A velha máxima de transformar crise em oportunidade parece ter encontrado um campo fértil no Brasil dos últimos anos. O desemprego e as dificuldades financeiras levaram muitas pessoas a empreender (por vocação ou necessidade) e a buscar nas franquias a chance de realizar o desejo de ser dono do próprio negócio. E o interior parece ser a bola da vez. Em reportagem publicada na edição desta terça-feira (5), a Folha de Londrina mostra que os pontos de vendas de produtos e serviços de redes de franquia estão crescendo mais fora das capitis e do eixo Sul e Sudeste.
Um estudo realizado pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) revelou que entre as 30 cidades com o maior número de unidades franquiadas, 11 tiveram desempenho de destaque e sete delas estão fora das capitais. São elas: Campinas, Santo André, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto, Sorocaba e Guarulhos, todas em São Paulo, além de Niterói, no Rio de Janeiro.
Londrina também está muito bem colocada no ranking das franquias, entrando na lista e ocupando a 30ª posição. Mas quando é analisado o dado de novas unidades, o município sobe para uma nova posição, com crescimento ee 8% no primeiro semestre de 2018. Na Região Sul, a cidade ocupa a quarta posição, atrás apenas das capitais: Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis. A cidade está sempre no radar de quem busca um local com potencial para novidades e para as empresas que desejam levar a sua marca para o interior do País.
Segundo a ABF, o movimento de interiorização foi detectado nos últimos anos, mas ganham velocidade no primeiro semestre de 2018. Hoje são 152.668 unidades no País e, diferentemente de característica inicial de instalação em grandes shoppings, os produtos e serviços em sistema de franquia estão ganhando novos espaços. As lojas aparecem em ruas, galerias comerciais, hospitais e terminais de transportes como o metrô e o aeroporto. Além de um publico ávido por novidades, pesa na decisão dos empresários a melhoria de poder de consumo das cidades do interior, com a força do agronegócio ou do movimento de industrialização fora das capitais. O faturamento do setor quase chegou a R0 bilhões no primeiro semestre deste ano, indicando alto de 6,8% sobre igual período do ano passado. A previsão é de crescimento entre 7% a 8% no encerramento de 2018.
Voltando à questão de “crise & oportunidade”, é certo que optar por uma franquia na hora de empreender não é garantia de sucesso. Mas o fato de já existir uma marca que deu certo faz aumentar as chances. (FINTE: EDITORIAL do jornal FOLHA DE LONDRINA, página 2,FOLHA OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br , segunda-feira, 5 de novembro de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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