Esperar completar 6 anos de
idade para iniciar o primeiro ano do Ensino Fundamental frustra crianças e seus pais?
Os 7 anos foram, secularmente, a idade da criança iniciar a 1ª série primária – hoje, Ensino Fundamental 1.
Essa idade – chamada também, de idade da razão, - mostrou-se , universalmente, momento adequado - quanto aos aspectos cognitivo, social e emocional - para a criança ser introduzida no mundo acadêmico.
Em 2007, o Brasil - para se adequar aos padrões internacionais - adicionou ao Ensino Fundamental mais um ano escolar. Sem o “Fundamental de 9 anos” os brasileiros não eram aceitos para continuar seus estudos no exterior.
Esse acréscimo de um ano tem a finalidade de iniciar todas as crianças na escola aos 6 anos, de forma mais gradual, sem exigências tão acadêmicas - é o chamado cour préparatoire francês, pois a “idade da “ não mudou - nenhuma criança consegue ir além de sua maturidade pelo simples fato de iniciar-se mais cedo na escola.
Para criar uma norma quanto à idade de introdução das crianças aos 6 anos no Fundamental, o Brasil - país que inicia o ano letivo próximo ao ano gregoriano - estabeleceu 30 de março como limite, para a criança iniciante completar os seis anos de idade. Esta é a chamada “idade do corte”, As outras, pelas leis nacionais, iniciarão o 1º ano no ano seguinte, e devem ser inseridas na Educação Infantil, até lá.
A “idade de corte” é utilizada internacionalmente - para crianças que não sejam “superdotadas”. Dessa forma, tem-se em cada turma, alunos com um ano de diferença de idade entre o mais novo ( aquele que completa os 6 anos em 31 de março do ano vigente ) e o mais velho (que completa 7 anos em 1 º de abril do ano vigente”.
Escolas do Estado do Paraná - e de alguns outros estados - vêm contrariando a norma naciona, l desde 2009, através de liminar da Justiça comum, em nome da “frustração” das crianças de 5 anos de idade e de seus pais, se não entrarem no 1º ano, impedindo que uma prática nacional, e internacional se estabeleça no Brasil.
Nesses anos de mudança da lei, a frustração que constatei em crianças que entram no 1º ano com 5 anos, e em seus pais, teve o motivo inverso: crianças que não tinham nenhum problema de aprendizagem no início do Ensino Fundamental, passaram a ter dificuldades para aprender a ler, a escrever, na matemática, na realização das tarefas em casa, no tempo de atenção e no comportamento.
Essas dificuldades permaneceram, em muitas delas, no 2º, no 3º, no 4º, no 5º anos, aumentando muito o índice de crianças com “distúrbios” de aprendizagem.
Quando lhes foi permitido conviver com a turma de sua idade, os “distúrbios” de aprendizagem evaporaram.
A idade padronizada facilitaria o ensino, evitaria problemas de imaturidade nas crianças e problemas de adaptação escolar por transferência de uma escola para outra - na mesma cidade, no mesmo estado, em diferentes estados do país.
Com tantos problemas importantes sobre qualidade de ensino que nós, educadores de escolas públicas e privadas - temos para transpor, porque vamos criar mais esse? ( LUIZA LEONOR CAVAZOTTI E SILVA , fundadora do Instituto de Educação Infantil e Juvenil em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 1 de setembro de 2015).
Os 7 anos foram, secularmente, a idade da criança iniciar a 1ª série primária – hoje, Ensino Fundamental 1.
Essa idade – chamada também, de idade da razão, - mostrou-se , universalmente, momento adequado - quanto aos aspectos cognitivo, social e emocional - para a criança ser introduzida no mundo acadêmico.
Em 2007, o Brasil - para se adequar aos padrões internacionais - adicionou ao Ensino Fundamental mais um ano escolar. Sem o “Fundamental de 9 anos” os brasileiros não eram aceitos para continuar seus estudos no exterior.
Esse acréscimo de um ano tem a finalidade de iniciar todas as crianças na escola aos 6 anos, de forma mais gradual, sem exigências tão acadêmicas - é o chamado cour préparatoire francês, pois a “idade da “ não mudou - nenhuma criança consegue ir além de sua maturidade pelo simples fato de iniciar-se mais cedo na escola.
Para criar uma norma quanto à idade de introdução das crianças aos 6 anos no Fundamental, o Brasil - país que inicia o ano letivo próximo ao ano gregoriano - estabeleceu 30 de março como limite, para a criança iniciante completar os seis anos de idade. Esta é a chamada “idade do corte”, As outras, pelas leis nacionais, iniciarão o 1º ano no ano seguinte, e devem ser inseridas na Educação Infantil, até lá.
A “idade de corte” é utilizada internacionalmente - para crianças que não sejam “superdotadas”. Dessa forma, tem-se em cada turma, alunos com um ano de diferença de idade entre o mais novo ( aquele que completa os 6 anos em 31 de março do ano vigente ) e o mais velho (que completa 7 anos em 1 º de abril do ano vigente”.
Escolas do Estado do Paraná - e de alguns outros estados - vêm contrariando a norma naciona, l desde 2009, através de liminar da Justiça comum, em nome da “frustração” das crianças de 5 anos de idade e de seus pais, se não entrarem no 1º ano, impedindo que uma prática nacional, e internacional se estabeleça no Brasil.
Nesses anos de mudança da lei, a frustração que constatei em crianças que entram no 1º ano com 5 anos, e em seus pais, teve o motivo inverso: crianças que não tinham nenhum problema de aprendizagem no início do Ensino Fundamental, passaram a ter dificuldades para aprender a ler, a escrever, na matemática, na realização das tarefas em casa, no tempo de atenção e no comportamento.
Essas dificuldades permaneceram, em muitas delas, no 2º, no 3º, no 4º, no 5º anos, aumentando muito o índice de crianças com “distúrbios” de aprendizagem.
Quando lhes foi permitido conviver com a turma de sua idade, os “distúrbios” de aprendizagem evaporaram.
A idade padronizada facilitaria o ensino, evitaria problemas de imaturidade nas crianças e problemas de adaptação escolar por transferência de uma escola para outra - na mesma cidade, no mesmo estado, em diferentes estados do país.
Com tantos problemas importantes sobre qualidade de ensino que nós, educadores de escolas públicas e privadas - temos para transpor, porque vamos criar mais esse? ( LUIZA LEONOR CAVAZOTTI E SILVA , fundadora do Instituto de Educação Infantil e Juvenil em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 1 de setembro de 2015).
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