Manual sobre prevenção de lesões na pele, coordenado por enfermeira do
Hospital Universitário de Londrina, reúne recomendações mundiais sobre o tema.
“As lesões que colocamos
no manual são as mais freqüentes, mas muitas pessoas não sabem que elas são
preveníveis”. Essa afirmação é da enfermeira Rita Domansky, da Diretoria de Enfermagem e
Divisão de Educação e Treinamento do Hospital Universitário (HU) em Londrina.
Ela é a organizadora do Manual para Prevenção de Lesões de Pele – Recomendações Baseadas em Evidências, que traz todas as recomendações mundiais e está sendo traduzido para o espanhol.
Esse trabalho conta com a organização também da professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e de outras oito profissionais de São Paulo.
A primeira edição foi lançada em 2012, mas o livro ganhou uma nova edição no ano passado. “A incidência de lesões de pele no Brasil é em torno de 30%. É uma taxa que temos que modificar e isso só será possível se houver investimento em ações preventivas”, diz.
Desde 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com seis pilares de segurança do paciente, que inclui, assim como o programa nacional do Ministério da Saúde (MS), medidas de prevenção da úlcera por pressão (UP).
“Uma vez que tenho o paciente bem cuidado, ele não terá úlcera. Mas as pessoas não estão sensibilizadas. É preciso capacitar a equipe de saúde, assim como os familiares e cuidadores. E para trabalhar com cuidado, tem que ter todas as informações sobre as lesões e conhecer a pele nas diferentes etapas da vida”, observa.
O empenho é tamanho, que neste ano será implantado um protocolo de prevenção de úlcera por pressão, no HU. “As pessoas precisam saber que esta lesão é prevenível e que devem se envolver nesse processo. Para mim, que sou enfermeira, é muito melhor o paciente não ter a lesão do que eu passar meses ou, às vezes, anos tentando fechar uma ferida”, ressalta.
Ela é a organizadora do Manual para Prevenção de Lesões de Pele – Recomendações Baseadas em Evidências, que traz todas as recomendações mundiais e está sendo traduzido para o espanhol.
Esse trabalho conta com a organização também da professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e de outras oito profissionais de São Paulo.
A primeira edição foi lançada em 2012, mas o livro ganhou uma nova edição no ano passado. “A incidência de lesões de pele no Brasil é em torno de 30%. É uma taxa que temos que modificar e isso só será possível se houver investimento em ações preventivas”, diz.
Desde 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com seis pilares de segurança do paciente, que inclui, assim como o programa nacional do Ministério da Saúde (MS), medidas de prevenção da úlcera por pressão (UP).
“Uma vez que tenho o paciente bem cuidado, ele não terá úlcera. Mas as pessoas não estão sensibilizadas. É preciso capacitar a equipe de saúde, assim como os familiares e cuidadores. E para trabalhar com cuidado, tem que ter todas as informações sobre as lesões e conhecer a pele nas diferentes etapas da vida”, observa.
O empenho é tamanho, que neste ano será implantado um protocolo de prevenção de úlcera por pressão, no HU. “As pessoas precisam saber que esta lesão é prevenível e que devem se envolver nesse processo. Para mim, que sou enfermeira, é muito melhor o paciente não ter a lesão do que eu passar meses ou, às vezes, anos tentando fechar uma ferida”, ressalta.
PRESSÃO
A úlcera de pressão é uma lesão
que acomete pacientes que ficam muito tempo na mesma posição ou que tem
imobilidade na cama ou na cadeira de rodas. Isso ocorre porque nossos tecidos
precisam do oxigênio presente no sangue para sobreviver,
e a falta de circulação (de sangue) no local faz com que o tecido comece a entrar
em sofrimento e morra (necrose de tecido).
O resultado disso são as feridas, chamadas popularmente de escaras. A falta de nutrição do sangue em determinada região do corpo acontece porque o peso incide sobre o local, comprimindo os vasos.
O primeiro sinal da UP é a vermelhidão na pele, seguida da ruptura que forma a ferida, principalmente em áreas onde o osso é mais saliente, como no sacro, no final do sulco interglúteo.
“Ás vezes o paciente fica deitado na cama, mas com a cabeceira levantada e, com isso, todo o peso do corpo incide ali”, explica a enfermeira. Também é comum no trocanter (osso da coxa) e no calcâneo, porque para o paciente se manter sentado, ele atrita o calcanhar na cama para não escorregar. Porém, Rita afirma que outras áreas, como a região escapular, também podem ser afetadas.
Nos extremos da vida, como em bebês e idosos, há uma propensão maior porque as pessoas apresentam peles mais frágeis. Com o avançar da idade, a espessura da pele diminui porque deixa de ter elastina e colágeno. Porém, uma vítima de acidente que fica acamada por muito tempo também entra para o grupo de risco.
O resultado disso são as feridas, chamadas popularmente de escaras. A falta de nutrição do sangue em determinada região do corpo acontece porque o peso incide sobre o local, comprimindo os vasos.
O primeiro sinal da UP é a vermelhidão na pele, seguida da ruptura que forma a ferida, principalmente em áreas onde o osso é mais saliente, como no sacro, no final do sulco interglúteo.
“Ás vezes o paciente fica deitado na cama, mas com a cabeceira levantada e, com isso, todo o peso do corpo incide ali”, explica a enfermeira. Também é comum no trocanter (osso da coxa) e no calcâneo, porque para o paciente se manter sentado, ele atrita o calcanhar na cama para não escorregar. Porém, Rita afirma que outras áreas, como a região escapular, também podem ser afetadas.
Nos extremos da vida, como em bebês e idosos, há uma propensão maior porque as pessoas apresentam peles mais frágeis. Com o avançar da idade, a espessura da pele diminui porque deixa de ter elastina e colágeno. Porém, uma vítima de acidente que fica acamada por muito tempo também entra para o grupo de risco.
FATORES DE RISCO
Entre os fatores de risco que potencializam essa pressão estão a umidade
.Por exemplo, um paciente idoso que usa fralda e a pele fica coma aparência
esbranquiçada. O paciente que é arrastado na cama também apresenta risco, pois
o atrito da pele com o lençol vai retirando a camada mais superficial e
favorecer o aparecimento da UP.
Outro fator é a desnutrição devido à falta de nutrientes nas células, o que pode ocorrer inclusive em pacientes obesos. O uso de adesivos e dispositivos médicos, como um cateter nasal por exemplo, merece atenção da mesma forma.
Quanto ao tratamento, Rita salienta que varia de acordo com a característica do tecido e da localização. “Temos muitos produtos sendo comercializados, mas que só trarão resultados se forem específicos para tal lesão. E só um especialista pode fazer esta avaliação”, diz.
Outro fator é a desnutrição devido à falta de nutrientes nas células, o que pode ocorrer inclusive em pacientes obesos. O uso de adesivos e dispositivos médicos, como um cateter nasal por exemplo, merece atenção da mesma forma.
Quanto ao tratamento, Rita salienta que varia de acordo com a característica do tecido e da localização. “Temos muitos produtos sendo comercializados, mas que só trarão resultados se forem específicos para tal lesão. E só um especialista pode fazer esta avaliação”, diz.
PLANO TERAPÊUTICO E COLCHÃO ADEQUADO
A enfermeira Rita Domansky que trabalha na área de estomaterapia há 21 anos, revela que as úlceras por pressão (UP) são
de difícil cicatrização e que um agravante comum são as vontades do próprio
paciente.Segundo ela, há aqueles que se recusam em se alimentar ou ficar em determinada posição
Diante disso, ela diz ser fundamental olhar a pele do paciente todos os dias, “Se houver um sinal de início de uma UP, é preciso fazer uma intervenção terapêutica de imediato, além de manter as medidas de prevenção”, orienta.
As recomendações gerais começam no banho. De acordo com a especialista, o banho deve ser mais curto e com a temperatura mais amena. O sabonete deve ser sem pigmento e sem perfume, pois são dois fatores irritantes para a pele. “Depois é muito importante secar bem a pele, especialmente em regiões de dobra, e passar hidradante”, indica.
O colchão é outro fator determinante. Ele deve estar adequado para o peso do paciente. Rita explica que deve ser firme, mas também possibilitar uma certa distribuição do peso. “Hoje, usa-se muito o colchão chamado de visoelástico, que [é de espuma especial revestido de silicone. Ele distribui todo o peso em toda sua superfície”, aponta.
Além disso, há no mercado o colchão de ar, que por ter várias camadas, alterna o enchimento e não faz pressão no mesmo lugar “sempre”. “Tem inclusive almofadas que são utilizadas principalmente por cadeirantes”, conclui. ( M.O.) Reportagem local MICAELA ORIKASA, página 10 FOLHA SAÚDE, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 4 de maio de 2015).
Diante disso, ela diz ser fundamental olhar a pele do paciente todos os dias, “Se houver um sinal de início de uma UP, é preciso fazer uma intervenção terapêutica de imediato, além de manter as medidas de prevenção”, orienta.
As recomendações gerais começam no banho. De acordo com a especialista, o banho deve ser mais curto e com a temperatura mais amena. O sabonete deve ser sem pigmento e sem perfume, pois são dois fatores irritantes para a pele. “Depois é muito importante secar bem a pele, especialmente em regiões de dobra, e passar hidradante”, indica.
O colchão é outro fator determinante. Ele deve estar adequado para o peso do paciente. Rita explica que deve ser firme, mas também possibilitar uma certa distribuição do peso. “Hoje, usa-se muito o colchão chamado de visoelástico, que [é de espuma especial revestido de silicone. Ele distribui todo o peso em toda sua superfície”, aponta.
Além disso, há no mercado o colchão de ar, que por ter várias camadas, alterna o enchimento e não faz pressão no mesmo lugar “sempre”. “Tem inclusive almofadas que são utilizadas principalmente por cadeirantes”, conclui. ( M.O.) Reportagem local MICAELA ORIKASA, página 10 FOLHA SAÚDE, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 4 de maio de 2015).
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