Agência diz que negociação de
invento com iniciativa privada está adiantada
Ainda neste ano deverá chegar ao mercado o primeiro produto patenteado
pela Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina (
Aintec – UEL) . A instituição não divulga detalhes. Diz apenas que se trata de
um produto da área de biotecnologia e que o registro da patente pelo Instituto
Nacional da Propriedade Industrial ( Inpi) pode sair a qualquer momento. O
processo de transferência da tecnologia para a empresa que vai produzi-lo já
estaria em fase adiantada.
Somente no ano passado, a Aintec fez 23 pedidos de patentes ao instituto. Em 2013 haviam sido 19. “Existem projetos que já estamos conversando com o setor privado para gerar negócios em breve”, conta o diretor da agência e professor do Departamento de Administração da UEL, Edson Miura.
Ele explica que a função da Aintec, que começou como incubadora em 2000 e se tornou agência em 2008, é “fazer a negociação de ativos da UEL com o mercado”. Desde 2008, foram depositados, 72 pedidos de patentes. Nenhum foi concedido por enquanto. Também foram feitos 31 registros de marcas, sendo que 17 foram concedidos. “A UEL tem potencial enorme na promoção do conhecimento. Quando a patente vira produto para o mercado, existe a possibilidade de ganho financeiro”, declara.
Um dos projetos com pedido de patente no Inpl visa a produção de antibióticos e é desenvolvido pelos professores Gerson Nakazato, Renata Kobayashi, Luciano Panagio, Sueli Ogatta e Lucy Lioni, do Departamento de Microbiologia. Em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade de Campinas (Unicamp)o trabalho tem financiamento de R$ 600 mil pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“O objetivo é desenvolver antimicrobianos para combater as bactérias multirresistentes. O diferencial do nosso projeto é que utilizamos de nanotecnologia para combater micro-organismos”, conta. As nanopartículas são produzidas nas duas universidades paulistanas. Ao todo, o trabalho já tem quatro pedidos de patentes depositados. Nakazato alega que não pode dar detalhes dos produtos nesta fase por o Inpi exige sigilo. Mas adianta que um deles é um sabonete íntimo antimicrobiano. “Este trabalho é feito em conjunto com o Departamento de Zoologia e a professora Audrey Lonni, do Departamento de Ciências Farmacêuticas”.
O professor espera que o sabonete entre em escala comercial em até três anos. Ele ressalta que o registro de uma patente no Brasil pode levar até 10 anos, mas que mesmo sem ela, já é possível negociar com a iniciativa privada. A patente sai em nome dos inventores e da UEL. “Caso tenha lucro, os royalties são divididos entre inventores e a universidade”, explica. Segundo Nakazato, cada vez mais a UEL se dedica a realizar pesquisas de maior aplicabilidade.
Outro produto que está sendo patenteado pela Aintec é o frutooligoascarideo (FOS). De acordo com a professora Maria Antonia Calabone Celligoi, do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia , trata-se de um açúcar saudável que não é calórico, não provoca cárie e ainda pode ajudar a reduzir colesterol e glicemia. “É um alimento funcional. Acho que terá bastante aceitação comercial porque vivemos uma época de valorização da vida saudável”, afirma.
O FOS foi testado em barra de cereal produzia na UEL e, segundo Maria Antonia, pode ser utilizado pela indústria alimentícia em outros produtos. Ela ressalta que o projeto é desenvolvido junto com os alunos de mestrado em biotecnologia e também com o Departamento de Tecnologia de Alimentos. A barra de cereal foi testada por um grupo de voluntários e, de acordo com a professora, teve 85% de aceitação quanto ao sabor. Reportagem Local Nelson Bortolin página 3 caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 6 de maio de 2015).
Somente no ano passado, a Aintec fez 23 pedidos de patentes ao instituto. Em 2013 haviam sido 19. “Existem projetos que já estamos conversando com o setor privado para gerar negócios em breve”, conta o diretor da agência e professor do Departamento de Administração da UEL, Edson Miura.
Ele explica que a função da Aintec, que começou como incubadora em 2000 e se tornou agência em 2008, é “fazer a negociação de ativos da UEL com o mercado”. Desde 2008, foram depositados, 72 pedidos de patentes. Nenhum foi concedido por enquanto. Também foram feitos 31 registros de marcas, sendo que 17 foram concedidos. “A UEL tem potencial enorme na promoção do conhecimento. Quando a patente vira produto para o mercado, existe a possibilidade de ganho financeiro”, declara.
Um dos projetos com pedido de patente no Inpl visa a produção de antibióticos e é desenvolvido pelos professores Gerson Nakazato, Renata Kobayashi, Luciano Panagio, Sueli Ogatta e Lucy Lioni, do Departamento de Microbiologia. Em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade de Campinas (Unicamp)o trabalho tem financiamento de R$ 600 mil pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“O objetivo é desenvolver antimicrobianos para combater as bactérias multirresistentes. O diferencial do nosso projeto é que utilizamos de nanotecnologia para combater micro-organismos”, conta. As nanopartículas são produzidas nas duas universidades paulistanas. Ao todo, o trabalho já tem quatro pedidos de patentes depositados. Nakazato alega que não pode dar detalhes dos produtos nesta fase por o Inpi exige sigilo. Mas adianta que um deles é um sabonete íntimo antimicrobiano. “Este trabalho é feito em conjunto com o Departamento de Zoologia e a professora Audrey Lonni, do Departamento de Ciências Farmacêuticas”.
O professor espera que o sabonete entre em escala comercial em até três anos. Ele ressalta que o registro de uma patente no Brasil pode levar até 10 anos, mas que mesmo sem ela, já é possível negociar com a iniciativa privada. A patente sai em nome dos inventores e da UEL. “Caso tenha lucro, os royalties são divididos entre inventores e a universidade”, explica. Segundo Nakazato, cada vez mais a UEL se dedica a realizar pesquisas de maior aplicabilidade.
Outro produto que está sendo patenteado pela Aintec é o frutooligoascarideo (FOS). De acordo com a professora Maria Antonia Calabone Celligoi, do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia , trata-se de um açúcar saudável que não é calórico, não provoca cárie e ainda pode ajudar a reduzir colesterol e glicemia. “É um alimento funcional. Acho que terá bastante aceitação comercial porque vivemos uma época de valorização da vida saudável”, afirma.
O FOS foi testado em barra de cereal produzia na UEL e, segundo Maria Antonia, pode ser utilizado pela indústria alimentícia em outros produtos. Ela ressalta que o projeto é desenvolvido junto com os alunos de mestrado em biotecnologia e também com o Departamento de Tecnologia de Alimentos. A barra de cereal foi testada por um grupo de voluntários e, de acordo com a professora, teve 85% de aceitação quanto ao sabor. Reportagem Local Nelson Bortolin página 3 caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 6 de maio de 2015).
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