Descoberta feita em estudo prepara terreno para a substituição de
tecidos doentes em pacientes e abre as portas para o mundo da medicina
regenerativa.
Paris – Cientistas
revelaram na última quarta-feira terem dado um passo fundamental para a terapia com
células tronco no tratamento de doenças mitocondriais raras, passadas de mãe
para filho.
Eles “corrigiram” mitocôndrias nocivas em células da pele retiradas de pacientes para criarem células-tronco pluripotentes – células saudáveis versáteis que podem se diferenciar em qualquer célula do tecido no corpo, segundo a equipe.
“Esta descoberta prepara o terreno para substituição de tecidos doentes em pacientes e abre as portas para o mundo da medicina regenerativa , onde os médicos são capazes de tratar doenças humanas que são atualmente” incuráveis”, explica um comunicado da Oregon Health&Science University, cujos cientistas participaram do estudo.
Mitocôndrias são pequenas fontes de energia encontradas na maior das células do corpo, transformando o açúcar e o oxigênio em energia. Mas mutações no DNA hereditários através da linha materna podem levá-los a um mau funcionamento, afetando qualquer coisa: da visão ou à audição até músculos, coração e funções do cérebro.
Cerca de 1.00 a 4.000 crianças nascem com doenças mitocondriais a cada ano apenas nos Estados Unidos, , e não existe tratamento eficaz.
“Para as famílias com um ente querido que nasceu com uma doença mitocondrial à espera de uma cura, hoje podemos dizer que a cura está no horizonte”, disse Shoukhrat Mitalipov , co-autor do estudo publicado na revista Nature.
Eles “corrigiram” mitocôndrias nocivas em células da pele retiradas de pacientes para criarem células-tronco pluripotentes – células saudáveis versáteis que podem se diferenciar em qualquer célula do tecido no corpo, segundo a equipe.
“Esta descoberta prepara o terreno para substituição de tecidos doentes em pacientes e abre as portas para o mundo da medicina regenerativa , onde os médicos são capazes de tratar doenças humanas que são atualmente” incuráveis”, explica um comunicado da Oregon Health&Science University, cujos cientistas participaram do estudo.
Mitocôndrias são pequenas fontes de energia encontradas na maior das células do corpo, transformando o açúcar e o oxigênio em energia. Mas mutações no DNA hereditários através da linha materna podem levá-los a um mau funcionamento, afetando qualquer coisa: da visão ou à audição até músculos, coração e funções do cérebro.
Cerca de 1.00 a 4.000 crianças nascem com doenças mitocondriais a cada ano apenas nos Estados Unidos, , e não existe tratamento eficaz.
“Para as famílias com um ente querido que nasceu com uma doença mitocondrial à espera de uma cura, hoje podemos dizer que a cura está no horizonte”, disse Shoukhrat Mitalipov , co-autor do estudo publicado na revista Nature.
CÉLULA SAUDÁVEL
A equipe coletou células da pele de pessoas com mutações no DNA mitocondrial
e removeu os núcleos, que foram emparelhados com citoplasmas retirados de
óvulos saudáveis doados. O citoplasma é a substância gelatinosa contendo
mitocôndrias no interior da membrana
celular, e em torno do núcleo. “Através dessa técnica, os cientistas criaram
uma célula-tronco embrionária com mitocôndrias saudáveis”, afirma o comunicado.
“Os cientistas aspiram usar esta técnica para substituir tecidos doentes no futuro através da remoção de uma célula, corrigindo as mutações, multiplicando as células e reinserindo as células geneticamente corretas no paciente para substituir o tecido doente”. Especialistas que não estiveram envolvidos no estudo felicitaram a realização do laboratório, mas alertaram que uma aplicação prática ainda estaria longe.
“Passar de um frasco de células em laboratório para neurônios ou células dos vasos sanguíneos no cérebro é muito difícil”, disse David Valle, da The Johns Hopkins School of Medicine, em comentários para o Centro de Mídia da Ciência da Grã-Bretanha (SMC).
Darren Griffin, professor de genética da Universidade de Kent, ponderou que levaria “algum tempo até que ( a descoberta) possa ser aplicada clinicamente, dada a necessidade de testes clínicos”.
Em 2010, cientistas britânicos criaram um embrião de laboratório cujo DNA mitocondrial veio de um doador, e o restante de seus pais biológicos.
Em fevereiro deste ano. A Grã-Bretanha tornou-se o primeiro país a permitir a criação dos chamados bebês de três pais usando o método para impedir a transferência de falhas mitocondriais.
Dois anos atrás, Mitalipov admitiu erros em um estudo no qual ele e uma equipe relataram ser o primeiro a transformar células da pele humana em células-tronco embrionárias, mas defendeu os resultados.
Sua técnica de clonagem, que envolve o transplante de DNA de um indivíduo em um óvulo despojado de material genético, foi saudado como um avanço por não destruir embriões humanos na criação de células-tronco. (FRANCE PRESSE, página 10, FOLHA SAÚDE, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 20 de julho de 2015).
“Os cientistas aspiram usar esta técnica para substituir tecidos doentes no futuro através da remoção de uma célula, corrigindo as mutações, multiplicando as células e reinserindo as células geneticamente corretas no paciente para substituir o tecido doente”. Especialistas que não estiveram envolvidos no estudo felicitaram a realização do laboratório, mas alertaram que uma aplicação prática ainda estaria longe.
“Passar de um frasco de células em laboratório para neurônios ou células dos vasos sanguíneos no cérebro é muito difícil”, disse David Valle, da The Johns Hopkins School of Medicine, em comentários para o Centro de Mídia da Ciência da Grã-Bretanha (SMC).
Darren Griffin, professor de genética da Universidade de Kent, ponderou que levaria “algum tempo até que ( a descoberta) possa ser aplicada clinicamente, dada a necessidade de testes clínicos”.
Em 2010, cientistas britânicos criaram um embrião de laboratório cujo DNA mitocondrial veio de um doador, e o restante de seus pais biológicos.
Em fevereiro deste ano. A Grã-Bretanha tornou-se o primeiro país a permitir a criação dos chamados bebês de três pais usando o método para impedir a transferência de falhas mitocondriais.
Dois anos atrás, Mitalipov admitiu erros em um estudo no qual ele e uma equipe relataram ser o primeiro a transformar células da pele humana em células-tronco embrionárias, mas defendeu os resultados.
Sua técnica de clonagem, que envolve o transplante de DNA de um indivíduo em um óvulo despojado de material genético, foi saudado como um avanço por não destruir embriões humanos na criação de células-tronco. (FRANCE PRESSE, página 10, FOLHA SAÚDE, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 20 de julho de 2015).
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