O Brasil é o quarto consumidor de jogos digitais do mundo, sendo um importante empregador de mão de obra especializada e se fixando como um mercado bilionário, com expectativa de crescimento de 13,5% ao ano, segundo pesquisa encomendada pelo BNDES.
Com mais de 60 milhões de usuários esse mercado vem ampliando seu o seu perfil de consumo, que até então era em sua grande maioria de público jovem masculino e hoje já conquista mulheres, crianças e idosos. Muito disso se explica pela facilidade de acesso aos smartphones e as redes sociais, além é claro da utilização de games em muitas outras áreas como na educação, nos negócios e na medicina, não sendo mais uma exclusividade voltada apenas ao entretenimento.
Outro mercado em ascensão é do audiovisual. Em 2011, foi regulamentada pelo Congresso Nacional a Lei 12.485, que determina a veiculação de conteúdos nacionais e inéditos na programação das TVs por assinatura. Com isso, além de valorizar a cultura local a produção audiovisual no Brasil, o segmento ganhou ainda mais espaço e já se posiciona a nível global como a 12ª maior economia nesse mercado que corresponde por 0, 57% do PIB brasileiro. Em pesquisa realizada pela Ancine, foi apontado um crescimento de 65,8% entre os anos de 2007 a 2013, um salto de R$ 8,7 bilhões para R$ 22,2 bilhões, uma evolução bem superior aos outros setores da economia.
E liderando o ranking de crescimento no Brasil, temos a indústria da moda. Nos últimos dez anos, o varejo de modo fez com que o País saltasse da sétima posição para a quinta no ranking dos maiores consumidores mundiais de roupas. Uma pesquisa realizada pela A. T. Kearney , renomada empresa de consultoria norte-americana, aponta uma arrecadação de US# 42 bilhões em vendas, sendo que 25% é através de capturas on-line, sendo facilmente explicado pelo poder de influência das redes sociais e blogs de formadores de opinião dessa área.
O mercado dos jogos digitais, do audiovisual e da moda são apenas três exemplos dos 13 segmentos que englobam o que chamamos de Economia Criativa. Um setor da economia que vem ganhando destaque e driblando o cenário atual de crise pela qual o Brasil vem passando. São empresas que se destacam pelo talento e pela capacidade intelectual de seus empreendedores e funcionários, e que não dependem do tamanho da sua estrutura ou de quanto tem de capital.
O Brasil, de certa forma, vem dando seus primeiros passos para se fixar nessa economia. Países como EUA, China e Inglaterra já se consolidaram e juntos já correspondem a 40% da economia criativa global. Muitas cidades no Brasil já possuem iniciativas d estímulo à Economia Criativa, como por exemplo, Recife, Porto Alegre e São Paulo. A cidade de Curitiba, também, se destaca como uma das mais atuantes , e por meio d Agência Curitiba de Desenvolvimento, circula por todo o ecossistema que engloba a economia criativa, conectando coworkings, startups, iniciativas públicas e privadas e estipulando o empreendedorismo de alto impacto.
A economia criativa, que hoje já apresenta uma média de remuneração superior a outros setores, será um dos grandes empreendedores em um futuro breve. E as cidades que enxergarem essa oportunidade, sairão na frente. O olhar sobre a formação de seus jovens, que é a geração que mais impulsiona esse mercado, é um fator decisivo para o melhor aproveitamento de uma fatia de mercado na qual o maior sucesso é o potencial criativo. (FONTE: Crônica de RONALDO CAVALHERI, coaching de Negócios Criativos, mentor do projeto Jovem Empresário e Diretor Geral do Centro Europeu – escola pioneira em Economia Criativa no Brasil, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, quarta-feira, 21 de novembro de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA. * Os artigos devem conter os dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. Os artigos publicados não refletem necessariamente a opinião do jornal. E-mail: opinião@folhadelondrina.com.br).
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