Com certeza você já
ouviu aquele relato no qual um senhor de 70 anos viajava de trem, lendo a
Palavra de Deus , tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro
de ciências. Quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, ele interrompeu
a leitura do velho e perguntou: - “O
senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?” O diálogo
continua até que o jovem se dispõe a se encontrar com o velho para lhe
explicar melhor as coisas da ciência e pede a ele um cartão com o endereço. O
velho lhe dá o cartão, que apenas alguns dias depois foi lido pelo jovem. Nele, além do endereço, ia-se esta
frase: “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita ciência nos aproxima dele”
(Louis Pasteur,) Tratava-se de um fato verídico e iluminador, ocorrido em 1982.
Não raro, conhecemos pouco a nossa fé,
conhecemos pouco os ensinamentos da Igreja, conhecemos pouco nosso próprio
Deus. Assim, apesar de professar a fé católica, de ter uma relativa participação
nas missas e celebrações e até dizer que “Deus é tudo para mim”, não raro
tomamos posições sociais e fazemos escolhas pessoais contrárias à vontade de
Deus, contrárias ao ensinamento da Igreja e contrárias à vida humana e à vida
no planeta. Realmente, a pouca ciência nos afasta de Deus e, tantas vezes, nos
leva à falsa sensação de estarmos fazendo a vontade de Deus enquanto, na
verdade, caminha-se na contramão dela.
Às vezes, também a “voz do povo” é
reclamada como sendo a “voz de Deus”. É certo que vivemos num Estado
democrático e, mais, acreditamos na democracia. Porém, as pressões veiculadas
pelas grandes mídias frequentemente impedem as pessoas de pensarem com a
própria cabeça e decidirem com a própria vontade. As pessoas são massificadas e
até levadas a tomarem posições contrárias aos seus princípio mais profundos. Fazem isso
mascarando os fatos e a realidade. É como se pintassem o mal com as cores do
bem. Não nos esqueçamos de que várias vezes, no Antigo Testamento, o povo se
revoltou contra Deus, e foi a voz da multidão que pediu a crucificação de
Jesus. Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus.
Convidamos a você, estimado leitor, a
olhar com muito carinho esta questão da maioridade penal. Infelizmente,
interesses escusos permeiam os bastidores desta questão, o que nos leva a
buscar uma ciência maior, um conhecimento mais profundo para tomar uma decisão
verdadeiramente ética e cristã diante dos acontecimentos. O futuro dos jovens
passa pelas nossas decisões. Precisamos de mais cadeias ou de pais mais
responsáveis que cultivem valores éticos e morais? Precisamos de mais
penitenciárias ou de mais escolas que realmente formem cidadãos? Nem sempre o
caminho mais curto é melhor... Temos sempre à nossa frente dois caminhos
diferentes: vida e morte. Deus nos pede para escolher a vida e, com ela, a sensatez
que nos garante a plenitude esta vida. (cf. Dt.30,19).
Neste mês de maio, a figura de Maria,
Mãe de Jesus, torna-se o ícone para toda mulher
e, sobretudo, para cada mãe. Na sua simplicidade ela revela a capacidade
de escuta da Palavra de Deus, a disposição de colocar-se a Seu serviço e a
presteza de estar sempre atenta às necessidades do povo. Diante dos
acontecimentos, ela os meditava em seu coração na busca de uma ciência maior,
aquela que aproxima da vontade de Deus.
Feliz mês de maio! Feliz dia das Mães, que, com seu jeito materno, nos
inspiram a buscar a verdade maior e um futuro melhor para nossos jovens... E
isso é pra começo de conversa. ( IR.
DENILSON MARIANO, SDN - FONTE; O LUTADOR, Ano L XXXVI/Nº 3864/ MAIO / 2015 www.olutador.org.br).
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