Orelhas, cauda e bigodes são órgãos sensoriais muito importantes para os
pets e sua amputação pode causar sérios problemas
Se você nunca viu um filhote de rottweiler ou dobermam pode até
acreditar que eles nascem com cauda curta ou orelhas em pé. Mas não! Ainda
filhotes os animais eram submetidos a cirurgias e tinha partes do corpo amputadas. Diversas outras raças
também passavam pelo mesmo processo e até vira-latas eram submetidos ao
procedimento. Entretanto, tanto orelhas como caudas são muito importantes para
os cães. Além do mais, tem coisa melhor do que chegar em casa e ser recebido
por uma cauda abanando?
Andressa Felisbino, veterinária da DrogaVet, explica que cortar o rabo e as orelhas dos cães é uma prática muito antiga, que surgiu para diminuir lesões durante a caça. “Com o passar do tempo, a utilização de animais para a caça diminuiu, porém esses procedimentos, mesmo que num menor grau de efetivação, permaneceram apenas por razões estéticas. Atualmente, diversos países consideram a mutilação de animais ilegal, com punições e até prisão de quem descumprir a lei. No Brasil, desde 2008, existe uma lei federal que considera ilegal o corte de orelhas dos bichinhos. Os donos que autorizam esta ação podem responder por crime ambiental e maus tratos, com reclusão de até um ano e pagamento de multa, assim como os profissionais que realizarem a cirurgia. Estes ainda correm o risco de ter a licença suspensa”, alerta.
Em 2013, o Conselho Federal de Medicina Veterinária proibiu também o corte da cauda para fins estéticos, sendo autorizado se houver algum motivo clínico , como feridas e tumores.
A veterinária explica que cauda e orelhas são fundamentais para os animais para sua percepção do ambiente e também para a comunicação com os humanos. “O rabo, além de possuir a função importantíssima de auxílio na comunicação do animal com o seu dono, apresentando alertas de quando ele está triste ou com medo, por exemplo, também auxilia no equilíbrio, estabilizando-o ao correr ou se movimentar. Ao realizar a amputação do membro, o animal passa a ter sua capacidade de se expressar limitada e seu equilíbrio para determinadas situações prejudicado”, diz.
Fernando Luersen, veterinário da DrogaVet em Londrina, explica que com a proibição muitos tutores passaram a fazer os procedimentos com pessoas não qualificadas , que não avaliam previamente a saúde do animal, não utilizam anestesia corretamente e nem fazem a assepsia adequada, o que aumenta a chance de problemas. “O animal pode ter uma infecção neste corte, que em alguns casos se espalha pela coluna causando diversas seqüelas como dor e problemas na locomoção, lamenta.
Andressa Felisbino, veterinária da DrogaVet, explica que cortar o rabo e as orelhas dos cães é uma prática muito antiga, que surgiu para diminuir lesões durante a caça. “Com o passar do tempo, a utilização de animais para a caça diminuiu, porém esses procedimentos, mesmo que num menor grau de efetivação, permaneceram apenas por razões estéticas. Atualmente, diversos países consideram a mutilação de animais ilegal, com punições e até prisão de quem descumprir a lei. No Brasil, desde 2008, existe uma lei federal que considera ilegal o corte de orelhas dos bichinhos. Os donos que autorizam esta ação podem responder por crime ambiental e maus tratos, com reclusão de até um ano e pagamento de multa, assim como os profissionais que realizarem a cirurgia. Estes ainda correm o risco de ter a licença suspensa”, alerta.
Em 2013, o Conselho Federal de Medicina Veterinária proibiu também o corte da cauda para fins estéticos, sendo autorizado se houver algum motivo clínico , como feridas e tumores.
A veterinária explica que cauda e orelhas são fundamentais para os animais para sua percepção do ambiente e também para a comunicação com os humanos. “O rabo, além de possuir a função importantíssima de auxílio na comunicação do animal com o seu dono, apresentando alertas de quando ele está triste ou com medo, por exemplo, também auxilia no equilíbrio, estabilizando-o ao correr ou se movimentar. Ao realizar a amputação do membro, o animal passa a ter sua capacidade de se expressar limitada e seu equilíbrio para determinadas situações prejudicado”, diz.
Fernando Luersen, veterinário da DrogaVet em Londrina, explica que com a proibição muitos tutores passaram a fazer os procedimentos com pessoas não qualificadas , que não avaliam previamente a saúde do animal, não utilizam anestesia corretamente e nem fazem a assepsia adequada, o que aumenta a chance de problemas. “O animal pode ter uma infecção neste corte, que em alguns casos se espalha pela coluna causando diversas seqüelas como dor e problemas na locomoção, lamenta.
ORELHAS PRA QUE TE QUERO
Andressa destaca que o formato
natural das orelhas permite que os animais localizem a origem e a direção de
determinado som. “Elas são órgãos manobráveis, moldadas e sulcadas especificamente
para concentrar o som e também podem girar independentemente um da outra para
detectar de forma mais precisa a fonte do barulho. Cortá-las, meramente por
motivos estéticos, é causar muita dor e deformidade ao animal, lesando sua
audição e percepção do mundo. Além de ser um procedimento muito invasivo e
cruel”.
De acordo com Luersen, cães com orelhas cortadas podem ter mais infecção de ouvido porque a parte interna fica exposta à água da chuva e do banho. “Pode também entrar uma mosca e depositar ovos, causando a popular bicheira”.
De acordo com o veterinário, os criadores sérios não realizam mais esses procedimentos e o fato de os animais não seguir os antigos padrões da raça nesses quesitos não inviabiliza a participação em competições ou no pedigree”. “A s pessoas estão se acostumando ainda. Há quem não goste e depois de comprar o animal acaba procurando qualquer lugar que faça. Mas quem quer um animal para brincar, para ter a companhia, não vai se importar com a aparência”.
De acordo com Luersen, cães com orelhas cortadas podem ter mais infecção de ouvido porque a parte interna fica exposta à água da chuva e do banho. “Pode também entrar uma mosca e depositar ovos, causando a popular bicheira”.
De acordo com o veterinário, os criadores sérios não realizam mais esses procedimentos e o fato de os animais não seguir os antigos padrões da raça nesses quesitos não inviabiliza a participação em competições ou no pedigree”. “A s pessoas estão se acostumando ainda. Há quem não goste e depois de comprar o animal acaba procurando qualquer lugar que faça. Mas quem quer um animal para brincar, para ter a companhia, não vai se importar com a aparência”.
Outra parte do corpo dos animais, que muitos donos não reconhecem sua importância, é o bigode. A profissional explica que eles têm a função sensorial de espaço e movimento, permitindo que o pet tenha noção sobre sua movimentação, locomoção e equilíbrio. “Isso se aplica tanto a cães quanto a gatos, porém com maior relevância para os felinos, Já que eles têm hábitos noturnos e precisam dos bigodes para percorrerem lugares escuros.além disso, os pelos da face, junto com os supercílios, bigodes e os do queixo, permitem que o animal perceba se conseguirá ou não passar por algum lugar ou buraco. Arrancar ou aparar os bigodes pode privar o animal desse órgão sensorial “, garante. ( ÉRIKA GONÇALVES - Reportagem Local – Fotos: Shutterstock, páginas, 18,19,20 e 21, FOLHA DA SEXTA, publicação do JORNAL FOLHA DE LONDRINA, 7 de agosto de 2015).
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