Estamos nascendo menos e envelhecendo mais. As Estatísticas do Registro Civil 2016 divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam, pela primeira vez, queda de 5,1% nos nascimentos em todas as regiões do País. Por outro lado, a longo prazo o estudo aponta para uma tendência de envelhecimento progressivo da população brasileira. De acordo com previsões do próprio IBGE, o número de pessoas acima de 64 anos no Brasil deve passar de 16 milhões em 2015 para 48 milhões em 2050.
A crise econômica, que tem levado mais de 13 milhões de brasileiros ao drama do desemprego, certamente adiou os planos das mulheres à maternidade, e a epidemia da zika no país são fatores que a curto prazo explicariam essa queda no número de nascimentos. A região com menor queda foi a sul (-3,8%), e a com maior queda foi a Centro-Oeste (-5,6%). Pernambuco, um dos principais locais com foco da epidemia de zika, teve grande redução, caindo 10%.
A pesquisa do IBGE também aponta que o número de casamentos civis registrou um decréscimo de 3,7% em geral e que os divórcios cresceram 4,7% no ano passado. E aí não basta culpar a instabilidade econômica. A crise é nas estruturas familiares.
A regressão na taxa de natalidade, contrapondo ao envelhecimento da população, apontam um rumo que os governantes e a sociedade teimam em não seguir. É preciso investir mais em políticas públicas de saúde preventiva e buscar de forma urgente a retomada da atividade econômica para garantir a nossa população uma qualidade de vida plena, independente da faixa etária. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, l5 de novembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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