As políticas de ação
afirmativa no Brasil ainda que ensejem controvérsias, especialmente com relação
ao ensino superior, poderiam ser consideradas por muitos como uma necessidade
histórica de superação de seu atraso.
A luta do negro na sociedade brasileira tem ocorrido desde o início da escravatura. Como forma de resistência contra a situação desfavorável da vida que teve e ainda tem em nosso país.
É notório que, a partir da abolição, os sobreviventes da escravidão e seus afrodescendentes de hoje foram simplesmente submetidos a um sistema econômico excludente e também a um sistema educacional monocultural e eurocêntrico estranhos a sua história, sua cultura e sua concepção de mundo, proporcionando uma submissão cultural e econômica tão sofrida quanto à ocorrida durante a escravidão.
Os movimentos sociais negros atuam de forma indelével nesses processos, ao auxiliar na superação ( e nova emancipação ) com relação às novas espécies de dominação ideológica do capitalismo, que possuem o auspício das elites e autoridades brasileiras. Seriam importantes entre esses movimentos, segundo Costa (2007), a implementação de ações afirmativas, do multiculturalismo, o combate do preconceitos e discriminações, a proposição das africanidades brasileiras e da necessidade de enaltecer a cultura negra, como um dos pilares formadores da sociedade brasileira.
Atualmente, iniciativas afirmativas continuam sendo discutidas no Brasil, como o estabelecimento de cotas para negros em universidades públicas e se realmente deve haver cotas universitárias – algo que a justiça dos Estados Unidos declarou discriminatória -, que se baseiem pelo menos no método tradicional de identificação brasileiro. De acordo com o censo 2010, 47,7% dos brasileiros se consideram brancos, 43,1% se dizem pardos e 7,6% se vêem negros. Sendo assim, a população negra e parda passou a ser considerada maioria no Brasil.
À medida que se tornavam mais prósperas, as pessoas passaram a se definir do lado mais claro do espectro. Depois de tantos séculos de escravidão, faz-se sentido colocar um pouco de peso do outro lado.
A emancipação de 13 de maio de 1888 não resultou na superação diante desses fatos . Assim, as iniciativas afirmativas tornam-se necessárias no Brasil para amenizar a dura realidade herdada da discriminação, caminhando dessa forma para “a transformação em realidade o mito da democracia racial, ao invés de retornar às classificações raciais anacrônicas, que reduzem identidades complexas e atributos específicos” (ASH, 2007).
Como resultado dessas lutas, embora ainda que mesquinha, podemos afirmar que as questões brasileiras passaram a ser vistas com um olhar mais crítico, embora estejamos bastante distantes de uma verdadeira democracia racial , nos moldes defendidos pelos movimentos negros (MN), ou seja, buscar solucionar o problema étnico.
Contribuir com o fortalecimento dessas ações se tornou uma forma de enfrentar a chaga do preconceito racial, uma infeliz realidade perturbadora do progresso de integração social nacional, concretizado pela união e superação das diferenças raciais, religiosas, e econômicas.
Não se trata de passar de “explorados a exploradores”, e sim lutar junto com os demais oprimidos para fundar uma sociedade onde todos tenham. Na prática, iguais direitos e deveres. É lutar contra as discriminações raciais, sociais e sexuais, onde quer que se manifestem com o objetivo de combater desigualdades historicamente acumuladas. ( Texto escrito por MARIA SALETE CORRÊA CARVALHO, psicopedagoga e professora especialista em História e Sociedade em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 13 de maio de 2015).
A luta do negro na sociedade brasileira tem ocorrido desde o início da escravatura. Como forma de resistência contra a situação desfavorável da vida que teve e ainda tem em nosso país.
É notório que, a partir da abolição, os sobreviventes da escravidão e seus afrodescendentes de hoje foram simplesmente submetidos a um sistema econômico excludente e também a um sistema educacional monocultural e eurocêntrico estranhos a sua história, sua cultura e sua concepção de mundo, proporcionando uma submissão cultural e econômica tão sofrida quanto à ocorrida durante a escravidão.
Os movimentos sociais negros atuam de forma indelével nesses processos, ao auxiliar na superação ( e nova emancipação ) com relação às novas espécies de dominação ideológica do capitalismo, que possuem o auspício das elites e autoridades brasileiras. Seriam importantes entre esses movimentos, segundo Costa (2007), a implementação de ações afirmativas, do multiculturalismo, o combate do preconceitos e discriminações, a proposição das africanidades brasileiras e da necessidade de enaltecer a cultura negra, como um dos pilares formadores da sociedade brasileira.
Atualmente, iniciativas afirmativas continuam sendo discutidas no Brasil, como o estabelecimento de cotas para negros em universidades públicas e se realmente deve haver cotas universitárias – algo que a justiça dos Estados Unidos declarou discriminatória -, que se baseiem pelo menos no método tradicional de identificação brasileiro. De acordo com o censo 2010, 47,7% dos brasileiros se consideram brancos, 43,1% se dizem pardos e 7,6% se vêem negros. Sendo assim, a população negra e parda passou a ser considerada maioria no Brasil.
À medida que se tornavam mais prósperas, as pessoas passaram a se definir do lado mais claro do espectro. Depois de tantos séculos de escravidão, faz-se sentido colocar um pouco de peso do outro lado.
A emancipação de 13 de maio de 1888 não resultou na superação diante desses fatos . Assim, as iniciativas afirmativas tornam-se necessárias no Brasil para amenizar a dura realidade herdada da discriminação, caminhando dessa forma para “a transformação em realidade o mito da democracia racial, ao invés de retornar às classificações raciais anacrônicas, que reduzem identidades complexas e atributos específicos” (ASH, 2007).
Como resultado dessas lutas, embora ainda que mesquinha, podemos afirmar que as questões brasileiras passaram a ser vistas com um olhar mais crítico, embora estejamos bastante distantes de uma verdadeira democracia racial , nos moldes defendidos pelos movimentos negros (MN), ou seja, buscar solucionar o problema étnico.
Contribuir com o fortalecimento dessas ações se tornou uma forma de enfrentar a chaga do preconceito racial, uma infeliz realidade perturbadora do progresso de integração social nacional, concretizado pela união e superação das diferenças raciais, religiosas, e econômicas.
Não se trata de passar de “explorados a exploradores”, e sim lutar junto com os demais oprimidos para fundar uma sociedade onde todos tenham. Na prática, iguais direitos e deveres. É lutar contra as discriminações raciais, sociais e sexuais, onde quer que se manifestem com o objetivo de combater desigualdades historicamente acumuladas. ( Texto escrito por MARIA SALETE CORRÊA CARVALHO, psicopedagoga e professora especialista em História e Sociedade em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 13 de maio de 2015).
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu, Maria Salete Corrêa Carvalho agradeço pela publicação integral do texto de minha autoria.
ResponderExcluirmspsicopedagoga@gmail.com
Coordenadora Pedagógica da LM - Formação profissional: Treinamentos, Cursos e Palestras, em Londrina
(43) 3334-1238
Obrigado pelo comentário e aceite meus cumprimentos. Será sempre uma honra poder postar algo como o objeto do comentário.
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