O Ministério da Saúde (MS)
está disponibilizando neste mês no Sistema Único de Saúde (SUS) dois novos
medicamentos para hepatite C: o sofosbuvir e daclatasvir. A nova terapia, que
terá ainda o simeprevir, a partir de dezembro, aumenta as chances de cura e
diminui o tempo de tratamento aos pacientes. A doença atinge 1,4 milhão de
brasileiros, o dobro da aids. O tratamento é menos tóxico, com efeitos colaterais reduzidos, mais
eficiente e com índice de cura de 90%, segundo o MS. O
investimento federal na importação dos remédios do Canadá, Estados
Unidos e e Holanda é de R$ 1 bilhão.
O diretor do departamento de DST, Aids
e hepatites virais do Ministério da Saúde (MS),Fábio Mesquita, classificou a
nova terapia como “revolucionária”, já que para a hepatite A e B existe vacina,
mas para a hepatitex C não. “Há 15 anos, há 13 no SUS, temos um tratamento para
a hepatite C, mas muito tóxico, demorando 52 semanas, injetável e com uma taxa
de cura de 50%. A cada duas pessoas, uma curava, a outra ia ter cirrose, câncer
hepático etc. Agora, lançamos o novo tratamento, oral, não mais injetável. A
pessoa toma uma vez por dia, e por 12 semanas, praticamente sem efeito
colateral e taxa de cura de 90%”, anunciou.
Mesquita explicou a importância do novo medicamento. Segundo ele, boa parte da contaminação por hepatite C no Brasil aconteceu nas décadas de 80 e 90. “ A doença demora 15 anos, 20 anos, 25 anos para começarem os sintomas clínicos, para dar fibrose, para dar câncer, para complicar. O que se transmitiu naquele período está acontecendo muito agora”, disse.
Mesquita explicou a importância do novo medicamento. Segundo ele, boa parte da contaminação por hepatite C no Brasil aconteceu nas décadas de 80 e 90. “ A doença demora 15 anos, 20 anos, 25 anos para começarem os sintomas clínicos, para dar fibrose, para dar câncer, para complicar. O que se transmitiu naquele período está acontecendo muito agora”, disse.
Disseminação
Na época, junto com o HIV, a hepatite C se disseminava muito, pelo compartilhamento de seringas e agulhas, entre quem usava cocaína injetável, que era um fenômeno muito frequente nas décadas de 80 e 90, conta Mesquita. “Até 1988, o sangue no Brasil era comercializado. A pessoa vendia sangue para fazer recursos para a família. A constituição de 88 proibiu a comercialização do sangue. Desde então, temos um controle da qualidade do sangue muito bom”, disse.
Um grande número de pessoas foi, no entanto, contaminado nos anos 80 e 90. Ainda usava-se seringa de vidro, reutilizável. A hepatite C também era transmitida em ambiente hospitalar, na hemodiálise, por exemplo. “Tudo isso resultou num grande número do doentes com hepatite C agora. As doenças hepáticas constituem a terceira causa de mortes de homens adultos no Brasil, boa patê causadas por hepatite C, uma doença transmissível parecida com a Aids.
É um desafio, daí a importância da nova medicação”, ponderou. ( MARCOS CESAR GOUVEA, mgouvea@jornaldelondrina.com.br, página 11, geral, SAÚDE, sexta-feira, 6 de novembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA).
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