Realidade que avalia a qualidade da educação de jovens no mundo, divulgou essa semana pela Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômica (OCDE), destaca o que todos os brasileiros já sabiam: os estudantes apresentam baixa performance em matemática básica, ciência e leitura. O resultado não chega a ser novidade para a maioria da população, mas o mais chocante é que entre 64 países pesquisados, o Brasil tem o segundo maior número com desempenho insatisfatório.
Foram avaliados 15,1 milhões de estudantes com 15 anos de idade, dos quais 12,9 milhões não têm capacidades elementares para compreender o que leem, nem conhecimentos essenciais de matemática e ciências. Desse universo, 1,1 milhão são brasileiros. O País está atrás apenas da Indonésia em números absolutos, que concentram 1,7 milhão de estudantes. Em porcentagem, o Brasil é o décimo pior avaliado. A maior dificuldade dos alunos apontada no teste ocorre em matemática básica.
O números apontam claramente que não basta apenas fazer com que as crianças e adolescentes frequentem a escola. É preciso garantir que elas aprendam o conteúdo. Matemática, ciências e leitura são matérias fundamentais para o desenvolvimento humano e o não aprendizado impactará em toda a vida adulta do aluno. É preciso firmar um pacto pela qualidade do ensino. É um trabalho de longo prazo, mas que não pode ser mais adiado.
As escolas carecem de uma infraestrutura melhor, com salas de aula confortáveis, bibliotecas atualizadas e quadra de esportes. O corpo docente e discente tem que estar capacitado para atender a comunidade escolar. Além disso, deve ser desenvolvido um trabalho de envolvimento da família. Os pais devem estar comprometidos com a educação e o aprendizado de seus filhos e com a escola.
Se os brasileiros desejam um país desenvolvido, a única solução são investimentos na qualidade da educação. Somente um povo com mais educação, com mais senso crítico é que conseguirá construir um país melhor e que todos desejam. ( FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br, página 2, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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