Estávamos tomando café da manhã no hotel. Minha namorada Ana e eu,
sempre gostamos dessa parte em nossas viagens.
Durante o café da manhã nos sentimos dentro de nosso próprio filme da década de 70, ao melhor estilo Hitchcock. Com as mesinhas de madeira e estranhos indo e vindo.
Talvez por isso nossa curiosidade sempre se atiça ao máximo. Naquele dia, no hotel em questão, vimos pelo menos cinco vans do tipo que empresas de telefonia ou de energia elétrica usam. Os técnicos haviam passado a noite no hotel o que fez com que indagássemos um ao outro sobre qual seria o motivo. Olhando pela janela do restaurante o estacionamento e pensando nas milhões de possibilidades
Em meio a conversa acabei mudando de assunto para algo que me perturbava a mente há um bom tempo.
- Sabe, às vezes tenho uma vontade de escrever sobre o cotidiano.
Ana sorriu e me respondeu:
- Escreva crônicas.
- Eu tinha pensado nisso, mas seus finais, tem algo nos finais das crônicas que são sempre brilhantes, não saberia terminar assim.
Entre mastigadas e mordidas em seu sanduíche Ana me disse algo, que é claro não entendi.
A fascinação tomou conta de mim, obviamente ela havia pensado em algo, em uma resposta, em um caminho para os finais das crônicas. Uma fórmula mágica. Pedi ansioso para que ela repetisse.
- Estão consertando a campainha.
- Ana respondeu apontando para os técnicos nas vans.
O sorriso sutil de uma piada lançada em meio ao som interminável da campainha do hotel iluminou seu rosto, e frustrado eu ri. ( CONRADO LUZINI RIBEIRO, escritor em Presidente Prudente, página 3, FOLHA 2, espaço CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 22 de julho de 2015).
Durante o café da manhã nos sentimos dentro de nosso próprio filme da década de 70, ao melhor estilo Hitchcock. Com as mesinhas de madeira e estranhos indo e vindo.
Talvez por isso nossa curiosidade sempre se atiça ao máximo. Naquele dia, no hotel em questão, vimos pelo menos cinco vans do tipo que empresas de telefonia ou de energia elétrica usam. Os técnicos haviam passado a noite no hotel o que fez com que indagássemos um ao outro sobre qual seria o motivo. Olhando pela janela do restaurante o estacionamento e pensando nas milhões de possibilidades
Em meio a conversa acabei mudando de assunto para algo que me perturbava a mente há um bom tempo.
- Sabe, às vezes tenho uma vontade de escrever sobre o cotidiano.
Ana sorriu e me respondeu:
- Escreva crônicas.
- Eu tinha pensado nisso, mas seus finais, tem algo nos finais das crônicas que são sempre brilhantes, não saberia terminar assim.
Entre mastigadas e mordidas em seu sanduíche Ana me disse algo, que é claro não entendi.
A fascinação tomou conta de mim, obviamente ela havia pensado em algo, em uma resposta, em um caminho para os finais das crônicas. Uma fórmula mágica. Pedi ansioso para que ela repetisse.
- Estão consertando a campainha.
- Ana respondeu apontando para os técnicos nas vans.
O sorriso sutil de uma piada lançada em meio ao som interminável da campainha do hotel iluminou seu rosto, e frustrado eu ri. ( CONRADO LUZINI RIBEIRO, escritor em Presidente Prudente, página 3, FOLHA 2, espaço CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 22 de julho de 2015).
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