A ARTE DE FAZER PALHAÇADA

Daniele Pezenti Dias: "Me tornei atriz/palhaça e continuarei assim até o fim da vida

   Daniele Pezenti Dias relembra a trajetória que a transformou numa atriz da palhaçaria

   A londrinense Daniele Pezenti Dias é pedagoga e especialista em Gestão Educacional, porém, se rendeu às Artes Cênicas. Como aluna na Escola Municipal de Teatro de Londrina, teve contato com o cômico e dele não quis sair mais. Instigada a aprofundar os estudos, ingressou no curso de Artes Cênicas da UEL (Universidade Estadual de Londrina), onde a aventura rumo à palhaçaria teve início. Neste processo, houve o aprofundamento teórico e prático na construção da palhaça a Incrível Teimosa, culminando no surgimento do espetáculo “Que Festa É Essa, Criatura?”, espetáculo de rua de sua autoria que lida com o jogo cômico feminino, na linguagem da palhaça.

   O que você mais gostava de fazer na escola quando criança?

   No recreio eu gostava de juntar-me às minhas amigas e, depois de dividir o lanche, realizar as mais diferentes brincadeiras. Brincávamos de pega-pega, esconde-esconde, mãe da rua colorida, amarelinha. 

   Qual a melhor lembrança desse período de escola

   A melhor lembrança é de estar dentro de sala de aula rodeada pelos amigos, com meus cadernos encapados muito caprichosamente pela minha mãe Sueli e, claro, das brincadeiras e festas que fazíamos lá. 

   Havia alguma matéria que gostava mais? E qual era a que gostava menos?

   Gostava muito de Matemática, embora hoje não lide bem com a matéria (risos). Eu não gostava muito de Geografia porque não estudei direito para uma certa prova e acabei indo mal. Aí peguei trauma. 

   O que gostava de comer na hora do recreio?

   Gostava de comer o que minha mãe preparava para mim. Naquela época eu não comia a comida da escola. Eu tinha uma lancheira vermelha dos Três Porquinhos e lá minha mãe colocava sanduíches, frutas, biscoitos, sucos e eu adorava. 

   Você já ficou de castigo ou levou bronca do professor alguma vez? Como foi?

   Eu era bastante comportada. Não me imaginava levando bronca. Porém, um dia, estava tão contente que comecei a conversar muito com meus colegas. Acho que toda essa conversa atrapalhou a aula da professora Maria Amélia e ela me deu uma super bronca, pela primeira vez na vida, e eu nunca mais esqueci (risos). Quando virei adolescente as broncas aumentaram. 

   Suas notas eram boas? Qual a disciplina que ia melhor? 

   Minhas notas eram muito boas, sempre gostei muito de estudar. Creio que em Matemática eu ia sempre bem. 

   Já gostava de atuar e fazer palhaçada quando criança?

   Desde criança eu já atuava. Brincava de escolinha com meus amigos e eu sempre tinha o papel de professora. Fingia que era a Xuxa e sempre me imaginava descendo daquela nave que ela tinha em seu programa de TV. No condomínio onde eu morava, brincava de filme com as crianças de lá e eu interpretava diversos papéis, sempre como a heroína, forte e destemida. 

   Quais eram os atores e programas preferidos nessa época?

   Naquela época eu assistia e muitos programas infantis. Um dos mais preferidos – que eu assisto até hoje e dou risadas como se fosse a primeira vez e amo de paixão – é o seriado Chaves. Amava (e amo) o personagem e todos os moradores da vila. Também, assistia ao programa da Xuxa, Mara Maravilha, Sérgio Malandro e Família Dinossauros.

   Quando criança, imaginava que teria essa profissão?

   Sim. Eu sempre quis ser atriz. Embora durante o percurso tenha enveredado por outros caminhos, me rendi à minha antiga vontade e me tornei atriz/palhaça e continuarei assim até o fim da vida. (MARIAN TRIGUEIROS - Reportagem Local, caderno FOLHA CIDADANIA, página 4, coluna NO MEU TEMPO DE ESCOLA, terça-feira, 20 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).