Dalva cortou braços de um grande cacto, plantado no chão, e plantou em vasos. Mas só o da foto floriu. Nem mesmo a planta-mãe até agora floriu. Por que? Sabe Deus. Talvez o cacto queira nos dizer que a vida é assim, cada filho tem seu jeito e seu destino, embora todos tenham mamado no mesmo peito.
E a flor do cacto durou um só dia, começando a abrir um dia antes e já fechando um dia depois. Pareceu dizer: Olhem com atenção e já se despeçam de mim porque não sou como as vincas ou as marias-sem-vergonha, tão indefesas mas florindo o ano inteiro.
Quanto mais tenho olhos para as flores, mais vejo beleza na diversidade. Se todos pensassem igual e vissem o mundo da mesma forma, que graça teria a vida? (FONTE: Crônica escrita por DOMINGOS PELLEGRINI, d.pellegrini.@sercomtel.com.br jornalista e escritor, página 3 – NOTÍCIAS DA CHÁCARA, FOLHA 2, coluna AOS DOMINGOS PELLEGRINI, 11 e 12 de novembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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