domingo, 10 de fevereiro de 2019

AS REVOLUÇÕES DA HUMANIDADE


Crônica escrita por WALMOR MACCARINI, jornalista, publicaçao  2Q/01!2019 pelo jornal FOLHA DE LONDRINA, coluna ESPAÇO ABERTO, página 2 
   Nunca se falou tanto em homossexualismo como nestes tempos, e embora a maioria no Brasil – com base no que se ouve – ainda não aceite com naturalidade a relação de pessoas do mesmo sexo,, criou-se já um consenso de que é prudente não opinar publicamente a respeito. Esse tipo de relação existe desde o alvorecer da humanidade. No caso dos humanos (porque a homossexualidade também existe entre certos animais), lê-se da literatura sobre temas transcendentes que alguém que foi homem em sucessivas vidas anteriores, e que na existência atual nasça mulher, guarda na memória celular esse sentimento e tende a continuar com atração pela mulher. O mesmo se dá com quem viveu tantas vidas como mulher, portanto com atração pelo homem, mas renascendo homem aguarda a afeição antiga. Faz sentido. E não só com as relações afetivas, mas também com outras tendências e pendores. 
   Há quem aprecie dois homens se esmurrando nos ringues, mas se escandaliza se eles se beijam. Não sou tão vanguardista e ainda não me libertei plenamente de um certo preconceito, mas passei a compreender melhor essas relações depois do que li dos escritos citados. E, divagando sobre o tema, lembro-me que quando da celebração do aniversário de criação da República Democrática Alemã (a comunista) o líder soviético Leonid Brejnev beijou na boca, diante das autoridades presentes, o líder alemão Erich Honecker. Dez anos depois, outro chefe de Estado russo, Mickhail Gorbachev, repetiu o gesto, ao selar-se a queda do Muro de Berlim, beijando também na boca o mesmo Honecker. Porque na União Soviética o beijo fraternal entre os homens era um costume normal, e penso que ainda é. (Deixo aqui o registro de que algum tempo antes visitei a Alemanha, e por minha condição de jornalista, fui autorizado a transpor o muro e visitar o outro lado. E viria a entender a insensatez a existência daquele paredão de 150 quilômetros, a mesma reação que sinto agora com o propósito idêntico do presidente Donald Trump e construir um muro na divisa com o México. Tempo da intervenção militar no Brasil, essa visita ao setor comunista quase me custou a cadeia, no retorno). 
   A revolução cultural (ou contracultural) de 1968 e que gerou uma profunda mudança estética nas artes e nos costume, em todo o mundo, foi um fenômeno que abriu portas de libertação dos comportamentos humanos e que se reflete até os nossos dias. Eu visitava Chicago nesse ano e fui assistir ao festival de Woodstock, que se realizava no extenso Ravinia Park. Vi ali cem mil jovens acampados, com shows de bandas estridentes e os casais, inclusive adolescentes, entrando com sleep-bags para dormirem juntos. Aquele era um brado de liberdade da juventude norte-americana, como nunca ocorrera antes, e que se irradiaria em todos os países, Brasil incluído. Os pais não puderam conter essa onda avassaladora. 
   Enquanto isso, em São Francisco, berço da beatmnia, os hippies desfilavam pela extensa rua Haigs com seus trajes extravagantes, e os tabloides dirigidos a essa comunidade publicavam anúncios com propostas de encontros íntimos detalhando gostos e atributos pessoais. Eu também estava lá, e perguntei a meu guia se aquilo era permitido, e a resposta foi que a nação americana – inda hoje a mais democrática do mundo – preferia liberar essas licenciosidades do que ferir o princípio das liberdades individuais. Desde então vivenciei cens semelhantes.embora mais comportadas, em certos pontos da cidade de Tóquio e na Europa. O sexo livre, inclusive no Brasil, passou a ser permitido, e as casas de meretrício faliram. (FONTE: Crônica escrita por WALMOR MACCARINI, jornalista, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, segunda-feira. 28 de janeiro de 2019, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). * Os textos devem conter dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. Os artigos publicados não refletem necessariamente a opinião do jornal. E-mail: opiniao@folhadelondrina.com.br       

           

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Comentários

Wanda Cobo

"Maravilha meu amigo, continue nos deliciando com suas ideias." W.D Londrina-Pr


Adilson Silva

Olá Professor José Roberto, Parabéns pelas excelentes matérias , muito bom conhecimento para todos. muita paz e fraternidade. Londrina-Pr

Marcos Vitor Piter

Excelentes e Sabias palavras parabéns Professor um Abraço dos Amigos de Arapongas - PR.

João Costa

Meus parabéns por vc e por tudo que pude ler continue levando este conhecimento p/ todos. Forte abraço! João Batista.
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Meu amigo continue contribuindo com a sua sabedoria. Forte abraço... João Batista 31/10/2013
Daiane C M Santos
Parabéns, muito criativo e inteligente!
Zeze Baladelli
Oi meu amigo,entrei seu blog,parabéns querido,voce é um gentleman,um grande amigo e muito inteligente,desejo que Deus te abençoe mais e mais...super beijo...



MARINA SIMÕES

Caro amigo Roberto, muito obrigada por suas sábias e verdadeiras palavras. Como é bom encontrarmos no nosso dia adia pessoas que comungam nossas idéias, nossas críticas, ou mesmo comentário sobre determinados assuntos. Eu procuro escrever e mostrar mensagens de
fé, de esperança, ou mesmo um alento carinhoso para nós que vivemos um mundo tão cruel, egoísta e caótico. Estou tentando escrever um comentário sobre seus textos. Parabéns, eu os tenho como que a "arquitetura" com as palavras. É um estilo totalmente seu, e meu amigo é simplesmente estimulante. Ele nos faz pensar e isto é muito bom. Um grande abraço. Marina.



JOÃO RENATO
Aqui estou eu novamente é impossivel não entrar aqui para vê estas maravilha por vc postada. Forte abraço do seu amigo hoje e sempre...........

ADALGISA
Parabéns! meu amigo querido!!!Adorei seu blog, mensagens lindas e suaves como a tua persoalidade e seu jeito de ser!!!Abraços e beijos.
TIAGO ROBERTO FIGUEIREDO
Parabéns professor José Roberto seu blog está divino..abs !
JAIRO FERNANDES
Olá, Querido Professor José Roberto! Fiquei muito emocionado com suas mensagens postadas, gostaria muito de revê-lo novamente após muitos anos, você fora meu professor e tenho muita saudade, gostaria que enviasse-me o seu endereço.ʺ Deus te ilumine sempreʺ Pois fazes parte de minha história de vida.
ALICE MARIA
Oi tio.Muito lindo seu cantinho na internet. Tô de olho. Lembro também de algumas coisas lá da Serra, principalmente da venda do vô Rubens. Beijo ,Alice Maria.

WANDA COBO

WANDA COBO

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