Na próxima terça-feira (31), Marcelo Belinati (PP) completará um mês como prefeito de Londrina. O pepista aproveita a marca dos primeiros 30 dias de gestão para anunciar , na segunda-feira (30), com mais detalhes quais serão as tão propaladas medidas de contingenciamento prometidas desde que assumiu o cargo do antecessor Alexandre Kireeff (PSD). A FOLHA antecipou, com base no decreto publicado nesta semana no jornal Oficial do Município, que ao menos R$ 30,7 milhões do orçamento, em recursos livres da Administração Direta e Indireta, serão retidos por tempo indeterminado. A medida não afeta por enquanto as secretarias municipais de Educação, de Saúde e de Administração Social, mas representa corte de 40% do custeio da administração e de 100% dos investimentos. O prefeito justifica o aperto no cinto à previsão de déficit de R$ 120 milhões no orçamento deste ano, projetada em razão do crescimento maior das despesas em relação às receitas, e alega que a Prefeitura de Londrina enfrenta “a pior crise financeira de sua história”. Como parte de seu compromisso em promover a economia da máquina municipal, Marcelo Belinati reduziu o número de secretarias. O Secretária Fazenda acumula as pastas de Planejamento e Tecnologia, enquanto o chefe de Obras também responde por Agricultura e Abastecimento, e o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento ( Codel) é o mesmo do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano ((Ippul). Além disso, as secretarias do Idoso e da Mulher foram transformadas em diretorias subordinadas à Assistência Social.
Ao mesmo tempo em que vende o caos a cada ato público de sua gestão, apontando problemas financeiros e administrativos que teria herdado da gestão Kireeff, o prefeito adota um discurso otimista, a ponto de prometer ser o melhor gestor da história da cidade.
No balanço do primeiro mês de gestão, ficam como ponto positivo o estreitamento nas relações com os governos estadual e federal, que é de onde devem vir os recursos em falta por aqui, e a formalização do convênio com o Cismepar para a contratação de mais médicos para a rede municipal de saúde.
A questionar, o proselitismo político não visto nos últimos quatro anos. Em uma só manobra, o prefeito nomeou o quarto vereador mais votado como presidente da Fundação de Esportes e o primeiro suplente na chefia da Acesf, garantindo assim o retorno à Câmara de um ex-vereador de seu partido.
Dada a conjuntura econômica nada favorável no município e no País, Belinati terá o duplo desafio de adequar o orçamento às demandas da cidade e fazê-la retomar o crescimento, especialmente na área industrial. Faltam 47 meses. (OPINIÃO, página 2, 28 de 29 de janeiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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