“Deus, sendo bom, fez todas as coisas boas. De onde
então vem o mal?” Esta conhecida
pergunta do notável pensador cristão que viria a ser sagrado como Santo
Agostinho foi estampada com destaque pela revista Veja, ante o penoso episódio
do menino sírio de três anos, encontrado de bruços na praia, afogado que foi
pelas águas juntamente com a mãe, um irmão e tantos refugiados que se lançaram
ao mar em precárias embarcações, fugindo da insensatez dos homens de seu país
em guerra. E ademais sujeitos à exploração dos barqueiros, que barrotam o mais
que podem as precárias embarcações e cobram caro pela travessia. A resposta
àquela indagação não é outra senão a de que é o homem artífice do bem e do mal .Para
isso Deus concedeu-lhe o livre arbítrio, e, portanto, não interfere nas
decisões humanas. Porque a vontade divina é que o homem faça suas próprias
vontades, individuais e coletivas.
Aquele expoente do cristianismo deve saber agora, da dimensão em que se encontra, que se Deus fosse regente dos comportamentos do homem não permitiria os morticínios que abalam o mundo desde os primórdios da civilização, nem as doenças, nem a criminalidade, nem os exploradores, nem os tiranos, nem as misérias sociais. O direito do livre agir foi uma concessão de Deus aos seus filhos terrenos – para que crescessem pelo próprio experimento – mas essa grça é também um ônus que implica em responsabilidade, eis que também lhes foi concedida a faculdade do discernimento.
Recorda-se que o papa Ratzinger fez a pergunta similar quando, ao visitar o campo de extermínio de Auschwitz , indagou: “Onde estava Deus nessa hora”. A resposta óbvia é que Deus estava lá, presente nesse sinistro palco de acontecimentos, e não iria impedir que os homens fizessem, o que era da vontade deles fazer. Os atos de barbárie ainda vigorantes nesse vale de lágrimas só deixarão de existir quando o homem desejar, e essa decisão será apenas dele. Maas pelo baixo grau evolucionário em que se encontra, precisará ainda trilhar por um longo caminho até sua mente se abrir para a inspiração divina e ficar iluminada pelo despertar da consciência. Deus olha por ele, e aguarda. ( WALMOR MACCARINI, jornalista em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, quinta-feira, 17 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
Aquele expoente do cristianismo deve saber agora, da dimensão em que se encontra, que se Deus fosse regente dos comportamentos do homem não permitiria os morticínios que abalam o mundo desde os primórdios da civilização, nem as doenças, nem a criminalidade, nem os exploradores, nem os tiranos, nem as misérias sociais. O direito do livre agir foi uma concessão de Deus aos seus filhos terrenos – para que crescessem pelo próprio experimento – mas essa grça é também um ônus que implica em responsabilidade, eis que também lhes foi concedida a faculdade do discernimento.
Recorda-se que o papa Ratzinger fez a pergunta similar quando, ao visitar o campo de extermínio de Auschwitz , indagou: “Onde estava Deus nessa hora”. A resposta óbvia é que Deus estava lá, presente nesse sinistro palco de acontecimentos, e não iria impedir que os homens fizessem, o que era da vontade deles fazer. Os atos de barbárie ainda vigorantes nesse vale de lágrimas só deixarão de existir quando o homem desejar, e essa decisão será apenas dele. Maas pelo baixo grau evolucionário em que se encontra, precisará ainda trilhar por um longo caminho até sua mente se abrir para a inspiração divina e ficar iluminada pelo despertar da consciência. Deus olha por ele, e aguarda. ( WALMOR MACCARINI, jornalista em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, quinta-feira, 17 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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