Falar em crise, recessão, desemprego, escândalos políticos está na rotina do brasileiro, que ainda não perdeu a fé em ouvir manchetes mais positivas sobre o País. E é o que tem acontecido nestes primeiros dias de 2017. A primeira surpresa foi o resultado da inflação de 2016, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que terminou o ano em elevação de 6,29%, mas abaixo do teto da meta do governo, de 6,5% ao ano. E, a mais recente, o estudo da ONU divulgado nesta semana pela FOLHA que, apesar de mostrar que em 2017 que a economia brasileira terá o menor crescimento entre os países do G20, parece indicar que o pior da crise já passou.
Nos últimos três anos, desequilíbrios macroeconômicos severos e a crise política resultaram em significativas perdas no PIB – equivalentes, praticamente, a perder em apenas três anos toda a economia do Peru ou do Catar. Números esses que, conforme o mesmo estudo, não serão recuperados brevemente. Afinal, conforme a ONU, as altas taxas de desempregado e uma política fiscal dura ainda devem continuar pesando sobre a economia.
Porém, as medidas que estão sendo implantadas agradam os olhos do mundo com respostas positivas de quem já investiu aqui e de potenciais investidores, como relatam autoridades brasileiras presentes ao Fórum Econômico Mundial, que se realiza em Davos, na Suíça.
Independentemente da avaliação internacional, o brasileiros acredita o potencial do País e o coloca em destaque mundial, como o agronegócio, que continua segurando a economia. Somos lideres na produção de carnes e estamos entre os primeiros produtores de grãos e de frutas. Mesmo com poucos recursos, nossa pesquisa produz tecnologia que garante a qualidade e o volume de produção, reforçando a cada dia o velho slogan de que o Brasil é o celeiro do mundo.
Temos um longo caminho pela frente e muitas conquistas a serem superadas em todos os setores. Mas é preciso manter a confiança e não ficar apenas em busca de culpados disso ou daquilo. Um país não se constrói ou se destrói da noite para o dia, mas sim por uma conjuntura de tempo, fatores e de responsáveis. Todos temos um papel a desempenhar, então, que o façamos bem feito. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 19 de janeiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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