Cabe à Justiça brasileira a decisão sobre o futuro do País. Depois de mais de um dia de muita tensão, com a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil, a manutenção do ritmo de impeachment definido pelo próprio Supremo Tribunal Federal e a gravação de uma gravação telefônica entre Lula e a presidente Dilma Rousseff (PT) na qual aponta que ela teria agido para evitar a prisão do antecessor , os indício sugerem que “criador e criatura” – ou Lula e Dilma – são mesmo capazes de qualquer ato para manter o Partido dos Trabalhadores no poder.
Ao assumir um ministério – já chamado de “Terceiro mandato” – Lula pretende não só escapar de uma eventual prisão, mas dar continuidade ao projeto de manutenção do poder do Partido dos Trabalhadores. As gravações, em conversas obtidas antes da nomeação, mostram um Lula disposto a qualquer coisa para evitar a sua derrocada – até mesmo trabalhar para obstruir os trabalhos da Justiça. Como aceitar uma pessoa como essa na novamente na condução do País? Os brasileiros não podem compactuar com um fato desse. É preciso reagir.
Ontem à noite mesmo manifestantes foram às ruas contra a sua nomeação . O teor das gravações foram um “combustível-extra” e contribuíram para levar mais gente. É importante que a indignação das pessoas transpareça, a população precisa mostrar a sua força. A presidente, Lula e os companheiros demonstraram até agora que debocham do País, que não se importa com a população e muito mesmo com o futuro da nação. O governo está em uma situação insustentável e, mesmo assim, Dilma insiste que não renuncia. Seria um ato de grandeza, mas a opção é continuar se apegando ao poder.
De todo modo, é um governo que acabou. A sua sobrevida vai depender – da situação do Judiciário e da pressão popular. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira, 17 de março de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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