Ouço uma briga vindo do quarto dos meus sobrinhos,
uma briga para medir o poder de cada um para mexer mais no computador, entro no
quarto como um carcereiro tentando conter um motim de prisão de segurança
máxima , vigiada por alta tecnologia, computadores, videogames, tablets e
celulares. Tento indagar por que eles não vão brincar lá fora. Lá fora no
parque do condomínio, que podemos caracterizá-lo como uma prisão de segurança
máxima.
E eles, com a “ fúria “ de “ criminosos “ que já estão em alguns minutos em seus “ tóxicos “ ( leia-se eletrônicos ), me indagam que não há nada para brincar lá fora com as outras crianças, uma vez que elas se falam o dia todo via Skype, e que todo o resto é sem graça. Agora mais calmos, com o motim já contido, me perguntam do que eu brincava quando criança.
Me calei por alguns segundos e fechei os olhos. Pude sentir o cheiro do sereno da noite na rua jogando bola, pude ouvir os tacos de bets batendo no asfalto, pude ver o barulho do carro passando por cima dos tijolos, que para nós eram as melhores traves que se podia “ pegar emprestado “ da construção vizinha. Pude ouvir o vizinho reclamar da bola mais uma vez em seu quintal, algumas vozes de meninas brincando de elástico e uma brincadeira que tem de bater as mãos, algo que nunca entendi e sempre achei sem graça.
Pude ouvir minha mãe gritando, para eu ir jantar que já era tarde, pude ouvir meus amigos perguntando para a Tia, no caso, minha mãe, se eu não poderia sair e ficar mais um pouco na rua, pude ouvir minha dizendo para perguntar para o meu pai se seu poderia, pude sentir a felicidade de estar mais uma vez na rua para brincar mais um pouquinho antes de ir dormir, porque afinal teria escola no outro dia.
Falei a lista de coisas que fazíamos, como um velho relembrando dos seus tempos de criança, para crianças muio à frente de seu tempo com tanta informação e tecnologia a seu dispor. Como resposta obtive um enfático “ Que dorga tio. Na sua época não tinha YouTbe nem internet “. Fechei o olho mais uma vez, respirei fundo e senti saudade de uma época em que as coisas mais simples eram as que nos faziam mais felizes e era uma maravilha. (VINICIUS CARVALHO, analista de sistema e consultor em Londrina, página 3. Folha 2, quarta-feira, 7 de outubro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA ).
E eles, com a “ fúria “ de “ criminosos “ que já estão em alguns minutos em seus “ tóxicos “ ( leia-se eletrônicos ), me indagam que não há nada para brincar lá fora com as outras crianças, uma vez que elas se falam o dia todo via Skype, e que todo o resto é sem graça. Agora mais calmos, com o motim já contido, me perguntam do que eu brincava quando criança.
Me calei por alguns segundos e fechei os olhos. Pude sentir o cheiro do sereno da noite na rua jogando bola, pude ouvir os tacos de bets batendo no asfalto, pude ver o barulho do carro passando por cima dos tijolos, que para nós eram as melhores traves que se podia “ pegar emprestado “ da construção vizinha. Pude ouvir o vizinho reclamar da bola mais uma vez em seu quintal, algumas vozes de meninas brincando de elástico e uma brincadeira que tem de bater as mãos, algo que nunca entendi e sempre achei sem graça.
Pude ouvir minha mãe gritando, para eu ir jantar que já era tarde, pude ouvir meus amigos perguntando para a Tia, no caso, minha mãe, se eu não poderia sair e ficar mais um pouco na rua, pude ouvir minha dizendo para perguntar para o meu pai se seu poderia, pude sentir a felicidade de estar mais uma vez na rua para brincar mais um pouquinho antes de ir dormir, porque afinal teria escola no outro dia.
Falei a lista de coisas que fazíamos, como um velho relembrando dos seus tempos de criança, para crianças muio à frente de seu tempo com tanta informação e tecnologia a seu dispor. Como resposta obtive um enfático “ Que dorga tio. Na sua época não tinha YouTbe nem internet “. Fechei o olho mais uma vez, respirei fundo e senti saudade de uma época em que as coisas mais simples eram as que nos faziam mais felizes e era uma maravilha. (VINICIUS CARVALHO, analista de sistema e consultor em Londrina, página 3. Folha 2, quarta-feira, 7 de outubro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA ).
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