Há alguns anos dei uma palestra na então Academia de Letras de Ibiporã,
cujo tema abrangia a criação de blogs, aos quais chamei de “as tribunas da livre
expressão “, já que os blogs são um
espaço aberto para qualquer blogueiro externar suas opiniões sobre os mais variados
assuntos – inclusive política.
Os blogs imperavam na rede mundial,
chegando a roubar o espaço de sites consagrados, pois podem ser operados com
grande facilidade, desde que se domine o ABC elementar da informática. Muitos dos blogs, especialmente aqueles que
criaram leitores fiéis e interessados nos temas expostos, acabaram incorporados
em portais de jornais, revistas ou
outras mídias, fazendo aumentar reciprocamente seus respectivos índices de
leitura.
De repente surgiu um novo fenômeno que
passou a dividir espaços com blogueiros: são as redes sociais, abertas a
qualquer pessoa, mesmo sem o domínio das ferramentas mais sofisticadas que os
computadores oferecem. Nas redes sociais, pessoas de todas as idades, graus
de estudo e classes de renda interagem,
emitem opiniões, compartilham textos, artigos, fotos e vídeos com extrema
agilidade, pouco se importando com os erros de português nem com a qualidade
das imagens. Sua interação é tamanha que a maioria dos blogueiros, ao invés de repudiar essa nova
ferramenta, já também compartilha seus
posts , procurando ainda mais aumentar sua “audiência”. A evolução dos
telefones celulares, que hoje nem são mais telefones, trouxe ainda mais
interação entre as pessoas, que passam o tempo digitando muito mais do que conversando. São as chamadas amizades
virtuais.
O mundo da internet evolui rapidamente. Se
anos atrás existiam os “profetas” ou “futurólogos” escrevendo páginas e páginas
com suas projeções sobre o futuro da internet, hoje poucos se atrevem a adivinhar
o que vem pela frente. As lan houses que tiveram um período de apogeu e
representavam um negócio altamente lucrativo foram sendo implacavelmente
extintas com a chegada das configurações Wi-fi
abertas em bares, restaurantes, shoppings e até em praias e praças
públicas. Quem diria?
Se toda esta evolução tecnológica veio
para somar experiências, cultura e ensinamentos, ainda é uma incógnita. O que se
espera é que o ser humano tire o melhor proveito de cada avanço, cada nova
conquista, pois a gente precisa lembrar de que para cada Batman sempre existe, no mínimo, um Coringa.
( Extraído do Jornal de Londrina, quinta-feira, 26 de junho de 2014, do espaço ponto de vista. Texto de JULIO ERNESTO BAHR, publicitário, escritor e blogueiro ).
( Extraído do Jornal de Londrina, quinta-feira, 26 de junho de 2014, do espaço ponto de vista. Texto de JULIO ERNESTO BAHR, publicitário, escritor e blogueiro ).