Wellington Amaral Sampaio, 88 anos, é assinante da FOLHA há 47 e um dos mais assíduos colaboradores da seção de cartas |
Jornal celebra seis décadas de tradição e compromisso com a cidade e a região, buscando se integrar ao futuro com o que há de melhor no jornalismo
Maior jornal impresso de Londrina e um dos mais respeitados veículos de comunicação do Paraná, a Folha de Londrina comemora nesta segunda-feira (13) 69 anos. Presente em 253 municípios do Estado, e com uma média de 120 mil leitores por dia, somente em sua versão impressa, a FOLHA, que faz parte do Grupo Folha de Comunicação se consolidou ao longo do tempo por sua qualidade e tradição jornalística.
“A FOLHA tem um papel fundamental na história de Londrina e do Norte do Paraná, sempre acompanhando os principais acontecimentos e participando de toda a formação da cidade e da região. Isso é um orgulho e uma responsabilidade, pois a Folha de Londrina continua sendo um participante ativo do interior do Estado, sempre com um jornalismo equilibrado e inteligente”, destaca José Nicolás Mejía, superintendente do Grupo Folha de Comunicação.
A história da Folha de Londrina começou em 1948 com João Milanez, que junto com Correia Neto, fundo aquele que seria o mais influente jornal da cidade. Londrina ainda era uma jovem e promissora Capital do Café quando então o jornal semanal passou a ser diário. “No início, qualquer problema de tempo e fiação atrapalhavam a impressão Colocava a correia da rotoplano na polia de um jipe e ele ficava “roncando” por horas. Gastava uma enormidade de gasolina, mas tínhamos que imprimir o jornal”, relembrou Milanez no livro “Dois Minutos com João Milanez”, editado em 2008 pela Rádio CBN Londrina. Ele faleceu em 2009.
PIONEIRISMO
Uma das marcas que a FOLHA carrega é seu pioneirismo. Nos anos 50, foi o primeiro jornal do Paraná a ter uma impressão rotativa, que permitia a impressão de 18 mil exemplares por hora. Dez anos depois, a Folha de Londrina se tornou o terceiro jornal do Brasil a adquirir uma impressora offset. Quando completou 30 anos, o veículo chegou a ser homenageado por Chacrinha, com o troféu “Velho Guerreiro”, por sua relevância no jornalismo.
Na década de 90, a publicação entrou para a história ao ser o primeiro impresso do mundo a ter a qualidade de seu serviço reconhecida internacionalmente. Foi no final desta década que José Eduardo de Andrade Vieira, falecido em 2014, assumiu a superintendência da FOLHA, dando prosseguimento a sua constante melhora, como a compra do moderno sistema de impressão CTP (Computer to Plate, em que a chapa de impressão é gerada digitalmente.
COMPROMISSO
A história do jornal está estreitamente ligada com a de Londrina, que em dezembro comemora 83 anos. Numa época em que a Pequena Londres queria crescer não só em número de habitantes e que o governo do Estado prometia uma extensão da Universidade Federal do Paraná na cidade, a FOLHA foi a voz dos londrinenses pela implantação de sua própria instituição de ensino. A UEL (Universidade Estadual de Londrina) foi esta conquista. A Folha de Londrina foi ainda uma das responsáveis pela criação do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná).
O perfil de lutar pela progresso da cidade continuou ao longo dos anos, se mantendo até os dias atuais, sempre de uma maneira benéfica e debatendo ideias. Há três anos, o “EncontrosFolha” tem sido uma bandeira hasteada para uma cidade e Estado melhores. “Nós cobramos, mas sinalizamos o que temos de bom. A FOLHA tem em seu DNA o compromisso com o desenvolvimento do Paraná. O Encontros é uma prova disso, com uma linha editorial propositiva, discute o nosso futuro”, expões Mejía.
VANGUARDA
Em um mundo cada vez mais conectado e com novas ferramentas digitais, a FOLHA vem trazendo o que há de melhor. Além do portal que oferece informações completas e a ferramenta de realidade aumentada, o projeto “Especial Transmídia” é uma das apostas para aproximar o jornal impresso e o formato digital de forma eficiente. Iniciada em setembro, a iniciativa disponibiliza todo mês uma reportagem especial no formato de jornalismo imersivo.
Até agora foram três edições: “Rota do Café”, “Porto de Paranaguá” e “Rio Tibagi”. O próximo será sobre o aniversário de Londrina. Segundo Adriana de Cunto, chefe de redação da FOLHA, o momento é de transição entre duas mídias: “Temos buscado encontrar uma ponte entre a tradição de um dos mais importantes jornais do Paraná, com a comunicação digital e as redes sociais”, afirma.
Para ela, este caderno é uma experiência nova a cada publicação. “Hoje, a FOLHA é um dos poucos jornais do Brasil esta transmidialidade, sempre buscando acrescentar novas linguagens.”
FUTURO
A partir desta segunda, a Folha de Londrina também começa se preparar para suas sete décadas com uma programação com diversas ações para prestigiar o que o jornal tem de melhor: seu leitor. Concomitantemente a isso, a FOLHA continua com seu comitê de leitores, que dá sugestões para a linha editorial do jornal. É a relação de confiança que continua sendo um símbolo do veículo, cuja marca é a mais lembrada pelos londrinenses na categoria jornal impresso, e a segunda mais lembrada em Londrina, de acordo com o Top de Marcas 2017.
Disposta a levantar cada vez mais as bandeiras da evolução, a FOLHA continua procurando inovação, mas sem deixar de lado a qualidade. “O jornalismo está mudando e precisamos continuar acompanhando as novas maneiras de consumo da informação, seja no impresso ou digital. A Folha de Londrina está encontrando seu futuro e o caminho para ele será construído em conjunto com os seus leitores”, finaliza o superintendente do Grupo Folha de Comunicação, José Nicólas Mejía.
O JORNAL DE VÁRIAS GERAÇÕES
O administrador de empresas aposentado Wellington Amaral Sampaio está no grupo de leitores mais antigos da FOLHA. Aos 88 anos, ele é assinante há 47 e um dos mais assíduos colaboradores da seção de cartas do caderno Opinião.
“A importância da FOLHA é imensurável, pois sempre demonstrou ter um trabalho eficiente, determinado e imparcial”, resume. Natural de Ouro Fino (MG), mudou-se para o Paraná com 20 anos, quando foi um dos primeiros moradores de Telêmaco Borba (Norte Pioneiro). Após administrar o hospital da cidade, montou uma torrefação e começou a ganhar a vida com o principal, e mais valioso, produto da época. “O IBC (Instituto Brasileiro do Café) fechou nesta época e os donos de torrefação montaram uma cooperativa. Me escolheram para ser o gerente e me mandaram para Londrina”, relembra ele.
Quando chegou em Londrina, em 1971, começou sua duradoura relação com a FOLHA. “Conheci o João Milanez e tinha um carinho muito grande por ele. Era uma grande pessoa. Também adorava o José Eduardo Vieira. Mesmo sem conhece-lo pessoalmente, tinha uma admiração grande, pois era um político de destaque para a nossa região. O ‘Zé do Chapéu’ sempre foi querido por aqueles que gostam da Folha de Londrina”, conta ele, que é casado e pai de cinco filhos.
Amaral tem na leitura da FOLHA seu primeiro compromisso do dia. “A primeira coisa que faço quando acordo é pegar meu jornal para ler tudo”, afirma.
Com um livro publicado, o administrador aposentado gosta de escrever, ele sempre envia cartas ao jornal sobre a política brasileira e o esporte. O carinho e admiração pela FOLHA é tão grande, que ele fez um compilado no formato digital de 157 páginas, com suas cartas publicadas e sua visão sobre o jornal. “Feliz de uma cidade que possui um jornal em que seu respirar mútuo acalenta sempre o sonho e a luta pela prosperidade”, traz o resumo da obra intitulada “A FOLHA e eu”
Já o advogado Carlos Picci Neto, 26, representa a nova geração da Folha de Londrina. Mestre em direito pela UEL, ele tem nas redes sociais e no site a ponte até a informação. “Sigo a FOLHA no Facebook e isso faz com que as matérias apareçam para mim. Além disso, todos os dias leio a versão digital. Sei que se aconteceu alguma coisa na cidade, vai estar na Folha de Londrina”, acredita.
O desejo pela leitura do jornal começou ainda criança, quando tinha seis anos, “Meu pai sempre leu e quando era pequeno gostava de Fórmula 1 e sempre buscava ler as matérias do (Michael Schumacher e (Rubinho Barrichello, já que a Ferrari era a equipe do momento “, diz. Conforme a idade foi aumentando, a necessidade de ler as notícias foi mudando de perfil. “Na época do vestibular e Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) os professores aconselhavam ler o jornal. Então busquei um contato maior. Também por conta da escrita, porque os jornalistas têm técnicas muito boas.”
Para Neto, o fato de estar por dentro das principais notícias, ajuda no trabalho e também na vida particular. “Se você não acompanha, acaba ficando à margem. Para poder participar da sociedade, e ter opinião própria, precisa estar bem informado. Com a Folha de Londrina consigo isso”, ressalta. (P.M.) (FONTE: PEDRO MARCONI – Reportagem Local, página 5, FOLHA GERAL, segunda-feira, 13 de novembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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