Você sabia que esse órgão do
sistema digestivo está ligado diretamente com as emoções? Cuide dele e mantenha
o bom funcionamento da saúde física e mental.
Imagine que você está perto
daquela reunião onde vai apresentar um projeto importante para a chefia da
empresa e, subitamente, surge uma dor de barriga. Você não comeu nada
estragado, nem caiu na esbórnia na noite anterior. É tudo culpa da ansiedade e
do estresse. Já passou por situação parecida? Isso acontece porque o intestino
está diretamente conectado ao cérebro. Ou seja, quando passamos por situações
desafiadoras, que abalam o emocional, o trânsito intestinal pode ser afetado. O
contrário também acontece, causando crises de ansiedade, mau humor e até
depressão. “ “Existem milhões de conexões nervosas que comunicam diretamente
esses dois grandes órgãos por meio do nervo vago (a estrutura vai do crânio até
o sistema digestivo e controla os movimentos peristálticos”), explica Filippo
Pedrinola, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e e Metabologia
(Sbem).
Mais: o intestino conta com mais de 100 mil células nervosas, conhecido como sistema nervoso entérico. Como acontece no cérebro dentro do crânio , o “cérebro” entérico produz mensageiros químicos que interferem no humor, como a serotonina (cerca de 95% do neurotransmissor são fabricados e armazenados no órgão), a dopamina e vários opioides que modulam a dor. São por esses motivos que o intestino é considerado nosso segundo cérebro. Portanto, você precisa vigiar de perto se ele está funcionando bem – não só ao que ele pões para fora, mas também o que vai produzir dentro do corpo.
Mais: o intestino conta com mais de 100 mil células nervosas, conhecido como sistema nervoso entérico. Como acontece no cérebro dentro do crânio , o “cérebro” entérico produz mensageiros químicos que interferem no humor, como a serotonina (cerca de 95% do neurotransmissor são fabricados e armazenados no órgão), a dopamina e vários opioides que modulam a dor. São por esses motivos que o intestino é considerado nosso segundo cérebro. Portanto, você precisa vigiar de perto se ele está funcionando bem – não só ao que ele pões para fora, mas também o que vai produzir dentro do corpo.
POR DENTRO DO TUBO
O intestino humano tem por volta de 8 a 9 metros de comprimento e
abriga cerca de 100 milhões de bactérias , dez vezes mais que o número de
células do corpo. Essa população bacteriana, chamada de microbiota, pesa cerca
de 2 kg e possui múltiplas funções, desde a absorção de nutrientes e energia
até a liberação de substâncias químicas como a serotonina. Para que tudo esteja
regulado, o número de bactérias boas deve se sobrepor ao das ruins. Assim, haverá uma
espécie de barreira protetora entre o intestino e o restante do organismo, evitando
que micro-organismos caiam na corrente sanguínea.
Evidência científicas mostram que, quando esse escudo falha, fungo, vírus e/ou toxinas podem penetrar o intestino e desencadear um processo inflamatório silencioso. “O órgão representa aproximadamente 70% do nosso sistema imunológico , e se acontece um desequilíbrio de barreira, há uma hiperativação da imunidade. Essa inflamação silenciosa é uma das principais causas do envelhecimento, que pode acarretar alguns tipos de doença s como artrite e até Alzheimer “, explica Pedrinola.
Evidência científicas mostram que, quando esse escudo falha, fungo, vírus e/ou toxinas podem penetrar o intestino e desencadear um processo inflamatório silencioso. “O órgão representa aproximadamente 70% do nosso sistema imunológico , e se acontece um desequilíbrio de barreira, há uma hiperativação da imunidade. Essa inflamação silenciosa é uma das principais causas do envelhecimento, que pode acarretar alguns tipos de doença s como artrite e até Alzheimer “, explica Pedrinola.
AS INVESTIGAÇÕES DA CIÊNCIA
A gastroenterologista alemã
Giulia Enders , autora do livro O
Discreto Charme do Intestino (Ed.
Martins Fontes, 288 págs,), ressalta que o cérebro fica em um local isolado
dentro do corpo. Por causa dessa distância,
ele precisa saber o que acontece com o restante do organismo por meio de
mensageiros. Como o intestino tem informações relevantes sobre nossa nutrição,
saúde e emoções, ele é o grande eleito para fazer essa comunicação. Partindo
desse pressuposto, pesquisadores da Universidade de McMaster (Canadá)
alimentaram dois grupos de camundongos com dois
tipos de sopa: uma rica em bactérias do intestino chamadas Lactobacillus
rhamnosuse outra sem o micro-organismo.m
Nos animais que foram alimentados com a primeira sopa, com os micro-organismos , os pesquisadores observaram uma alteração no comportamento – os ratos ficaram menos ansiosos do que os do outro grupo. A conclusão foi que as bactérias baixam o nível dos hormônios do estresse e aumenta o número de receptores cerebrais do mensageiro químico Gaba (inibidor de impulsos no sistema nervoso, age como tranquilizante). Os testes já estão sendo feitos em seres humanos.
Nos animais que foram alimentados com a primeira sopa, com os micro-organismos , os pesquisadores observaram uma alteração no comportamento – os ratos ficaram menos ansiosos do que os do outro grupo. A conclusão foi que as bactérias baixam o nível dos hormônios do estresse e aumenta o número de receptores cerebrais do mensageiro químico Gaba (inibidor de impulsos no sistema nervoso, age como tranquilizante). Os testes já estão sendo feitos em seres humanos.
O PREÇO DO DESEQUILÍBRIO
Disbiose. Este p o nome que se
dá quando o intestino não vai bem, por causa da flora intestinal desregulada. As bactéria ruins chamadas de patogênicas,
tomam conta do espaço e fazem uma verdadeira bagunça, podendo levar a doenças
como diarréias, alergias, obstinação, alterações de humor e inflamação na
parede do órgão (síndrome do cólon irritável). Só lembrando que, de acordo com
o endocrinologista Filippo Pedrinola, os sentimentos e as emoções também
interferem no bom funcionamento intestinal, e se estão descompensados, causam
os mesmos sintomas. Porém, não agem diretamente na população bacteriana.
ALIMENTOS ALIADOS
Seu
intestino e a microbiota agradecem cada vez que você ingere água e nutrientes
que favorecem a preservação das boas bactérias. Dar preferência aos carboidratos integrais é essencial: eles são
ricos em fibras, que estimulam os movimentos peristálticos, aumentam o bolo
fecal e, assim, colaboram com a flora. Por isso, evite alimentos refinados,
como pães e massas brancas, doces, biscoitos e outros tipo de comidas açucaradas. Opte pela gordura do bem, como os
óleos vegetais, os peixes e as castanhas, e fique longe das saturadas,
encontradas em frituras, carnes gordas e queijos amarelos.
Estudo publicado no British Journal of Sports Medicine concluiu que iogurte e bebidas fermentadas fortalecem o sistema imunológico. Os pesquisadores constataram que a presença dos probióticos do tipo Lactobacillus casei (veja algumas sugestões disponíveis na reportagem Os 101 Melhores Alimentos para o Homem, pág 61, além de recompor a flora e melhorar o trânsito intestinal, estimula as células de defesa do organismo. Frutas, grãos, legume e verduras complementa o cardápio ideal.
Estudo publicado no British Journal of Sports Medicine concluiu que iogurte e bebidas fermentadas fortalecem o sistema imunológico. Os pesquisadores constataram que a presença dos probióticos do tipo Lactobacillus casei (veja algumas sugestões disponíveis na reportagem Os 101 Melhores Alimentos para o Homem, pág 61, além de recompor a flora e melhorar o trânsito intestinal, estimula as células de defesa do organismo. Frutas, grãos, legume e verduras complementa o cardápio ideal.
A MALHAÇÃO QUE FAZ BEM
De
acordo com pesquisa de Roberto Carlos Burini, professor do Departamento de
Saúde Pública da Universidade Estadual Paulista (Unesp), os exercícios de
intensidade leve e moderada previrem alguns transtornos do trato
gastrointestinal e podem ajudar o trânsito digestivo. Esses movimentos
estimulam o peristaltismo ( habilidade de contração e relaxamento do intestino)
e, com isso, evitam a constipação. O mesmo acontece com os exercícios
aeróbicos, como a caminhada, a corrida, a natação e o pedal.
Um alerta é geral para quem pratica atividades em ritmo forte: “O exercício intenso desvia o fluxo sanguíneo dos intestinos para músculos, pele e cérebro. Com isso, pode haver isquemia intestinal com sangramentos fecais e doença inflamatória no órgão”, alerta Burini. Fique de olho, pois o problema pode aparecer se avisos, em um intestino saudável e sem patologias anteriores. ( FONTE; REVISTA MEN'S HEALTH , nº 111 julho 2015, páginas 40, 41 e 42).
Um alerta é geral para quem pratica atividades em ritmo forte: “O exercício intenso desvia o fluxo sanguíneo dos intestinos para músculos, pele e cérebro. Com isso, pode haver isquemia intestinal com sangramentos fecais e doença inflamatória no órgão”, alerta Burini. Fique de olho, pois o problema pode aparecer se avisos, em um intestino saudável e sem patologias anteriores. ( FONTE; REVISTA MEN'S HEALTH , nº 111 julho 2015, páginas 40, 41 e 42).
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