Notícias relacionadas a voluntariado estão sempre presentes na imprensa. São inúmeras as histórias de pessoas que, em grupos ou individualmente, passam a fazer diferença na vida do outro. Tais atitudes ganham mais visibilidade em episódios de catástrofes, mas no dia a dia um trabalho de formiguinha é feito por milhares de brasileiros, que atuam silenciosamente junto a instituições, como hospitais, escolas, asilos e creches, cobrindo muitas vezes uma lacuna que o Estado não consegue.
Quem será que ganha mais, quem recebe ou quem doa? O caderno Folha Mais desse final de semana dedicou-se ao assunto, mostrando como o voluntariado pode mudar a vida de personagens dos dois lados da história. Entre as reportagens, chama a atenção o relato de jovens da classe média alta que passaram a ver os “excluídos” com outros olhos.
“Antes você via a pessoa necessitada e não entendia, hoje você pensa se aquela pessoa teve oportunidade”, disse um adolescente de 16 anos, que descobriu a virtude da emparia ao ter contato com moradores da periferia, a partir de um trabalho da escola que oportuniza o trabalho voluntário de forma orientada e acompanhada.
Em países como EUA e Canadá é comum instituições de educação exigirem dos candidatos a novos alunos a contribuição como voluntário em ações sociais. Diante disso, algumas escolas brasileiras incentivam seus alunos a praticarem esse tipo de atividade caso tenha interesse em estudar fora. A boa notícia é que o ganho extrapola o foco na carreira.
Apesar de o brasileiro ser tido como um povo solidário, ainda há muito o que se conquistar. Pesquisa divulgada em 2015 pela Fundação Itaú Social mostra que 72% dos brasileiros nunca atuaram em ações voluntárias, por diversos motivos: falta de tempo (40%), não ser convidado (29%), não ter pensado sobre o assunto (18%) e não saber onde encontrar informações (12%).
Formando mais voluntariados, quem sabe não ganhamos cidadãos maios empáticos, proativos e responsáveis? (OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira. 6 de novembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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