Curitiba – As frases
contrárias aos direitos das pessoas com deficiência (PCDs) que foram publicadas
em outdoors na capital paranaense, além de reproduzidas em uma página no
Facebook, são mesmo parte de uma campanha de conscientização. A ação foi
proposta pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência
(CMDPcD) de Curitiba, que detalhou a iniciativa ontem para a imprensa. “O
choque que vocês sentiram diante das propostas absurdas é o nosso alívio “,
disse a presidente do órgão, Mirela Prosdócimo. No dia anterior, as postagens
do suposto “Movimento pela Reforma e Direitos (MRD), pedindo o “fim de
privilégios” às PCDs, viralizaram nas redes sociais , causando constrangimento
e indignação em todo o País”.
De acordo com Mirella, a segunda fase tem como mote “Não é privilégio é direito”. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 apontam que 23,91% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. “Que cada um que se revoltou na internet seja uma voz real na luta pelo respeito aos nossos direitos “, defendeu. O CMDPcD conta com 18 membros, sendo metade do governo e metade da sociedade civil. Os recursos são provenientes do “Fundo de Apoio ao Deficiente”.
A presidente da entidade pediu ajuda da mídia para dialogar com quem eventualmente concordou com o MRD. “ Precisamos colocar em pratos limpos as coisas que as pessoas falam ou que pensam e não verbalizam. Não é verdade que temos privilégios. As políticas afirmativas existem para que possamos viver com dignidade”. A ideia inicial era lançar a campanha amanhã, quando se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A repercussão, contudo, levou os organizadores a antecipar o anúncio.
De acordo com Mirella, a segunda fase tem como mote “Não é privilégio é direito”. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 apontam que 23,91% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. “Que cada um que se revoltou na internet seja uma voz real na luta pelo respeito aos nossos direitos “, defendeu. O CMDPcD conta com 18 membros, sendo metade do governo e metade da sociedade civil. Os recursos são provenientes do “Fundo de Apoio ao Deficiente”.
A presidente da entidade pediu ajuda da mídia para dialogar com quem eventualmente concordou com o MRD. “ Precisamos colocar em pratos limpos as coisas que as pessoas falam ou que pensam e não verbalizam. Não é verdade que temos privilégios. As políticas afirmativas existem para que possamos viver com dignidade”. A ideia inicial era lançar a campanha amanhã, quando se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A repercussão, contudo, levou os organizadores a antecipar o anúncio.
OPINIÕES
Entre as PCDs que estiveram na
coletiva, houve tanto opiniões favoráveis como contrárias. Para o jornalista
Rafael Bonfim, que atua como consultor de inclusão, a ideia é absolutamente
genial. “Eu compreendo a polêmica que ela gera.
Mas achei muito sábio como trouxeram o retorno do público. É realmente o
momento de a gente se unir de uma outra forma, reivindicar direitos e ter
consciência de que fazemos parte da mesmo sociedade”. Já Fernanda Sens, que é
mãe de uma menina com autismo e representante da União de Pais pelo Autismo
(UPPA), teme que a iniciativa tenha efeito contrário. “Hoje no Facebook as pessoas não leem mais. A
primeira imagem é a que fica. Para mudar vai ser complicado!.
A presidente da Comissão de Acessibilidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná, Berenice Reis Lessa, enviou uma nota de repúdio ao CMDPcD. “Entendemos que essa estratégia de marketing não passa de uma brincadeira de mau gosto”, escreveu. “Acreditamos que ela possa gerar consequências desastrosas, como as já detectadas nas manifestações pelas redes sociais ,incitando o ódio dessas pessoas que se veem acuadas, reféns de uma campanha que pretende não a promoção e discussão quanto à efetividade dos direitos já conquistados, mas a autopromoção dos que a idealizaram”, completou. ( MARIANA RAMOS FRANCO – Reportagem Local, página 8, FOLHA GERAL, quarta-feira, 2 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
A presidente da Comissão de Acessibilidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná, Berenice Reis Lessa, enviou uma nota de repúdio ao CMDPcD. “Entendemos que essa estratégia de marketing não passa de uma brincadeira de mau gosto”, escreveu. “Acreditamos que ela possa gerar consequências desastrosas, como as já detectadas nas manifestações pelas redes sociais ,incitando o ódio dessas pessoas que se veem acuadas, reféns de uma campanha que pretende não a promoção e discussão quanto à efetividade dos direitos já conquistados, mas a autopromoção dos que a idealizaram”, completou. ( MARIANA RAMOS FRANCO – Reportagem Local, página 8, FOLHA GERAL, quarta-feira, 2 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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