Fazer escolhas geralmente traz certa angústia, afinal optar por algo implica em perder outra coisa. Entretanto, com calma e certa preparação, esse momento pode ser bem menos aflitivo. Com experiência em orientar escolhas pessoais e profissionais, a coach Polyanna Foganholi, de Curitiba, explica que sejam pequenas ou grandes mudanças, para tomarmos uma decisão é essencial termos confiança e um elevado nível de autoconhecimento.
“Muitas pessoas passam um tempo vivendo a mesma situação mas não têm um conhecimento profundo do que está acontecendo. A mudança acontece em dois momentos: ou quando as coisas fica muito ruins e então a pessoa não aguenta mais ou quando alguém escolhe por ela. Uma dica que sempre dou é você olhar para o futuro e ver como quer estar vivendo daqui a cinco, dez anos. Como quer que seja sua vida, sua rotina diária? Qual o espírito de vida que quer viver? Onde você estaria?
A recomendação da especialista é trabalhar o autoconhecimento, de forma a saber quais as qualidades e quais os pontos fracos, sendo que as qualidades representam as oportunidades e os ponto fracos, as ameaças. Outra dica é sempre avaliar se a escolha a ser feita está de acordo com os valores pessoais. “O que mais encontramos são pessoas que não estão alinhadas com seus valores. Essa é uma consideração muito importante que precisa ser feita na vida adulta. Essa atividade, essa relação pessoa constrói sobre o meu valor ou agride meus valores? AS pessoas se mantém em situação atual porque não se sentem capazes de dar um passo adiante”, avalia.
Um bom exercício segundo ela é procurar se informar sobre assuntos diferentes daqueles da área de atuação. “Isso ajuda a conhecer coisas novas, novos pensamentos, novas pessoas. Essa é uma boa forma de experimentar a mudança sem a responsabilidade (de mudar)”, ensina. Depois de escolhido um caminho, Polyanna recomenda que a pessoa defina pequenos passos para a nova situação, expandindo sua zona de conforto aos poucos, ao invés de fazer uma mudança radical.
“A pessoa precisa entender o tamanho da capacidade dela e escolher. A mudança demanda esforço para chegar lá. Geralmente usamos o desenho de uma escada, você sobe um degrau, analisa, sobe outro, analisa novamente. Assim ganha mais amplitude, ganha nova visão. Quem quer mudar precisa expandir seu conhecimento e depois focar em um ponto”, afirma Polyanna. (E.G.) (ÉRIKA GONÇALVES - REPORTAGEM LOCAL, página 2, caderno FOLHA MAIS, 14 e 15 de janeiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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