A notícia de que um grupo
inspirado no fascismo, intitulado Frente Nacionalista, teria reunião hoje, em
um congresso, mil pessoas na cidade de Colombo (Região Metropolitana de Curitiba),
mobilizou 40 entidades de direitos
humano e também a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a se posicionarem
contra realização da reunião. Tanto que
essas entidades divulgaram uma carta aberta de repúdio à criação da Frente
Nacionalista. Segundo as lideranças que assinaram a carta, em vários países,
incluindo o Brasil, há uma radicalização de posições e um recrudescimento de
extremismos que levam à intolerâncias, conflitos, violências e crimes.
Muitos desses grupos que surgem pelo mundo afora se inspiram em movimentos que surgiram no passado e radicalizaram, trazendo sofrimento, pregando discriminação, intolerância, conflito e violência. O nazismo é um exemplo.
Durante o congresso em Colombo ocorreria a fundação oficial da Frente Nacionalista, que tem o objetivo de tornar-se um partido político no Brasil. Os ideais defendidos são de “democracia, família e nacionalismo”. O site da Frente Nacionalista, prega, entre outras coisas, a redução da maioridade para 16 anos para qualquer tipo de delito, prisão perpétua para crimes hediondos e o fim de imigração para o Brasil.
A repercussão negativa para o congresso, que não era aberto ao público, fez com que a reunião fosse adiada para uma data ainda não divulgada. O grupo não esconde suas inspirações no no politico italiano Benito Mussolini, que liderou o Partido Nacional Fascista, e Plínio Salgado, politico brasileiro que fundou e liderou a Ação Integralista Brasileira, um partido de extrema-direita inspirado também no fascismo.
Em uma nota divulgada à imprensa ontem, quando informou que o Congresso estava suspenso, a Frente Nacionalista afirmou que é uma instituição pacífica, não racista e que não desrespeita estrangeiros e gays. Mas que se opões a “destruição da família” e a “degeneração da sociedade”.
É fácil entender porque o fascismo assusta. Trata-se de um sistema político autoritário, antidemocrático com ideias conservadoras ao extremo. Ele não nasce como uma ditadura, mas regimes fascistas acabam se transformando em ditaduras.
O Brasil vive uma democracia jovem, recém-conquista com o fim do regime militar. Não cabe à sociedade impedir a fundação de frentes que defendam diferentes propostas. A discussão é saudável, assim como o posicionamento de ideias. Mas o que não se pode admitir é que esse tipo de manifestação e a criação de grupos levem à violência, ao preconceito, à intolerância e até à morte. Garantir os direitos constitucionais conquistados a duras penas é a maior preocupação. ( FONTE: FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br, página 2, sábado, 12 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
Muitos desses grupos que surgem pelo mundo afora se inspiram em movimentos que surgiram no passado e radicalizaram, trazendo sofrimento, pregando discriminação, intolerância, conflito e violência. O nazismo é um exemplo.
Durante o congresso em Colombo ocorreria a fundação oficial da Frente Nacionalista, que tem o objetivo de tornar-se um partido político no Brasil. Os ideais defendidos são de “democracia, família e nacionalismo”. O site da Frente Nacionalista, prega, entre outras coisas, a redução da maioridade para 16 anos para qualquer tipo de delito, prisão perpétua para crimes hediondos e o fim de imigração para o Brasil.
A repercussão negativa para o congresso, que não era aberto ao público, fez com que a reunião fosse adiada para uma data ainda não divulgada. O grupo não esconde suas inspirações no no politico italiano Benito Mussolini, que liderou o Partido Nacional Fascista, e Plínio Salgado, politico brasileiro que fundou e liderou a Ação Integralista Brasileira, um partido de extrema-direita inspirado também no fascismo.
Em uma nota divulgada à imprensa ontem, quando informou que o Congresso estava suspenso, a Frente Nacionalista afirmou que é uma instituição pacífica, não racista e que não desrespeita estrangeiros e gays. Mas que se opões a “destruição da família” e a “degeneração da sociedade”.
É fácil entender porque o fascismo assusta. Trata-se de um sistema político autoritário, antidemocrático com ideias conservadoras ao extremo. Ele não nasce como uma ditadura, mas regimes fascistas acabam se transformando em ditaduras.
O Brasil vive uma democracia jovem, recém-conquista com o fim do regime militar. Não cabe à sociedade impedir a fundação de frentes que defendam diferentes propostas. A discussão é saudável, assim como o posicionamento de ideias. Mas o que não se pode admitir é que esse tipo de manifestação e a criação de grupos levem à violência, ao preconceito, à intolerância e até à morte. Garantir os direitos constitucionais conquistados a duras penas é a maior preocupação. ( FONTE: FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br, página 2, sábado, 12 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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