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| Thiago de Campos, analista de TI da UTFPR: "O que você usa com mais frequência ,deixe mais perto e o que tem menos utilidade pode ficar mais longe. Isto vale para arquivo, links" |
Analista de Tecnologia da Informação dá dicas para sobrevivermos ao caos em nossos dispositivos o na internet
Vivemos tempos líquidos e quase tudo é volátil, feito para não durar, inclusive as informações, que sucumbem à novidade do próximo segundo. Todo esse conteúdo disponível no mundo caberia em um yottabyte, unidade de medida da informática. Contudo, pensando mais domesticamente, o que podemos fazer para armazenar tanta informação que produzimos ou recebemos? E ainda, como organizar tudo isso em dispositivos ou no computador?
Armazenar informação é a necessidade dos nossos tempos, que o filósofo Zygmunt Bauman conceituou como “modernidade líquida” pela incapacidade de manter a forma e em constante mudança.
Se você tivesse um yottabyte, os seus problemas para guardar informação teriam acabado. Porém, não é preciso tanto assim para ser feliz. Basta organização.
“Hoje a gente produz muita informação. É só estar com celular ligado para produzir dados sobre sua localização, temperatura ambiente, por exemplo. Ao usar o aparelho, faz acessos a sites, o telefone irá recorrer às palavras que você mais escreve. Sem perceber, você produz muita cosa”, explica Thiago Prado de Campos, analista de Tecnologia da Informação (TI) da Universal Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Neste mundo movido a bytes, Thiago diz que é preciso manter a organização para garantir a qualidade da informação nos celular, computadores e redes sociais, que são os ambientes em que, atualmente, os brasileiros passam mais tempo.
NÃO LEMBRA PARA QUEM ENVIOU?
“Você produz informações e conteúdos, e a falta de organização faz com que não se lembre para que ou para quem enviou determinado dado. Curte links e não consegue mais achar aquilo. Neste sentido é preciso haver organização”, orienta o analista.
Thiago afirma que a ordenação dependerá da estrutura de pensamento de cada pessoa. O que é organizado para alguém pode não ter significado para outro usuário. Para facilitar a compreensão, o analista faz a analogia com a imagem de uma mesa de trabalho.
Cada um tem uma maneira de organizar os objetos, sendo os que preferem ter à mão os que mais usam. Colocar na área de trabalho os documentos que mais utiliza é uma maneira eficiente de organizar. Seria o mesmo que deixá-los ao alcance dos dedos sobre uma mesa.
PASTAS NAS ÁREAS DE TRABALHO
“Uma sugestão é criar pastas na própria área de trabalho com temas, o que ajuda a encontrar os documentos facilmente. Os conteúdos que ainda não têm destinação podemos colocar em uma pasta com o nome “organizar” para, depois, realocarmos. A maneira de organizar também dependerá do seu dia a dia”, afirma.
Em tecnologia também vale o senso de autodisciplina do 5S. O conceito é baseado em cinco palavras japonesas (seiri, seiton, seiso, seiketsu e Shitsuke), que orientam a observar, avaliar e tomar decisões adequadas).
“O que você usa com mais frequência, deixe mais perto e o que tem menos utilidade pode ficar mais longe. Isto vale para arquivos, links. Eu, por exemplo, não costumo deixar a pasta de fotos na área de trabalho, porque não acesso todo dia. Também procuro organizar as fotografias por data e assunto, o que facilita a busca”, afirma.
Thiago alerta que ao organizar os arquivos é importante não deixá-lo em um único dispositivo, recorrendo a computação em nuvem, o que significa salvar, acessar arquivos e executar tarefas pela internet, uma mão na roda também de organização.
ONDRIVE e GOOGLEDRIVE
O OnDrive, por exemplo, é capaz de identificar temas nas imagens e indexar os dados. Se você quiser pesquisar por nomes, como “Londrina”, irá relacionar todas as fotos salvas que contiverem a palavra. O GoogleDrive identifica pessoas nas fotografias.
“Muitos profissionais usam a internet para aprender, pesquisar e encontram dificuldades para encontrar os sites, que visitou. Normalmente salvam nos favoritos. No Google Chrone é possível acessar em pastas que podem ser acessadas de qualquer computador. Outra ferramenta que recomendo é o Diigo, que é um aplicativo de salvamento de conteúdo, como imagens e textos na web, podendo ser usado em qualquer computador ou celular. Já o Evernote é versátil para registrar textos, anotações, imagens, vídeos e áudios. Para quem faz pesquisa científica e precisa organizar as informações, a sugestão também é o Mendeley, um gerenciador de referência e rede social acadêmica”, conta.
Por fim, para fechar esta ajuda na organização do computador, Thiago o DupeGuru, um programa que encontra arquivos duplicados no sistema.
“É bom utilizá-los de tempos em tempos para eliminar arquivos em duplicidade. Todas essas ferramentas são gratuitas”, conclui. (FRANCISMAR LEMES – Especial para a FOLHA, página 4, FOLHA MAIS, 17 e 18 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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