O Brasil precisa de cidades que estejam mais preparadas para incentivar o crescimento das empresas. As empresas nascem nos municípios e é natural que os gestores públicos locais tenham sensibilidade e prontidão para melhorar as condições e ajudar os empreendedores a vencer o desafio de crescer e criar empregos. Não importa que o momento seja de crise, pós-crise ou estabilidade, a cidade tem que ser empreendedora.
No Brasil há um índice que mede essa tendência. Trata-se do ICE (Índice das Cidades Empreendedoras), elaborado pela Endeavor Brasil, que divulgou oficialmente nesta segunda-feira (27) o ranking de 2017 em reunião da Frente Nacional dos Prefeitos, em Recife. A FOLHA adiantou os resultados na semana passada, quando mostrou que Curitiba, Londrina e Maringá apresentaram evolução no ranking em relação ao de 2016.
Das 32 localidades pesquisadas, Curitiba e Maringá estão entre as dez cidades mais empreendedoras. Londrina está em 13º, mas ganhou seis posições. O ICE leva em consideração sete pilares: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação , capital humano e cultura empreendedora.
A principal evolução das cidades paranaenses foi em relação ao tempo de abertura de empresas que saiu da média de 90 a 120 dias de espera para o intervalo dos 30 a 40 dias. É um comportamento que mostra a tendência de facilitar e acelerar a entrada das empresas no mercado. Reduzir a burocracia é imprescindível para as cidades que querem ser empreendedoras.
Das três paranaenses mais bem posicionados no ICE, Londrina e Curitiba deixam a desejar no quesito “cultura empreendedora”. A capital ocupa a última posição e Londrina mantém-se na 15ª há três anos. Por outro lado, Maringá tem a vice-liderança entre as 32 pesquisadas. Na avaliação dos pesquisadores da Endeavor, falta a londrinenses e curitibanos o sonho de ser grande.
O estudo tem como objetivo pautar o debate público sobre a criação de um ambiente mais amigável ao empreendedor. Um tema que foi bastante discutido na última edição do EncontrosFolha, realizado em outubro. O Brasil precisa conhecer e adotar práticas que transformem o país em um ambiente favorável ao desenvolvimento do empreendedorismo. (OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira, 27 de novembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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