Os verbos constituem um dos
elementos mais importantes de qualquer língua. Por definição, são as palavras
que expressam ação, estado ou processo. Na prática, são essenciais para a construção de quase todo enunciado. É
possível, sim, dizer algo sem usar um verbo, com uma frase, mas para
informações mais elaboradas, fica complicado abrir mão dele. Aí, com a presença
do verbo, a frase passa a ser chamada de oração ( ou frase verbal).
Conjugar um verbo é fazer todas as flexões necessárias em cada caso, ou seja, indicar corretamente o tempo, o modo, a pessoa, etc. A boa notícia é que você, com certeza, já sabe fazer essas “modificações” em cada verbo. Afinal, você usa a língua portuguesa desde que começou a falar. O maior problema é quando entra em cena a teoria, com todos seus nomes e classificações, atrapalhando a vida de muita gente. Especificamente, os nomes de tempos verbais costumam causar muita confusão na cabeça de estudante e concurseiros. Então, para facilitar sua vida, vamos tentar esclarecer um pouco essa questão.
Primeiramente, quando você vê o nome de um tempo verbal, está lidando com três informações diferentes: o tempo, o aspecto e o modo verbal. Por exemplo: pretérito imperfeito do indicativo (pretérito é o tempo, imperfeito é o aspecto e indicativo é o modo). Então, vamos falar desses três elementos separadamente.
O tempo é a informação mais básica, pois se refere a um conceito de fácil entendimento. Afinal de contas, não é difícil perceber se uma ação está no presente (eu estudo), no passado (eu estudei) ou no futuro ( eu estudarei). O único detalhe aqui é que a gramática chama o passado de pretérito, que significa a mesma coisa.
Em segundo lugar, temos o aspecto verbal: imperfeito, perfeito ou mais que perfeito. A “perfeição”, no caso, diz respeito à conclusão da ação descrita pelo verbo. Se essa ação foi terminada, concluída, ela é perfeita ( eu almocei, nós fizemos algo, ela cantou). Caso o fato tenha sido interrompido ou descontinuado, temos uma ação imperfeita ( eu almoçava, fazíamos, cantava ). Já o aspecto mais-que-perfeito se refere a uma ação concluída antes de outra, ou seja, quando algo já estava terminado. (você me ligou), outro fato já havia terminado antes ( eu já havia saído/saíra ).
Agora já é possível juntas essas duas afirmações em alguns exemplos: ao dizer que você COMEU um chocolate, dá a ideia de que o ato de comer foi concluído no passado (pretérito perfeito). Por outro lado, se diz que COMIA chocolate, podemos deduzir que não faz mais isso, que o hábito foi interrompido . É o pretérito imperfeito.
Finalmente, temos os modos verbais, que são três no português: INDICATIVO, SUBJUNTIVO e IMPERATIVO. O primeiro é usado para indicar realidade, certeza, como nos exemplos: eu trabalho, nós fomos, eles viajarão. Já o Subjuntivo é o modo da dúvida, da incerteza, das hipóteses: se eu pudesse, quando eu tiver algo, que eu possa. O imperativo é usado para dar ordens e fazer pedidos: abra a porta, não faça barulho.
“Na prática, é só aplicar todos esses conceitos. Por exemplo, na frase “Espero que não chova”, temos dois verbos: o primeiro ESPERO, indica um fato no presente, (é o presente do indicativo), e o segundo, CHOVA, é um desejo ( presente do subjuntivo). Em outra oração: “ Quando eu puder, comprarei o presente”, temos uma possibilidade futura, PUDER (futuro do subjuntivo) e uma certeza. COMPRAREI (futuro do presente do indicativo).
Sentiu falta do aspecto nos exemplos acima? É que a noção de de ação concluída ou interrompida só pode ser aplicada ao passado. Então, só o pretérito pode ser perfeito ou imperfeito, como em “Enquanto eu ESTUDAVA (pretérito imperfeito do indicativo), o telefone TOCOU ( pretérito perfeito do indicativo)”.
Vamos voltar a falar de verbos em breve. Enquanto isso, mande suas dúvidas para nosso e-mail . Até a próxima terça! ( FLAVIANO LOPES – PROFESSOR DE PORTUGUÊS E ESPANHOL. Encaminhe suas dúvidas ou sugestões para bemdito14@gmail.com página 5, FOLHA 2, espaço BEM DITO, terça-feira, 29 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
Conjugar um verbo é fazer todas as flexões necessárias em cada caso, ou seja, indicar corretamente o tempo, o modo, a pessoa, etc. A boa notícia é que você, com certeza, já sabe fazer essas “modificações” em cada verbo. Afinal, você usa a língua portuguesa desde que começou a falar. O maior problema é quando entra em cena a teoria, com todos seus nomes e classificações, atrapalhando a vida de muita gente. Especificamente, os nomes de tempos verbais costumam causar muita confusão na cabeça de estudante e concurseiros. Então, para facilitar sua vida, vamos tentar esclarecer um pouco essa questão.
Primeiramente, quando você vê o nome de um tempo verbal, está lidando com três informações diferentes: o tempo, o aspecto e o modo verbal. Por exemplo: pretérito imperfeito do indicativo (pretérito é o tempo, imperfeito é o aspecto e indicativo é o modo). Então, vamos falar desses três elementos separadamente.
O tempo é a informação mais básica, pois se refere a um conceito de fácil entendimento. Afinal de contas, não é difícil perceber se uma ação está no presente (eu estudo), no passado (eu estudei) ou no futuro ( eu estudarei). O único detalhe aqui é que a gramática chama o passado de pretérito, que significa a mesma coisa.
Em segundo lugar, temos o aspecto verbal: imperfeito, perfeito ou mais que perfeito. A “perfeição”, no caso, diz respeito à conclusão da ação descrita pelo verbo. Se essa ação foi terminada, concluída, ela é perfeita ( eu almocei, nós fizemos algo, ela cantou). Caso o fato tenha sido interrompido ou descontinuado, temos uma ação imperfeita ( eu almoçava, fazíamos, cantava ). Já o aspecto mais-que-perfeito se refere a uma ação concluída antes de outra, ou seja, quando algo já estava terminado. (você me ligou), outro fato já havia terminado antes ( eu já havia saído/saíra ).
Agora já é possível juntas essas duas afirmações em alguns exemplos: ao dizer que você COMEU um chocolate, dá a ideia de que o ato de comer foi concluído no passado (pretérito perfeito). Por outro lado, se diz que COMIA chocolate, podemos deduzir que não faz mais isso, que o hábito foi interrompido . É o pretérito imperfeito.
Finalmente, temos os modos verbais, que são três no português: INDICATIVO, SUBJUNTIVO e IMPERATIVO. O primeiro é usado para indicar realidade, certeza, como nos exemplos: eu trabalho, nós fomos, eles viajarão. Já o Subjuntivo é o modo da dúvida, da incerteza, das hipóteses: se eu pudesse, quando eu tiver algo, que eu possa. O imperativo é usado para dar ordens e fazer pedidos: abra a porta, não faça barulho.
“Na prática, é só aplicar todos esses conceitos. Por exemplo, na frase “Espero que não chova”, temos dois verbos: o primeiro ESPERO, indica um fato no presente, (é o presente do indicativo), e o segundo, CHOVA, é um desejo ( presente do subjuntivo). Em outra oração: “ Quando eu puder, comprarei o presente”, temos uma possibilidade futura, PUDER (futuro do subjuntivo) e uma certeza. COMPRAREI (futuro do presente do indicativo).
Sentiu falta do aspecto nos exemplos acima? É que a noção de de ação concluída ou interrompida só pode ser aplicada ao passado. Então, só o pretérito pode ser perfeito ou imperfeito, como em “Enquanto eu ESTUDAVA (pretérito imperfeito do indicativo), o telefone TOCOU ( pretérito perfeito do indicativo)”.
Vamos voltar a falar de verbos em breve. Enquanto isso, mande suas dúvidas para nosso e-mail . Até a próxima terça! ( FLAVIANO LOPES – PROFESSOR DE PORTUGUÊS E ESPANHOL. Encaminhe suas dúvidas ou sugestões para bemdito14@gmail.com página 5, FOLHA 2, espaço BEM DITO, terça-feira, 29 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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