Veja quais são os exames que devem ser realizados a da trimestre da gestação.
Quando se pensa em saúde gestacional, pelo menos um aspecto é
unanimidade: a importância do
acompanhamento pré-natal. É por meio dos exames feitos em várias fases da gestação
que a mulher pode cuidar da própria saúde e do bem-estar do bebê, além de
prevenir doenças e complicações que podem provocar o parto prematuro e até
mesmo um aborto. A endocrinologista pediátrica Myrna Campagnoli relaciona quais são esses exames e em que fase da
gestação devem ser realizados.
1º Trimestre
SÃO OS EXAMES RECOMENDADOS PARA TODAS AS
GESTANTES
Hemograma
completo , exames de fezes, urina e Papanicolau: serve para que o médico
possa avaliar a saúde da mulher.
Tipagem sanguínea:procedimento para verificar qual é o fator Rh da mãe. Importante porque mulheres com Rh negativo que tenham bebês com fator positivo podem gerar eritoblastose fetal. “Na primeira gestação, o bebê não será afetado, pois a mãe apenas produzirá os anticorpos contra o sangue do bebê durante o parto. Numa segunda gestação, esses anticorpos atacam as hemácias do sangue do bebê Rh positivo, causando anemia muita intensa, icterícia e até alterações neurológicas”, explica Myrna. Para que isso não aconteça, as mães Rh negativo devem ser vacinadas com imunoglobina anti-Rh.
Sorologia
para citomegalovírus , urina 1 e urocultura, toxoplasmose, rubéola, sífilis,
hepatite B, hepatite C e anti-HIV :caso algum desses testes dê positivo, cuidados são necessários para que o bebê não
seja infectado. O ideal, explica a médica , é que esses exames sejam feitos
antes da concepção, para que o tratamento de doenças curáveis seja concluído e
o tratamento das incuráveis seja iniciado, reduzindo o risco de transmissão
materno-fetal. O tratamento iniciado
durante a gestação implica maior risco
para o feto. É recomendável que se adotem medidas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, durante
a gravidez.
Ultrassom básico obstétrico transvaginal.
Glicemia de jejum: indica a quantidade de glicose no sangue. Taxas
acima do normal podem indicar um quadro de diabetes gestacional. Identificado o
diabetes, o tratamento deve ser iniciado imediatamente através de dieta,
atividade física e medicamentos. “A doença pode provocar parto prematuro e
alterações fetais. O recém-nascido pode apresentar macrossomia e atraso no
desenvolvimento dos órgãos. No parto, há risco de hipoglicemia neonatal, crises
convulsivas e sequelas neurológicas”, explica Myrna. A hipoglicemia
materna também apresenta riscos, pode
provocar retardo de crescimento intrauterino e alterações orgânica fetais.
TSH,
T3 total, T4 total e T4 livre, anticorpos anti-titereoideanos : verificam a
presença de doenças da tireoide na mãe. O controle da função tireoidiana deve ser
rigoroso durante o pré-natal, pois tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo
são perigosos para o bebê. “No hipo, há risco de crescimento fetal e do
desenvolvimento dos órgãos, além de danos neurológicos . No hiper, há risco de
hipermetabolismo fetal, quando o recém-nascido nasce abaixo do peso.
2º trimestre
Obrigatórios para todas as gestantes. Exames analisam a anatomia do feto e previnem
infecções:
Ultrassom
morfológico: Analisa a anatomia
do feto e mede o tamanho dos ossos e dos órgãos. Permite avaliar o cordão
umbilical e seus vasos, predizendo risco de desenvolver pré-eclâmpsia ( aumento
da pressão arterial específica na gravidez) e de diminuição do crescimento fetal
por má nutrição.
Exames
de sangue e urina: refeitos para afastar os riscos de contaminação de
doenças infecciosas.
Glicemia
de jejum e teste de tolerância à glicose: testes realizados entre a 24ª
e 28ª semana para avaliar o nível de glicose e diagnosticar diabetes
gestacional.
Ecocardiograma
fetal com Doppler: avalia detalhes morfológicos (formação das estruturas
)e funcionais ( função cardíaca) do coração do feto. __________________________________
3º trimestre
No
final da gravidez, são exames obrigatórios para todas as gestantes. Eles
detectam as contrações uterinas e podem evitar infecções.
Ultrassom obstétrico e cardiotocografia : exame que permite ao
médico observar a regularidade das contrações uterinas e as oscilações na freqüência
cardíaca do bebê. Também são verificadas as condições placentárias e a
quantidade de líquido amniótico.
Pesquisa da bactéria estreptococo B na cultura de secreção vaginal: importante
para evitar infecções neonatais. Se a bactéria for encontrada, deve ser
eliminada para que o bebê não seja
contaminado no nascimento ao passar pelo canal vaginal.
Repetir
exames de laboratório do primeiro trimestre e fazer coagulograma. (
CAROLINA POMPEO , página 7, geral, GESTAÇÃO, publicação do JORNAL DE LONDRINA,
segunda-feira, 27 de julho de 2015).
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