O argentino Mariano Lopez e o
canadense Emmanuel Bochud, do Cirque du Soleil, estão na cidade em intercâmbio
com a Escola de Circo de Londrina
Eles são um bocado maluco, mas no melhor sentido da
palavra. São palhaços, psicólogos, formadores de educação circense, e viajam o
mundo pelo compromisso pessoal de acreditarem na arte como meio de
transformação do ser humano. Através do Circo Social, um projeto que atua como “braço”
do famosa Cirque du Soleil, a dupla veio diretamente de Montreal (Canadá, sede
base), para a Escola de Circo em Londrina. O motivo? Ensinar e aprender.
Mariano Lopez, natural da Argentina, e Emmanuel Bochud, canadense, fazem parte da equipe Cirque du Soleil. E, neste intercâmbio, desenvolvem atividades de formação junto aos educadores de circo em diversos países. “Já estive no Brasil algumas vezes, mas esta vinda é muito importante, pois nossa relação com o Brasil já dura 20 anos”, afirma Emmanuel, que integra o conselho de base do projeto.
Organizar as formações, estratégias de concepção em diferentes territórios pelo mundo e contribuir para o desenvolvimento da ementa pedagógica , fazem parte da funções que Emmanuel cumpre no Soleil. “Trabalhamos em diferentes etapas e este ano estamos em uma etapa fundamental aqui em Londrina. Trata-se de ensinar tudo que nós, como formadores, conhecemos da metodologia para os educadores locais. É um passo muito importante porque a partir disso os educadores daqui irão absorver o conteúdo adequado para contexto local. É um momento de autonomia”, explica.
Questionados sobre o “brilho” de fazerem parte de um circo tão famoso como o Soleil, Emmanuel comenta que, em primeiro lugar, ele trabalha com uma realidade de transformação, compartilhando o que sabe com os outros.
Aqui no Brasil, de uma maneira pessoal, eu pude aprender muito por causa da atitude do brasileiro, com sua generosidade, alegria... A nível profissional, o Brasil é uma referência em circo social. Tudo o que aprendemos aqui podemos levar para outros países e outros contextos”, enfatiza.
Mariano, que também atua como psicólogo, acrescenta que cada país tem seu estilo e característica ,mas o que é fundamental neste processo é a história. “ Em se tratando de Brasil, o Circo Social tem uma participação política dentro dessa formação, e em todos estes anos que estou em contato com Soleil, a maior parte dos educadores brasileiros vem de projetos sociais. Aqui a arte é o meio, é a pedagogia para mudar a vida de crianças e jovens.
Mariano Lopez, natural da Argentina, e Emmanuel Bochud, canadense, fazem parte da equipe Cirque du Soleil. E, neste intercâmbio, desenvolvem atividades de formação junto aos educadores de circo em diversos países. “Já estive no Brasil algumas vezes, mas esta vinda é muito importante, pois nossa relação com o Brasil já dura 20 anos”, afirma Emmanuel, que integra o conselho de base do projeto.
Organizar as formações, estratégias de concepção em diferentes territórios pelo mundo e contribuir para o desenvolvimento da ementa pedagógica , fazem parte da funções que Emmanuel cumpre no Soleil. “Trabalhamos em diferentes etapas e este ano estamos em uma etapa fundamental aqui em Londrina. Trata-se de ensinar tudo que nós, como formadores, conhecemos da metodologia para os educadores locais. É um passo muito importante porque a partir disso os educadores daqui irão absorver o conteúdo adequado para contexto local. É um momento de autonomia”, explica.
Questionados sobre o “brilho” de fazerem parte de um circo tão famoso como o Soleil, Emmanuel comenta que, em primeiro lugar, ele trabalha com uma realidade de transformação, compartilhando o que sabe com os outros.
Aqui no Brasil, de uma maneira pessoal, eu pude aprender muito por causa da atitude do brasileiro, com sua generosidade, alegria... A nível profissional, o Brasil é uma referência em circo social. Tudo o que aprendemos aqui podemos levar para outros países e outros contextos”, enfatiza.
Mariano, que também atua como psicólogo, acrescenta que cada país tem seu estilo e característica ,mas o que é fundamental neste processo é a história. “ Em se tratando de Brasil, o Circo Social tem uma participação política dentro dessa formação, e em todos estes anos que estou em contato com Soleil, a maior parte dos educadores brasileiros vem de projetos sociais. Aqui a arte é o meio, é a pedagogia para mudar a vida de crianças e jovens.
HISTÓRIAS
Em todos esses anos Emmanuel já conviveu com muitas histórias
diferentes, mas existe uma em particular que ele relembra: “Uma pernambucana
que conhecemos durante uma ação desenvolvida pelo projeto na década de 90”,
conta. Segundo o artista, a menina foi uma das crianças que saíram de um bairro
com a situação muito difícil. Ele cresceu através do projeto e se tornou uma
educadora em Circo Social. Há dois anos ela participa da rede e está se
preparando para ser uma formadora.
“Esta, para mim, é uma história de sucesso, mas este certamente não é o nosso único objetivo. Nosso compromisso é abrir a mente dessas crianças para um mundo cheio de possibilidades, independentes se o sucesso foi diretamente com o circo e a arte. Somos realistas e sabemos que não se trata de uma fórmula mágica. Trata-se de oportunidade”, destaca.
“Esta, para mim, é uma história de sucesso, mas este certamente não é o nosso único objetivo. Nosso compromisso é abrir a mente dessas crianças para um mundo cheio de possibilidades, independentes se o sucesso foi diretamente com o circo e a arte. Somos realistas e sabemos que não se trata de uma fórmula mágica. Trata-se de oportunidade”, destaca.
DESAFIO
“Acredito que a nossa maior dificuldade é o sentimento de
impotência quando passamos por lugares onde a injustiça e a desigualdade são
demasiadas. Fico pensando em como poderia ajudar mais nessas comunidades.
Apesar disso, sabemos que não temos controle sobre isso. Nosso objetivo é
apoiar e mostrar que o interesse pelas pessoas é maior que qualquer outro
interesse político”, conclui Mariano.
Segundo Sérgio Oliveira, um dos coordenadores da Escola de Circo de Londrina, o intercâmbio com o Cirque du Soleil começou há dez anos. Para ele, a vinda dos formadores para o projeto é muito gratificante. “Nosso sentimento em recebê-los é o sentimento de vitória. É uma parceria e tanto que a longo prazo nos auxilia na formação e evolução dos alunos”.
Hoje, existe, quatro pontos no sul do país que estão ligados ao projeto do Circo Social. “Essa rede possui ao todo quase 30 instituições, mas regionalmente nós somamos em sete”. De acordo com Sérgio, a Escola de Circo tem essa parceria com o Social desde o início de suas atividades, há dez anos.
“Para nós, a troca é muito grande. Eles bebem da fonte de realidade brasileira a partir desses intercâmbios e em contrapartida nós temos a oportunidade de progredir a partir do contato com estes profissionais”, ressalta Sérgio.
Hoje, em Londrina, todas as atividades que a Escola oferece são gratuitas e cerca de 500 crianças participam das diversas ações. “No total, somos em 13 educadores, todos oriundos do projeto”, pontua. O maior desafio, segundo Sérgio, é o investimento motivacional e financeiro. “É uma luta, mas a nossa meta é ampliar a visão de mundo desses alunos”, conclui. ( RENATA
CABRERA jornalismo@jornaldelondrina.com.br,
página 17, cultura, PROJETO SOCIAL, fim de semana 7 e 8 de novembro de 2015,
publicação do JORNAL DE LONDRINA). Segundo Sérgio Oliveira, um dos coordenadores da Escola de Circo de Londrina, o intercâmbio com o Cirque du Soleil começou há dez anos. Para ele, a vinda dos formadores para o projeto é muito gratificante. “Nosso sentimento em recebê-los é o sentimento de vitória. É uma parceria e tanto que a longo prazo nos auxilia na formação e evolução dos alunos”.
Hoje, existe, quatro pontos no sul do país que estão ligados ao projeto do Circo Social. “Essa rede possui ao todo quase 30 instituições, mas regionalmente nós somamos em sete”. De acordo com Sérgio, a Escola de Circo tem essa parceria com o Social desde o início de suas atividades, há dez anos.
“Para nós, a troca é muito grande. Eles bebem da fonte de realidade brasileira a partir desses intercâmbios e em contrapartida nós temos a oportunidade de progredir a partir do contato com estes profissionais”, ressalta Sérgio.
Hoje, em Londrina, todas as atividades que a Escola oferece são gratuitas e cerca de 500 crianças participam das diversas ações. “No total, somos em 13 educadores, todos oriundos do projeto”, pontua. O maior desafio, segundo Sérgio, é o investimento motivacional e financeiro. “É uma luta, mas a nossa meta é ampliar a visão de mundo desses alunos”, conclui. ( RENATA
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