Brincadeiras em meio à natureza podem trazer benefícios para o coro e a
mente das crianças
Regar uma planta ou ver o pôr do sol na companhia dos filhos pode ser
bem mais que um passatempo. A interação de crianças com a natureza é benéfica
não só para a saúde física, mas também para a parte emocional da vida dos
pequenos. É o que analisa uma pesquisa do Programa de Pós-graduação em
Psicologia Ambiental, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A
autora do estudo, a bióloga Patrícia Maria Schubert, assina que a prática pode
trazer também ganhos para a relação dos pais com os filhos. A pesquisa envolve
70 famílias com crianças de 6 a 9 anos de idade.
“ Temos uma literatura científica que aponta que há benefícios neste contato das crianças com a natureza. Um deles, que pode ser facilmente visto, é a questão das habilidades motoras a partir de atividades físicas desenvolvidas neste meio “, comenta Patrícia, ao lembrar que as próprias características destes espaços contribuem para isso. “ As crianças descem dos barracos, brincam na grama, sobem em árvores, correm. Nós, adultos, não vemos potencialidades, mas as crianças interagem com isso “, observa.
Inserir as crianças em situações em que há contato com o verde também ajuda no exercício da imaginação, assinala a pesquisadora. Além das brincadeiras de faz de conta, há a possibilidade de reduzir os níveis de estresse com este tipo de vivência.
“ Ambientes verdes ou com a presença de água são restauradores para a mente. Hoje as crianças se envolvem com atividades que exigem muito foco, como televisão, computador e videogame. O contato com a natureza as auxilia a relaxar, para que tenham condições depois de voltar a novas tarefas, desta vez mais focadas “, pontua.
Ainda de acordo com a pesquisadora. No âmbito da educação, a interação com o natural reforça também os conhecimentos ecológicos dos pequenos. “ A criança observa muita coisa, os fenômenos da natureza, o movimento dos animais, cores e texturas que dificilmente poderão ser explicadas por brinquedos. São experiências sensoriais que ela só tem ali, deitada num gramado, por exemplo “.
Quando o assunto é a interação com os pais, não é diferente. “ De qualquer forma, os pais estarem num parque ou num lugar onde a a criança tem liberdade para criar, brincar, é uma oportunidade para fortalecer o vínculo com a família “, defende . O grau de fortalecimento do relacionamento, é claro, vai depender de como os pais e filhos interagem. Algumas famílias, pondera Patrícia, são mais participativas nas brincadeiras, enquanto outras atuam como monitoras deste momento, apenas dando instruções. “ No passado, a percepção sobre os riscos para deixar que crianças tivessem acesso a estes espaços era menor. Ainda não sabemos se ser mais participativo ou ter uma postura de monitora durante essas brincadeiras é melhor ou pior. Mas é importante haver um equilíbrio no atendimento ao que a criança demanda no brincar “, afirma.
“ Temos uma literatura científica que aponta que há benefícios neste contato das crianças com a natureza. Um deles, que pode ser facilmente visto, é a questão das habilidades motoras a partir de atividades físicas desenvolvidas neste meio “, comenta Patrícia, ao lembrar que as próprias características destes espaços contribuem para isso. “ As crianças descem dos barracos, brincam na grama, sobem em árvores, correm. Nós, adultos, não vemos potencialidades, mas as crianças interagem com isso “, observa.
Inserir as crianças em situações em que há contato com o verde também ajuda no exercício da imaginação, assinala a pesquisadora. Além das brincadeiras de faz de conta, há a possibilidade de reduzir os níveis de estresse com este tipo de vivência.
“ Ambientes verdes ou com a presença de água são restauradores para a mente. Hoje as crianças se envolvem com atividades que exigem muito foco, como televisão, computador e videogame. O contato com a natureza as auxilia a relaxar, para que tenham condições depois de voltar a novas tarefas, desta vez mais focadas “, pontua.
Ainda de acordo com a pesquisadora. No âmbito da educação, a interação com o natural reforça também os conhecimentos ecológicos dos pequenos. “ A criança observa muita coisa, os fenômenos da natureza, o movimento dos animais, cores e texturas que dificilmente poderão ser explicadas por brinquedos. São experiências sensoriais que ela só tem ali, deitada num gramado, por exemplo “.
Quando o assunto é a interação com os pais, não é diferente. “ De qualquer forma, os pais estarem num parque ou num lugar onde a a criança tem liberdade para criar, brincar, é uma oportunidade para fortalecer o vínculo com a família “, defende . O grau de fortalecimento do relacionamento, é claro, vai depender de como os pais e filhos interagem. Algumas famílias, pondera Patrícia, são mais participativas nas brincadeiras, enquanto outras atuam como monitoras deste momento, apenas dando instruções. “ No passado, a percepção sobre os riscos para deixar que crianças tivessem acesso a estes espaços era menor. Ainda não sabemos se ser mais participativo ou ter uma postura de monitora durante essas brincadeiras é melhor ou pior. Mas é importante haver um equilíbrio no atendimento ao que a criança demanda no brincar “, afirma.
INTERAÇÃO DIÁRIA
Aproximar crianças da natureza não significa só participar de trilhas ou acampamentos nas férias. É possível vivenciar isso no dia a dia , sem gastar muito ou ter de aguardar a chegada do recesso escolar.
. Procure conhecer com as crianças parques e bosques da sua cidade.
. Faça uma horta com elas no quintal . O plantio de temperos é uma boa alternativa para apresentar novas texturas e aromas.
. Convide as crianças para regar plantas.
. Mostre às crianças o ciclo de mudanças da vegetação ou pássaros das áreas visitadas. Um diário de observações pode ajudar.
. Deixe os pequenos levarem lápis e papel para os passeios. Peça que desenhem a paisagem visitada.
. Piqueniques ou leituras ao ar livre também são válidos.
. Quando puder, chame as crianças para colher fruta diretamente das árvores.
Aproveite um final de semana para mostrar a elas um pôr do sol ou um céu estrelado. (Fonte: Patrícia Shubbert , pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina.
.
( ANTONIELE LUCIANO. Reportagem Local. Foto: Shutterstock, páginas 16, 17, 18 e 19,
COMPORTAMENTO, FOLHA DA SEXTA, 9 de outubro de 2015, publicação do jornal FOLHA
DE LONDRINA ).
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