Novas tecnologias vêm para agregar às ferramentas de vendas das construtoras, mas não devem substituir modelos tradicionais de divulgação como os apartamentos decorados
A Plaenge também tem usado novas tecnologias como aliadas nas vendas. Desde 2014, a central de decorados da construtora, localizada na Gleba Palhano, mantém ativa uma cabine de voo, que simula um passeio de helicóptero pelo Alto da Palhano, um bairro planejado numa área de 100 mil metros quadrados onde estão sendo erguidas várias torres. Este ano, a empresa começou a testar, em Maringá, o uso dos óculos de realidade virtual. Além disso, usa drones para fazer imagens de vista e localização dos empreendimentos e tem investido na produção de vídeos curtos para divulgar os novos edifícios nas redes sociais, blogs e WhatsApp.
Na avliação do gerente regional da Plaenge em Londrina, Olavo Batista, as tecnologias são um bônus para encantar os clientes. “Vieram para atender à linguagem de um público mais conectado. A inovação mostra que a empresa está sempre antenada”, argumenta. Batista explica que, na Plaenge, as tecnologias são vistas como agregadoras, por isso, não devem substituir as ferramentas e estratégias tradicionais de vendas, como os apartamentos decorados, por exemplo. “Existem tradições difíceis de acabar.”
Para destacar a importância e a aplicação de cada ferramenta ele exemplifica que, no decorado, o cliente vê como ficará o apartamento. Pelo folder, conhece a parte técnica do empreendimento. Na maquete, vê o térreo. Já com os óculos ele consegue “andar” pelo térreo e áreas de lazer. “É um diferencial, porque não conseguimos proporcionar que o comprador ande pelo prédio antes de ele ficar pronto.”
Apesar de o custo de um apartamento decorado ser próximo de R$ 400 mil e a implantação de tecnologias, como os óculos de realidade virtual, custar cerca de R$ 15 mil – incluindo o valor dos óculos e aplicativos de computação gráfica -, Olavo Batista explica que, ao analisar o custo total dos empreendimentos, os decorados ainda são viáveis e permitem explorar sensações diferentes daquelas experimentadas por algumas tecnologias. “Vez ou outra convidamos um dos donos dos nossos apartamentos para cozinhar no decorado. Ele pode chamar até 10 amigos e experimentar a sensação de estar cozinhando na própria casa.” (AMANDA DE SANTA – Especial para a FOLHA, página 10, suplemento FOLHA IMOBILIÁRIA, quinta-feira, 28 de julho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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