No dia 1º de agosto, a população mundial já havia consumido o conjunto dos recursos que a natureza pode produzir em um ano, segundo informações da Global Footprint Network, uma organização não governamental de pesquisa de recursos naturais e mudanças climáticas. Isso quer dizer que pelo restante de 2018 o planeta vai consumir além da capacidade de renovação anual.
Desde 1970, os ambientalistas pesquisam e identificam o momento em que o consumo de recursos naturais supera o volume que o planeta é capaz de renovar. E um marco, que ficou conhecido como o Dia de Sobrecarga da Terra. A data deveria servir de reflexão para que homens e mulheres repensem o processo de produção e consumo, pois em um dado momento o planeta realmente não vai ter a capacidade de regeneração.
O homem trata muito mal o meio ambiente e sofre as consequências desse comportamento inconsequente. Os extremos no clima da Europa neste ano é apenas um exemplo. Se no início do ano o continente sofreu com a forte onda de frio que foi batizada de “besta do leste”, agora é o calor que castiga os europeus. Enquanto as cidades portuguesas acabaram de marcar a temperatura mais alta de sua história, a Espanha registrou mortes devido ao calor e na Finlândia os supermercados abriram à noite para que as pessoas pudessem dormir nos seus corredores, aproveitando o ar condicionado.
Segundo a pesquisa da Global, a consciência ecológica do brasileiro precisa melhorar, pois mostrou que o Brasil consome os recursos da natureza em um ritmo mais acelerado que a média nacional. Se os pesquisadores da Global fossem considerar somente os padrões de produção e consumo do Brasil, o Dia de Sobrecarga da Terra seria mais cedo, em 19 de julho. O país ocupa o quinto lugar na geração de lixo do mundo e, diante dos baixos índices de reaproveitamento, contribui para o esgotamento dos recursos naturais do planeta, segundo avaliação da entidade. (FONTE: Página 2, coluna FOLHA OPINIÃO, quarta-feira, 8 de agosto de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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