As investigações que apuram desvio de dinheiro público em praticamente
todas as esferas da administração pública nunca chamaram tanta atenção dos
brasileiros. A Operação Lava Jato, em curso sob a chancela da Justiça Federal
do Paraná , que tem trazido à tona o rombo bilionário na Petrobras, e as
investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) de Londrina, que averigua corrupção na delegacia da Receita Estadual e
exploração sexual de adolescentes, introduziu no vocabulário corrente da
população um outro termo a delação premiada.
Embora não seja um artifício novo, é inegável afirmar que nunca houve tanto destaque. A partir do acordo feito entre os réus e a Justiça é possível identificar outros envolvidos e mais facilmente o destino do dinheiro desviado a partir da redução da pena do infrator. A proposta é benéfica, mas não pode ser usada como ferramenta única de investigação até porque é preciso apresentar provas documentais para comprovação das afirmações.
Se esses casos jogaram uma luz sobre a corrupção enraigada na administração pública brasileira, é importante que a Justiça tenha celeridade no julgamento. Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que no ano passado foram julgados 110 mil processos relativos a improbidade e crimes contra a administração pública distribuídas até 2011. Naquele ano tramitavam cerca de 198 mil ações . O CNJ havia estabelecido como meta anticorrupção o julgamento de todas as ações. Importante lembrar que esse objetivo foi estabelecido em 2012 e prorrogado por dois anos. Se os tribunais acumularam processos ou se há “engavetamento" é importante que a sociedade fique atenta e cobre mais agilidade.
A corrupção só será extirpada a partir da punição dos envolvidos e da maior vigilância da população. O dinheiro público deve ser tratado como um bem de todos e aplicado em prol de todos. ( Fonte: pág 2, espaço FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 16 de maio de 2015)
Embora não seja um artifício novo, é inegável afirmar que nunca houve tanto destaque. A partir do acordo feito entre os réus e a Justiça é possível identificar outros envolvidos e mais facilmente o destino do dinheiro desviado a partir da redução da pena do infrator. A proposta é benéfica, mas não pode ser usada como ferramenta única de investigação até porque é preciso apresentar provas documentais para comprovação das afirmações.
Se esses casos jogaram uma luz sobre a corrupção enraigada na administração pública brasileira, é importante que a Justiça tenha celeridade no julgamento. Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que no ano passado foram julgados 110 mil processos relativos a improbidade e crimes contra a administração pública distribuídas até 2011. Naquele ano tramitavam cerca de 198 mil ações . O CNJ havia estabelecido como meta anticorrupção o julgamento de todas as ações. Importante lembrar que esse objetivo foi estabelecido em 2012 e prorrogado por dois anos. Se os tribunais acumularam processos ou se há “engavetamento" é importante que a sociedade fique atenta e cobre mais agilidade.
A corrupção só será extirpada a partir da punição dos envolvidos e da maior vigilância da população. O dinheiro público deve ser tratado como um bem de todos e aplicado em prol de todos. ( Fonte: pág 2, espaço FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 16 de maio de 2015)
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