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| O arquiteto Flávio Fontana mudou de vida por motivos familiares: deixou Balneário Camboriú e voltou a morar em Londrina para abrir uma casa de massas artesanais |
Nunca é tarde para fazermos novas escolhas e escrevermos uma nova história
Desde cedo somos compelidos a fazer escolhas e elas nos acompanham por toda a vida. Se quando pequenos temos que decidir entre um brinquedo e outro ou a qual fruta iremos levar para o lanche, conforme crescemos essas decisões ficam mais sérias: nossa profissão, ter ou não filhos, comprar uma casa ou investir em ações. Apesar de muito importantes, todas essas escolhas podem ser refeitas, a qualquer tempo, mesmo que em princípio pareça meio assustador deixar tudo pra trás e recomeçar.
Filho de italianos, o empresário Flávio Fontana fez uma dessas escolhas há dez anos. Arquiteto e morando em Balneário Camboriú, ele decidiu voltar para Londrina e abrir uma casa de massas.
“Meu pai sempre cozinhou, mas nunca quis largar tudo para trabalhar com isso. Eu morava em Santa Catarina e ele e minha mãe moravam em Cambé. Quando ficaram mais idosos ficou mais complicado ficarem sozinhos e eu decidi voltar, mas já pensando em deixar a arquitetura de lado. Não que eu não goste da carreira, mas é algo muito instável, em um mês você tem projetos e no seguinte não tem nada. Por isso, resolvi investir nas massas, porém, minha ideia inicial era abrir uma indústria”, conta.
Somente ao pesquisar sobre o assunto viu a complexidade em abrir uma fábrica, e então, seguindo a sugestão de sua mãe, começou a vender seu produto de forma artesanal, na Feira do Feito à Mão, realizada aos finais de semana no calçadão de Londrina. De lá, Fontana conquistou clientes, passou a oferecer as massas também em bares, hotéis e resorts e por fim montou uma loja. Se incialmente era sua mãe quem o ajudava, agora a empresa conta com funcionários e também com a assessoria de sua esposa.
“Ela é formada em Administração de Empresas e trabalha junto comigo. Toda a orientação inicial de como montarmos a loja foi feita por ela, por esse motivo acabei não procurando o Sebrae ou algo parecido. Hoje não penso mais em abrir uma indústria, porém, já estudo formas de ampliar minhas vendas. Neste ano devemos ter a consultoria de um coach para nos ajudar nesse processo. Quando pensei em mudar de carreira levei em consideração algo que eu gostava de fazer, eu sabia que queria ir para a cozinha e não me arrependo de ter deixado a arquitetura”, destaca. (ÉRIKA GONÇALVES – REPORTAGEM LOCAL, caderno FOLHA MAIS, 14 e 15 de janeiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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