aprender a lidar com ele para que fiquem “amaciados” Realizando este processo nos tornamos maduros e sempre estaremos mais preparados para vivenciar a vida com muito mais qualidade e prazer. (FONTE: Texto escrito por SYLVIO DO AMARAL SCHREINER, psicanalista em Londrina – mundovivo@folhadelondrina.com.br Folha Saúde, página 9, segunda-feira, 19 de agosto de 2019, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A SUSPENSÃO DOS RADARES E O BRASIL NA CONTRAMÃO


   EDITORIAL do jornal FOLHA DE LONDRINA, do di 16 de agosto de 2019, sexta-feira. 
   Em nome do combate ao que considera “indústria da multa”, o presidente Jair Bolsonaro causa polêmica e apreensão com suas proposta de afrouxamento da fiscalização de trânsito no País. A ampliação de cinco para dez anos da validade da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o dobro da pontuação (de 20 para 40) para a suspensão do direito de dirigir e o fim da multa para quem transportar criança fora da cadeirinha de retenção são alguns dos pontos que constam em projeto de lei enviado pelo presidente à Câmara dos Deputados.
   Por meio de despacho publicado nesta quinta-feira (15) no Diário Oficial da União, a suspensão do uso dos radares estáticos, móveis e portáteis determinada pelo presidente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública é motivo de preocupação. De acordo com o despacho, a suspensão é válida até que o Ministério da Infraestrutura  "conclua a reavaliação de regulamentação dos procedimentos de fiscalização eletrônica de velocidade em vias públicas”. A medida, conforme o documento, visa “evitar o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade”. 
   Os radares fixos não serão suspensos no momento, já que há contratos com empresas que operam esses equipamentos. No entanto, Bolsonaro já acenou  com a intenção de não renovar os contratos. A postura do governo atual coloca o Brasil na contramão das nações reconhecidas em exemplares na segurança viária – como Alemanha, Dinamarca e Canadá – onde as leis de trânsito tornam-se cada vez mais rígidas. 
   Segundo o Ministério da Saúde, os acidentes de trânsito são a segunda maior causa de mortes externas no Brasil e representam alto impacto social, econômico, na saúde pública e entre as famílias. Entre as principais causas dos acidentes está o comportamento dos motoristas, que abusam da velocidade e fazem ultrapassagem proibidas. Daí a gravidade de se afrouxar a fiscalização, o que só virá bonificar os maus condutores. 
   Ouvido pela FOLHA, o engenheiro e especialista em trânsito e tráfego pela Universidade Presbiteriana Mackenzie Luiz Vicente Figueira de Mello Filho, entende que a decisão de Bolsonaro reflete o desequilíbrio entre os três pilares da engenharia de tráfego: o primeiro relacionado à infraestrutura das vias, o segundo com a parte educacional e o terceiro com a fiscalização. Para o engenheiro, quando a educação não é bem trabalhada, a consequência é a mensagem da “indústria da multa”. “Quando você educa essas pessoas, elas entendem por que o limite de velocidade foi estabelecido”, pondera. 
   O Brasil, além de uma legislação mais severa, precisa de campanhas que promovam educação no trânsito e levem os brasileiros, e agir com mais cidadania atrás do volante.

  A FOLHA agradece aos leitores que nos prestigiam com a leitura diária e assim colaboram com a prática do jornalismo de qualidade. (FONTE: EDITORIAL do jornal FOLHA DE LONDRINA, página 2, FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br sexta-feira, 16 de agosto de 2019, publicção do jornal FOLHA DE LONDRINA).

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

A SEMENTE DE UM NOVO OLHAR



  
Publicação na FOLHA SAÚDE, jornal FOLHA DE LONDRINA, página 9, segunda-feira, 12 de agosto DE 2019, Texto escrito pelo psicanalista SYLVIO DO AMARAL SCHREINER.

   Há uma frase do escritor Oscar Wilde interessante para pensarmos sobre como as transformações nos fazem ser pessoas diferentes ao longo da vida. A frase diz: Desculpe, mas não reconheci você, eu mudei muito! Geralmente, quando não reconhecemos alguém pensamos que a outra pessoa mudou e por estar diferente fica irreconhecível. Porém, esta frase espirituosa nos mostra que, às vezes, nós mudamos e aquilo qu antes era tão conhecido já não o é mais. 
   Coisas que antes pareciam nos divertir e fazer sentido no passado uma hora não faz mais sentido algum. Desejos que antigamente pareciam ser tão importantes podem evaporar e dar espaço para outros. Estamos sempre em mutação e isso é bom, porque somente o que está vivo pode mudar e evoluir. O que está morto não muda nunca. 
Assim como interesses e desejos mudam no decorrer da vida, os relacionamentos também. Casamentos e algumas amizades também podem sofrer algumas transformações. Muitas uniões terminam porque um ou dois mudaram a tal ponto que aquela união não traz mais sentido. Sim, isso acontece. Pode ser que as transformações levem um a não mais reconhecer o outro. 
   Mudanças de carreira também são possíveis. Há gente que sempre se dedicou e investiu uma dada carreira, até com sucesso, mas chega um momento em que as transformações internas as fazem tomar outro rumo, surpreendendo ela mesma e pessoas próximas. 
   Enquanto estamos vivos e nos envolvendo com a vida nós aprendemos e são justamente estas aprendizagens que nos transformam. Quanto mais vivemos mais iremos nos transformar. 
   O contrário, ou seja, não se permitir aprender com as experiências da vida – deixa as pessoas estancadas, sem nunca se transformar e, por isso, presas às suas mesmas coisas. São pessoas que estão sempre a reclamar da vida e que possuem uma visão extremamente negativa sobre tudo e todos. Creem já saber tudo e tornam-se arrogantes e chatas. Em outras palavras, são pessoas que não mudam e, se mudam, é tão pouco que se torna imperceptível. Estão biologicamente vivas porque andam, comem e funcionam, mas não vivem verdadeiramente. 
   Daqui a alguns anos se você as encontrar elas estarão na mesma, com as mesmas ideias e pensamentos, sem nenhuma mudança. A elas sempre se reconhece. (FONTE; Texto escrito por SYLVIO DO AMARAL SCHREINER, coluna MUNDO VIVO, FOLHA SAÚDE, segunda-feira, 12 de agosto de 2019, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 


sexta-feira, 9 de agosto de 2019

VIDA MENTAL SERÁ TEMA DE COLUNA NA F O L H A

"As emoções e sentimentos são o que dõ sentidoo à vida", aponta Schreiner

Psicanalista Sylvio Schreiner escreverá semanalmente na editoria da Saúde

   Você conhece e sabe lidar com sua vida mental? Estas são as questões centrais que serão trabalhadas e refletidas a partir d edição de segunda-feira (12 no caderno de Saúde da FOLHA, com a estreia da coluna “Mundo Vivo”, do psicanalista Sylvio Schreiner. Os textos serão publicados semanalmente, sempre às segundas, e o primeiro abordará a transformações que fazem as pessoas serem diferentes. 
   Formado em psicologia e com especialização em psicoterapia, Schreiner destaca que a consciência mental ajuda a moldar como se vive, por isso é tão importante, porém, desconhecida na maioria das vezes. 
   “Dão atenção grande para a formação acadêmica e acham que isto basta para ter uma boa vida, mas nãoé assim. Quantas pessoas ganham bem e não são felizes. Precisamos ter a noção que a vida mental é fundamental para fazer boas escolhas, o que interfere nas relações como um todo. É para isso que quero chamar atenção”, indica. “As emoções e sentimentos são o que nos dá sentido à vida!, acrescenta. 
   O especialista mantém desde o ano passado blog no Portal Bonde, do Grupo Folha de Comunicação, que leva o mesmo nome da versão que começará a ser publicada no jornal impresso e será disponibilizada no stite da FOLHA. No Bonde, em que permanecerá, as poxtagens ocorrem todas as segundas e sextas-feiras, sendo que nesta última procura responder perguntas dos internautas. Essa interação também será levada para a coluna. “Gosto de acolher o que estão falando. Muitos não dizem pois têm medo de estarem sendo ridículos. Uso as indagações como subsídio para escrever sobre temas pertinentes..”
   APRENDENDO A OUVIR
   Segundo o psicanalista, vivenciamos um momento em que muitos querem falar, entretanto, poucos estão dispostos a ouvir. “Está havendo pouco espaço para a escuta e a psicanálise vem justamente neste sentido, como local para ouvir. Não apenas para uma escuta generosa, mas para entender. Quando se ouve o outro, entramos em contato coma questão humana e isso colabora para nos conhecermos”, elenca.. 
   Numa época com altos índices de diagnósticos de depressão e suicídios, abrangendo também adolescentes e jovens, Schreiner ressalta que atravessamos uma fase em que as pessoas não estão suportando viver. “Não sabem lidar com a frustração. Acham que basta querer, que podem e conseguem , contudo, não é assim. O jovem, em especial, tem esta ideia que pode ter o que quer, quando quer, e no caminho encontra dificuldades para realizar. Tudo isso pode levar à depressão, ao ódio à vida”, adverte, lembrando do “peso! Que as redes sociais hoje exercem. “Na vida virtual todos são felizes e esperam encontrar isso na vida real”, afirma. 
   Natural de Indaiatuba, São Paulo, Sylvio Schreiner está em Londrina há 16 anos, lugar para qual veio depois de se formar. A escolha pela profissão, inclusive, partiu de uma vivência no período de juventude. “Estava “perdido” e pensava em suicídio todo o dia. Minha família me levou a um psicanalista e fui encontrando a saída para essa situação. Então, vejo esse espaço com muito carinho. Não escolheria outra profissão, mesmo com todos os perrengues”, conta.
   Como uma orientação geral, o que será realçado ao longo das publicações na coluna “Mundo Vivo!” o especialista aponta a necessidade de não se sentir sozinho nos momentos de angústia. “Todo mundo fica triste em algum momento. Deve-se aprender a lidar com isso e superar, pois todos estão no mesmo barco. Não tem nada errado em sofrer, mas sim em persistir no sofrimento. “ (FONTE: PEDRO MARCONI, Reportagem Local, página 6, FOLHA GERAL, geral@folhadelondrina.com.br, sexta-feira, 09 de agosto de 2019, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

sábado, 3 de agosto de 2019

POR UMA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL


EDITORIAL do jornal FOLHA DE LONDRINA, 03 e 04 de agosto de 2019.

   O prédio que abriga a Biblioteca Pública de Londrina e o Teatro Zaqueu de Melo receberá melhorias. Não é a ampla reforma que garante o funcionamento do teatro, fechado desde meados de 2017, mas ações emergenciais como a troca de telhado, pintura da fachada e conserto do piso da calçada, melhorando a acessibilidade e preservando a referência histórica das pedras petit-pavé.
   O  prédio foi construído em 1947 no local onde existia a antiga quadra de tênis dos ingleses, na época da colonização. Inicialmente, abrigou o Fórum de Londrina, mas desde a década de 1980 é sede da Biblioteca Pública. 
   Não é uma grande intervenção e infelizmente ainda não será possível reformar o Zaqueu de Melo, obra que está sendo esperada há muitos anos. Porém, é um avanço na preservação do patrimônio histórico e cultural de Londrina. E mais do que isso: a restauração de edificações de valor histórico, como já vem acontecendo com o Museu de Arte (antiga rodoviária) aponta para a tão sonhada requalificação do centro, perdendo características de degradação para ganhar valor e identidade. 
   O patrimônio histórico e cultural ajuda a preservar a memória coletiva da comunidade, permanecendo viva a sua história. Cuidar bem desse patrimônio é o que vai ajudar é o que vai ajudar a construir aquele famoso sentimento de “pertencimento” à comunidade, que passa a se sentir responsável também pelos espaços públicos. 
   Londrina tem belíssimos prédios históricos e antigas praças, algumas em processo de revitalização, como a Praça da Bandeira e a Rocha Pombo. É bastante aguardada a revitalização do Bosque Central, da Concha Acústica e da Rua Sergipe. Mas não adianta o poder público fazer a parte dele se a população não abraçar o desejo de manter a cidade bonita até mesmo para cobrar da administração municipal um cronograma de manutenção. 
   É neste ponto que entra a educação patrimonial, uma necessidade para os brasileiros de todas as idades e classes sociais. Estamos falando em livrar-se da política do descaso e passar a capacitar o cidadão, desde criança, a respeitar e usufruir melhor desses bens. 
Obrigado por ser nosso leitor! (FONTE: Página 2, coluna FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br 03 e 04 de agosto de 2019).

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A INOVAÇÃO PRECISA SAIR DO DISCURSO

  1. Editorial publicado pelo jornal FOLHA DE LONDRINA, sexta-feira, 02 de agosto de 2019
  2.    Ainda é cedo para dizer que no Paraná a inovação deixou de ser apenas um discurso e se incorporou no dia a dia das empresas. Mas a predisposição das companhias em criar estratégias diferentes para encontrar novos processos e serviços vem aumentado, como mostrou a quarta edição da Bússola da Inovação do Sistema Fiep, divulgada esta semana e tema de reportagem desta sexta-feira, na FOLHA.
  3.    A pesquisa, realizada a cada dois anos, acabou de traçar mais um perfil de inovação nas indústrias do Paraná. Mais de 900 empresas de 21 segmentos industriais, distribuídas entre 113 municípios, participaram desta edição, sendo 81% delas micro ou pequeno porte.
  4.    O objetivo é justamente avaliar o nível de esforços , de gestão e os resultados obtidos a partir da implantação de projetos inovadores. A metodologia reúne indicadores importantes para que gestores possam reavaliar o planejamento das empresas, ter mais segurança na tomada de decisões e ganhar competitividade.
  5.    Ainda há um longo caminho a percorrer. Mas é animador saber que os resultados apontam uma sensível evolução em relação a anterior, fator considerado positivo em função do período de crise dos últimos anos. Mas tem muito o que melhorar. Um exemplo: dos 52% das empresas que executam atividade de pesquisa e desenvolvimento (P&D), apenas 5% têm procedimentos bem definidos e só 9% consideram isso como alta prioridade.
  6.    Há pontos preocupantes. Chamou a atenção dos pesquisadores a baixa adesão aos métodos de proteção, que são procedimentos que garantem mais segurança às inovações, dificultando cópias e imitações. Apenas sete por cento dos empresários buscaram o registro de desenho industrial e de patentes para a inovação, deixando em aberto uma lacuna que pode comprometer a exclusividade de exploração da novidade.
  7.    Outro ponto negativo é que a maioria das inovações é interna, para adequação ao mercado. As empresas não estão conseguindo compartilhar suas inovações com o público externo, para consumidores e fornecedores. A burocracia também foi amplamente lembrada pelos entrevistados, que apontaram a excessiva quantidade de procedimentos como uma das grandes dificuldades para o desenvolvimento de seus negócios.
  8.    Sensibilizar as empresas quanto ao impacto positivo de inovação sobre os negócios, produção, criação de novos produtos e desenvolvimento na comunidade tornou-se uma necessidade. O mundo está a um clique e o consumidor tem acesso a uma vasta gama de produtos e informações. É preciso ser ágil e criativo para se adaptar às mudanças frequentes no cenário cultural, político e econômico do Brasil e no mundo. Inovação é umas condições para o Brasil conseguir desbravar novas oportunidades e conquistar mais competitividade. 
  9.    A FOLHA agradece aos leitores a preferência e a confiança. (FONTE: Página 2, coluna FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br sexta-feira, 02 de agosto de 2019).

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

PELA POLITIZAÇÃO DA SOCIDADE


Editorial do jornal FOLHA DE LONDRINA, dia 1 de agosto de 2019. 

   Não é de hoje que se discute a necessidade do Brasil promover uma ampla renovação política, Velhos costumes se perpetuam no Congresso e nas assembleias estaduais e câmaras municipais. Um dos obstáculos par essa renovação está justamente na falta de envolvimento dos jovens aos temas e à carreira política. A baixa procura pelo título de eleitor entre a população na faixa de 16 a 18 anos é só um exemplo. 
   O distanciamento pode ser cultural, pois de uma maneira geral o brasileiro é um povo desiludido com a política. Os vícios do sistema, a corrupção sistêmica, a disparidade entre o modo de vida dos políticos e do povo fazem com que o cidadão brasileiro não se sinta representado. 
   Por um lado, o distanciamento é confortável para muitos agentes públicos que não querem renovação e temem um eleitor consciente e fiscalizador. O apolitismo é interessante para quem não quer mudanças.   Considerando o cenário acima, é fácil entender porque são poucas as iniciativas de aproximação entre os jovens e as instituições políticas. Mas no Paraná, há algumas experiências importantes. É o caso da Assembleia Legislativa e o seu Parlamento Universitário, que este ano contou com a participação de estudantes de 12 instituições de ensino superior. Durante duas semanas, aproveitando o recesso parlamentar, os acadêmicos apresentaram e votaram proposições na AL (Assembleia Legislativa), sabatinando autoridades e participaram de uma série de discussões.
   Trinta e sete propostas dos universitários chegaram a plenário e com o fim do recesso, no dia 5 de agosto, os parlamentares “oficiais” poderão s analisar as ideias dos jovens “colegas”. Agora, os deputados poderão apadrinhar as propostas que eles gostarem e transformar em projeto de lei. 
   Projetos como esse são oportunidades de transformação, tirando o cidadão do apolitismo e ajudando-os a se tornarem atuantes em suas comunidades e até considerarem uma carreira política, garantindo maior representatividade. É uma contribuição importante para a politização da sociedade.
A FOLHA é feita pensando em seus leitores. Obrigado pela preferência. 

(FONTE): Editorial publicado pelo jornal FOLHA DE LONDRINA, coluna FOLHA OPINIÃO, folha 2, quinta-feira, 01 de agosto de 2019).

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

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